Aprovado em 1º lugar no concurso POLITEC (RO) para Perito - Química
Concursos Públicos
“Conheci aprovados que tinham métodos de estudo e histórias individuais bem diferente entre si, então minha dica é que procure se conhecer e reconhecer suas fraquezas e vantagens.”
Confira nossa entrevista com Bruno Bugni Vasconcelos, aprovado em 01º lugar no concurso POLITEC (RO) para Perito – Química:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Bruno Bugni Vasconcelos: Me chamo Bruno Vasconcelos. Sou bacharel em Química pela Universidade Federal de Alagoas. A maior parte de minha vida vivi em Alagoas, entre Penedo e Maceió, mas a minha linda cidade natal é Paulo Afonso, na Bahia.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Bruno: Minha mãe é funcionária pública há muitos anos. Desde criança entendia no trabalho dela o impacto que o serviço público com dedicação pode oferecer, mesmo que às vezes despercebido, na vida de muitas pessoas. Entre outras coisas, isso me influenciou nessa decisão que é fácil de tomar mas nem tanto de manter.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Bruno: Poucas vezes pude me dar ao luxo de apenas estar estudando, embora acredite que uma rotina de trabalho pode ajudar a manter-se organizado para muitas coisas, inclusive o estudo, apesar do cansaço. Antes de passar no meu primeiro concurso, no IBGE, dava aulas em uma escola particular, era meio expediente, e às tardes eram pra estudo.
Já no IBGE, de início, foi complicado para conciliar, tudo é muito novo e os treinamentos para nosso trabalho demandam muitas horas. Mas a gente vai ,naturalmente, se adequando. Encaixava alguns minutos do trabalho para resolução de questões, por exemplo. Com o tempo percebi que finalizar e fazer um bom trabalho, sem se exceder, ajudava a fazer um estudo mais concentrado.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Bruno: Fui aprovado para Técnico de Informações Geográficas e Estatísticas do IBGE, bem como para perito criminal em Pernambuco, em 2016, em que não pude dar prosseguimento para assumir.
Para o IBGE a concorrência era do local a que você tinha se proposto trabalhar. Passei em segundo, entre três vagas imediatas.
Para Perito em Pernambuco passei, mas não nas vagas imediatas. Décimo quinto se não me falha a memória.
Pretendo continuar estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Bruno: Talvez de início eu tenha tido um comportamento, com o perdão do termo, um pouco neurótico. Não sair, não se divertir, não havia espaço para isso. “ Eu poderia estudar agora em vez de fazer isso”, era um pensamento frequente. Com tempo e muita conversa, você acaba percebendo que saber descansar e se divertir é também importante para a aprovação.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Bruno: Sou casado e tenho um filho de sete meses. O Otto. Ele já acompanha algumas leituras que o papai faz, sentado no colo. E é paciente.
Minha família e amigos sempre foram de me apoiar muito, nesse aspecto eu não tenho do que reclamar.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Bruno: Os estudos na área pericial perpassam um conjunto mais ou menos frequente de matérias, assim eu vinha estudando há quase um ano e a partir do lançamento do edital, especificamente para o concurso da POLITEC-RO. A disciplina se manteve como de início. Não acreditava que precisava “apertar mais o cinto”, no lançamento do edital.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Bruno: Acho que os PDFs trarão, em conteúdo, tudo que você precisa para a aprovação. Para concursos, no geral, é preciso ter o “feeling” de qual informação vale mais a pena guardar, e o conteúdo dos pdfs faz geralmente uma boa curadoria nesse sentido.
Sou também muito fã dos PDFs simplificados. Ele tem a maior virtude que uma ferramenta de estudo para concurso pode ter: são diretos.
É bastante difícil engajar em vídeoaulas, mas utilizo quando acredito que tenha algum ponto que não consegui entender das leituras do pdf e que valha a pena absorver.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bruno: O Estratégia é um velho parceiro de caminhada. Desde 2016, para a minha primeira aprovação, no IBGE, eu pude utilizar do material. Como eu morava no interior de Alagoas na época, cheguei até ele em buscas na internet.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Bruno: Senti bastante diferença. Fiz alguns concursos antes de procurar cursos como os do Estratégia, e vinha acumulando algumas falhas.
