Aprovada em 10° lugar (CR) no concurso TJ-ES para o cargo de Analista Judiciário - Área Administrativa

“Tenha certeza de que prestar concurso é o que você quer. Não dá para encarar isso como passatempo. É preciso muita dedicação de longo prazo, estudo de qualidade (não necessariamente quantidade), e disciplina. Uma hora o resultado vem.”
Confira nossa entrevista com Daniele Beatriz Leite e Silva, aprovada em 10° lugar (CR) no concurso TJ-ES para o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Daniele Beatriz Leite e Silva: Tenho 30 anos. Sou de Juiz de Fora (MG), mas moro no Espírito Santo desde 2007. Sou formada em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Daniele: Pouco antes de terminar a faculdade, eu percebi que não iria querer exercer a profissão de Biólogo. Apesar de ser formada nessa área, eu tenho uma ampla gama de interesses (gosto de fazer a aprender várias coisas), então mudar não foi um problema. A área de concursos me atraiu pela estabilidade e por saber que dependeria somente do meu esforço para conquistar a minha vaga (e não ficaria à mercê de entrevistas de empregos, indicações para vagas, etc)
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Daniele: Depois que terminei a faculdade (2015) eu tive a oportunidade de me dedicar exclusivamente ao estudo para concursos. Para mim, esse passou a ser meu trabalho. Em parte do meu tempo livre, comecei a empreender no crochê, como forma de conseguir alguma renda própria.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Daniele: Já fiquei em Cadastro de Reserva em vários: tanto naqueles em que tinham 1 ou 2 vagas imediatas, quanto naqueles em que era somente para CR mesmo. Difícil estabelecer um número exato por causa disso. Mas como comecei a prestar concurso em 2015, foram proporcionalmente mais reprovações do que aprovações, até que eu conseguisse entender que estudar para concurso era diferente do que estudar para provas da Faculdade. Perdi as contas de quantas provas eu fiz nesse caminhos, quantas reprovações e quantas batidas na trave.
As provas mais recentes foram a do IBAMA, TCE-ES, TRT-ES e TJ-ES, todos com material do Estratégia Concursos. Na do IBAMA fiquei dentro das vagas imediatas, mas não me lembro a colocação. O TRT-ES fui aprovada no AJAA (26ª Ampla Concorrência) e TJAA (246º ampla concorrência). O TJ-ES fui aprovada no AJAA (10º, pelo que vocês me informaram, não sabia da minha colocação). O TCE-ES, no cargo de Auditor. Mas nesse, não consegui a vaga imediata (que era 1); estou no CR (não sei a colocação, pois resultado final ainda não saiu). Pretendo estudar até que eu seja nomeada no cargo que gostaria (em algum Tribunal).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Daniele: Eu não sou de sair muito, independentemente da época da minha vida. Quando comecei a estudar para concurso, eu praticamente aboli a maior parte do meu tempo livre para inserir mais horas de estudos. Tive problemas por tomar essa atitude.
Depois consegui equilibrar: dedicar tempo suficiente para estudo de qualidade, mas sem deixar de lado as horas de lazer e descanso.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Daniele: Sim, completamente. Meus pais, por apoio emocional e por me darem a oportunidade de me dedicar exclusivamente aos estudos. Família e amigos (os que sabiam que eu estava prestando concurso) sempre me apoiaram.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Daniele: Eu comecei a me dedicar para a área de Tribunal em 2016, quando prestei o primeiro concurso para essa área (O do TRF2). Não fui aprovada, mas foi aí que começou a minha trajetória especificamente para Tribunais.
Não tenho problema em manter disciplina. Eu sempre monto um horário no Excel, com os horários definidos, quais matérias estudar, quantos pdfs por mês; sempre adaptando a minha rotina para pré e pós-edital. Nunca tive problema para seguir meus cronogramas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Daniele: Quando comecei, fiz 3 meses de aula presencial de um curso aqui da região onde moro, para ter uma ideia do que era o mundo dos Concursos. Depois disso, comecei a estudar majoritariamente por pdfs, e sozinha em casa. Nos 3 últimos concursos que prestei (TRT-ES, TJ-ES e TCE-ES) também assisti às revisões de vésperas gratuitas no Canal do Youtube do Estratégia Concurso.
Como não tenho problema em manter disciplina de estudo, não observei desvantagens em estudar sozinha (sem aulas presenciais e/ou mentorias). Para mim foi até vantajoso, porque eu podia avançar ou dar mais atenção às matérias que via necessidade, sem ter que me adaptar às necessidades de outros alunos (que é o que acontece em uma sala de aula).
As revisões de véspera no Youtube foram ESSENCIAIS. Nas três vezes que assisti, foram apresentadas informações que não estavam retidas na minha mente, e que foram cobradas em mais de uma questão nas provas acima mencionadas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Daniele: Quando percebi a necessidade de comprar material voltado para concurso, ao invés de estudar por livros. Ao pesquisar, vi o Estratégia como melhor custo-benefício, pois tem materiais excelentes e sempre atualizados
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Daniele: Como falei, quando iniciei o estudo para concursos, fiz um curso presencial local. Não gostei das apostilas; eram muito desorganizadas e sem todo o material necessário. Tentei comprar outras apostilas digitais, mas todas apresentavam as matérias de forma muito superficial, não condizente com o nível de dificuldade que eu enfrentaria nas provas que eu iria fazer.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Daniele: Sim. Não fui aprovada em nenhum.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Daniele: Com certeza houve diferença. É nítido quando um material foi meticulosamente preparado para o cargo/concurso específico. A riqueza dos materiais com diagramas, mapas mentais, tabelas, é essencial na hora de memorizar detalhes que são sempre muito cobrados em provas. Além da quantidade enorme de questões ao final de cada pdf, sempre com comentários dos professores e dicas de como não cair nas pegadinhas. Parece que os professores que preparam o material entram na cabeça do membros da banca para prever/determinar quais tópicos dar mais atenção; é impressionante.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Daniele: No pré-edital, normalmente dividia o total de matérias em 2 blocos. Quando terminava uma matéria, a colocava em regime de revisão (normalmente de 30min a 1h por semana) e inseria outra no lugar. Acredito que em média eram 10 matérias no total. Eu dedicava, para cada matéria, tempo para revisar o que tinha estudado na semana anterior, estudar matéria nova, e resolução de exercícios.
