Aprovado em 116º lugar no concurso PF 2021 para o cargo de Escrivão
“Conheci o Estratégia quando comecei a cogitar partir para o mundo dos concursos. Na oportunidade, após pesquisas, cheguei à conclusão de que o Estratégia possuía os PDFs mais completos do mercado, bem como o maior índice de aprovação entre os cursos preparatórios.”
Confira nossa entrevista com Affonso Marin Neto, aprovado em 116º lugar no concurso PF 2021 para o cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Affonso Marin Neto: Sou formado em Direito, tenho 25 anos e sou natural de Lages-SC.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Affonso: Resolvi começar a estudar em razão da estabilidade que os concursos proporcionam, mas principalmente pela oportunidade de prestar um serviço relevante à sociedade.
Em relação ao segundo questionamento, o único concurso da área policial que me interessava realmente era o da PF, tendo em vista a atuação do órgão ser pautada na ciência policial e no combate ao crime organizado. O interesse surgiu em razão das inúmeras possibilidades de especialização em áreas diferentes da minha formação profissional (Direito), como Contabilidade e T.I.
Estratégia: Durante sua caminhada como concursando, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Affonso: Nesse período consegui me dedicar inteiramente aos estudos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Affonso: O concurso de Escrivão da Polícia Federal foi o primeiro que realizei e consegui ser aprovado na 116ª colocação.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Affonso: Acredito que nosso atual panorama de pandemia facilitou, de certo modo, a adoção de uma postura radical na preparação para a prova. Saía com meus amigos no máximo uma vez por mês desde que decidi prestar o concurso da PF (final de dezembro de 2020). Além disso, abdiquei completamente do consumo de álcool nesse período, pois via que prejudicava meu desempenho no dia seguinte, rs.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Affonso: Sou solteiro, sem filhos e moro com minha mãe. Tive o total apoio dela nessa caminhada, especialmente psicológico, pois a vida do concurseiro é repleta de incertezas e insegurança. Sempre pude contar com ela para me assegurar de que eu estava no caminho certo para alcançar meus objetivos.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Affonso: Acredito que o modo mais eficaz de preparação é o foco em provas de uma determinada área, já que os editais serão em grande parte muito semelhantes. Porém, especialmente em momentos de escassez de concursos, como em 2020, eventuais mudanças podem ser válidas.
Gosto de dar o meu exemplo de como alterações de foco podem ser benéficas: comecei a estudar em maio de 2020 focado na área de Tribunais. Contudo, no decorrer do ano passado, passei a me sentir um pouco desmotivado estudando apenas matérias relacionadas ao Direito – mesmo tendo formação na área e gostar muito dela, rs – e cogitei, então, migrar a preparação para a área fiscal, pois teria contato com disciplinas diferentes.
Nesse meio tempo, porém, fiquei sabendo da iminência de publicação do Edital para o concurso da Polícia Federal e, por curiosidade, busquei informações sobre as matérias cobradas no certame. Quando vi que muito provavelmente haveria a cobrança de Informática e Contabilidade, logo fui atrás de informações detalhadas sobre a atuação da Polícia Federal e sobre o cargo de Escrivão. Não demorei muito para me fascinar pelo órgão e tomar a decisão de me dedicar exclusivamente a esse concurso.
Hoje, portanto, tenho convicção de que esse “desvio de foco” proporcionou-me a possibilidade de atuar em um órgão extremamente relevante à sociedade e, certamente, estarei realizado no exercício do cargo de Escrivão.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Affonso: Estudei com foco exclusivo na PF desde o fim de dezembro de 2020.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Affonso: Estudei sem edital publicado enquanto mirava na área de Tribunais, entre maio e dezembro de 2020. Confesso que manter a disciplina era um desafio, principalmente por se tratar de um ano de pandemia, em que muito pouco se ouvia falar sobre novos editais. Nesse período, sempre tentei pensar apenas na minha futura aprovação e em tornar os estudos um hábito, não uma obrigação.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Affonso: Sempre preferi estudar por cursos em PDF, pois geram um considerável ganho de tempo se comparados com videoaulas e cursos presenciais/telepresenciais, além de possuírem maior riqueza de detalhes e facilitarem marcações no material para revisões.
