Aprovado no concurso TJ SP
Confira nossa entrevista com o Eudes Junior, aprovado no concurso TJ SP para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário:
Estratégia Concursos: Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Eudes Junior: Minha formação atual é de nível médio, tenho 32 anos e sou natural de São Paulo Capital.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Eudes: No final do ano de 2014, contrai matrimônio e, sem grandes perspectivas de ganhos na iniciativa privada, devido à ausência de qualificação acadêmica, vislumbrei nos concursos públicos uma oportunidade única de ter uma remuneração razoável apenas com o nível médio completo, no momento.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Eudes: A fim de possibilitar melhores condições financeiras à família que eu e minha esposa começamos a construir, decidimos que, para que eu pudesse competir pelas primeiras colocações no concurso alvo, seria melhor eu deixar o emprego e me dedicar exclusivamente aos estudos, e toda nossa despesa seria custeada por ela. Assim foi feito. Deixei o emprego, me dedicando, exclusivamente, ao concurso público. Nosso objetivo era que eu fosse aprovado no menor espaço de tempo, por isso tomamos essa decisão.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Eudes: Fui aprovado, até o momento, em três concursos públicos: IPREM – Instituto de Previdência Municipal – Mogi das Cruzes, 15º colocado; Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, 21º colocado; e Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário, 38º colocado, cargo este que exerço no momento.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Eudes: A sensação que eu tive foi de dever cumprido, de que tudo que eu tinha vivido nos últimos meses, valeu a pena.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Eudes: Especificamente no meu caso, como eu tive um baixo aproveitamento quando estudava no ensino fundamental e médio, tive que abdicar de muita coisa para estudar, inclusive da companhia de amigos e familiares. Todavia, foi passageiro.
Estratégia: Você tem filhos? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Eudes: Sou casado, não tenho filhos ainda. No começo da minha preparação, ninguém acreditava muito nessa história de concursos. A maioria das pessoas acha que é tudo carta marcada. Na minha família, não foi diferente.
De início foi difícil, ainda mais, porque deixei o emprego para apenas estudar. Mas com o passar do tempo, as pessoas começaram a ver que o projeto definido por mim e minha esposa era sério, o que começou a fomentar um certo entusiasmo e maior compreensão por parte das pessoas da minha família e da dela também.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Eudes: No meu caso, no começo da carreira de concurseiro, não sabia ao certo qual concurso prestar ou qual seria o concurso ideal. Eu iniciei minha trajetória no mundo dos concursos participando dos certames dos bancos públicos, e acabei sendo aprovado em um concurso de tribunais.
Após tomar posse no cargo de Escrevente (nível médio), comecei uma preparação para um cargo de Analista na área de tribunais (nível superior). Contudo, com a publicação do edital para o cargo de Auxiliar Técnico de Fiscalização do TCM-SP, mudei de foco, porque o cargo de nível médio do TCM-SP tem remuneração muito semelhante ao de nível superior dos tribunais. Então, acho que vale a pena mudar de foco em situações específicas, como foi nesse caso.
O meu foco sempre foi a remuneração e não o cargo. Por isso, não tenho um cargo dos sonhos, mas uma remuneração sim.
Logo, se eu for aprovado no cargo de Auxiliar Técnico de Fiscalização, o objetivo final será o cargo de Auditor de Controle Externo, que tem remuneração compatível com o ideal almejado, seguindo a mesma linha de atuação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Eudes: Para o concurso do Tribunal de Justiça do estado de São Paulo, estudei 9 meses com dedicação integral. Vale ressaltar que eu já tinha um conhecimento de algumas matérias, trazido de concursos anteriores.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Eudes: Atualmente, quem realmente deseja tomar posse em um cargo público deve estudar antes da publicação do edital.
Eu comecei a estudar, mais ou menos, uns 6 meses antes da publicação do edital.
Para manter o foco nos estudos, me guiava pelo edital anterior, mantendo um controle por meio de ciclo de estudo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Eudes: Em busca de informação sobre o mundo dos concursos, por meio da internet, conheci o Estratégia Concursos no YouTube.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Eudes: Minha preparação foi basicamente por meio do curso completo do Estratégia Concursos, e usei todo o material disponível na área do aluno.
Gosto muito de aula em vídeo, acho que é a ferramenta principal na preparação do candidato, sobretudo quando o aluno começa do zero.
Já o material em PDF, utilizei para aprimorar ainda mais o conhecimento adquirido por meio da aula em vídeo.
Já tentei estudar apenas por videoaula, bem como apenas por PDF, mas não funcionou muito bem para mim.
A videoaula e o PDF se complementam de forma indissociável. O casamento perfeito.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Eudes: Para esse quesito, peço licença para me expressar de forma mais completa, tendo em vista a importância dos assuntos abordados.
Após algumas reprovações, apendi a separar o estudo em 3 fases: 1ª Conhecer, 2ª Aprender e 3ª Decorar.
Não se aprende uma matéria que a gente não conhece, bem como não se decora o que não aprendemos.
Tendo isso em mente, separei as matérias de acordo com esse critério, e preparei os respectivos ciclos de estudo.
Por exemplo, eu já tinha uma boa bagagem em matérias como português, administrativo, constitucional, raciocínio lógico e informática. Vamos denominá-las de GRUPO A. Por outro lado, não sabia nada de processo civil, penal, direito penal, normas da corregedoria e direito das pessoas com deficiência. Estes são o GRUPO B.
