Aprovado no concurso do Tribunal Justiça do Pará
“Primeiro conselho, ACREDITE EM VOCÊ. Nós atraímos aquilo que pensamos e praticamos. Segundo, se aconselhe com pessoas mais experientes sobre estratégias, metodologias de estudos, escolha um bom material, e nisso recomendo sem dúvidas o PDF do Estratégia que é diferenciado no mercado. Terceiro e último, PERSEVERE! Não pare até conseguir. É aquele negócio, é fazer prova até passar. Não se iludam, como regra geral, para cada vitória, há umas 10 derrotas ou mais por de trás”
Confira nossa entrevista com Fernando Rabêlo, aprovado em 4º lugar no concurso do Tribunal Justiça do Pará para Oficial de Justiça Avaliador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Fernando Rabêlo: Olá pessoal, me chamo Fernando Ferreira Rabêlo, nascido em Barra do Corda/MA, porém desde bebê vivi minha vida quase toda em Marabá/PA. Sou formado em Direito pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (por sinal, só passei na 5ª tentativa para o curso de Direito, pois não possuía condições à época de pagar uma Faculdade particular). Atualmente resido em Luziânia/GO (recém nomeado para Técnico Judiciário Área Administrativa – posse em 16/06/2020), e em breve voltando de novo para o Estado do Pará haja vista minha convocação no dia 03 de novembro agora para assumir como Oficial de Justiça no Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Possuo 30 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Fernando: É algo engraçado que nem eu mesmo sei responder. Em 2009 prestei meu primeiro concurso público para o cargo de auxiliar judiciário do TJPA e lembro que acertei menos da metade da prova. Porém me recordo que gostei das matérias de Direito que estudei para aquele concurso, tendo talvez me encontrado para qual caminho gostaria de seguir na minha vida. Até então, eu não gostava muito de estudar, prova disso era meu desempenho tanto no ensino fundamental como no ensino médio (em todos os anos eu fiquei de recuperação). Porém um fato que marca minha vida até hoje e que talvez foi um “plus” para eu começar a querer estudar, foi o fato do meu pai, ante ao meu fraco desempenho e desinteresse pelos estudos, ter comprado uma lanchonete à época e colocou eu e meu irmão para trabalhar. Era o “start” que eu precisava para entender que a vida não é fácil.
Estratégia: Por que a área judiciária? Você tinha alguém na família que o inspirou? O que te fez estudar para esse concurso?
Fernando: O que me fez querer estudar para este concurso, foi o caminho que venho buscando trilhar até o meu sonho/objetivo final, que é a Magistratura. Dessa forma, tenho buscado subir as escadinhas até conseguir chegar à carreira jurídica que almejo. A opção pelo cargo de Oficial de Justiça, além da remuneração, na minha visão completaria a minha experiência profissional como operador do Direito. Durante minha trajetória acadêmica e profissional, tive a oportunidade de estagiar/trabalhar em diversos órgãos, desde a Polícia Federal, passando pelo Ministério Público e Advocacia Pública, até o trabalho em secretária de Tribunais, função a qual desempenho no momento.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Durante minha caminhada como concurseiro, sempre trabalhei e estudei, e durante a faculdade tinha que conciliar com isso também. O primeiro passo para conseguir conciliar, é fazer disso uma prioridade na sua vida. Quando algo é prioridade para nós, nos encontramos um tempo, seja de manhã, de tarde, de noite e até de madrugada. O percurso no ônibus vira uma oportunidade para adiantar alguma coisa, enfim. No meu caso, até passar em Direito (foram 5 tentativas em 5 anos), fui evoluíndo gradativamente e ia passando em outros cursos, porém em Direito não. Nesse período geralmente era Universidade de manhã, trabalho na lanchonete do meu pai de tarde e cursinho de noite. Após isso eu estudava para concursos. Durante o curso de Direito, era estágio pela manhã (precisava da grana para me sustentar), de tarde Universidade, e de noite estudava para concursos, em regra, das 19h até às 23h.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Fernando: Para responder essa pergunta eu divido entre aprovações que geraram nomeações, e aquelas que apesar de constar como aprovado dificilmente serei nomeado.
