Aprovado em 15° lugar para Engenharia Civil no concurso SEGER-ES

“O primeiro passo é ter paciência, dificilmente alguém vai conseguir ser aprovado com pouco tempo. Estude as matérias básicas para concurso (português, direito administrativo e constitucional, informática e raciocínio lógico) e vá acrescentando outras de acordo com os últimos editais do concurso que você tenha interesse […]”

Confira nossa entrevista com Rayan Santiago da Silva, aprovado em 15° lugar no concurso SEGER-ES para o cargo de Engenharia Civil:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Rayan Santiago Da Silva: Tenho 27 anos e sou natural de Rio Novo do Sul (cidadezinha do Sul do Espirito Santo). Formei-me em Engenharia Civil no Centro Universitário São Camilo.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Rayan: Acredito que tenha sido uma série de fatores, mas as principais foram: estabilidade do serviço público, incerteza do mercado privado e possibilidade de alcançar boas remunerações em um tempo menor.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

Rayan: No início dos estudos, em 2018, eu trabalhava esporadicamente como autônomo elaborando alguns projetos residenciais e acompanhando execuções de obras.

Após a primeira nomeação, em junho de 2020, passei a trabalhar e estudar. No começo tive muita dificuldade em conciliar com os estudos, chegava exausto do serviço e tinha pouca produtividade ao estudar. Mas com o tempo fui me adaptando e aumentando a carga horária gradativamente.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?

Rayan: Após ser reprovado em alguns concursos (TRT1, TRF 2, PC ES), os resultados começaram a aparecer, sendo aprovado nos seguintes concursos:

1º- Prefeitura Municipal de São Roque do Canaã – ES (engenheiro civil)

2º- Prefeitura de São José do Rio Preto – SP (engenheiro civil)

3º- TRT 2ª Região, na objetiva  (eliminado na discursiva)

12º- Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (auditor de obras públicas)

7º – Secont – ES (auditor interno – engenheiro civil)

24º- Tribunal de Contas do Estado de Goias (auditor de controle externo – engenheiro civil)

15º – SEGER – ES (analista do executivo – engenheiro civil)

17°- TRT-17ª Região (analista do judiciário – engenheiro civil)

12º- Tribunal de Justiça do Estado do Espirito Santo (analista judiciário – engenheiro civil), resultado preliminar

17°- Tribunal de Contas do Estado do Espirito Santo (auditor de controle externo – engenheiro civil), resultado preliminar

No momento não pretendo estudar mais, devo ser nomeado em julho ou agosto na Secont-ES (órgão do meu estado).

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?

Rayan: No início dos estudos, quando eu ainda “não trabalhava”, meus estudos eram apenas de segunda a sexta, já que trabalhava aos sábados com meu pai (famosos “bicos”); como já considerava que a carga horária era suficiente, mantinha minha vida social praticamente inalterada.

Após a primeira nomeação, as coisas mudaram, tive necessidade de estudar aos finais de semana para chegar competitivo nos concursos. Mas foram raras as vezes que deixei de participar de algum momento mais importante com a família e os amigos. Acho que na Secont-ES me privei um pouco mais e no TCE AM e TCE ES tirei férias antes das provas para dar um gás maior.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?

Rayan: Sim, tive apoio tanto da família quanto de amigos próximos (não gostava de “anunciar” que estava estudando para concurso). Mas a principal motivação era a minha esposa (concurseira também) que sempre me incentivou e me mostrou que eu seria capaz, sou muito grato a ela; se não fosse ela, dificilmente estaria aqui agora respondendo essas perguntas.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?

Rayan: Na realidade, eu focava mais nos concursos do Espirito Santo, mas com a pandemia e poucos concursos abertos, passei a me direcionar para concursos de outros estados. Focava em determinado concurso somente após o edital, como já havia conquistado uma base sólida (matérias comuns dos concursos), o pós edital era para rever o que eu estava mal e o que julgava importante.

O que me fez manter a disciplina foi a vontade de conseguir uma vida melhor, uma vez que na iniciativa privada parece ser bem mais difícil.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Rayan: No início da preparação, comecei utilizando alguns livros que minha namorada (hoje minha esposa) tinha, já que ela cursava direito e tinha um conhecimento maior da área de concursos (foi concursada com 18 anos); depois fui adquirindo alguns cursos onlines avulsos do estratégia concursos e assinava um site de questões. Todavia, o material que eu mais utilizei e recomendo é assinatura anual do estratégia, como não tinha um concurso certo em mente, tinha disponível todos os materiais necessários para os próximos concursos que poderiam sair.

A grande vantagem da assinatura do estratégia é que você possui praticamente todo o conteúdo (mapa mental, resumos, pdf simplificado, pdf grifado, videoaulas) necessário para uma aprovação. Ressalto que a videoaula só era utilizada quando tinha muita dificuldade em uma matéria, do resto, só utilizava o PDF. É possível absorver uma grande quantidade de informação em um tempo muito menor do que a videoaula.