Observe que o GRUPO A estava na 2ª fase (aprender) e o GRUPO B estava na 1º fase dos estudos (conhecer), então criei um ciclo de estudos apenas com as matérias do GRUPO B e passei a estudá-las.
Após algum tempo, todas as matérias do GRUPO B passaram da primeira fase para a segunda fase. Foi quando eu criei outro ciclo de estudos, com todas as matérias dos dois grupos: A + B.
Alguém pode estar se perguntando: “Tá, até aqui eu entendi, mas o que fazer na 1ª fase, 2ª fase e 3ª fase do estudo?”.
Eu fiz assim:
1ª fase (conhecer) – assisti apenas à aula em vídeo. Não fiz resumo, não grifei o material e não li o PDF.
2ª fase (aprender) – assisti à aula em vídeo, li o PDF e grifei o que eu achei importante. E, se preciso fosse, fazia um resumo (quando a matéria tinha muita regra ou o assunto era de difícil compreensão).
Caso eu estivesse estudando alguma matéria de direito, lia a lei seca apenas na parte que foi abordada na aula e, por fim, fazia os exercícios de fixação ao final do material escrito. Nesta fase, eu determinei o que seria ideal para mim de acerto, que era o mínimo 75%.
3º fase (decorar) – fiz um ciclo de estudo, apenas com os resumos que eu tinha criado na segunda fase.
Logo após revisar o resumo de determinado assunto, refazia as questões do respectivo PDF. Agora, o mínimo de acerto era de 90%.
Para dar conta de tudo isso, eu estudava, no mínimo, 8 horas diárias, com direito a uma folga por semana.
Hoje em dia, temos à disposição o Passo Estratégico, Trilha Estratégica, que leva o aluno do 0% aos 70%, e do 70% aos 90% de acerto nas questões de prova. Temos também Bizu Estratégico, Trilha Reta Final, entre vários produtos que sintetizam tudo isso que eu tive que fazer, ajudando, e muito, os alunos, sobretudo, aqueles que não têm tanto tempo disponível para estudar, como eu tinha na ocasião.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Eudes: Eu tive dificuldade em quase todas as matérias do edital, que foi superada, aos poucos, por meio de muita oração, persistência e dedicação.
Posso citar, a título de exemplo, todas as matérias de direito, português e informática, que juntas somam aproximadamente 80% do edital do concurso para Escrevente.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Eudes: A reta final da minha preparação foi muito intensa. A princípio, comprei um curso do Estratégia Concursos de Reta Final para o TJSP, realizando assim inúmeras questões de prova e fazendo uma revisão sistemática dos meus resumos, e também de um material que eu criei com toda a lei seca do edital.
O dia que antecedeu a prova foi um dia de descanso merecido para estar na melhor condição mental possível e enfrentar 5 horas de prova. O dia “D”.
Estratégia: Como foi a sua preparação para a segunda fase do certame?
Eudes: No concurso para Escrevente não tem prova discursiva, mas teve uma segunda fase eliminatória que é a prova de formatação e digitação.
Muitos candidatos aprovados nas primeiras classificações são eliminados do concurso nessa fase. Sabendo disso, fiz um curso de digitação do zero para aprender a digitar com os dedos certos.
A prova em si não é muito difícil, consiste em formatar um texto como a banca requer, e digitar outro texto de aproximadamente 1800 caracteres em 11 minutos.
No dia da prova de digitação, eu estava muito nervoso, porque tinha acertado 94% da prova objetiva e, depois de todas as horas estudadas e milhares de exercícios resolvidos, poderia perder todos os meses de dedicação intensa em apenas 11 minutos, tendo em vista que eu era péssimo na digitação.
Porém, para honra e glória de Deus, fui aprovado nessa fase também, ocupando a 38ª classificação em um concurso com 137.916 inscritos para a Capital.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Eudes: No início da minha preparação, cometi um erro crucial que é o de não ouvir os especialistas do assunto. Procurando algumas técnicas de estudos, conheci diversos modos diferentes de estudar e decorar, e eu pensava assim: “isso não serve pra mim. Essa técnica não funciona…”.
O maior acerto foi exatamente o oposto desse ceticismo, passei a dar “ouvidos” aos especialistas e a colocar em prática as técnicas de estudos ensinadas por eles.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Eudes: A parte mais difícil foi ficar sem recursos financeiro, visto que tinha deixado de trabalhar para estudar.
Após algum tempo estudando sem ser aprovado em nenhum cargo, já tinha sido eliminado em concurso para o cargo de nível fundamental, pensei em desistir sim.
Eu acredito em Deus e sentia da parte dele que não era a hora de desistir, então Deus me deu força para prosseguir estudando.
Sempre com o pensamento positivo que um dia chegaria a minha hora de ser aprovado em um concurso público.
É exatamente como o “Guru” dos concursos diz que – concurso público é uma fila e aquele que não sair em algum momento será contemplado com a nomeação.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Eudes: A minha principal motivação foi a remuneração, a possibilidade de ter uma vida mais tranquila em termos financeiro e a tão sonhada estabilidade que nos proporciona planejar a vida de uma forma mais segura e confortável.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Eudes: A dica que eu quero deixar para quem está começando nessa jornada é: escute os especialistas em concursos públicos, coloque em prática as técnicas de estudos ensinadas por eles e, por fim, realize a atividade que o professor propõe em aula.