
“Não é uma trajetória fácil, mas também não é impossível. O mais importante é acreditar em si e ser persistente.”
Confira nossa entrevista com Rafael Kendi Hanada, aprovado em 18º lugar no concurso TCE-GO para Analista Controle Externo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rafael Kendi Hanada: Sou formado em Hotelaria, tenho 42 anos e nasci em Taquara/RS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rafael: Como sou oriundo da área de turismo e hotelaria, sofri bastante com as oscilações de mercado, pois essa área depende muito da estabilidade econômica para prosperar e as frequentes incertezas e algumas demissões me fizeram repensar sobre a minha permanência na área.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rafael: Eu apenas estudava, pois o trabalho não permitiria conciliar as duas atividades. Ademais, estava desempregado e não vislumbrava o meu retorno à hotelaria.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rafael: Aprovado dentro das vagas é a primeira vez. Se considerarem os cadastros de reserva, mesmo em colocações distantes, fui aprovado na Câmara de Salvador (técnico), Câmara de São José dos Campos (técnico), Câmara Legislativa do Distrito Federal (técnico e consultor de constituição e justiça), MPU (técnico), TRF-3 (técnico), SPPREV (analista), Sefaz-SC (analista), Alesp (técnico), Unesp (assistente técnico) e TCE-RJ (técnico).
Em princípio, não pretendo voltar a estudar, mas a hipótese não foi descartada.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rafael: Os estudos para concursos demandam muita dedicação e, por isso, devemos abrir mão temporariamente de alguns “luxos” para atingirmos os nossos objetivos. Por acreditar nisso, quase não tive vida social durante a preparação. Não quer dizer que não saía, mas eram poucas e bem escolhidas para aproveitar o máximo e retornar aos estudos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rafael: Por ser solteiro e não ter filhos, tinha maior tranquilidade para estudar. E ainda que houvesse apoio, tanto familiar quanto dos amigos, era difícil para eles entenderem a rotina de um concurseiro e consequentemente a tentativa de eles apoiarem a minha rotina não era muito efetiva.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rafael: A minha jornada foi longa, pois mudei algumas vezes de área e isso possivelmente tenha atrasado a minha aprovação. Mas tomei a decisão de focar na área de controle em 2019 e comecei a me dedicar para a área. Especificamente para o concurso, comecei efetivamente quando o edital saiu, pois fui pego de surpresa.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rafael: A minha preparação foi basicamente por PDFs e uma carga muito alta de questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rafael: Foi por indicação de outros concurseiros.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Rafael: Fiz um outro curso há algum tempo, mas como mal conhecia o mundo dos concursos, à época, não possuía uma opinião bem formada sobre o curso. Com o passar do tempo, percebi que o curso era superficial e insuficiente para eu obter uma aprovação.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Rafael: Fiz, e foi desastroso.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rafael: Os PDFs do Estratégia fizeram a diferença na minha preparação, pois deixei de ser um “turista” em provas para ser um concorrente. Para conseguir ser competitivo, utilizei tanto os PDFs propriamente ditos e o Passo Estratégico para realizar as revisões antes da prova.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rafael: Estudava em torno de cinco matérias por dia e geralmente totalizava umas 5 horas líquidas. Após o edital, aumentei a carga das matérias e das horas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rafael: Nunca fui um sujeito que faz resumos e, como consigo ler rápido, preferi reler o material quando necessário.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rafael: Fazer exercícios é fundamental para a uma boa preparação, pois através deles que testamos o nosso conhecimento e conhecemos o padrão de cobrança das bancas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rafael: Não sou uma pessoa que possui facilidade em memorizar assuntos, então estudar para concursos foi um desafio de forma geral e para conseguir melhorar esse aspecto, tive que apelar para a insistência e repetição contínua para conseguir fazer uma boa prova.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rafael: Na semana que antecedeu a prova, a minha rotina se resumiu a fazer exercícios, reler alguns assuntos, ler a lei seca de algum assunto específico e no dia pré-prova, tratei de descansar porque fazer prova durante o dia todo é extenuante.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rafael: Ler muito, estudar os assuntos listados no edital e treinar muito. O que me ajudou muito foram as questões listadas no final dos PDFs do Passo Estratégico, pois como são questões abertas, é possível fazer uma questão discursiva abordando as questões postas lá.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rafael: Cometi inúmeros erros durante a minha preparação, mas acho que o pior foi acreditar que a preparação foi suficiente, pois foi quando tive o pior rendimento numa prova. Devemos ter a consciência de que a nossa preparação nunca será o suficiente, mas ao mesmo tempo devemos fazer o nosso melhor para obtermos êxito nessa caminhada.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rafael: Pensei inúmeras vezes em desistir porque é um processo muito cansativo cheio de altos e baixos e parece ser interminável. No entanto, quando vemos que conseguimos colocar o nosso nome num cadastro de reserva, sentimos que estamos no caminho certo e a vontade de persistir passa a ser maior que a vontade de desistir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rafael: Não é uma trajetória fácil, mas também não é impossível. O mais importante é acreditar em si e ser persistente. Saibam que cometer erros faz parte do processo e que ser reprovado é algo praticamente certo. Ciente disso, devemos insistir em nossos objetivos e, de certa forma, sermos “teimosos” para chegarmos lá.