Aprovado em 28° lugar no concurso do Senado Federal para Técnico Legislativo - Policial Legislativo
Concursos Públicos
“Se você já iniciou os estudos para concurso isso quer dizer que já está motivado e possui objetivos, no entanto, por ser uma jornada longa, muitos desistem por não organizarem uma rotina adequada de estudos e de lazer […]”
Confira nossa entrevista com Fabrício Oishi Grigolin, aprovado em 28° lugar no concurso do Senado Federal para Técnico Legislativo – Policial Legislativo (CR):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Fabrício Oishi Grigolin: Eu sou Engenheiro Mecatrônico, formado pela Escola Politécnica da USP, tenho 33 anos e sou do Fernandópolis, interior de São Paulo.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Fabrício: Durante a faculdade eu não conhecia muito sobre concursos e não imaginava prestar algum, mas no último ano de curso um colega de laboratório me avisou sobre o concurso de engenheiros da Marinha. Por achar o cargo e o salário interessante, eu prestei e consegui ser aprovado. Foi a partir daí que comecei a ficar mais atento sobre concursos públicos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Fabrício: Sim, eu trabalhava durante o dia e estudava à noite e aos finais de semana. Acredito que para conciliar trabalho, estudo e outros afazeres é importante manter uma rotina de estudos com um cronograma desafiador, mas não exaustivo, dormir bem, e tentar manter a calma, principalmente próximo à prova. Para este concurso que tinha TAF, eu ainda separei horário para corrida ao menos uma vez na semana, mesmo durante os estudos teóricos, e acredito que isso tenha me ajudado no desempenho nos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Fabrício: No concurso de engenheiro da Marinha eu fiquei em primeiro lugar para a formação em Engenharia Mecatrônica, depois fui aprovado no concurso da ANAC no cadastro reserva e no da Petrobras, empresa em que estou trabalhando atualmente. Eu prestei o concurso do Senado Federal, pois queria morar em Brasília, uma cidade que considero mais segura e com uma qualidade de vida melhor que o Rio de Janeiro. A princípio, não tenho intenção de continuar estudando, mas não descarto a possibilidade caso encontre alguma oportunidade melhor.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Fabrício: Eu saía pouco com os amigos, inicialmente, por causa da pandemia, que começou no início dos meus estudos para o SF e impediu o contato com as pessoas em geral. Mas isso também foi um ponto positivo, pois nesse período eu fiquei em home office e fui para a casa dos meus pais, o que ajudou para que eu não ficasse tão isolado. Após esse período eu me limitava a trabalhar e estudar e ir à Brasília, onde minha namorada estuda atualmente.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Fabrício: Minha família sempre me apoiou nos estudos para concursos pois sabem que são ótimas oportunidades e sempre confiaram em mim.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Fabrício: Eu estudei por quase 3 anos. Iniciei os estudos logo no início de 2020, ano em que era previsto sair o concurso. Com a pandemia houve esse hiato até 2022, mas me mantive numa rotina de estudos um pouco mais leve até as novas notícias de que o concurso realmente sairia, e a partir daí voltei a estudar com uma carga horária maior. Acredito que ter um cronograma de estudos e a vontade de passar é o que me levou a continuar estudando mesmo quando não havia previsão do concurso.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Fabrício: Eu usei exclusivamente materiais digitais, gostava de usar PDFs para matérias que já tinha algum conhecimento e de videoaulas para as matérias que nunca tinha visto, pois o professor consegue indicar o melhor caminho e dar ênfase no que é mais importante, o que ajuda nas revisões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Fabrício: Eu conheci o Estratégia pela própria internet, como é o curso de referência para concursos não tive dificuldades em escolher o material de estudo.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Fabrício: O Estratégia tem alguns diferenciais, além da qualidade dos materiais, eu tive vários simulados preparados sob medida para o concurso, muitas aulas extras na plataforma e abertas no Youtube e também gostei muito do Bizu e do Passo Estratégico.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Fabrício: Eu nunca contratei um serviço de coaching, sempre gostei de montar meu próprio cronograma. Inicialmente, quando estava aprendendo as matérias, eu gostava de estudar em torno de 3 matérias consecutivamente, tentava mesclar matérias mais complicadas com outras que eu tinha mais facilidade. Conforme ia terminando as matérias, eu reservava alguns horários para exercícios e revisões dessas que já foram finalizadas.
Quanto à carga horária eu estudava em torno de 4 horas por dia durante a semana e umas 8 aos finais de semana.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Fabrício: Eu gosto de fazer resumos e criar meus mapas mentais, apesar de ser mais demorado acredito que funcione melhor pra mim. Durante a maior parte dos meus estudos eu estudava pelos resumos e exercícios do material, apenas nos últimos 2 meses antes da prova eu foquei em simulados.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Fabrício: Os exercícios são fundamentais, tanto para o aprendizado do conteúdo, quanto para fixação e revisão. Eu procurava fazer todos os exercícios dos materiais disponíveis e marcar as questões mais difíceis para revisão. Não consigo lembrar quantas questões resolvi, mas fazendo uma estimativa rápida apenas pelos simulados que fiz na reta final, são mais de 2000 questões, isso sem contar os exercícios contidos nas aulas em PDF.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Fabrício: Como sou de exatas, tive muita dificuldade nas matérias de direito em geral, como administrativo, constitucional e penal e processo penal. Eu não estava acostumado em memorizar letra de lei, o que é essencial em alguns casos e no início negligenciei isso. Apenas melhorei após resolver muitas questões da FGV e entender como a banca cobrava os assuntos.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Fabrício: Na semana anterior eu não mudei minha rotina, que estava sendo em estudar pelos meus erros nos simulados que fazia, em geral, aos finais de semana. No dia anterior à prova eu apenas assisti a revisão de véspera do Estratégia, pois queria estar descansado para o dia seguinte.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Fabrício: Para a discursiva eu procurei questões de concursos policiais anteriores e fazia as discursivas propostas em simulados e comparava com os padrões de resposta. Além disso, tentava montar minhas próprias questões discursivas. Outra dica é resolver questões discursivas (ou escrever redações, se for o caso) periodicamente.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Fabrício: Não acho que tenha sido um erro, mas eu demorei para aprender a estudar as matérias de direito, acredito que só entendi como estudá-las após muito tempo e resolver muitas questões, por isso tive um “retrabalho” em estudá-las. Meu principal acerto foi o de não negligenciar nenhuma matéria, eu estudei todas proporcionalmente ao total de pontos, isso fez com que eu tirasse a maior nota na prova objetiva, o que me garantiu essa boa colocação, mesmo com um deslize na prova discursiva.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Fabrício: Em geral, eu sou bem focado e não penso em desistir, mas por já estar num emprego que considerava muito bom, às vezes me perguntava se realmente era necessário continuar estudando, mas nessas horas eu lembrava dos motivos pelos quais eu tinha começado a jornada e me motivava a seguir em frente.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Fabrício: Para quem está iniciando os estudos, a principal dica é organização e rotina. Se você já iniciou os estudos para concurso, isso quer dizer que já está motivado e possui objetivos, no entanto, por ser uma jornada longa, muitos desistem por não organizarem uma rotina adequada de estudos e de lazer. Assim, procure adequar seu cronograma de estudos a cada mudança na sua rotina de trabalho e na vida pessoal, para ter a melhor eficiência possível.