Aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TRF-2 para o cargo de Analista Judiciário - Área Administrativa - Sem Especialidade - Rio de Janeiro
Tribunais
“[…] Não existe fórmula mágica para aprovação — é um processo que exige tempo e dedicação. Lembre-se: só alcança o objetivo quem não desiste.”
Confira nossa entrevista com Bruno Costa Diniz Silva, aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TRF-2 para o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa – Sem Especialidade – Rio de Janeiro:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Bruno Costa Diniz Silva: Meu nome é Bruno, sou do Rio de Janeiro, tenho 36 anos, casado, pai da Rebeca de 1 ano e 7 meses. Sou formado em Letras – Português/Literaturas de língua portuguesa.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Bruno: O principal motivo foi melhorar a renda familiar, a qualidade de vida minha e da minha família. A estabilidade eu já havia adquirido, por já ser servidor do INSS, desde 05/2013.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Bruno: Sim, trabalhei e estudei durante toda a preparação. O fato de meu atual cargo possibilitar o teletrabalho facilitou bastante a conciliação, pois eu perdia cerca de 3h no trânsito do RJ, e esse tempo economizado transformei em tempo de estudo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Bruno: Fui aprovado para:
– Escola de Aprendizes-marinheiros, 404º lugar (1200 vagas) – Marinha do Brasil;
– Correios, 2º lugar – atendente comercial;
– INSS, 3º lugar – técnico do seguro social em 2012 e em 50º lugar, em 2022;
– CISBAF – Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense, 2º lugar – técnico administrativo;
– TRT-MG, 136º lugar – analista área administrativa;
– TRT-SC, 45º lugar – analista área administrativa;
– TRF/2, 1º lugar – analista área administrativa e 3º lugar – técnico judiciário.
Após o concurso do TRF2, ainda fiz o TSE Unificado, mas ainda não saiu o resultado e esse pode ter sido o último concurso desse ciclo, pois não pretendo continuar estudando, só aguardar a nomeação do TRF2.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Bruno: Sempre procurava manter o mínimo de vida social, não renunciei a tudo, pois minha preparação foi de longo prazo e sabia que seria difícil manter a constância, se eu deixasse de ter momentos de lazer. Dessa forma, eu programava a minha semana de maneira que eu compensasse o dia que fosse sair. Exemplo: se na sexta à noite havia alguma programação, eu diluía as horas a estudar na sexta, nos demais dias da semana.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Bruno: Sim, tive muito apoio da minha família. Ela entendeu todos os momentos em que precisei deixar de estar com ela para estudar. Isso facilitou bastante o percurso. Aproveito para agradecê-la por toda a paciência e cumplicidade.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Bruno: Estudei desde janeiro de 2022. No entanto, inicialmente eu estava focado no TRE-RJ, apenas em abril de 2024, quando saiu o edital do TRF2, eu passei a focar nesse edital (a prova foi em 07/2024).
No início, em 2022, eu já sabia que seria uma preparação de longo prazo, pois o concurso anterior ainda estava dentro da validade. Assim, durante todo esse tempo eu tentei manter essa consciência, de que o caminho seria longo e de que precisaria ir de pouco em pouco, dia após dia. Tentei não ir até o meu limite todos os dias, mas programar uma quantidade de horas diárias que se sustentasse nesse período, a qual variava entre 3h e 4h líquidas. Raramente, durante todo o período, passei de 4h líquidas diárias.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Bruno: Utilizei, na maior parte do da preparação, PDF. Videoaula eu utilizei para revisar assuntos específicos, em especial na reta final.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bruno: Por meio de pesquisas na internet, principalmente pelas aulas gratuitas no YouTube.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Bruno: O material do Estratégia é bem completo, acho que esse é o diferencial. Ele te prepara para as questões de nível mais fácil até aquela mais complexa. No PDF, o professor já põe tudo de que precisamos para fazer uma boa preparação, desde a lei seca, até o entendimento dos principais doutrinadores da disciplina.
Antes de decidir pelo Estratégia, pesquisei outros materiais, porém achei bem superficiais, não cheguei a estudar por eles, foi apenas para fins de subsidiar minha decisão sobre qual material utilizar.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Bruno: Fiz estudos por ciclo. Inicialmente, inseri as matérias básicas e, conforme terminava essas matérias, ia inserindo as demais. Como eu comecei com bastante antecedência, eu consegui terminar as matérias dentro de um prazo razoável, não precisei, portanto, colocar todas as matérias de uma vez. Em média, estudei cerca de 3h líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Bruno: Por ter começado a estudar com antecedência, ainda durante o período de validade do concurso anterior, optei por um método que funcionava bem para mim: resumia as aulas em uma folha A4. Apesar de muitos professores não recomendarem esse tipo de resumo, pois consome mais tempo na leitura do material, escolhi esse formato porque sabia que teria um longo período de preparação.
Meu processo era o seguinte: pegava uma folha A4, dobrava ao meio, transformando-a em um “minicaderno”, e nela anotava as informações principais de forma resumida, complementando com esquemas. Esse material se tornava minha principal ferramenta de revisão posteriormente.
