Aprovado em 4° lugar para Administração no concurso SEGER-ES
Concursos Públicos“Gostaria de falar para as pessoas da minha idade. Muitos acham que não há mais tempo, pensam que são incapazes, estão sem paciência para estudar novamente ou qualquer outra condição. Para esses, claro que é possível […]”
Confira nossa entrevista com Ricardo Leandro De Faria, aprovado em 4° lugar no concurso SEGER-ES para o cargo de Administração:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Ricardo Leandro De Faria: Sou formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Espírito Santo, tenho 47 anos e sou da Bela Cidade de Vila Velha, Espírito Santo
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Ricardo: Eu era Gerente Comercial de uma grande empresa brasileira, na ocasião, a maior em seu segmento. Então um colega, na época, com aproximadamente 46 anos, foi demitido, isso me fez refletir muito, resolvi, por esse motivo, que eu ou iria empreender ou iria estudar mais.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Ricardo: Trabalha, estudava, e tinha muitos outros compromissos, não pude parar, mas reorganizei minhas tarefas para conciliar. Com 47 anos é preciso readaptar. Eu estudava no tempo que eu tinha, mas procurava ter o máximo de qualidade, com foco e objetivos bem definidos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Ricardo: Eu estudo há muitos anos. Fui aprovado para a Guarda Municipal em 4º lugar, concurso para formação de Sargentos da Polícia Militar do E.S. EM 31º lugar, passei também na Guarda Portuária Federal, atuando no Porto de Vitória, onde atuo ainda, mais recentemente fui aprovado e 21º lugar na SECONT – Secretaria de Controle e Transparência do ES, No SEGER e no tribunal de Justiça do ES, todos dentro do número de vagas. Pretendo continuar mantendo e expandindo meus conhecimentos na área de gestão, pretendo fazer uns concursos que ainda estão no meu planejamento.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Ricardo: Quando o edital é publicado, eu intensifico os estudos, converso com os filhos e esposa para eles entenderem, mas muitas coisas eu não tinha como parar. Épocas sem precedentes, requerem medidas sem precedentes.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Ricardo: Minha família sim, não converso muito com os amigos sobre isso. Minha família me ajudava a entender o sacrifício que eu estava fazendo e o que ela estava fazendo junto comigo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Ricardo: Sou disciplinado por natureza, não tive dificuldade neste quesito, meu desafio era o tempo escasso. Trabalho por escala de revezamento, serviço noturno em muitas ocasiões, estudava sempre quando dava. Eu observava as pessoas ouvindo música ou jogando, mas eu precisava resolver questões no celular. Fazia isso sempre, por exemplo, quando ia buscar meus filhos na escola, nos esportes, no inglês, eu sempre aproveitava esse tempo e o transformava em oportunidades. Para o último concurso eu estudei no período do edital, uma vez que eu já estava estudando há tempo para outros concursos anteriores.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Ricardo: Usei principalmente os PDFs e resolução de questões. Eles otimizam o tempo, facilitam os resumos e me ajudam a observar melhor meus pontos fracos para fortalecê-los.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Ricardo: Faz tempo, acho que desde a fundação.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Ricardo: Sempre usei o material do Estratégia, comprei livros de autores da minha área, mas não era para preparação para concurso público. Nos primeiros concursos eu estudava sozinho.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Ricardo: A grande diferença foi uma preparação direcionada.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Ricardo: Eu seguia algumas dicas dos professores do Estratégia e as adaptava à minha realidade, fiz uma planilha no excel, nela eu media meu desempenho, tempo de estudo, conteúdo programático estudado e revisado dentre outras coisas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Ricardo: Resumos e revisava também por meio de exercícios.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Ricardo: Muitos exercícios, muitos mesmo. É de fundamental importância, porque, além das revisões, ajudam a entender o comportamento da banca.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Ricardo: No início com AFO e informática, eu enfrentei, ampliei o foco para superar minhas fragilidades.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Ricardo: Muitos exercícios da banca.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Ricardo: Há técnicas para desenvolver uma boa discursiva, é importante conhecê-las, além disso, as discursivas vêm ganhando destaque e peso na pontuação da prova, alguns concurseiros alcançam boas pontuações só pela boa discursiva.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Ricardo: Errei lá no início, eu não podia investir muito, mas se eu voltasse no tempo, eu teria sacrificado alguma coisa mais e investido nos melhores materiais e técnicas, eu acreditava que sozinho eu alcançaria o que desejava, mas há atalhos que antecipam o alcance de melhores resultados.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Ricardo: Eu tive dois momentos, no primeiro eu considerei meu objetivo alcançado, já havia passado em vários concursos, e estava trabalhando numa estatal com vários benefícios e um salário que atendiam as necessidades da minha família; porém, num segundo momento me deparei com o processo de privatização da estatal que trabalho, então pensei, tenho 20 anos de experiência na segurança pública, não me servirá de nada na iniciativa privada, estava com 45 anos e me vi na condição que eu desejara evitar quando comecei a estudar. Nunca desisti, mas resolvi mudar de área e trabalhar com gestão. Existem outros motivos que me fizeram ter persistência e desejo de mudar de carreira numa época da minha vida que tudo parecia muito estável e consolidado, na transição de um cargo público para o emprego público atual, eu senti que ali ainda não seria o ponto final, mas isso é uma história meio longa.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Ricardo: Gostaria de falar para as pessoas da minha idade. Muitos acham que não há mais tempo, pensam que são incapazes, estão sem paciência para estudar novamente ou qualquer outra condição. Para esses, claro que é possível. Estamos vivendo mais e a previdência está cada vez mais distante. Ademais, há cargos públicos com salários excelentes já no início de carreira. Portanto, dedique algumas horas para estudar com qualidade e mude sua realidade. Sigo esse sábio conselho de Thomas S. Monson “ Quando tratamos de generalidades, não obtemos sucesso. Quando somos específicos, raramente fracassamos. Quando nosso desempenho é relatado e avaliado, nosso índice de progresso é acelerado. Onde se coloca ênfase, obtém-se resultados.”