Aprovado em 01° no Concurso Público de Imperatriz - MA para Procurador
Concursos Públicos
“Faça planos, projetos, traçe objetivos! Encare com persistência e paciência o caminho pretendido. Quando pensar em desistir, lembre de tudo o que já foi percorrido. Não desista de nada que seja um sonho seu. Não se importe se ninguém te apoia, te compreende.”
Confira a nossa entrevista com Antonio Ronandre Leite Mota, aprovado em 01° no Concurso Público de Imperatriz – MA para Procurador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Antonio Ronandre Leite Mota: Sou natural de Passagem Franca/MA, mas resido em Imperatriz/MA desde 1991. Tenho 34 anos, formado em Direito pela Faculdade de Imperatriz-FACIMP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Antonio: Antes da conclusão do curso, já iniciei os estudos para o Exame de Ordem, cuja aprovação possibilitou a atuação na advocacia privada. A decisão de iniciar os estudos específicos para concursos na área de Procuradorias, veio primeiro pelo desejo de trabalhar na advocacia pública, pela experiência anterior no serviço público em cargo comissionado de assessor jurídico, bem como a identificação com as matérias de Direito Administrativo, Tributário, Constitucional, etc.. Assim, a realização profissional, além da possibilidade de boa remuneração em um cargo efetivo, foram fatores determinantes.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Antonio: Sim, conciliei trabalho e estudo. Laborava no serviço público, com carga horária de 6h/dia. Especificamente para o concurso da PGM, tinha a seguinte rotina: saía do serviço às 14h, passava em casa rapidamente para pegar a bolsa com o material de estudos, me organizava e já ia direto para biblioteca de uma universidade próxima de minha residência, onde permanecia normalmente até as 22h (de segunda a sexta). Aos sábados estudava de 08 às 12h, com intervalo para almoço, e de 14 às 18h e descansava aos domingos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação?
Antonio: Em 2008 fui aprovado para o cargo de Agente de Fiscalização (Pref Imperatriz, 9º lugar); em 2017 para Técnico Judiciário – Administrativo do (TRF 1º Região, 12º lugar); Em 2019 para Analista Judiciário – Direito ( TJ/MA, 37º lugar geral do Estado), e em 2021, tive a grata satisfação de ser aprovado para Procurador do Município de Imperatriz/MA em 1º lugar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Antonio: É fato que uma preparação intensiva para concursos exige sacrifício pessoal. Durante o período mais intenso de estudos houve a necessidade de abdicar da vida social (diminuí drasticamente as saídas, participação em confraternizações, etc). Na verdade, por meses minha vida se resumiu a trabalhar e estudar. Para manter a qualidade de vida, procurei continuar com os exercícios físicos. No entanto, na fase final de preparação, acabei suspendendo a academia.
O único dia livre era domingo, o qual utilizava para organizar os materiais da semana, fazer compras da casa, assistir filmes, visitar algum familiar ou amigo e ir à Santa Missa. No mês final utilizei os domingos pela manhã para fazer simulados. Frequentando a biblioteca que citei acima, fiz vários amigos que também eram concurseiros. Por meses, nos intervalos de estudos, compartilhávamos nossa rotina, sonhos, dificuldades e servíamos de apoio uns aos outros, amizades essas que perduram até hoje.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Antonio: Sim. Desde pequeno estudava bastante. Minha mãe é professora, então sempre me orientou sobre a importância da busca pelo conhecimento. Para a família já era notório meu apreço pelos estudos, então há havia essa compreensão. Na reta final de estudos, todavia, reclamavam que eu estava ausente dos encontros familiares, mas eu explicava a situação e acredito que compreendiam.
Os amigos mais próximos também me apoiaram, embora também apontassem minha ausência. Como disse, é compreender que a necessidade de um custo temporário em busca de algo permanente: a aprovação no concurso pretendido.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Antonio: Mantive o costume de estudar as máterias básicas dos certames de procuradorias, independente de haver concursos abertos. Especificamente para PGM Imperatriz mantive o estudo direcionado ao edital a partir do seu lançamento (cerca de 3 meses antes da prova objetiva).
Diante da quantidade de disciplinas cobradas nesse certame, tive que ser rígido com o cumprimento da carga horária de estudos, bem como foquei em estudar todo o conteúdo programático do edital, incluindo as revisões períodicas, leitura e marcação dos PDF’s e resolução de questões.
De fato, o compromisso foi fundamental para manter a pesada rotina. Quando pareciam faltar forças, pedia a Deus que me mantivesse perseverante. Costumava também assistir a vídeos com entrevistas dos aprovados, temas motivacionais e lia os depoimentos escritos. Vendo a trajetória de todos, me sentia fortalecido para prosseguir.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas?Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Antonio: Foquei bastante na leitura, marcação e resumo de PDF’s, bem como na letra da lei, análise de jurisprudência e estudo de súmulas dos tribunais. Na primeira etapa resolvia muitíssimas questões e tinha um caderno de dicas, macetes e erros. Quando errava a questão ou não assimilava o conteúdo, fazia um pequeno resumo, o qual utilizava para as revisões. Para a prova escrita utilizei o curso específico para 2ª etapa/provas discursivas de PGM do Estratégia, que me possibiliou treinar a confecção de inúmeas peças e pareceres.