Nesse período, estudava de 6 a 7 líquidas por dia. No pós-edital, como já tinha estudado a maioria das matérias, eu conseguia deixar 80% do meu tempo livre para revisão, e o restante era para estudar tópicos novos que haviam sido colocados no edital. Nesse período, eram em média 10h líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Daniele: Eu fazia usando 4 ferramentas:
1ª: Caderno de Erros: Quando eu resolvia questões durante o estudo, eu sempre pegava as questões que errava e anotava, em documento do Word mesmo, a forma correta da questão. Dessa forma eu conseguia revisar os tópicos que por natureza eu tinha maior índice de erros nas questões.
2ª: Resumos: Sempre fiz resumos para tudo. Tem muito gente que fala que é perda de tempo, mas a minha memorização não foi suficiente quando tentei outros métodos. Então nas revisões de véspera, eram eles que eu consultava para lembrar do geral e algumas partes específicas.
3ª Lei Seca: Para as matérias com muita legislação, foi muito importante fazer essa leitura, pois muitas das bancas cobram a letra da lei nas suas questões.
4ª: Tabelas e mapas mentais: Elas ficavam separadas dos meus resumos. Eu as consultava principalmente no caso de tópicos de matérias em que tinham muitas classificações a serem decoradas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Daniele: Extremamente importante. É por meio das questões que conseguimos saber quais tópicos dar mais atenção e como o assunto é abordado e cobrado pelas bancas.
Não me lembro o número exato, pois englobava tanto as questões presentes nos pdfs quanto as que resolvi nos sites de questões. Mas com certeza foram mais de 2000.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Daniele: Sempre tive problema com informática. O que decidi fazer foi estudar tópicos que eram muito abordados e relativamente fáceis de serem estudados (como segurança da informação e Malwares), e o restante eu fazia apenas exercícios da banca do respectivo concurso. Para mim era inviável estudar tudo, pois informática tem muitos detalhes e nuances que, se eu ficasse preocupada em ver tudo, não conseguiria estudar mais nenhuma outra matéria. Então o custo-benefício de fechar o edital dessa disciplina nunca foi bom.
Por um motivo parecido também tive dificuldade em Administração Geral e Pública. E fiz exatamente o que fiz com Informática: Estudei teorias que são mais consolidadas e me dedicava a resolver muitos exercícios da banca do Concurso.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Daniele: Nas 2 semanas que antecedem a prova eu entrava em revisão final, dando atenção àqueles tópicos de muita importância e que eu percebia uma maior dificuldade em reter as informações que eu precisava decorar.
No dia da pré-prova eu assistia à revisão final disponibilizada no Canal do Youtube do Estratégia Concursos. E, no final do dia, se necessário, revisava algum tópico que algum professor tenha recomendado.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Daniele: No TRT não tive discursiva. No IBAMA e no TJ-ES tive discursiva que foi uma redação. Para ser sincera, nunca me preparei exclusivamente para discursiva desse tipo. Durante toda a minha vida escolar, sempre fui acostumada a escrever muito e a ler muito, e sempre fui dedicada nos estudos (dando atenção especial à disciplina de Português). Dessa forma, não tive dificuldade em organizar ideias e montar textos coesos e coerentes nesses tipos de provas.
Mas além da parte teórica, é importante estar atualizado com acontecimentos nacionais ou internacionais, pois normalmente a questão pede que o aluno apresente argumentos acerca do tema dado para redação. E normalmente os temas referem-se a atualidades.
Por outro lado, a discursiva do TCE-ES foi mais técnica, pedindo teoria sobre Administração Financeira/Orçamentária e Contabilidade. Nesse caso, a revisão de véspera foi essencial para que eu conseguisse fazer, pois abordou os assuntos que eu deveria ter domínio para saber responder às questões apresentadas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Daniele: Foram três erros principais:
– Achar que estudar para Concurso era a mesma coisa que estudar para prova de Escola/Faculdade: Estudar na véspera (véspera para concurso, engloba todo o pós-edital) e achar que vai conseguir ter um bom desempenho na prova.
– Não fazer revisões: Estudo para concurso é de longo prazo. Sem revisões, as matérias estudadas há 1 mês ou mais são facilmente esquecidas, apesar de terem sido aprendidas. Não adianta apenas aprender/entender o assunto, é preciso lembrar da matéria na hora de fazer a prova (e é pra isso que serve a revisão)
– Tentar estudar para todas as provas que apareciam.
Acertos:
– Definir a área para a qual eu queria me dedicar
– Fazer Caderno de Erros
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Daniele: Sempre dá essa vontade quando vem algum resultado negativo, principalmente depois de provas em que houve muita dedicação e estudo para fazer. Mas como eu tinha certeza de que passar no concurso era o que eu queria, e claro, com apoio de pais e amigos, essa vontade ficava de lado depois da “ressaca” de reprovação, e eu conseguia retomar os estudos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Daniele: Tenha certeza de que prestar concurso é o que você quer. Não dá para encarar isso como passatempo. É preciso muita dedicação de longo prazo, estudo de qualidade (não necessariamente quantidade), e disciplina. Uma hora o resultado vem.