Aprovada no concurso do TRF-1
“Invista em cursos. Perceba suas fraquezas e tente transformá-las em pontos fortes. Estude, estude e estude. A vida é luta! Por isso mesmo, vá à luta!”
Confira nossa entrevista com Thaisa Toscano, aprovada no concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 3º lugar do Cadastro de Reserva, para o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Thaisa Toscano: Tenho 35 anos e sou de Goiânia/Goiás. Sou formada em Fisioterapia e agora estou na metade do curso de Direito.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Thaisa: Assim que me formei em Fisioterapia, percebi que não era bem o que eu queria como profissão. E comecei a pensar em concursos públicos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Thaisa: Sempre trabalhei e ao mesmo tempo estudei para concursos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Thaisa: Assim que comecei a estudar para concursos, fui aprovada em 2º lugar no concurso da Secretaria do Estado de Saúde de Goiás, e hoje sou Analista Técnica em Saúde, cargo de gestão que ocupo há quase 10 anos. Também fui aprovada no concurso do Ministério Público do Estado de Goiás; fiquei em 27º lugar no Cadastro de Reserva, mas infelizmente só chamaram até o 24º colocado. Em 2017, fui aprovada no concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 3º lugar do Cadastro de Reserva, para o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Thaisa: A sensação é de que, em algum momento, todos os seus esforços e sacrifícios verão resultados positivos. E de que vale a pena abdicar e sacrificar algumas coisas durante um tempo, em prol de um objetivo maior.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Thaisa: Reduzi bastante o lazer, mas de vez em quando me permitia um cinema, encontros familiares e com amigos. Sempre é preciso um momento para se distrair e renovar as energias.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Thaisa: Solteira. Sem filhos. Sempre tive o apoio da família e de amigos (verdadeiros) quanto às minhas escolhas.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Thaisa: Penso que vale a pena fazer outros concursos, desde que sejam da mesma área. Por exemplo, nas provas do Poder Judiciário as matérias do edital seguem um padrão e costumam ser as mesmas em quase todos os concursos para Tribunais. Então você já tem uma base comum de estudo, só precisa se adequar às peculiaridades do edital da prova que você fará. É diferente de estudar para concursos da Área Fiscal, por exemplo, cujos editais trazem matérias totalmente diferentes dos editais para Tribunais e para as quais você não está preparado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada?
Thaisa: Desde a minha aprovação no concurso da SES/GO, em 2010, que estudo para concursos. Fiz prova do Ministério Público (da União e Estado de Goiás), Senado Federal, TST, TRT-SC, TRE-PR e STJ. Até que decidi focar nos Tribunais e, finalmente em 2017, fui aprovada no concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 3º lugar do Cadastro de Reserva, para o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa. Ainda não fui nomeada, mas de tanto estudar Direito para concursos, descobri que minha vocação era mesmo o Direito e hoje estou no 6º período do curso. E por ser um curso que exige muita leitura e estudo, decidi interromper por enquanto os estudos para concursos.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Thaisa: Sim. Estudava por editais dos últimos concursos e por videoaulas. Por dia, eu assistia em média umas 5 videoaulas de matérias diferentes.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Thaisa: Algum tempo antes de ser aprovada no concurso do TRF-1, percebi que, para mim, o que mais funcionava eram as videoaulas, pois me deixavam mais focada. Com elas eu pude direcionar meus estudos e usava os PDFs só para estudar resumos e mapas mnemônicos. Resolvia muitos exercícios e com as videoaulas e PDFs passei a gabaritar um número de questões cada vez maior.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Thaisa: Pelo Google, quando procurava bons sites preparatórios para concursos públicos.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Thaisa: Sempre estudei matérias diferentes em um mesmo dia, pois isso estimula mais o cérebro a fixar o conteúdo estudado. Dependendo do meu tempo disponível e da minha disposição, eu estudava até umas 5 matérias diferentes por dia.
Sempre fiz resumos e esquemas para facilitar a compreensão e memorização, após assistir com muita atenção às videoaulas. A leitura da teoria também é de suma importância, mas a resolução de exercícios é crucial para ser aprovado, principalmente da banca avaliadora.
Eu sempre pegava o edital e dividia o conteúdo, tinha até uma agenda só para isso. Estudava em média 3 a 4 horas por dia antes do edital, mas com o edital publicado, cheguei a estudar até 10 horas por dia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Thaisa: As disciplinas mais difíceis, para mim, são Contabilidade e Administração. Eu sempre “apanhava” nas provas. Mas comprei os cursos específicos dessas matérias do Estratégia Concursos e caíram como uma luva para as minhas necessidades, pois fui muito bem nessas matérias na prova do TRF-1 e acabei ficando em 3º lugar!
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Thaisa: A semana que antecede a prova deve ser reservada somente para uma revisão do conteúdo, e foi bem intensa, pois são muitas as matérias que os editais cobram.
Na véspera da prova sempre participo de alguma revisão de véspera, pois os professores fornecem dicas preciosas que podem aparecer na prova do dia seguinte.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Thaisa: Fiz provas discursivas e ter feito antes uma específica de Redação ajudou MUITO, por ter muita prática de escrita e ensinar o que deve e o que não deve ser escrito em uma Redação – o que rende mais pontos na nota. Li bastante sobre alguns temas que poderiam ser cobrados e redigi alguns textos para treinar.
