Aprovado em 19° lugar no concurso CNPQ para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia Pleno I - Especialidade: Gestão e Acompanhamento de Projetos e Programas em CT&I
Concursos Públicos“O principal conselho é seguir em frente e se dedicar aos estudos, não espere que o resultado seja o esperado logo nos seus primeiros concursos. Para atingir o cargo que você deseja pode ser necessária muita dedicação e a preparação ao longo de algum tempo, até que seus resultados melhorem […]”
Confira nossa entrevista com Antônio Cecílio Barboni Junior, aprovado em 19° lugar no concurso CNPQ para o cargo de Analista em Ciência e Tecnologia Pleno I – Especialidade: Gestão e Acompanhamento de Projetos e Programas em CT&I:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Antônio Cecílio Barboni Junior: Eu me chamo Antônio, sou licenciado em Ciências Sociais, mestre em Sociologia pela Universidade de Brasília e tenho 27 anos. Apesar de morar em Brasília há 10 anos, eu nasci no sul de Minas, em Varginha.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Antônio: Durante um bom tempo, eu tive a pretensão de seguir a carreira acadêmica, mas acabei sentindo a necessidade de ter algo mais estável, para não depender apenas das bolsas de pós-graduação. Por isso, eu decidi experimentar a carreira de Magistério em Sociologia e comecei a estudar para as provas de professor temporário da SEEDF.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Antônio: De início, eu conciliei o final da minha licenciatura com os estudos para a prova de professor temporário. Só no primeiro ano da pandemia, eu consegui me dedicar integralmente aos estudos para concurso. Apesar de ter muita dificuldade para conciliar, enquanto eu estava dando aula, eu tentava separar uma ou duas horas para estudar durante o dia, especialmente no mês que antecede a prova.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Antônio: Já fui aprovado duas vezes no concurso de temporário para professor de sociologia da SEEDF, para analista de prestação de contas temporário do MTE, para professor de sociologia da UnDF (9º), para analista em PPGG-DF (25º), para Especialista em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais do FNDE (78º), e agora para Analista de C&T do CNPq (19º). Eu continuo estudando e pretendo me manter assim por mais um tempo, com foco no CPNU para a carreira EPPGG.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Antônio: Eu evitei sair de segunda a sexta, mas nunca tive muitas restrições durante os finais de semana. Para mim, sempre foi importante manter a vida social, até para poder relaxar um pouco das situações de tensão e insegurança que os concursos acabam despertando.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Antônio: Sim, eles sempre foram muito entusiastas e me apoiaram nos estudos, sendo compreensivos com a necessidade de ter mais tempo dedicado aos estudos e acreditando no meu potencial de ser aprovado, tendo retorno do tempo e do esforço investidos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Antônio: Eu praticamente não estudei direcionado para o CNPq, porque estava focado na prova do IPEA, mas já vinha me preparando para outros certames organizados pelo Cebraspe, como o MEC e o FNDE, e isso foi fundamental para ir bem na prova. Para manter a disciplina, eu tentei me comprometer com uma carga horária de estudos de 4 horas por dia, para criar uma rotina de estudos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Antônio: Eu tomei como base, principalmente, os PDFs do Estratégia. Sinto que tenho mais facilidade com a leitura e também acho que, com os textos, eu conseguia ser mais eficiente do que com as videoaulas. Ainda assim, eu acompanhei algumas lives no YouTube do Estratégia e foram muito importantes os materiais de Reta Final e Hora da Verdade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Antônio: Eu conheci há alguns anos pela recomendação de vídeos no YouTube, mas mais recentemente tive a recomendação dos cursos por outros colegas que estudaram para concursos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Antônio: Sim, durante meus primeiros anos de concurseiro, eu usei o material de outro cursinho, especialmente enquanto eu estava me preparando para as provas de professor temporário da SEEDF. Entretanto, depois de um certo tempo, eu não me sentia mais satisfeito com o material escrito e, por isso, fui me aconselhar com outros colegas para avaliar quais eram as melhores opções dentro do meu perfil de estudos.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Antônio: Sim, eu fui aprovado como professor temporário da SEEDF, analista temporário do MTE, analista PPGG-DF e professor da UnDF.