Aprovado em 5° lugar para Auditor Fiscal no concurso SEFAZ-MG
Concursos Públicos
“Eu normalmente digo que estudar para concursos é algo relativamente simples, o que não significa que seja fácil. É mais uma questão de ter disciplina para fazer diariamente o “feijão com arroz”, que é o realmente funciona […]”
Confira nossa entrevista com Douglas Moura Simões Pimenta, aprovado em 5° lugar no concurso SEFAZ-MG para o cargo de Auditor Fiscal – Área: Auditoria e Fiscalização:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Douglas Moura Simões Pimenta: Meu nome é Douglas, sou economista, tenho 28 anos e nasci no Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Douglas: De início, fiz meu primeiro concurso de nível médio aos 17 anos porque meu pai faria o mesmo concurso para um cargo de nível superior. Depois voltei a estudar um tempo depois de terminar a faculdade, buscando uma melhor remuneração e um trabalho mais interessante.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Douglas: Sim, trabalho e estudo desde os 18 anos. Para conciliar é preciso ter consciência de que o tempo é curto, então precisamos aproveitar alguns horários alternativos para acumular mais horas de estudo, como antes do trabalho, na hora do almoço ou logo antes de dormir. No fim de semana dá pra compensar o menor volume de estudos do dias úteis, então eu gostava de acordar bem cedo pra já bater a meta de estudos e poder ficar livre no fim do dia para relaxar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação?
Douglas: 11º lugar para técnico administrativo do BNDES em 2013, 120º para Auditor Fiscal no ISS/Campinas em 2019 (fora das vagas), 8º para Auditor Fiscal da Sefaz/CE em 2021 (meu cargo atual) e agora 5º para Auditor Fiscal da Sef/MG.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Douglas: Tentava manter algum equilíbrio, na medida do possível. Saía com minha esposa uma vez no meio da semana para dar uma quebrada na rotina, nos fins de semana nós normalmente saíamos com amigos à tarde ou à noite de algum dos dias. Antes de vir para o Ceará eu costumava ver a família pelo menos 1 vez a cada 15 dias, agora ficou mais complicado. No pós-edital, chega um momento em que as saídas acabam ficando mais limitadas também.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Douglas: Minha família sempre me apoiou e torceu por mim, minha esposa também estudava comigo. Tínhamos uma rotina bem parecida, o que ajudava bastante.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Douglas: Direcionado apenas para a Sef MG, foram cerca de 11 meses, considerando estudo pré-edital até a prova discursiva. Mas estudo para a área fiscal e controle há quase 4 anos.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Douglas: De início, estudei algumas matérias por livros, quando ainda não conhecia o Estratégia. O problema é que livros não têm o conteúdo voltado especificamente para o seu concurso e podem não estar 100% atualizados.
Após conhecer o Estratégia, estudei basicamente por PDFs e videoaulas. O estudo por PDFs é mais efetivo, mas pode ser mais desafiador em matérias mais complicadas. As videoaulas eu usava só em tópicos e matérias específicas em que o PDF não estava sendo suficiente, mas as videoaulas têm a desvantagem de tomar mais tempo, então tem que saber usar para não atrasar demais o estudo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Douglas: Conheci pesquisando na Internet quando decidi encarar meu primeiro edital na área fiscal em 2019.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Douglas: Sim, o material é definitivamente o que há de melhor para estudo para concursos, ao menos na área fiscal. Além das aulas regulares em PDF, que são excelentes, o maior diferencial para mim é a variedade de ferramentas de revisão numa só assinatura. Eu não gosto de preparar meu próprio material de revisão, mas os resumos, mapas mentais e o passo estratégico supriam todas as minhas necessidades nesse sentido.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Douglas: Meu plano de estudos foi criado ao longo do tempo, conforme eu aprendia diversos métodos em vídeos de coaches e experimentava aquilo que fazia sentido para mim. Nessa última preparação, estudava entre 25 e 35 horas líquidas na semana, em blocos de 30 minutos de teoria ou exercício, então conseguia estudar muitas matérias ao mesmo tempo, às vezes mais de 8 matérias num mesmo dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Douglas: Pra mim, depois de terminar o conteúdo de uma matéria, tudo o que você faz é uma forma de revisão. O que funciona para mim é revisar majoritariamente por exercícios (cerca de 70% do tempo), tentando resolver o maior número possível de exercícios num bloco de 30 minutos. Dessa forma, em algumas matérias é possível rever todos os assuntos uma vez por semana ou a cada duas semanas, o que é fantástico.