Quanto às questões discursivas, elas geralmente envolvem itens do edital e os professores dão muitas dicas de temas clássicos que costumam cair como questões discursivas. Então, para escrever, é necessário ter o domínio da teoria e principalmente praticar o ato de escrever, para não fugir ao tema nem ficar além ou aquém do número de linhas exigido na prova.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Thaisa: Nos primeiros anos de estudos para concursos, eu queria ser aprovada, não importava em qual concurso, por isso “atirava para todo lado” (risos), o que não é certo, pois para atingir um objetivo você deve unir forças, não as dividir. E você divide suas forças e energias estudando para concursos de áreas que não têm pertinência umas com as outras. Prova disso é que quando “acordei”, comecei a focar só na área de Tribunais; demorou, mas consegui a aprovação em 3º lugar num concurso de Tribunal.
Recomendo muito mais estudar por videoaulas, pois são atualizadas e os professores fazem com que você vá direto ao ponto, ou seja, que você estude aquilo que mais costuma cair e que não perca tempo com aquilo que nunca cai e, com isso, suas chances de gabaritar e ser aprovado aumentam muito. E claro, tem que resolver o máximo de exercícios de provas passadas das bancas examinadoras, porque elas costumam repetir um padrão na elaboração das questões.
Antes eu tinha muito medo do CESPE, pois sempre que fazia algum concurso desta banca, eu me dava mal com aquele esquema de “uma errada anula uma certa” e era desclassificada do concurso. Até que passei a fazer exercícios só do CESPE e comecei a entender o “espírito” da banca (e os cursos do Estratégia foram determinantes para isso). E hoje amo o CESPE (risos), pois foi essa a banca examinadora da prova do TRF-1, na qual fui aprovada. Por isso, não podemos desistir diante das dificuldades, temos que encarar nossas fraquezas pois só assim poderemos vencê-las. Inclusive, grande parte do que estudei para concurso, me ajuda muito no meu curso de Direito. Portanto, nenhum conhecimento é jogado fora, você sempre acumula-o para mais conhecimento, até que ele seja suficiente pra você alcançar sua aprovação.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Thaisa: O mais difícil foi ser aprovada (risos). Lidar com uma realidade em que as provas estão cada vez mais difíceis e os concursandos estão cada vez mais preparados, não é algo animador. Você faz N concursos e reprova em todos. Mas alguém passa, não é? Alguém tem que ser aprovado! E por que esse alguém não pode ser você?
Então você pode e deve tornar-se um concurseiro cada vez mais preparado. E isso envolve inteligência emocional também, ao não se deixar aterrorizar quando você percebe que seu concorrente sabe mais do que você, ou quando na hora da prova você se depara com aquelas questões que fazem você se sentir “burro” (risos) ou como se não tivesse aprendido nada. Não se faça de vítima nem coloque a culpa no seu concorrente, no cursinho, na banca, no sistema, seja em que (ou em quem) for. Você pode até ficar decepcionado e desanimado por alguns dias, mas você deve levantar a cabeça e seguir em frente. Foque nos seus erros e tente não repeti-los. Estude aquelas matérias em que você teve pior desempenho. Invista em cursos. Perceba suas fraquezas e tente transformá-las em pontos fortes. Estude, estude e estude. A vida é luta! Por isso mesmo, vá à luta!
Estudar para concursos é um processo que inclui autoconfiança, aprendizado, disciplina, perseverança, foco, disposição, memorização, treino, rotina, investimento financeiro e emocional, renúncia a alguns hábitos e, principalmente, aprender a fazer prova. Tem que ter malícia para gabaritar e não perder tempo com questões relativamente fáceis. Não basta estudar um livro inteiro, tem que aprender a fazer a prova daquela banca e como lidar com ela, se não por mais que você saiba, você será desclassificado. Então, quem ainda almeja ser aprovado, deve investir em todo esse pacote pra sua vida.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Thaisa: Salário, plano de cargos e salários, possibilidade de ascensão na carreira e estabilidade.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Thaisa: Vou repetir o que falei na antepenúltima questão.
Lidar com uma realidade em que as provas estão cada vez mais difíceis e os concursandos estão cada vez mais preparados, não é algo animador. Você faz N concursos e reprova em todos. Mas alguém passa, não é? Alguém tem que ser aprovado! E por que esse alguém não pode ser você?
Então você pode e deve tornar-se um concurseiro cada vez mais preparado, e isso envolve inteligência emocional também, ao não se deixar aterrorizar quando você percebe que seu concorrente sabe mais do que você, ou quando na hora da prova você se depara com aquelas questões que fazem você se sentir “burro” (risos) ou como se não tivesse aprendido nada. Não se faça de vítima nem coloque a culpa no seu concorrente, no cursinho, na banca, no sistema, seja em que (ou em quem) for. Você pode até ficar decepcionado e desanimado por alguns dias, mas você deve levantar a cabeça e seguir em frente. Foque nos seus erros e tente não repeti-los. Estude aquelas matérias em que você teve pior desempenho. Invista em cursos. Perceba suas fraquezas e tente transformá-las em pontos fortes. Estude, estude e estude. A vida é luta! Por isso mesmo, vá à luta!
Estudar para concursos é um processo que inclui autoconfiança, aprendizado, disciplina, perseverança, foco, disposição, memorização, treino, rotina, investimento financeiro e emocional, renúncia a alguns hábitos e, principalmente, aprender a fazer prova. Tem que ter malícia para gabaritar e não perder tempo com questões relativamente fáceis. Não basta estudar um livro inteiro, tem que aprender a fazer a prova daquela banca e como lidar com ela, se não por mais que você saiba, você será desclassificado. Então quem ainda almeja ser aprovado, deve investir em todo esse pacote pra sua vida.