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Antônio: Eu senti diferença principalmente dos materiais focados que o Estratégia disponibilizou nas duas últimas semanas para o concurso, como a “Hora da Verdade” e a “Reta Final”, além, é claro, da maior qualidade nas apostilas. Isso foi fundamental para que eu me sentisse mais seguro na fase final de preparação para o FNDE.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Antônio: Eu já tinha estudado boa parte dos conteúdos básicos para a prova do FNDE, que tinha ocorrido há pouco mais de um mês antes do CNPq. Então eu foquei apenas na parte de conhecimentos específicos, fazendo a revisão da parte geral por meio de questões. Dentro das 4 horas líquidas que eu vinha estudando para o IPEA eu tentei conciliar com os conteúdos que se assemelhavam.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Antônio: Eu sou muito do material escrito, então, eu gosto de preparar meus resumos enquanto estou vendo as videoaulas ou lendo as apostilas e as legislações, depois faço a revisão pelas minhas anotações e pelas lives de revisão do Estratégia.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Antônio: Eu sempre tive dificuldade em ficar muito tempo seguido resolvendo exercícios. Eu acho que é uma forma muito importante de preparação, mas eu preferia diluir essa atividade entre as lives de resolução de exercícios e as questões comentadas do material impresso. Com isso, eu achava que o estudo e a revisão ficavam mais fluídos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Antônio: Para o concurso do CNPq nada foi especificamente difícil, mas eu tive que me concentrar em estudar praticamente do zero as políticas de ciência, tecnologia e inovação. Para mim isso foi bom porque é algo que vou aproveitar ainda no concurso da Capes, e que vai cair no bloco do CNU que eu decidi fazer.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Antônio: Eu me dediquei principalmente a fazer a revisão dos conteúdos básicos, e a vencer um ou outro conteúdo específico que eu ainda não tinha conseguido estudar. No dia pré-prova eu não fiz nenhuma revisão, tentei descansar para realizar uma boa prova no dia seguinte.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Antônio: Eu já tive muitas experiências com as redações do Cebraspe, então eu achei uma etapa bem tranquila. O tema cobrado não foi algo que eu tinha domínio, mas eu acho que o mais importante é conhecer a estrutura de redação que a banca exige e, na hora de escrever, lembrar de usar os conectivos sem moderação, além de fundamentar seus argumentos com a legislação ou com autores que tratam do tema. Por fim, faça um esquema com o esqueleto da sua redação antes de escrever, colocando só as ideias-chave e vá resolver a prova objetiva antes de fazer seu rascunho propriamente, esse tempo é importante para se acalmar e talvez ter outras ideias.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Antônio: Em termos de erros, eu citaria ter adotado uma postura mais desleixada com alguns concursos. Ao ver poucas vagas ou uma remuneração que não era tão atraente, eu acabei abrindo mão de me esforçar tanto quanto eu poderia para alguns certames. O que é compreensível, dada a necessidade de conciliar com outras demandas da vida. Entretanto, como acertos eu citaria a disciplina nos casos em que eu me joguei de cabeça nos concursos e que, em geral, retornaram com resultados positivos. Por mais que tenha sido difícil e, em alguns casos, e sentisse o cansaço e a insegurança batendo, eu sabia que era algo que valeria a pena, pois eu tinha colocado como direcionamento para a minha vida.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Antônio: Em alguns casos sim, especialmente quando eu via que alguns concursos que saíam não eram muito atraentes ou mesmo que eu via poucas vagas e achava que não tinha chance de chegar entre os primeiros. Mas a minha principal motivação, além da estabilidade e da remuneração, foi acreditar na educação pública e no setor público e foi a convicção de que eu nasci para trabalhar com isso que me deu forças nos momentos mais difíceis.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Antônio: O principal conselho é seguir em frente e se dedicar aos estudos, não espere que o resultado seja o esperado logo nos seus primeiros concursos. Para atingir o cargo que você deseja, pode ser necessária muita dedicação e a preparação ao longo de algum tempo, até que seus resultados melhorem. É importante esse período de amadurecimento fazendo várias provas, acostumando-se com as características de cada banca. Mas no final das contas vale a pena, por isso é importante manter o foco e lembrar qual é seu objetivo.