Aprovada em 9° lugar no concurso da Prefeitura de São Paulo para o cargo de APDO - Ciências Contábeis
Concursos Públicos“Investir num bom material, resolver muitas questões, revisar sempre, entender que é um processo e que reprovações fazem parte. A mensagem é: acreditem! […]”
Confira nossa entrevista com Carlos Vinicius de Souza Martins, aprovada em 9° lugar no concurso da Prefeitura de São Paulo para o cargo de APDO – Ciências Contábeis:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carlos Vinicius de Souza Martins: Eu sou o Carlos Vinícius, tenho 30 anos de idade, sou formado em ciências contábeis, nasci numa cidade chamada São Bento Abade – interior de MG (próximo a Três Corações) e vivi até os meus 8 anos, depois me mudei para Biritiba-Mirim, interior de São Paulo. Porém, recentemente (dois meses) moro no município de Itaquaquecetuba -SP, a mudança foi devido à convocação da Câmara de Itaquaquecetuba.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carlos: Quando completei 18 anos, em 2011, surgiu um concurso na cidade de Mogi das Cruzes – vizinha de Biritiba-Mirim. Então, minha mãe recomendou que eu fizesse. Não tinha noção de como funcionava a carreira pública, mas minha irmã já era servidora na nossa cidade natal na área da educação, logo fiz a prova sem muita noção de como as coisas funcionavam, ainda assim fui aprovado. Lembro que no edital constava apenas uma vaga e eu me classifiquei na 25° colocação, mesmo assim fui convocado na primeira chamada e isso me deixou muito feliz.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carlos: Trabalho desde meus 16 anos de idade de maneira informal, quando menor de idade trabalhei com agricultura e meu primeiro registro em carteira foi no momento em que completei 18 anos numa empresa de telemarketing até a minha convocação para a Prefeitura de Mogi das Cruzes. Depois disso, comecei a conciliar estudos e trabalho, iniciando com a minha preparação para a prova do ENEM.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carlos: Ao longo da jornada, tive muitas reprovações e algumas aprovações:
1 – TRF3 – Analista Judiciário (Contadoria) 8º (fase de recurso)
2 – Prefeitura de São Paulo – ADPO – 9º
3 – Prefeitura de Santos – Contador – 6º
4 – Prefeitura do Rio de Janeiro – APO – 76º
5 – Prefeitura do Rio de Janeiro – Contador – 70º
6 – TRTMG – Analista Judiciário (Contadoria) – 39º
7 – Câmara de Taubaté – Contador – 10º
8 – Câmara de Santos – Contador – 18º
9 – Câmara de Biritiba-Mirim – Contador – 1º
10 – Câmara de Santa Branca – Contador – 4º
11 – Câmara de Franco da Rocha – Contador – 9º
12 – Câmara de Itaquaquecetuba – Contador – 16º
13 – Prefeitura de Osasco – Contador – 26º
14 – Prefeitura de Carapicuíba – Contador – 3º
15 – Câmara de Caieras – Contador – 4º
16 – Prefeitura de Suzano – Contador – 2º
17 – Prefeitura de Suzano – Analista de Orçamento – 8º
16 – Prefeitura de Biritiba-Mirim – Fiscal – 7º
17 – Prefeitura de Mogi das Cruzes – agente de comb.de endemias – 25º
18 – Prefeitura de Mogi das Cruzes – Aux. de Des. Infantil – 39 º
19 – Prefeitura de Mogi das Cruzes – Aux. de Des. Educacional – 244 º
20 – Câmara de Cotia – Contador – 33º
21 – Câmara de Guarujá – Contador – 12º
22 – Câmara de Franco da Rocha – 8º
23 – Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos – Contador – 34º
24 – Câmara de Valinhos – Ass. de Contabilidade – 14º
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carlos: Como sempre tive em mente que concurso é algo a longo prazo, a minha vida social foi normal, sem muito extremo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Carlos: Minha mãe sempre quis a minha aprovação, por mais que ela não teve a mesma oportunidade de estudar do que eu, ela dizia para eu me dedicar, pois isso seria algo vantajoso. Conheci a minha companheira ao longo das minhas preparações, logo no primeiro dia já falei sobre concurso, ela me apoiou. Meus amigos sempre torceram por mim, fiz grandes amizades ao longo do processo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carlos: Durante uns dois meses aproximadamente. Como criei o hábito de estudar, foi só dar continuidade ao que estava fazendo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carlos: Usei os PDFs do Estratégia, o site de questões e mapas mentais. Além de criar alguns resumos. Usei o MCASP também. A vantagem do PDF é que te dá base teórica, a desvantagem é para revisar, por isso usei os mapas. A vantagem das questões é que simula como será no dia da prova, a desvantagem é que, mesmo com os comentários, falta um pouco teoria. Os mapas têm como vantagem a rapidez na revisão, porém é menos profundo do que os PDFs, isso faz com que não seja interessante para um primeiro contato. Quanto ao MCASP, a vantagem é que as questões de AFO e CASP saem de lá, então “bebi da fonte”, por outro lado, não é tão didático tampouco voltado para o candidato à concurso.