Aprovado no concurso TRF-5
Aconselho que acreditem em si, que estudem com afinco, sempre visualizando o futuro e as benesses que uma aprovação pode resultar. Não é fácil, mas a recompensa vale muito a pena
Confira nossa entrevista com Jefferson Bernardo – Aprovado em 2º lugar no concurso TRF-5 para Técnico Judiciário / área administrativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Jefferson Bernardo: Sou de João Pessoa/PB e tenho 24 anos. Não possuo graduação, mas estou cursando Direito na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Posso dizer que ingressei na universidade “tardiamente”, pois meu objetivo primário sempre foi passar num concurso público após concluir o ensino médio.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Jefferson: O principal fator que me levou a estudar para concursos públicos foi a estabilidade financeira que o serviço público pode proporcionar, além da possibilidade de crescimento profissional dentro do cargo.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Jefferson: Quando eu passei no meu primeiro concurso, aos 18 anos, (Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU), eu apenas ajudava meu pai em sua loja na feira pública do bairro. Então, muitas das vezes, eu costumava levar livros para, nas horas em que fosse possível, estudar o que pudesse. Trabalhava todos os dias, de manhã até às 18h, e nos domingos até às 13h. O tempo para exclusivamente estudar era um pouco curto, de 2 a 3h por dia. No entanto, depois de assumir a vaga na CBTU, passei a ter mais tempo diário para estudar e, aquele concurso, tive de encarar como um concurso “trampolim”, já que eu não me senti por satisfeito naquele cargo ainda.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Jefferson: Fui aprovado em 3 concursos. O primeiro, como dito acima, foi na CBTU (2014, 7o colocado para o cargo de assistente operacional). Após, em 2017, passei no Tribunal Regional Federal da 5a Região (TRF-5), em 2o lugar, de 2 vagas, para o cargo de Técnico Judiciário, área administrativa, Seção Judiciária da Paraíba. O último concurso foi o STM, em 2018, já sabendo da aprovação no TRF-5, fiquei apenas em 172o lugar no cargo de Técnico Judiciário, cadastro de reserva. OBS: Em 2016, fui aprovado na prova objetiva da ANVISA, em 10o lugar, porém nas vagas destinadas às cotas raciais. Na avaliação fenotípica, fui reprovado pela comissão avaliadora, pois não fui considerado pardo. Nos concursos da CBTU, TRF-5 e STM concorri às vagas de ampla concorrência.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Jefferson: Foi uma sensação sem igual. Um sentimento de êxtase misturado com alegria/felicidade. Nunca havia sentido isso na minha vida.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Jefferson: Eu não adotei uma postura radical. Nos finais de semana, na parte da noite, eu procurava sair com amigos para me distrair, pois era algo importante na preparação. Se eu apenas estudasse, ficaria extremamente estressado e talvez não conseguiria a aprovação.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Jefferson: Hoje sou casado e tenho um filho que está para nascer em novembro. À época do concurso eu era solteiro, mas minha família sempre acreditou que eu conseguiria o que almejava, portanto me apoiava sempre. Por exemplo, meu pai me apoiou pagando alguns boletos de inscrição em concursos. Minha mãe me dava aquele incentivo emocional, sempre acreditando em mim.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Jefferson: Na situação em que estou, não acho que valha a pena. Meu objetivo maior é a Magistratura Federal, e pretendo estudar e fazer provas apenas para essa área, principalmente quando eu concluir a graduação em Direito.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Jefferson: Estudei por 2 meses direcionado especificamente para o TRF-5, apenas após o edital. No entanto, eu já tinha uma certa “bagagem” de mais ou menos 3 anos como concurseiro e já tinha um certo conhecimento prévio das disciplinas cobradas no concurso.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Jefferson: Sim. Para manter a disciplina, procurava informações sobre concursos a serem realizados, sempre na esperança da publicação dos editais. Além disso, sempre me imaginava sendo aprovado num bom concurso e tendo uma tranquilidade profissional e financeira.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Jefferson: Usei material em PDF e videoaulas. PDF para disciplinas que eu já tinha um certo domínio e videoaulas para matérias que eu não dominava.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Jefferson: Através de amigos.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Jefferson: É importante ressaltar que estudar todo o conteúdo do edital leva tempo. Nos dois meses que antecederam a prova, apenas revisei 70% do edital e tentei aprender os 30% que eram novidade para mim. Dessa forma, eu estudei todo o conteúdo do concurso nos 3 anos que antecederam o edital e nos dois meses pós-edital.
Eu estudava todas as matérias, e não uma por uma. Eram cerca de 10. Eu costumava fazer resumos e anotações. Focava tanto na leitura/releitura da teoria, como na resolução de exercícios. Montei meu plano fazendo um estudo por ciclos, passando por todas as disciplinas do concurso.
Antes do edital, estudava cerca de 3h por dia. Após, passava a estudar cerca de 8 a 10 horas por dia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Jefferson: Tinha dificuldades em Administração Geral. Para superar a dificuldade, coloquei uma carga horária maior para essa matéria, a fim de compreendê-la.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Jefferson: Na semana que antecedeu a prova, a maior parte do tempo foi focada em resolução de questões e revisão de partes pontuais e principais de cada disciplina.
No dia de véspera, foi exatamente como toda a semana anterior. Um dia de estudos, com descanso apenas à noite.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Jefferson: Treinei algumas vezes a redação estabelecendo um limite de tempo, com variados temas. Aconselho que os candidatos tenham uma noção geral acerca de atualidades, economia e política externa tanto do Brasil como dos outros Países.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Jefferson: O principal erro foi me limitar a uma ou duas fontes de estudo, quando na verdade eu deveria ter buscado 3 ou 4 delas.
O principal acerto foi ter planejado um ciclo de estudos que deu certo, simultaneamente com a resolução de questões.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Jefferson: O mais difícil foi perceber que eu estava ficando “velho” e ainda não havia ingressado numa universidade. Cheguei a pensar em parar de estudar para concursos e começar um curso na faculdade. À propósito, decidi que 2017 seria o ano da minha última tentativa em relação a concursos de nível médio, porque almejava estudar Direito. No entanto, em dezembro de 2017, fui agraciado com a aprovação no TRF-5.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Jefferson: Minha principal motivação foi a estabilidade financeira e a possibilidade de crescimento profissional dentro do serviço público, além de poder desempenhar uma importante função dentro de uma instituição do Poder Público.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Jefferson: Aconselho que acreditem em si, que estudem com afinco, sempre visualizando o futuro e as benesses que uma aprovação pode resultar. Não é fácil, mas a recompensa vale muito a pena.