Acredito que não tenha desvantagem nesse material.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Rayan: O Estratégia sempre foi referencia de qualidade nos seus PDFs e consequentemente no número de aprovação dos seus alunos. Mas acredito que o primeiro passo que me fez escolher o estratégia foi o material de engenharia que já era muito completo (isso em 2018); nas outras plataforma não tinha quase nada direcionado para engenharia.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?

Rayan: Como já comentado, eu estudei bem pouco por alguns livros de concursos (aqueles de banca de jornal). Achava que o material era muito resumido ou muito aprofundado em algumas disciplinas, característica que é ruim para quem tá no começo dos estudos. Sobre os concorrentes, apenas uma vez comprei um curso para uma matéria específica que estava mais “em conta” e me arrependi.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?

Rayan: A diferença acabou que foi pequena, porque quase não estudei com outros materiais, sempre acreditei que o estratégia era suficiente. Acredito que o diferencial do material do Estratégia é que ele é muito bem direcionado e completo para concurso, caso um aluno absorva 80-90% dos PDFs, a aprovação é quase certa.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Rayan: O plano de estudos dependia muito do nível e da fase que eu me encontrava para determinado concurso. Quantidade de matéria, se eu já tinha vistos todas as matérias do edital, tempo disponível, peso da matéria e por ai vai.

Já teve concurso que estudei uma matéria por 2-3 semanas, no caso de ser a única disciplina que teria na minha prova que não havia estudado e tinha um peso relevante, pois tinha dificuldade de absorver o conteúdo se intercalasse muito, então preferia estudar toda a matéria logo. Já em outros concursos, cheguei a estudar de 5 a 6 matérias por dias, geralmente quando era revisão e nem precisa estudar uma nova disciplina.

Antes de ser nomeado, estudava cerca de 5-6 horas líquidas por dia (segunda a sexta); já quando fui nomeado e após um período de uns 3,4 meses de adaptação, fazia umas 3 horas por dia (segunda a sexta) e 4-5 horas por dia no sábado e domingo.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

Rayan: Minhas revisões eram baseadas em questões, a disciplina que eu não tivesse um aproveitamento que julgasse legal, revia parte dela para elevar o número de acerto. Mas para chegar só no nível de resolver questões, revia os pontos mais importantes e ia anotando o que julgava ser fundamental para a prova. No site de questão, eu montava um caderno com todas as questões que achava que tinha chance de cair no concurso e que eu tinha errado, era uma forma de revisar um conteúdo que não tinha entendido. Também fiz alguns simulados durante a preparação, mas só conseguia aproveitar o conteúdo geral, uma vez que engenharia quase nunca possuía simulado específico.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?

Rayan: Acredito que a resolução dos exercícios representa 80% de relevância numa aprovação. Ela facilita na fixação e memorização, além de ajudar a entender a forma e o modo de cobrança da banca. Devo ter feito mais de 80 mil questões, fazia todas as questões do final do pdf, além de outras milhares no site de questão.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Rayan: Tinha bastante dificuldade em português. Para tentar reduzir o número de erros, chegava a ler todo o pdf de português novamente, mas o principal método para evoluir na disciplina foi incluí-la todos os dias no plano de estudos através da resolução de questão.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Rayan: Conforme eu já disse em outra pergunta, essa rotina dependia da prova e do nível que me encontrava, mas geralmente revia os pontos mais importantes de cada disciplina, assistia o aulão de véspera do estratégia e resolvia as questões que havia salvado no caderno.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?

Rayan: Depois de ser eliminado em dois concursos por causa de discursiva, comecei a valorizá-la. Para a SECONT, por exemplo, fiz todas as questões discursivas do Cebraspe para a área da engenharia e graças esse empenho tive a segunda maior nota da discursiva, pulando da 19ª para a 7ª posição. Então meu conselho é o seguinte: faça todas as questões discursivas existentes da banca e entenda a sua forma de cobrança, a partir disso você conseguirá direcionar seu estudo para discursiva de forma mais concisa.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Rayan: Acredito que meu principal erro não foi me direcionar para o concurso especifico e ter dado uma desanimada na pandemia, fiquei mais de 2 anos sem fazer um concurso e os estudos não foram realizados com tanto empenho.

Os principais acertos foram adquirir um conhecimento nas matérias básicas e fazer muita questão, situação que me deixava competitivo em todos os últimos concursos (não fui aprovado apenas no TCE SC e CGE SC, que foram concursos muito disputados)

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Rayan: Na pandemia fiquei bem desmotivado, foram 2 anos sem fazer nenhum concurso, mas continuei estudando, já que desistir não era uma opção (mesmo não dando o gás que poderia). Eu tinha convicção de queria buscar algo melhor e sabia que era possível.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Rayan: O primeiro passo é ter paciência, dificilmente alguém vai conseguir ser aprovado com pouco tempo. Estude as matérias básicas para concurso (português, direito administrativo e constitucional, informática e raciocínio lógico) e vá acrescentando outras de acordo com os últimos editais do concurso que você tenha interesse. Pare de ficar fazendo todos os concursos que aparecem, pois dificilmente você será aprovado dentro das vgas. Não desista que a sua vai chegar.