Considero esse caminho como vantajoso, pois o número de acerto na resolução de questões objetivas aumentou significativamente, bem como, a quantidade de conteúdo estudado/ confecção de peças para ambas as etapas de prova. Raramente via videoaulas (apenas quando não compreendia os temas na resolução de questões), e quando necessitava, usava acelerador de vídeo. Desse modo, era possível assistir às aulas rapidamente.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Antonio: Conheci o Estratégia por indicação de um amigo que estudava para carreira de tribunais e recomendou o material. Todavia, já via propagandas em sites especializados.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Antonio: Sim. Os materiais do Estratégia Concursos são bem completos e abrangem com precisão o conteúdo necessário para cobertura dos conteúdos programáticos. Isso possibilita uma maior eficiência e organização na rotina diária de estudos. O formato dos PDF’s é execpcional, e, na área jurídica, contempla desde a análise dos principais dispositivos legais, passando pelos mais relevantes entendimentos doutrinários, até as jurisprudências mais cobradas.
As questões ao longo do material e as no final das unidades, bem como os gabaritos comentados ajudam muito na consolidação do conteúdo. No material de discursivas, as propostas de peças processuais abrangem os temas com maior possibilidade de cobrança, bem como o passo a passo para confeccioná-las.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Antonio: Especificamente para a PGM, preparei uma tabela com os conteúdos do edital e assinalava/datava cada vez que passava pelo tópico correspondente. Estudava uma matéria por vez, em média 2h dedicadas a cada uma. Por dia, costumava acessar o conteúdo de 3 a 4 disciplinas diferentes, o que gerava cerca de 6 a 8 horas líquidas a depender do dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Antonio: Fiz uma tabela com os conteúdos do edital e mantinha um controle. Em média revisei cada assunto três vezes, sendo que a cada vez que estudava, resolvia questões ou lia os resumos eu marcava com um “x” e colocava a data. Fazia resumos dos PDF’s e lia o caderno de dicas, macetes e erros correspondentes ao tema que desejava revisar.
Simulados semanais também faziam parte da preparação no mês anterior à realização da prova, utilizando provas impressas dos últimos concursos da área. Se a quantidade de acertos fosse baixa, eu anotava o conteúdo deficitário e tirava o sábado pela manhã para revisar a matéria, objetivando melhorar o desempenho.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Antonio: Os exercícios foram de fundamental importância para compreender quais os temas mais cobrados e de que forma eram feitos os quesitos. Considerando a incidência de assuntos pude observar que as bancas tem predileção por determinados temas, bem como de que forma cada uma delas costumava abordá-los. Assim, pude direcionar o estudo para tais assuntos e, por consequencia, potencializar a quantidade de acertos.
Estratégia: Quais as disciplinas em que você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Antonio: Considero que todas as disciplinas têm um certo grau de dificuldade, a depender do assunto abordado. Ex: Em Direito constitucional, o tópico controle de constitucionalidade possui uma gama de detalhes que necessitam de maior atenção para reter a matéria. Uma dificuldade foi com a legislação especial, pois é grande a quantidade de matéria a ser estudada, e cada lei possui suas especificidades, tais como prazos, objetivos, diretrizes e metas, conceitos legais, etc.
Outro obstáculo era o estudo das jurisprudências dos tribunais, sobretudo quando havia divergência de entendimento entre suas turmas, e era necessário compreender todos os argumentos que embasaram as conclusões jurídicas. De fato, a superação vem pela persistência, foco e objetivo em compreender bem o conteúdo, que será fundamental não apenas para o momento das provas, mas para o próprio exercício da profissão almejada.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Antonio: Mantive o ritmo de estudos que já mantinha na reta final (cerca de um mês antes), todavia foquei mais na resolução de questões e, na prova escrita, na esquematização das peças jurídicas que poderiam ser cobradas. No dia pré-prova referente à primeira etapa estudei normalmente, todavia passei pela maior quantidade de material possível, sobretudo meus resumos e macetes. Na prova escrita, tirei o dia para revisar os requisitos das principais peças que poderiam ser cobradas.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Antonio: Utilizei as questões discursivas e peças propostas pelo material do Estratégia, cadernos de provas anteriores de diversas bancas e os resumos feitos ao longo da caminhada de estudos. O estudo da letra da lei também foi fundamental, pois a partir disso pude solidificar o conteúdo jurídico necessário.
Quanto à preparação para a peça jurídica, procurava esquematizar os requisitos de cada uma delas e as escrevia à mão inúmeras vezes. Acredito que o principal conselho que posso dar é: não negligencie o treino intenso de questões e faça várias vezes o roteiro das principais peças de cada área cobrada.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Antonio: Acredito que o principal erro foi, no início dos estudos, focar muito em videoaulas, em detrimento da resolução e a análise de questões. Quando direcionei o foco para os exercícios, a quantidade de questões respondidas corretamente aumentou muito.
Um acerto foi não esperar surgirem os editais para começar a estudar. Assim, independente do certame já procurava estudar as matérias comuns. Ex: Língua Portuguesa, Direito Constitucional, Administrativo, Civil, dentre outros.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Antonio: Não propriamente desistir, mas pensei em dar uma pausa nos estudos. A rotina diária de conciliar trabalho e estudos de alto rendimento é muito puxada, então acabamos sendo consumidos pelo cansaço. Todavia, sempre nutri o desejo de seguir a carreira da advocacia pública, então esse objetivo foi a motivação preponderante para não desistir. Nada mais motivador que um sonho a ser realizado.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Antonio: Em Provérbios 16, 1 está escrito: “Cabe ao homem formular projetos em seu coração, mas do Senhor vem a resposta certa!”
Faça planos, projetos, traçe objetivos! Encare com persistência e paciência o caminho pretendido. Quando pensar em desistir, lembre de tudo o que já foi percorrido. Não desista de nada que seja um sonho seu. Não se importe se ninguém te apoia, te compreende. Deus se importa e é contigo! Ele ratifica seus passos e te orienta no melhor caminho a seguir.