Aprovado em 56° lugar no concurso FNDE para o cargo de Especialista Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais
Concursos Públicos
“[…] Nós sempre vamos precisar lidar com nossas próprias expectativas e com as demandas externas que a vida joga no nosso colo o tempo todo. Vale a pena refletir sobre quais são os seus objetivos, e, se o mundo do serviço público realmente faz sentido, então invista sem medo […]”
Confira nossa entrevista com Antônio Cecílio Barboni, aprovado em 56° lugar no concurso FNDE para o cargo de Especialista Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Antônio Cecílio Barboni: Eu me chamo Antônio, sou licenciado em Ciências Sociais e mestre em Sociologia pela Universidade de Brasília e tenho 27 anos. Apesar de morar em Brasília há 10 anos, eu nasci no sul de Minas, em Varginha.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Antônio: Durante um bom tempo, eu tive a pretensão de seguir a carreira acadêmica, mas acabei sentindo a necessidade de ter algo mais estável, para não depender apenas das bolsas de pós-graduação. Por isso, eu decidi experimentar a carreira de Magistério em Sociologia e comecei a estudar para as provas de professor temporário da SEEDF.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Antônio: De início, eu conciliei o final da minha licenciatura com os estudos para a prova de professor temporário. Só no primeiro ano da pandemia, eu consegui me dedicar integralmente aos estudos para concurso. Apesar de ter muita dificuldade para conciliar enquanto eu estava dando aula, eu tentava separar uma ou duas horas para estudar durante o dia, especialmente no mês que antecede a prova.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Antônio: Já fui aprovado duas vezes no concurso de temporário para professor de sociologia da SEEDF, para analista de prestação de contas temporário do MTE, para professor de sociologia da UnDF (9º), para analista em PPGG-DF (25º) e agora para Especialista em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais do FNDE (78º). Eu continuo estudando e pretendo me manter assim por mais um tempo, com foco em carreiras como pesquisador do IPEA e EPPGG.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Antônio: Eu evitei sair durante a semana, mas nunca tive muitas restrições durante os finais de semana. Para mim, sempre foi importante manter a vida social, até para poder relaxar um pouco das situações de tensão e insegurança que os concursos acabam despertando.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Antônio: Sim, eles sempre foram muito entusiastas e me apoiaram nos estudos, sendo compreensivos com a necessidade de ter mais tempo dedicado aos estudos e acreditando no meu potencial de ser aprovado, tendo retorno do tempo e do esforço investidos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Antônio: Eu estudei durante um mês e meio focado especialmente no FNDE. Eu tinha feito o concurso do MEC, mas não consegui criar uma boa rotina de estudos. Com isso, eu percebi que seria necessário ter mais disciplina e garantir de 4 a 5 horas por dia de estudo. Como meu atual trabalho no MTE é híbrido, eu tive a vantagem de aproveitar o tempo que seria gasto com o deslocamento e, nos dias em que estava no trabalho, sempre ficava algumas horas a mais para estudar.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Antônio: Eu tomei como base, principalmente, os PDFs do Estratégia. Sinto que tenho mais facilidade com a leitura e também acho que, com os textos, eu conseguia ser mais eficiente do que com as videoaulas. Ainda assim, eu acompanhei algumas lives no YouTube do Estratégia e foram muito importantes os materiais de Reta Final e Hora da Verdade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Antônio: Eu conheci há alguns anos pela recomendação de vídeos no YouTube, mas mais recentemente tive a recomendação dos cursos por outros colegas de estudam para concursos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Antônio: Sim, durante meus primeiros anos de concurseiro, eu usei o material de outro cursinho, especialmente enquanto eu estava me preparando para as provas de professor temporário da SEEDF. Entretanto, depois de um certo tempo, eu não me sentia mais satisfeito com o material escrito e, por isso, fui me aconselhar com outros colegas para avaliar quais eram as melhores opções dentro do meu perfil de estudos.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Antônio: Sim, eu fui aprovado como professor temporário da SEEDF, analista temporário do TEM, analista PPGG-DF e professor da UnDF.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Antônio: Eu senti diferença principalmente dos materiais focados que o Estratégia disponibilizou nas duas últimas semanas para o concurso, como a “Hora da Verdade” e a “Reta Final”, além, é claro, da maior qualidade nas apostilas. Isso foi fundamental para que eu me sentisse mais seguro na fase final de preparação para o FNDE.