Minha estratégia de revisão
- Revisões periódicas:
- Fazia uma revisão dentro de 24 horas (não deixava passar duas noites sem revisar o conteúdo daquele dia).
- Depois, fazia uma nova revisão 7 dias após o estudo inicial.
- Divisão dos PDFs:
- Baixei todos os PDFs de cada matéria e os dividi em blocos de três (por exemplo, se uma matéria tinha 9 PDFs, criava três blocos com 3 PDFs cada).
- Após estudar o primeiro bloco, aplicando as revisões de 24h e 7 dias, voltava ao início (PDF 1) e revisava o bloco completo pelo meu material resumido antes de avançar para o próximo bloco.
- Repeti esse processo até finalizar todos os blocos da matéria.
- Revisão final:
- Após concluir todos os blocos de PDFs de todas as matérias, revisava tudo novamente desde o primeiro PDF, usando exclusivamente meus resumos.
- Exercícios e ajustes finais:
- Ao terminar toda a revisão teórica, passei a focar em exercícios. Durante essa fase, revisava pontos específicos da teoria conforme identificava dificuldades nas questões.
Essa abordagem me ajudou a consolidar o conteúdo e a construir um material eficiente para revisões, adequado ao meu ritmo e estilo de estudo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Bruno: Fazer muitos exercícios, sem dúvidas, foi determinante para a minha aprovação. Entre exercícios do sistema de questões e dos PDFs, durante a preparação, eu fiz cerca de 56 mil, essas foram as que eu contabilizei, há outras que fazia no dia a dia, mas não planilhei, então, se somar, eu calculo cerca de 65 mil questões. Todos os dias, ao longo da preparação, eu me propunha a resolver em torno de 30 questões, escolhidas entre assuntos já estudados, nos quais eu tinha mais dificuldade. Nem sempre foi possível bater essa meta, mas na maioria dos dias eu consegui.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Bruno: Contabilidade foi a matéria que mais me desafiou. Tentei superar alternando entre professores e materiais didáticos. O que não conseguia entender, fui na raça, tentando decorar (rs).
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Bruno: Passei as últimas duas semanas apenas revisando os principais pontos da teoria em que eu tinha mais dificuldade, pois já tinha terminado todo o conteúdo, principalmente por meio dos vídeos da Hora da Verdade.Portanto, foram poucos exercícios e muita revisão de teoria. No dia pré-prova, assisti à revisão de véspera do Estratégia.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Bruno: Precisei de adquirir mentoria para essa parte da prova, pois tinha muita dificuldade. Nessa mentoria eu pratiquei bastante e isso fez o diferencial na minha aprovação.
Dividi meus estudos em duas partes: a primeira, estrutura, a segunda, conteúdo. Estudava a discursiva como uma matéria no ciclo e, ora praticava, para fixar a estrutura e os conectivos, ora estudava a parte de conteúdo, por tema (meio ambiente, tecnologia, questões filosóficas…).
Para quem vai fazer prova com discursiva e tem dificuldade, sugiro começar com bastante antecedência e praticar, de maneira a perder o medo de escrever, se existir. Discursiva só se aprende praticando, não tem muito segredo. Portanto, não negligencie essa parte da sua preparação. Se possível contrate um professor especializado, para que ele corrija suas redações.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Bruno: Se fosse começar a estudar hoje, eu começaria a estudar redação desde os primeiros dias e, além disso, teria investido em um tablet, pois te oferece mais recursos, além de possibilitar uma maior organização do material.
Nessa trajetória, acredito que ter começado a estudar de maneira direcionada, com foco no cargo que eu queria, sem desviar ao longo do tempo, tenha sido a maior virtude. Além disso, ter me mantido constante durante os 2 anos e meio de estudo também pode ser considerado um ponto positivo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Bruno: Pensar em desistir eu nunca pensei, mas certamente por alguns momentos a motivação esteve menor. Nesses momentos, eu tentava focar naquilo que o cargo poderia proporcionar a mim e minha família. Não necessariamente no salário, mas naquilo que o salário poderia proporcionar, nas realizações dos nossos sonhos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bruno: Mantenha o foco em uma área específica e dedique-se totalmente a ela. Caso decida mudar para outra área, tudo bem, mas redirecione todo o seu esforço, não apenas para um concurso em particular, mas para a área como um todo e siga até a aprovação naquele cargo. Assim, você estará mais preparado que aqueles que constantemente mudam de objetivo e estão sempre em ritmo de pós-edital.
A consistência é fundamental. Não significa estudar exatamente 3 horas todos os dias, mas sim criar uma rotina em que, na maioria dos dias, você se dedique ao estudo, seja por 1 ou 4 horas. O importante é manter a constância. Não se pressione excessivamente; haverá dias difíceis, mas acredite: sua hora chegará, desde que você persista.
Além disso, encontre o método que melhor funciona para você. Copiar estratégias de outras pessoas é válido, mas adapte-as às suas necessidades e particularidades. Não existe fórmula mágica para aprovação — é um processo que exige tempo e dedicação. Lembre-se: só alcança o objetivo quem não desiste.