Aprovado em 8° lugar no concurso TJ-ES para o cargo de Analista Judiciário - Área Judiciária (Direito)
Concursos Públicos“O meu conselho é a persistência. Isso porque, de fato, a vida não se interrompe para que possamos estudar. Na verdade, a conciliação e a flexibilidade farão parte dessa caminhada […]”
Confira nossa entrevista com Lucas Leal Braga, aprovado em 8° lugar no concurso TJ-ES para o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária (Direito):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Lucas Leal Braga: Sou formado em Direito pela Universidade Estadual de Montes Claros/MG, sendo natural da mesma cidade. Tenho 28 anos e comecei meus estudos ainda na faculdade, mas sem muita objetividade. Passei a conciliar os estudos para tribunais e procuradorias municipais, após não obter aprovação para a PMMG.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Lucas: Necessidade de um emprego que me desse uma boa remuneração e tranquilidade para minha família.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Trabalhei por um curto período na Procuradoria Municipal de São João da Ponte/MG, porém pedi exoneração para acompanhar minha esposa que foi trabalhar em outro estado. Então, nem sempre precisei conciliar trabalho e estudo na jornada dos concursos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Lucas: Fui aprovado em algumas procuradorias municipais, Analista DPERO (5º lugar), Analista/Direito TJES (8º lugar), Oficial de Apoio MPMG (1º lugar em São Gonçalo do Sapucaí/MG) e Analista/Direito MPMS (2º lugar). No futuro, pretendo voltar a estudar para outros concursos da área jurídica.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Lucas: Buscava tratar a minha rotina de estudos como um trabalho regular, então, aos fins de semana, gostava de sair com amigos, familiares ou mesmo passar tempo em casa. Normalmente, descansava também na sexta e no sábado à noite. Aos domingos, estudava somente na parte da manhã.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Lucas: Sempre apoiaram a minha decisão, em especial meu pai, que infelizmente faleceu antes de ver quaisquer desses resultados. Além dele, contei com o apoio de meus tios, minha mãe, meu irmão e, sobretudo, minha esposa.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Lucas: Não pude me dedicar com exclusividade para o último concurso, pois estava com várias provas marcadas para o mesmo mês. Desse modo, acabei tendo que utilizar apenas a última semana para um estudo mais específico, em especial, para as matérias de legislação local.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Lucas: Em relação às matérias do Direito, gostava de estudar por livros que havia adquirido ainda na faculdade. Com o decurso dos anos, comprei algumas versões mais atualizadas apenas para ler os acréscimos feitos pelos professores. Em relação a matérias diversas, como Português, Informática e Raciocínio Lógico, estudava por videoaulas. Os PDFs me ajudavam quando se tratava das legislações locais ou mesmo leis penais especiais, situações em que as leis comentadas seriam a melhor alternativa.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Lucas: Conheci pela internet e busquei informações sobre concursos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Lucas: Gostava das videoaulas e dos PDFs, pois eram atualizados e apresentavam um ótimo conteúdo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Lucas: Organizei um ciclo de estudos com uma média de 30 horas que eram cumpridas em aproximadamente 4 dias. Preferi esse método por ser mais flexível e, assim, mais fácil de adaptar à minha rotina diária. Por dia, tentava estudar por 8h, mas isso nem sempre era possível.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Lucas: No início da preparação, seguia aquelas revisões programadas, entretanto, com o passar do tempo, optei por revisar através de questões, além do retorno natural ao conteúdo já estudado em um outro momento posterior. Durante a primeira leitura, montava mapas mentais com palavras-chave.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Lucas: A resolução de exercícios foi fundamental durante a preparação, pois ajuda na revisão, treino e aprendizado. Nesse sentido, resolvia questões todos os dias, mas não contava pelo número, e sim pelo tempo. Assim, estudava entre 1h a 3h diárias por questões em média (conforme o ciclo de estudos).
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Lucas: Informática e raciocínio lógico. Estudava por videoaulas e resolvia muitas questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Lucas: Na semana anterior, estudava os temas específicos daquele respectivo concurso, além de manter o ritmo anterior em relação aos demais temas. Buscava ampliar os horários destinados à resolução de exercícios, aplicando filtro pela banca correspondente.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Lucas: Em alguns certames, a prova discursiva era uma redação. Nesse caso, fiz correções individualizadas com professores específicos. Em outros, a questão era sobre um tema do direito. Nessa hipótese, comprei um livro com questões discursivas e as suas respectivas resoluções. Assim, eu mesmo realizava as devidas correções com base na sugestão de resposta apresentada pelo professor.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Lucas: O principal acerto foi perceber a importância dos exercícios e o principal erro foi acreditar que para passar em concurso seria necessário ler todo o conteúdo dos livros. Na verdade, os temas não são cobrados de forma isonômica, assim o estudo também não deve ser. Tal direcionamento (sobre o que é mais importante) é dado, sobretudo, pela resolução massiva de questões.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Lucas: Nunca pensei em desistir, pois não via outra alternativa. Para mim, a carreira pública era a mais adequada aos meus sonhos e objetivos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Lucas: O meu conselho é a persistência. Isso porque, de fato, a vida não se interrompe para que possamos estudar. Na verdade, a conciliação e a flexibilidade farão parte dessa caminhada. Por isso, é fundamental respeitar os nossos limites e estabelecer uma rotina saudável de dedicação. Além disso, é importante sempre lembrar do nosso ponto de partida, afinal as variadas circunstâncias podem nos distrair ou nos amedrontar, mas não apagar os nossos sonhos. Assim, devemos, como disse Francisco de Assis, começar fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente estaremos fazendo o impossível.