Aprovado em 6° lugar no concurso do Instituto Geral de Perícias de SC no cargo de Perito Criminal – Engenheiro:
“Aplique os melhores métodos de estudo, não abra mão dos ciclos de estudos e revisões periódicas. Cerque-se de pessoas que compraram a mesma ideia e que possam te ajudar quando o desânimo vier. Tenha disciplina, selecione períodos específicos de estudo e aproveite cada momento, por vezes não convencional, para estudar, nem que seja para revisar”
Confira nossa entrevista com Carlos Augusto Nogueira Júnior, aprovado em 6° lugar no concurso do Instituto Geral de Perícias de SC no cargo de Perito Criminal – Engenheiro:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Carlos Augusto Nogueira Jr: Sou formado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente tenho 30 anos. Sou natural de Fortaleza, mas moro em Chapecó-SC.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carlos: Desde a graduação, em virtude de haver escassez de vagas para a área que me graduei, além das remunerações serem abaixo do que eu esperava, cogitei começar a estudar para concursos para engenheiros.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Carlos: Para os dois primeiros concursos que prestei, eu praticamente só estudava e cursava Mestrado Acadêmico. Para o concurso que almejei, o de Perito Criminal, eu trabalhava das 7h da manhã até 19h na maioria dos dias, porque era Oficial da Marinha do Brasil. Vale ressaltar, ainda, que nesse último período citado, eu participava de escala de serviço pernoitando em Organização Militar, umas 6 a 7 vezes por mês.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Carlos: Em 4. Fui classificado, ainda na graduação (3° ano de faculdade), para o cargo de Engenheiro de Petróleo Jr da Petrobras. Aprovado para Engenheiro Químico da COMPESA, em 5° lugar. Aprovado para Oficial da Marinha do Brasil, em 20° lugar. O último concurso em que fui aprovado, fiquei em 6º lugar, e foi para o cargo de Perito Criminal – Engenheiro do Instituto Geral de Perícias de SC, em 2017, sendo esse o cargo que tomei posse e estou em exercício.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Carlos: A sensação é indescritível! Saber que todo esforço, noites reduzidas de sono e abdicações foram fundamentais para lograr êxito. É uma mistura de alívio com orgulho de ter alcançado o objetivo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Carlos: Durante o período pré-edital, eu tinha uma vida social equilibrada. Conseguia ter momentos de lazer com minha esposa, tinha o grupo da igreja, praticava corrida de rua quase todos os dias, mas, mesmo assim, estudava entre 3 a 4 horas líquidas por dia, até chegando mais cedo no trabalho.
No período pós-edital, eu fiquei dois meses sem ter lazer algum, sem praticar atividades física e ficava entre trabalho e estudo apenas, estudando uma média diária de 7 a 8 horas líquidas e dormindo no máximo 5h por dia.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Carlos: Sou casado e atualmente tenho uma filha, mas na época que estudava para concurso, éramos apenas eu e minha esposa. A minha esposa, Nathália, sempre entendeu que esse não era um projeto apenas meu, mas da nossa família, inclusive alcançando a filha que temos hoje. Sempre que me perguntam como foi a trajetória de estudos, eu dedico a ela todo o sucesso logrado, pois ela me apoiou integralmente, muitas vezes puxando a minha orelha para estudar, me apoiando nos simulados na função de “fiscal” e levando água, café, lanchinhos enquanto eu estudava. Quando pensei em desistir, foi o apoio dela que impediu que isso acontecesse.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Carlos: Acho que vale quando as disciplinas básicas para o concurso fim já foram finalizadas.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Carlos: Para o concurso que fui aprovado, estudei apenas 2 meses, no pós-edital. Mas já vinha estudando matérias de direito, português, informática, raciocínio lógico, contabilidade e tecnologia da informação há um ano.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Carlos: Sim, durante um ano, aproximadamente. Eu tinha uma rotina bem apertada de trabalho, então eu alocava 1 hora de estudo antes de iniciar as atividades, 1 hora logo após um almoço rápido e de 1 a 2 horas assim que eu chegava em casa do trabalho. Em linhas gerais, dessa forma eu consegui manter a disciplina.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Carlos: Para as matérias envolvendo leitura, tais como as disciplinas de direito e português, eu praticamente estudava somente através de PDF. Para Contabilidade, eu estudei por videoaula e PDF. Raciocínio lógico estudei apenas por questões. Informática e TI, eu mesclava PDF, videoaula e aplicação prática. Para as disciplinas de engenharia, na época, não existiam os materiais do Estratégia, então eu usava livros acadêmicos, notas de aulas e resolvia muitas questões.
A vantagem de estudar por PDF, que é a modalidade que mais indico, é tornar o estudo mais rápido, trazendo grande eficiência em relação a videoaulas. Todavia, para disciplinas onde o candidato tem maior dificuldade, lançar mão de videoaulas permite dar uma destravada e ter maior rendimento ao voltar para o PDF.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Indicação de todos os amigos que estudavam para concursos públicos, além de ter visto muitos webinários.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Carlos: Apliquei o ciclo de estudos e revisões periódicas de 24 horas, 1 semana e 1 mês. No pré-edital, eu estudava no máximo 8 matérias distintas ao mesmo tempo. No pós-edital, eu tive que estudar/revisar aproximadamente 20 matérias distintas ao mesmo tempo. Só fiz resumos para português, contabilidade e matérias de engenharia. Para demais matérias, eu fazia apenas marcação de texto e releitura nas revisões.
O ciclo de estudos foi montado alocando-se mais tempo para matérias com maior dificuldade e menos tempo para as de maior domínio. No pré-edital, estudava de 3 a 4 horas líquidas diárias e, no pós-edital, estudava de 7 a 8 horas líquidas diárias.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Carlos: Contabilidade foi o maior gargalo, mas que acabou não caindo no meu concurso. Eu estudava por videoaulas e anotava tudo que era falado. Depois eu partia para resolução de questões.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Carlos: No período pós-edital, eu fiquei dois meses sem ter lazer algum, sem praticar atividades física e ficava entre trabalho e estudo apenas. Estudava uma média diária de 7 a 8 horas líquidas e dormia, no máximo, 5h por dia. Eu aproveitava todo momento oportuno, horário pré-trabalho, horário de almoço, período no transporte coletivo, muitas vezes até jantando. Um dia antes da prova eu revisei todos os resumos que eu tinha.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Carlos: O maior erro foi ter iniciado os estudos sem a metodologia correta, estudando como se fosse para prova de faculdade, uma matéria por vez. Os maiores acertos foram a aplicação do ciclo de estudos e as revisões periódicas.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Carlos: Sim. O apoio da minha esposa, tentando facilitar muita coisa para mim, foi de fundamental importância.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Carlos: Conseguir dar uma vida mais confortável para mim e minha esposa. Hoje em dia, eu vejo que isso valeu até para minha filha, Melissa.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: Aplique os melhores métodos de estudo, não abra mão dos ciclos de estudos e revisões periódicas. Cerque-se de pessoas que compraram a mesma ideia e que possam te ajudar quando o desânimo vier. Tenha disciplina, selecione períodos específicos de estudo e aproveite cada momento, por vezes não convencional, para estudar, nem que seja para revisar.