Não sei se é algo claro para outros concurseiros, mas gosto de pensar que estudar e estudar para concursos são coisas muito diferentes. Estudar pode te levar à aprovação de um concurso, mas estudar para concurso vai te poupar muito tempo e esforço se seu objetivo for a aprovação. Esse diferencial eu encontrei nos materiais do Estratégia. Parecia que estava tudo ajustado para o que o concurso ia exigir.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Bruno: De início eu tinha uma disposição muito grande para passar várias horas ininterruptas de leitura e vídeoaula, entre 7 e 8h. Assim, montava planilhas de estudo com objetivos a atingir em termo de conteúdo estudado. Se havia matérias ou assuntos correlatos, conseguia estudar até três materiais por dia. Com o tempo, fui adotando outras estratégias. A principal delas foi a adoção das monitorias e trilhas estratégicas oferecidas pelo Estratégia. Me caiu como luva. E que acredito que têm muito potencial. Hoje em dia posso dizer que me sinto satisfeito com 2 a 3h de estudo ao dia pegando no máximo duas matérias, me dando, claro, devidos descansos.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Bruno: Minhas revisões são quase sempre a resolução das questões dos materiais.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Bruno: Fiz e refiz muitas questões. Também sempre me propus a fazer o máximo número de concursos correlatos possível. Se pôr à prova, para mim, é um estímulo para manter os estudos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Bruno: Alguns Direitos ainda são como um espinho no sapato. Contabilidade, também. Parece que tenho um impedimento natural para aprender.
Eu procuro respeitar minha dificuldade e entender que os passos da aprendizagem dessas matérias serão mais devagar, não adianta perder muito tempo com frustração. A aprendizagem desse conteúdo é, no fundo, um momento difícil mas que não pode ser negligenciado.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Bruno: Eu tinha ciência de que já vinha estudando há um bom tempo, então a semana que antecedeu a prova e o dia pré-prova foram mais de descanso e lazer do que estudo: vi meus filmes e li alguns textos sobre assuntos diversos.
Refiz algumas questões, mas sinceramente minha preocupação maior foi me dar um bom descanso.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Bruno: A discursiva foi onde melhor me destaquei e a prova que me colocou em primeiro lugar, nessa etapa do certame. Leitura e prática são as chaves para um bom desempenho, mas também me ajudou estudar em PDFs que eram diretos na transmissão da informação.Quando se lê bastante, costuma-se distinguir mais facilmente um bom texto de um mau. A partir daí, você consegue se autoavaliar na formação dos próprios textos.
A clareza na transmissão da ideia é meu mantra. Imagine você quantos textos serão lidos pelo seu avaliador. Imagine você no lugar dele. Após tantos textos lidos, alguns, talvez, com bastante esforço, não seria bom pegar um texto onde a mensagem chegue de maneira leve e clara?
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Bruno: Houve momentos em que eu pensei que falhar seria o fim, pois a oportunidade jamais voltaria e não faria mais sentido o esforço passado nem o que aparecesse no futuro. Esse foi meu principal erro em algumas ocasiões. Na prova que prestei para perito criminal da Paraíba, eu praticamente li todos os PDFs de Medicina Legal e Criminalística um dia antes da aplicação da prova, e mais: durante a viagem para lá. Era minha esposa dirigindo e eu decorando etapas de Cadeia de Custódia. Me pus muita pressão. Dormi mal e precisei de uns 30 minutos depois do início da prova para juntar as forças, tamanho o nervosismo, e começar a responder.
Não passar em uma prova não pode significar nunca o fim de sua luta. Acho que isso é perder de perspectiva a grande oportunidade que é estar vivo. Consequentemente daí, acho que partiu meu maior acerto, tive que entender que manter a calma, a serenidade e a preparação sempre vai aumentar minhas chances de um bom desempenho. Hoje em dia, faço o que posso e mais importante: sei que faço o que posso.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Bruno: Houve momentos em que pensei não ser capaz da aprovação. Entre minha aprovação em 2016 e essa, mais recente, passaram-se 6 anos. Muita coisa ocorreu e estive envolvido em outro projeto, além do trabalho, antes de retomar esses concursos. Pensei ter perdido o tempo e a habilidade em fazer essas provas. Mas ter alguém com quem conversar e externalizar todas essas questões me ajudou a passar por esse momento difícil. A vitória da aprovação é sempre uma vitória coletiva.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bruno: Conheci aprovados que tinham métodos de estudo e histórias individuais bem diferente entre si, então minha dica é que procure se conhecer e reconhecer suas fraquezas e vantagens. As várias horas de estudo que alguém consegue passar na frente dos PDFs ou em vídeo-aula podem não ter utilidade nenhuma para você. É um aprendizado que só se tem durante a luta, e esse aprendizado pode ou não ser demorado, mas a recompensa acaba vindo.