Aprovada em 1° lugar (CR) no concurso TSE Unificado (TRE-GO) para o cargo de Analista Judiciário - Área: Judiciária
Concursos Públicos
“Persista, não deixe de acreditar em você e não se subestime. Com esforço e dedicação, somos capazes de fazer coisas extraordinárias!”
Confira nossa entrevista com Brena Lourena da Silva Santos, aprovada em 1° lugar (CR) no concurso TSE Unificado (TRE-GO) para o cargo de Analista Judiciário – Área: Judiciária:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Brena Lourena da Silva Santos: Sou bacharela em Direito. Tenho 24 anos e sou de Formosa da Serra Negra/MA.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Brena: Durante a minha graduação, passei por diversos estágios em diversos lugares, tanto no setor público quanto no privado. Quando colei grau no início do ano passado, estava estagiando em um escritório, mas sentia que meu coração ainda pulsava por ser servidora pública e ter a oportunidade de ajudar a minha família.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Brena: Sim, trabalho na DPE/GO no turno vespertino. Eu estudava majoritariamente no período da manhã e à noite quando sobrava algum tempinho depois de fazer as leituras que a pós-graduação me exigia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Brena: Já fui aprovada em 4º lugar para Analista de Área – Advogado, no CREA/GO, concurso que ocorreu no final de 2023. Sim, pretendo continuar estudando, pois meu objetivo final é magistratura.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Brena: Sim, eu saía de vez em quando, admito que não ficava isolada estudando feito louca. Eu estudava com maior intensidade no meio da semana. Nos finais de semana, como sempre tinha casa para limpar e outros afazeres domésticos, eu acabava estudando somente quando dava mesmo e em menor intensidade.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Brena: Sim, minha família é meu principal suporte em minha vida de estudos para concursos, sem o apoio deles eu jamais estaria aqui. Meus pais me incentivam a fazer absolutamente tudo que me proponho fazer para meu desenvolvimento profissional.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Brena: Estudei por 10 meses, comecei ali no início de fevereiro/2024. Acho que, para manter a disciplina por tanto tempo e não jogar tudo para o alto, é necessário que você não viva exclusivamente em função de concurso. Eu saía, treinava e trabalhava, ou seja, fazia atividades que não me deixavam totalmente imersa nesse mundo de concursos. Acho isso muito importante, nosso corpo pede pausas para a nossa saúde mental.
Confesso que quando prorrogaram a prova para dezembro, fiquei meio desnorteada, pois não gosto de pós-editais tão longos, a gente vai perdendo o fôlego. Mas, ainda assim, persisti.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Brena: Eu estudei principalmente por lei seca e questões. Eu fiz todos os cadernos de questões inéditas do Estratégia para Direito Eleitoral, várias e várias vezes. Também elaborei meus próprios cadernos de questões no Estratégia Questões. Li as legislações eleitorais no mínimo umas três vezes. No pré-edital, lembro que fiz vários daqueles mini-simulados de 50 questões de Direito Eleitoral elaborados pelo prof. Ricardo Torques. Também assisti diversas videoaulas da profª. Nelma Fontana, tanto as de Eleitoral, quanto as de Constitucional.
Não sei dizer se houve desvantagens, pois só me lembro da vantagem mesmo, que foi ter retido os conteúdos principais do edital de maneira relativamente rápida.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Brena: Eu sempre segui o Estratégia Concursos no Instagram, porque quem é desse mundo jurídico voltado para concursos acaba acompanhando as principais páginas que falam sobre o assunto, mas só passei a utilizar a plataforma no final de 2022, salvo melhor juízo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Brena: Sim, senti. Acho que o principal diferencial do Estratégia é o quanto o material consegue ser enxuto e completo ao mesmo tempo, abrangendo todo o conteúdo estudado, dando mais ou menos importância a determinado ponto a depender da relevância desse ponto para a banca. Isso me fazia economizar tempo. E eu gosto muito dos pdfs para assimilar aqueles conteúdos mais teóricos e de difícil compreensão quando estudados só por lei seca e questões. Eu usava bastante a plataforma de questões, as questões inéditas, os pdfs e as videoaulas de algumas matérias específicas, como Português (amo de paixão a profª Adriana!).