Aprovações com Nomeação:
Cargo: Assistente em Administração (15º) – Instituição: Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
Cargo: Auxiliar judiciário (42º)- Pólo: Marabá/PA – Instituição: Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Obs: Concurso de 2014.
Cargo: Técnico Judiciário Área Administrativa (1º)- Subseção Judiciária: Luziânia/GO – Instituição: Tribunal Regional Federal da 1º Região.
Cargo: Oficial de Justiça Avaliador (4º)- Pólo: Tucuruí/PA – Instituição: Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Obs: Concurso de 2019.
Aprovações sem nomeação:
Cargo: Técnico Judiciário Área Administrativa (76º)- SJPR -Microrregião: Oeste – Instituição: Tribunal Regional Federal da 4º Região.
Cargo: Técnico Judiciário Área Administrativa (123º)- Instituição: Tribunal Regional Eleitoral do Pará.
Cargo: Oficial de Justiça Avaliador Federal (9º)- Subseção Judiciária: Anapólis/GO – Instituição: Tribunal Regional Federal da 1º Região.
Cargo: Auxiliar judiciário (25º)- Pólo: Marabá/PA – Instituição: Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Obs: Concurso de 2019.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Fernando: Nos anos iniciais, haja vista que já faz mais de 10 anos que fiz a primeira prova, ante as dificuldades financeiras enfrentadas na época que eram muitas, a vida social era quase zero, abrindo mão apenas de tempo para ir na igreja 1 ou 2 vezes na semana (gostava e gosto de cantar) e raramente um tempo com a família. À medida que obtive a primeira nomeação em 2015 para o cargo de assistente em administração na Unifesspa, passei a dosar mais a vida social com os estudos. Porém, mesmo assim, até pelo perfil muito caseiro, a prioridade continuou a ser os estudos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Fernando: Sou casado e não tenho filhos. Posso dizer que sim, tanto minha esposa como meu pai sempre me apoiaram nos estudos, entendendo as horas de dedicação que eu tinha que abdicar do convívio com eles em prol de conquistar o meu sonho. Inclusive, apesar de já querermos ter filhos, eu e minha esposa resolvemos esperar um pouco para ter, em virtude da busca da realização dos meus objetivos profissionais e dela nos estudos também.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Fernando: Na minha visão, com certeza! Principalmente se você for uma pessoa que nem eu era, com recursos financeiros escassos. Estudar para concursos, viajar para fazer provas e etc., requer gastos que se você não tiver condições financeiras, fica complicado. Dessa forma, os concursos “escada” ajudam muito. E sim, ainda vou continuar me preparando para os concursos da Magistratura, só não me decidi muito bem ainda se será na Área Federal ou Estadual, haja vista que eu amo de paixão o Direito como um todo. Me sinto realizado trabalhando /estudando ele.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Fernando: Para esse do Tribunal de Justiça como o de Oficial de Justiça, basicamente, depois do edital, haja vista que pela longa bagagem e os muitos anos fazendo concurso a gente vai acumulando conteúdos até chegar no ponto de passar, desde que se esteja estudando da forma adequada.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Fernando: O estratégia eu conheci por meio de amigos que faziam concursos e me indicaram.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Fernando: Basicamente eu utilizei os PDF’s, combinando com muita leitura de lei seca e resolução de questões, com uma pitada de jurisprudência. Dentro desses que citei, não observo desvantagens, pois na minha realidade e de acordo com a maneira que melhor absorvo, os materiais supracitados acrescentando as revisões tem-se mostrado eficazes.