Aprovado nos concursos TRF3 e TRF4

“O principal é não desistir. Cada prova te dá experiência, independentemente do resultado. Antes de começar, informe-se sobre os métodos de estudo, vá colocando-os em prática e ajustando às suas necessidades. Para isso, é preciso se conhecer bem; na realidade, ao longo do caminho você irá se conhecer melhor, saber o que funciona e o que não funciona para você. E, por fim, tenha claro o seu objetivo e não o perca de vista. Acredite no seu potencial e siga em frente!”
Confira nossa entrevista com Cesar Augusto, aprovado nos concursos TRF3 e TRF4:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Cesar Augusto: Sou formado em Direito, com pós graduação lato sensu em Direito Internacional. Tenho 42 anos, nasci em São Paulo e hoje resido em Porto Alegre.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Cesar: Em primeiro lugar, a possibilidade de ingressar na minha área de formação, pois até então trabalhava na área de traduções, embora com foco em traduções jurídicas. Em segundo lugar, a possibilidade de ter mais estabilidade.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Cesar: Na realidade, eu trabalho desde os quinze anos e nunca fiquei parado. Então, quando comecei a estudar para concursos, tinha que fazê-lo no meu tempo livre. Como eu era autônomo, alguns anos antes de passar no meu primeiro concurso, reduzi minhas despesas ao máximo para poder trabalhar menos e, assim, ter um pouco mais de tempo para os estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Cesar: Antes do TRF-4 (onde estou atualmente) e do TRF-3, que foram os últimos, eu já tinha sido aprovado em vários concursos (TJ/SP, TRE/SP, STM, TJ/SC), porém sem classificação suficiente para nomeação. Depois, em 2018, fui aprovado e nomeado como Analista Processual na Defensoria Pública do RS, também estudando com o material do Estratégia. Ingressei na Defensoria, em Caxias do Sul/RS, e dei continuidade aos estudos para tentar passar em um órgão federal. No final de 2018, fui aprovado no concurso para Analista Jurídico do MPU, mas ainda sem uma classificação que assegurasse nomeação. No fim de 2019, fui aprovado como Analista Jurídico no TRF-4 (11º na lista geral e 1º entre os cotistas) e no TRF-3 (75º na lista geral e 2º entre os cotistas).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as)?
Cesar: Difícil descrever. É um misto de sensações, de satisfação, de alívio, de ter valido a pena tanto sacrifício e tanta renúncia, pois é um caminho longo e árduo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Cesar: Antes de ser aprovado no primeiro concurso (Defensoria Pública do RS), ainda em São Paulo, tive que me afastar bastante do convívio social, mas não adotei uma postura totalmente radical. Participava de alguns eventos mais importantes, aceitava alguns convites de amigos, mas o foco eram os estudos. Depois que passei para a Defensoria, tive que me mudar de estado, então acabou ficando mais fácil manter o “isolamento”.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Cesar: Sou solteiro e não tenho filhos, o que ajudou em grande medida, mas também pesou bastante nas horas de solidão. Minha família sempre me apoiou. Os mais próximos costumam entender melhor a sua ausência. Tive muito apoio dos meus pais, que são servidores públicos aposentados. Minha irmã, que também é servidora, e meu irmão sempre me apoiaram também. Tenho um sobrinho de 21 anos que cursa Direito e que sempre foi um grande incentivador, sempre me deu confiança e me motivou.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Cesar: Acredito que sim, vale muito a pena fazer outros concursos com foco diferente, mas sem fugir muito da área de interesse. Eu, por exemplo, ingressei na Defensoria, embora não fosse meu foco inicial, e lá tive a melhor experiência profissional de toda a minha vida. Conheci e convivi com pessoas maravilhosas e adquiri uma bagagem jurídica que foi fundamental para o novo cargo que eu iria assumir depois. Além disso, é muito importante fazer provas para adquirir experiência.
Iniciei agora a preparação para Juiz Federal e Procurador da República, que são duas carreiras que hoje almejo, além de Defensor Público da União. As duas primeiras eram o meu foco desde o início. Inclusive já adquiri o pacote do Estratégia para Magistratura Federal.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Cesar: Comecei meus estudos para concursos públicos no início de 2016. Tomei posse na Defensoria em 2018 e, no TRF-4, no início deste ano de 2020.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Cesar: Quando comecei a estudar, não havia nenhum edital publicado. Sempre tive disciplina para os estudos, só me faltava método; errei muito e fui ajustando ao longo do caminho. Meu objetivo de entrar na minha área e alcançar estabilidade me mantinha no foco.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Cesar: Conheci por indicação de um amigo que também estudava para concursos.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Cesar: Eu usei os PDFs na maior parte do tempo. Sempre preferi esse método, pois achava que as videoaulas tomavam muito tempo. Além disso, acho os PDFs mais práticos para fazer anotações e marcar pontos importantes. Usava videoaulas apenas para os momentos em que não podia parar e sentar, como quando estava preparando o café e o almoço, ou mesmo durante o banho! Também usava videoaulas para alguns temas que achava mais difíceis e para as revisões finais (“Overdose de Questões” e “Revisão Acelerada” do Estratégia).
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Cesar: Uma vez eu encontrei na internet um plano de estudos do Estratégia e adaptei de acordo com as minhas necessidades. Por esse plano, eu seguia um roteiro de aulas e revisões. Estudava uma aula de cada matéria e alternava com ciclos de revisões. De início, resolvia apenas as questões dos PDFs e usava-as também como revisão, mas depois passei a utilizar uma plataforma de questões como suporte para os estudos e senti um grande progresso.
Estudava entre 3 e 4 horas nos dias úteis e, nos finais de semana, praticamente todo o tempo que tinha.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Cesar: Sempre tive mais dificuldades em Direito Previdenciário e Direito Tributário. Para superar, tive que ver mais videoaulas, em vez de apenas estudar pelos PDFs.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Cesar: Eu já costumava reforçar os estudos nas semanas que antecediam as provas. Na semana exata antes da prova, foquei mais em revisões e resolução de questões, inclusive na véspera, que foi dia de estudo. Descanso, só depois! :)
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Cesar: Para as discursivas, o material específico do Estratégia foi fundamental. Estudei com as videoaulas de resolução de casos práticos. Até então, o único concurso com dissertativas que eu havia feito tinha sido a prova da OAB, para a qual me preparei da mesma forma, com um outro curso.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Cesar: Meu principal erro no começo foi começar a estudar sem uma planilha de estudos, sem ciclos de revisão, sem método. Meu maior acerto foi desenvolver minha própria rotina e método de estudos, pois há muita informação e cada um diz uma coisa diferente, mas só o concurseiro sabe o que funciona e o que não funciona para ele. Investir em um material de qualidade também foi um grande acerto.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Cesar: Para ser bem honesto, nunca cheguei a pensar em desistir. Sabia que era difícil, mas sabia também que era possível, então fui aprendendo com meus erros e mantive o foco no meu objetivo, que era o que me motivava a seguir adiante.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Cesar: Minha motivação foi o objetivo de alcançar a aprovação, de trabalhar na minha área, de encontrar minha verdadeira vocação, mesmo depois de tanto tempo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Cesar: O principal é não desistir. Cada prova te dá experiência, independentemente do resultado. Antes de começar, informe-se sobre os métodos de estudo, vá colocando-os em prática e ajustando às suas necessidades. Para isso, é preciso se conhecer bem; na realidade, ao longo do caminho você irá se conhecer melhor, saber o que funciona e o que não funciona para você. E, por fim, tenha claro o seu objetivo e não o perca de vista. Acredite no seu potencial e siga em frente!