Aprovado em 7° lugar para Analista Judiciário no concurso TRT-BA

“Não precisa ser gênio ou autodidata, basta não desistir.”
Confira nossa entrevista com Gabriel Peixinho Mira Reis, aprovado em 7° lugar para Analista Judiciário no concurso TRT-BA:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo.
Gabriel Peixinho Mira Reis: Tenho 27 anos, sou graduado em Direito e natural de Salvador – onde hoje resido.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gabriel: Pra mim, foi quase um caminho natural ao entrar no curso de Direito e perceber que a carreira da advocacia não me despertava interesse – tanto que iniciei os estudos para concursos já no 2º semestre da graduação. Ficou claro que o concurso público seria o meio pelo qual eu conseguiria minha realização profissional.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Gabriel: Inicialmente não, mas desde que entrei no estágio – época na qual contava com pouco mais de um ano de estudo –, passei a ter de conciliar trabalho e estudo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Gabriel: Fui nomeado em cinco concursos para técnico judiciário do TRT – cargo que hoje ocupo junto ao TRT da 6ª Região –, e, já no ano passado, tive outras três aprovações para AJAJ nos TRTs do Mato Grosso (24º lugar), Minas Gerais (78º lugar) e Bahia (7º lugar).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Gabriel: Enquanto não saía nenhum edital, sempre procurei organizar a rotina de modo a conciliar estudos e vida social, não me privando inclusive de sair com amigos e família, quando possível. Já com o edital aberto, buscava focar ao máximo minha energia nos estudos, até o dia da prova.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Gabriel: De uma forma geral, sim, sobretudo a partir da compreensão a respeito dos momentos em que me mantive afastado da vida social.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Gabriel: Já havia estudado por cerca de três anos até passar para o cargo que ocupo hoje, ainda em 2018, após o que interrompi os estudos. Isso dito, para as provas de AJAJ em particular, retomei a preparação pouco mais de três meses antes da primeira delas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Gabriel: Utilizei sobretudo os resumos que elaborei com base nos cursos em PDF do Estratégia, sendo esse o recurso ao qual melhor me adaptei, e entre cujas vantagens eu destacaria a linguagem de fácil compreensão, o formato resumido e conforme ao Edital e, finalmente, a portabilidade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gabriel: Por meio das redes sociais (Youtube, Instagram etc.) e de colegas que utilizavam o material do Curso.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Gabriel: Sim, de um curso ofertado somente por videoaulas, e o que mais passou a me incomodar nele foi a pouca praticidade do material para sua correta assimilação.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Gabriel: Não.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Gabriel: Sim, sobretudo um ganho na velocidade de assimilação dos conteúdos, tendo em vista as vantagens já destacadas acima – linguagem de fácil compreensão, o formato resumido e conforme ao Edital e a portabilidade.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Gabriel: Estudei combinando o método do estudo remissivo e do ciclo de matérias, atribuindo o tempo de cada uma delas à luz de sua relevância no edital. Tentava estudar por no mínimo duas horas ao dia durante a semana, e quatro aos finais de semana.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Gabriel: Revisava normalmente por resumos, mas fiz alguns simulados ao passo que a data da prova ia se aproximando.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Gabriel: Os exercícios são, a meu ver, o principal diferencial na preparação para a prova. Não me recordo quantas no total, mas tentava fazer o máximo possível de questões a cada ciclo de estudos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Gabriel: Direito civil e raciocínio lógico. Busquei superar minha dificuldade pela resolução do máximo possível de questões de cada uma das matérias, entendendo o que e como a Banca exigia o conhecimento do candidato.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Gabriel: Até onde me lembro, não houve mudança significativa no período. Busquei manter o cronograma de estudos que já vinha cumprindo desde a abertura do edital.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Gabriel: De dois em dois dias, desde a abertura do edital, tentei fazer uma redação para pôr em prática a habilidade da escrita, atendo-me sobretudo ao tipo de texto exigido pela banca (dissertativo-argumentativo) e ao tempo de prova que me seria ofertado. Acredito que a prática seja fundamental nesse aspecto.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Gabriel: A respeito da minha última jornada de estudos, acredito que uma preparação feita com mais antecedência me possibilitaria enfrentar a reta final com mais tranquilidade.
Quanto aos acertos, destacaria sobretudo a disciplina no cumprimento do cronograma de estudos planejado, sem a qual acredito ser inviável qualquer chance de aprovação. Outro acerto digno de nota foi a definição da área para cuja prova optei por me preparar, visto que o foco, nesse particular, também é fundamental.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
Gabriel: Sim, sobretudo por conta do cansaço físico e mental imposto pela rotina de estudos, e das muitas renúncias a que nos submetemos na vida social como um todo.
Busquei, todavia, pôr em perspectiva o projeto de vida e os sonhos que poderia concretizar com a aprovação – os quais, afinal de contas, dependiam só de mim e do meu esforço. Desistir deixou de ser uma opção.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gabriel: De início, ter um objetivo é fundamental: o que você quer? Aonde pretende chegar? Quais sacrifícios está disposto a fazer?
O próximo passo é entender o processo: Estudo é disciplina, e nada mais. Não precisa ser gênio ou autodidata, basta não desistir. Quem passa em concurso é alguém normal como você que, num dado momento, resolveu tomar um rumo na vida e estudou muito por alguns meses ou anos, somente isso.
A última coisa é ter sempre em mente que, no final, todo esforço será compensado. Imagine sua família ouvindo a notícia da tão esperada aprovação, os sonhos que poderá realizar a partir daí.. Não há sensação melhor, nem motivação maior também.
Se você estudar muito e com afinco, cedo ou tarde será aprovado e se esquecerá de tudo que enfrentou – por mais que tenha ficado triste, desesperado(a), perdido namoros ou festas.
Como diz o ditado: “em concurso público a dor é temporária, mas o cargo é para sempre”.