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Fernando: Por dia, em média, estudava/estudo de 3 a 4 horas, intercalando geralmente duas matérias por dia. E sim, na minha opinião, fazer resumos é essencial pois esse material servirá para as revisões, além de formar um material próprio que servirá para os demais concursos posteriores, necessitando apenas de atualização quando for o caso. Meu plano de estudos se baseia praticamente em 4 pilares: Leitura de lei seca (a principal para quem já possui uma boa base); leitura de Pdf’s naqueles conteúdos que exigem uma conceituação mais doutrinária; Resolução de muitas questões da banca que se pretende fazer o concurso, e revisão por meio dos resumos que já ia montando com as leituras dos materiais em pdf.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Fernando: Geralmente nas disciplinas básicas que não envolviam o Direito eu sempre tive mais dificuldade. No caso de Português por exemplo, para superar, haja vista que é uma das matérias que mais tinham questões na prova, busquei um bom curso por meio de vídeo-aula para aquela disciplina, ainda que “perdesse” muito tempo, sempre fazendo os resumos para revisão. Quem não revisa esquece quase tudo em um prazo curto.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Fernando: Geralmente buscava revisar aqueles conteúdos que mais caíam de acordo com o cargo que eu iria fazer, incluindo a leitura de lei seca nessas partes, e, novamente, muita resolução de questão. Na véspera eu ainda revisava um ou outro assunto, porém nada que me cansasse mentalmente, pois no outro dia precisava estar inteiro fisicamente e psicologicamente para enfrentar a prova, e não perder aquelas questões bestas pelo cansaço mental.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Fernando: Muitas pessoas negligenciam a parte discursiva, não treinam sequer uma redação por preguiça. Falo por mim mesmo. No TRT-8 de 2015 ou 2014, não me recordo agora, fui muito bem tanto para Analista como para Técnico na objetiva, brigando nas cabeças, porém naquele clichê de “já sei escrever” não treinei nenhuma redação. Resultado, me l… Depois dessas provas nunca mais fiz isso. Eu geralmente compro um curso de discursiva, com orientações sobre a banca, e que disponibilize correção de redações. Para quem não tem condições, baixe provas anteriores da banca, refaça ela sem ver o espelho de resposta e depois confira o resultado. “Quanto mais treino, melhor o jogo”!
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Fernando: Meu maior erro na minha preparação foi ter demorado para procurar conselhos com pessoas mais experientes. Precisei bater muita cabeça, para aprender os métodos que citei acima, e aqueles que melhor se adequariam para mim. Portanto, se aconselhe com quem já conseguiu, e adapte para você. Meu maior acerto acho que foi a perseverança.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, o que te motivou a seguir em frente?
Fernando: O mais difícil foi acreditar que eu era capaz de conseguir, mesmo tendo sido um aluno bem mediano no ensino fundamental/médio. Temos a mania de nos compararmos muito uns com os outros, de ouvir muitas vezes pessoas que dizem que não vamos conseguir. Pensar em desistir não era uma opção para mim, apesar de, às vezes, dar vontade, porém eu não tinha outro caminho para seguir. Cada dificuldade vivenciada me impulsionava para prosseguir, mesmo sem ter tido um resultado positivo ainda.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Fernando: A sensação que tive foi a de dever cumprido, que valeu a pena cada dia estudado no ônibus, nas madrugadas. A aprovação para Oficial de Justiça em especial, vem como mais um degrau rumo ao meu sonho, que agora está cada vez mais perto. A gratidão a Deus também toma conta de mim, porque duas nomeações no meio de uma pandemia me soou como uma recompensa pelos sacrifícios feitos em anos anteriores.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Fernando: Primeiro conselho, ACREDITE EM VOCÊ. Nós atraímos aquilo que pensamos e praticamos. Segundo, se aconselhe com pessoas mais experientes sobre estratégias, metodologias de estudos, escolha um bom material, e nisso recomendo sem dúvidas o PDF do Estratégia que é diferenciado no mercado. Terceiro e último, PERSEVERE! Não pare até conseguir. É aquele negócio, é fazer prova até passar. Não se iludam, como regra geral, para cada vitória, há umas 10 derrotas ou mais por de trás.