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Brena: Não montei um plano de estudos, estudava umas duas ou três matérias por dia, através de questões. Na medida em que ia errando ou me deparando com alguma questão em que eu tinha um conhecimento mais raso sobre o conteúdo cobrado, eu ia aprofundando o estudo sobre aquele ponto com os pdfs ou com outras questões sobre o assunto. Tudo que eu errava, eu anotava num caderno de erros. Acho que estudava umas 4 horas líquidas por dia, às vezes mais, às vezes menos, mas não media em cronômetro, pois isso me causava ansiedade.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Brena: Eu revisava por questões, relia os grifos da lei seca e relia meu caderno de erros. Fiz todos os simulados do Estratégia e grifava o que eu errava e o que eu tinha ficado com dúvida. Esses simulados grifados também viram material de revisão. Uma coisa que eu fiz e que me ajudou muito também foi ir salvando todas as questões que eu errava, na plataforma de questões mesmo. Aí depois de uns meses, eu ia lá e fazia aquelas questões novamente. Isso me forçava a lembrar de um conteúdo anteriormente estudado.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Brena: Acho que a resolução de questões deve ser priorizada do início ao fim e jamais deve ser deixada de lado. Há diversos métodos de estudo e acredito que todos sejam válidos, desde que você consiga reter aquele conteúdo de maneira sólida e rápida, pois sabemos que tempo é uma variante importante nos estudos para concursos, por isso estudar por questões, a meu ver, é o melhor caminho, uma vez que consigo consolidar a matéria na minha mente de forma relativamente rápida.
Não lembro quantas questões eu fiz, mas foram algumas milhares.
Para mim, a resolução de questões é o pilar para aprovação.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Brena: Tinha mais dificuldade em Direito Eleitoral, pois são muitos prazos e muita coisa se desencontrou entre o Código Eleitoral e as demais leis e Constituição Federal. Eu sou muito a pessoa que precisa entender para aprender, não consigo simplesmente decorar sem qualquer explicação.
Às vezes, via um dispositivo no CE ou na LE se contradizendo com alguma Súmula do TSE ou do STF e não conseguia simplesmente me conformar, então eu, vez ou outra, recorria à doutrina.
O que me ajudou a superar essa minha dificuldade em Eleitoral foram as questões e as aulas de alguns professores, como o Torques e a Nelma.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Brena: Naquela semana eu tinha aula da minha pós-graduação na sexta-feira à noite e no sábado, das 8h às 16h, então eu sabia que teria que me dedicar durante a semana mesmo. Assim fiz, revisei durante a semana e, no sábado à noite, assisti um pouco da live de Revisão de Véspera do Estratégia.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Brena: Eu fiz boa parte das discursivas com as propostas de temas do Estratégia. Eu pegava o PDF com aquelas rodadas de temas e fazia, depois grifava o que eu errava ou o que tinha deixado de mencionar. Basicamente, foi isso. Não houve muito segredo nessa parte. Como ler e escrever sempre fez parte da minha vida de estudante e profissional, pode ser que isso tenha facilitado para mim, pois já estou habituada.
Para uma prova desse nível, é importante, sim, você ter técnica, mas o que realmente te aprova é o conteúdo, então, acredito eu, não adianta você inserir vários “juridiquês” e não saber dissertar sobre aquele tema dado pela banca.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Brena: Acho que, quanto aos erros, eu posso citar que eu poderia ter sido mais organizada nos estudos, ter feito um cronograma, etc. Acho muito legal essas rotinas de estudo que vejo no Instagram, mas não consegui ser assim. Fui a concurseira que eu podia ser dentro da minha realidade.
De acertos, eu posso citar não ter desistido. É normal ficar cansado, é normal querer jogar tudo para o alto, é normal você se sentir a pessoa mais burra da face da Terra depois de ter errado a mesma questão umas três vezes. Tudo isso faz parte da trajetória de quem quer mudar de vida pelos estudos. Houve dias em que eu não conseguia estudar, mas eu sempre voltava, então, entre outros acertos, eu digo que o meu principal foi ter persistido.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Brena: Acho que não pensei em desistir, mas houve dias em que eu não conseguia estudar ou estudava totalmente desanimada, rendendo muito pouco, principalmente naqueles dias em que errava muitas questões. Batia o desânimo e ficava totalmente desacreditada. Para se ter uma ideia, eu, na semana da prova, achava que eu não ia sequer ser aprovada, que dirá ficar na posição em que fiquei.
Nesses dias em que eu ficava mais abatida com os estudos, eu desabafava com meu namorado, que é meu parceiro de estudos também. Ele acreditava em mim quando eu mesma não acreditava e sempre dizia que eu ia ficar em primeiro lugar nesse concurso. Então, é importante, sim, você ter uma rede de apoio nessas horas.
Uma coisa que me ajudou também foi ter saído de grupos de estudo para esse concurso. Sei que pode ser um ambiente bom para trocar ideias, mas, no meu caso, não foi, porque eu acabava me comparando com uma pessoa ou outra que dizia que tinha acertado 90% num simulado em que eu tinha feito somente 70%.
A minha principal motivação para seguir em frente foi a vontade de mudar de vida, de ter minha estabilidade, ser totalmente independente, ajudar minha família e avançar rumo à magistratura.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Brena: Persista, não deixe de acreditar em você e não se subestime. Com esforço e dedicação, somos capazes de fazer coisas extraordinárias!