Porém, quando me deparava com assuntos pontuais mais truncados e complicados – no meu caso, especialmente Português e Contabilidade -, partia para as videoaulas com o objetivo de sanar as dúvidas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Affonso: Conheci o Estratégia quando comecei a cogitar partir para o mundo dos concursos. Na oportunidade, após pesquisas, cheguei à conclusão de que o Estratégia possuía os PDFs mais completos do mercado, bem como o maior índice de aprovação entre os cursos preparatórios.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Affonso: Sempre busquei ser o mais organizado possível com meus estudos. A partir do momento em que resolvi me preparar exclusivamente para o concurso da PF, fiz uma “varredura” no edital anterior e no curso de Escrivão do Estratégia e montei um calendário organizando meus dias e horários.
Detalhando meu método: separei as matérias do edital e as distribuí em todos os dias da semana (cerca de três a cada dia), inclusive sábados e domingos – pois sabia que meu tempo seria curto, já que a prova tinha previsão de ser em meados de março deste ano. Nesse período, estudava cerca de nove horas líquidas diárias, dedicando proporcionalmente mais tempo às disciplinas de maior incidência, como Informática.
Além disso, sempre gostei de fazer resumos. Então, à medida que lia o PDF de cada aula, utilizava a segunda tela do computador para elaborar meus resumos e revisitava-os com frequência para massificar o conteúdo aprendido.
Outrossim, acredito que a decisão que efetivamente me levou à aprovação foi a de me dedicar com afinco na resolução de questões da banca. Isso, para mim, foi um divisor de águas entre a aprovação e a reprovação. Estimo que resolvi, desde que comecei a preparação para a PF (dezembro de 2020) até a data da prova (maio de 2021), cerca de 20.000 questões da banca Cebraspe. Com essa bagagem, o aluno consegue identificar com eficiência quais assuntos deve priorizar e quais “pegadinhas” são corriqueiras, dentre outros detalhes que são decisivos para a aprovação.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Affonso: Sempre fui um pouco inseguro com Português, então busquei dedicar um período maior de estudo para essa disciplina, além de resolver o maior número de questões possível para entender o estilo de cobrança da banca.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Affonso: Na última semana mantive o ritmo acelerado de estudos e busquei transitar por todo o conteúdo do edital, tentando encontrar eventuais falhas pontuais na preparação e aparar as arestas. A véspera da prova também foi um dia de estudo, mas não tão pesado. Procurei principalmente ler minhas anotações sobre temas de redação, fórmulas das disciplinas de exatas (RLM e Estatística) e algumas “decorebas” das demais matérias.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Affonso: Para a prova discursiva, tentei absorver o maior número de informações que consegui acerca da atuação da Polícia Federal, de modo a enriquecer meu texto com dados concretos. Para tanto, acessava diariamente o website da instituição e anotava o que encontrava de relevante, de modo a enriquecer meus textos com dados concretos e sair daquela redação “senso comum”.
Ademais, outro ponto de suma importância foi entender o que a banca procura em um texto dissertativo. Para isso, busquei dicas de professores sobre a estrutura do texto e a leitura de várias redações bem avaliadas pelo Cebraspe em certames anteriores.
Estratégia: Como você está se preparando para o TAF e demais etapas?
Affonso: Realizei o TAF no dia 04/07/2021. Como sempre gostei de correr e frequento academia de musculação há alguns anos, não tive muitos problemas para atingir os índices exigidos no edital. Minha única adaptação foi começar a fazer aulas de natação, duas vezes por semana, desde janeiro deste ano.
Quanto às demais etapas, já estou em busca dos exames médicos exigidos e analisando os demais detalhes do edital.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Affonso: Quanto aos erros, acredito que, pelo tempo curto que tive para estudar, a elaboração de resumos para cada aula acabou atrasando um pouco a minha preparação. Se esse cenário se repetisse, provavelmente faria apenas destaques nos PDFs e anotações mais sucintas do que entendia ser mais relevante em cada aula.
Já em relação aos acertos, penso que a escolha do material de estudos correto e a resolução de milhares de questões da banca Cebraspe foram determinantes para a minha aprovação.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, o que te motivou a seguir em frente?
Affonso: Com certeza o mais difícil foi manter a autoconfiança, especialmente nos dias em que a matéria era mais complicada ou em que o percentual de acertos nas questões era baixo. O que me motivou a seguir foi sempre pensar na aprovação e na certeza de que era isso o que eu queria para o meu futuro.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Affonso: Foi um misto de felicidade e alívio saber que todo o meu esforço havia sido recompensado.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Affonso: Acredito que resiliência é a palavra-chave para qualquer concurseiro, pois nem sempre a aprovação virá na primeira tentativa. Por isso, manter-se motivado e focado por longos períodos é essencial para obter um rendimento de alto nível nos estudos.
Tenho plena convicção de que todos aqueles que se prepararem com qualidade serão capazes de ver seus nomes publicados no Diário Oficial!