Fora exercícios, eu intercalava os outros 30% do tempo em revisão pelos resumos já prontos do Estratégia, mapas mentais e pelo passo estratégico.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Douglas: Depois de terminar os PDFs, é o mais importante na preparação. Não tenho ideia de quantas questões fiz, porque mudei de sistema de questões algumas vezes, mas só nessa última preparação eu fiz todos os exercícios da FGV para a maioria das matérias pelo menos umas 5 vezes, em algumas matérias ainda incluí exercícios de outras bancas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Douglas: Estatística e a trinca de Direito Civil, Empresarial e Penal.
Estatística foi a única matéria que eu fiz um resumo com todas as fórmulas e o passo a passo para resolver os problemas mais comuns, que eu lia pelo menos uma vez na semana. Teve um período em que 3 vezes na semana eu acordava mais cedo para estudar 1h de estatística antes de ir pro trabalho, só me levantava da cama, sentava no computador e começava, era realmente a minha prioridade naqueles dias. Foi nesse período que eu mais evoluí, encarando a parte mais difícil logo ao acordar, sem desculpas.
Direito Civil, Empresarial e Penal eu evoluí bastante lendo a lei seca muitas e muitas vezes e fazendo questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Douglas: Na semana antes da prova eu continuei minhas revisões como vinha fazendo, mas foquei os exercícios em resolver cadernos de erros e outras questões marcadas como importantes, também dei uma reduzida no ritmo para não chegar muito cansado. No dia pré-prova eu gosto de relaxar, assisti alguns vídeos de revisão de véspera e saí para dar uma volta na cidade, fazer umas compras, comer algo diferente e tomar um drink.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Douglas: Além de continuar revisando por exercícios e outras ferramentas de revisão, eu e alguns amigos montamos um grupo de estudos para a discursiva, para resolvermos juntos a maior quantidade de temas possível, discutir sobre quais assuntos de cada matéria poderiam ser cobrados na discursiva e tentar explorar a matéria de forma bem abrangente. A ideia veio do Nathan Ortiz, aprovado no TCU, e deu super certo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Douglas: Meu maior erro foi não ter revisado a teoria de Auditoria. Achei que revisar apenas exercícios fosse ser suficiente, porque a teoria já estava repetitiva demais para mim, e acabei indo mal na disciplina, bem abaixo dos outros concorrentes em colocações próximas à minha. Realmente não dá para negligenciar o estudo de uma disciplina dessa forma, mesmo sendo muito chato, revisar teoria é algo que precisa ser feito.
Os maiores acertos foram a estratégia de estudo para discursiva, com o grupo de estudos, e ter dado um foco maior em matérias que muita gente vai mal, ter ido muito bem em Estatística, Direito Civil, Empresarial e Penal fez uma grande diferença na minha nota.
Outro grande acerto foi ter ignorado Português, percebi que, por mais que eu me dedicasse, meu desempenho não melhorava nas questões da FGV, então não fazia sentido continuar perdendo tempo com aquilo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Douglas: Nunca pensei em desistir, acho importante ter a mentalidade de que o estudo para concurso não tem um prazo definido, é literalmente estudar até passar. Dessa vez, por já ser auditor em outro estado, a principal motivação foi poder voltar para mais próximo da família, além de morar num lugar mais seguro.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Douglas: Eu normalmente digo que estudar para concursos é algo relativamente simples, o que não significa que seja fácil. É mais uma questão de ter disciplina para fazer diariamente o “feijão com arroz”, que é o realmente funciona, do que ficar inventando métodos mirabolantes ou acreditar em quem promete milagres.
Tenha um bom material de estudos (o do Estratégia é o que mais aprova na área fiscal), leia todos os PDFs das matérias, faça todos os exercícios dos PDFs pelo menos umas duas vezes, essa é a fase inicial. Depois, já dá para começar a fazer exercícios filtrando por assuntos nos sistemas de questões e revisar por todas as ferramentas de revisão disponíveis. Depois de um tempo, você consegue começar a fazer exercícios de todos os assuntos de uma matéria, no aleatório, e continua revisando a teoria. Aprendendo com os erros e tendo atenção para não errar mais uma vez, naturalmente o percentual de acertos vai aumentando ao longo do tempo até o ponto de a aprovação chegar.
O difícil é fazer isso diariamente por alguns anos, mas o resultado com certeza vale a pena.