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Antônio: De início, eu foquei nos conteúdos que eu ainda não tinha estudado, para ficar mais ou menos no mesmo nível em todos os conteúdos do concurso. Depois disso, eu preparei um esquema de revisão dos conteúdos e, com cerca de 4 a 5 horas líquidas, eu tentava revisar pelo menos duas materiais por dia. Esse foco se deu, principalmente, no último mês para a realização da prova.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Antônio: Eu sou muito do material escrito, então, eu gosto de preparar meus resumos enquanto estou vendo as videoaulas ou lendo as apostilas e as legislações, depois faço a revisão pelas minhas anotações e pelas lives de revisão do Estratégia.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Antônio: Eu sempre tive dificuldade em ficar muito tempo seguido resolvendo exercícios. Eu acho que é uma forma muito importante de preparação, mas eu preferia diluir essa atividade entre as lives de resolução de exercícios e as questões comentadas do material impresso. Com isso, eu achava que o estudo e a revisão ficavam mais fluídos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Antônio: O meu maior receio foi com raciocínio lógico e contabilidade pública. Nos dois casos eu fiquei me sentindo muito inseguro até mesmo com a possibilidade de alcançar a quantidade mínima de itens corretos para ser aprovado. Eu tentei equilibrar isso dando especial atenção para essas duas matérias, fazendo mais revisões e acompanhando mais videoaulas, para entender melhor a lógica por trás dos conteúdos.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Antônio: Na semana que antecedeu a prova, eu acompanhei todas as lives do Estratégia para o FNDE, e tentei fazer uma revisão bem completa de todas as anotações que eu tinha preparado. No dia que antecedeu a prova, eu passei um tempo pela manhã com meus amigos e, de tarde e no começo da noite, eu acompanhei a Revisão de Véspera no YouTube do Estratégia.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Antônio: Acho que o concurso foi bem atípico, porque teve uma discursiva de 90 linhas e outra de 30. De início, eu fiquei um pouco receoso por causa disso, mas sendo um concurso da educação, eu tinha a convicção de que os temas seriam específicos da área. Ao mesmo tempo, eu costumo me sair muito bem nas redações e acho que a preparação tem a ver principalmente com a leitura, que garante um repertório de temas e de compreensão linguística para você escrever bem. Por outro lado, é importante conhecer a estrutura de redação que a banca exige e, na hora de escrever, lembrar de usar os conectivos sem moderação, além de fundamentar seus argumentos com a legislação ou com autores que tratam do tema. Por fim, faça um esquema com o esqueleto da sua redação antes de escrever, colocando só as ideias-chave e vá resolver a prova objetiva antes de fazer seu rascunho propriamente, esse tempo é importante para se acalmar e talvez ter outras ideias.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Antônio: Em termos de erros, eu citaria ter adotado uma postura mais desleixada com alguns concursos. Ao ver poucas vagas ou uma remuneração que não era tão atraente, eu acabei abrindo mão de me esforçar tanto quanto eu poderia para alguns certames. O que é compreensível, dada a necessidade de conciliar com outras demandas da vida. Entretanto, como acertos eu citaria a disciplina nos casos em que eu me joguei de cabeça nos concursos e que, em geral, retornaram com resultados positivos. Por mais que tenha sido difícil e, em alguns casos, e sentisse o cansaço e a insegurança batendo, eu sabia que era algo que valeria a pena, pois eu tinha colocado como direcionamento para a minha vida.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Antônio: Em alguns casos sim, especialmente quando eu via que alguns concursos que saíam não eram muito atraentes ou mesmo que eu via poucas vagas e achava que não tinha chance de chegar entre os primeiros. Mas a minha principal motivação, além da estabilidade e da remuneração, foi acreditar na educação pública e no setor público e foi a convicção de que eu nasci para trabalhar com isso que me deu forças nos momentos mais difíceis.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Antônio: Que não é um investimento a curto prazo. Nós sempre vamos precisar lidar com nossas próprias expectativas e com as demandas externas que a vida joga no nosso colo o tempo todo. Vale a pena refletir sobre quais são os seus objetivos e, se o mundo do serviço público realmente faz sentido, então invista sem medo. Tente gerenciar suas expectativas, inseguranças e frustrações, esteja sempre ao lado das pessoas que você ama – não é preciso se privar delas para poder estudar com qualidade. E siga em frente, cada nova videoaula, apostila, questão, cada nova prova é um passo a mais que você dá como acúmulo de experiência e de maturidade para alcançar o objetivo que você estabeleceu.