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Faz muito tempo, dificilmente alguém já tenha pelo menos pensado em concurso alguma vez, não conheça o Estratégia. Porém, a importância do curso veio à tona quando fui reprovado na prova do TCERJ, percebi que teria que investir em materiais de qualidade para ser competitivo em concursos de cargos melhores, ou seja, não era mais possível ser aprovado usando apenas os conhecimentos adquiridos por uma gramática de português, resolução de alguns exercícios de exatas e lendo leis secas, teria que ter um material que explicasse os porquês.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Carlos: Outros cursos não usei, mas estudei por meio de livros. O livro é muito bom, o problema é o custo para produzir o que acabava encarecendo, além de desestimular os autores, ou seja, não é um material tão atualizado, principalmente na área contábil.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Carlos: Senti muita diferença porque estava acostumado a ler leis secas e materiais que não eram voltados para concurso. Quer dizer, alguns livros até eram, mas não para o cargo em específico. Então, o Estratégia facilitou muito no aprendizado. Nos PDFs os materiais estão com o conteúdo “mastigado’, sem contar a organização da plataforma, nem precisa fazer planilha.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carlos: Meu plano foi algo mais intuitivo, como já tinha resolvido algumas questões, sabia o que precisava melhorar, então focava nisso. Basicamente apurava quantidade de dias que tinha para estudar, as aulas e quantidade de questões de cada matéria, exemplo tinha 30 aulas e 1500 de contabilidade geral, se tivesse 30 dias para estudar, então teria que ver um PDF por dia e fazer 50 questões por dia. Minha ideia era fechar o edital umas duas semanas antes para poder revisar todas as matérias e cada uma de uma forma: resolvia as questões de português e matemática, revisava os mapas mentais matérias de direito e ficava lendo com muita atenção o conteúdo de conhecimentos específicos. Estava muito preocupado em relação à discursiva, já havia sido reprovado nessa fase no TCEES por meio ponto, no TCMSP e, inclusive, na prova de APDO de 2018. Não contava as horas líquidas, mas estudava durante umas três horas num dia e uma hora e meia no outro. O mais importante foi a constância.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carlos: Fiz alguns resumos, lia os mapas mentais e respondia as questões do site. Não usei simulado.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carlos: Não tem como ser competitivo sem resolver muitas questões.
No site de questões estão registrados mais de 40 mil exercícios.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carlos: As de Exatas. Consegui superar resolvendo muitas questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carlos: Usei para revisar os pontos principais e descansei mais do nos dias anteriores, isso porque queria estar bem no dia da prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carlos: Foi tenso. Já tinha sido reprovado na prova de APDO em 2018, no TCEES por meio ponto e no TCMSP, então me dediquei com muita afinco para não cometer os erros do passado. Recomendo se aprofundar no máximo possível de temas e escrever muito, pois no dia é isso que será exigido.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carlos: Meu erro foi pensar que não havia necessidade de investir num material de qualidade, além disso, de não ter me dedicado mais. Meu acerto foi ter constância e ter em mente que – mais ou menos tempo – um dia a aprovação chegaria.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carlos: Nunca pensei em desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: Investir num bom material, resolver muitas questões, revisar sempre, entender que é um processo e que reprovações fazem parte. A mensagem é: acreditem! Por mais que, às vezes, a aprovação pareça distante, ela está mais próxima do que nós pensamos. É um cargo vitalício, então vale a pena se esforçar por um tempo.