Aprovado no concurso SEFAZ-BA
“O conselho mais importante que eu posso dar é crer em Deus. Ele é dono de tudo. Aconselho também a sempre ter uma conversa sincera com a família…Estude com as melhores técnicas, faça muitas questões e tenha muitas horas de estudo. A aprovação é a conjunção de todos esses fatores”
Confira nossa entrevista com Silas Mendonça Alves, aprovado na SEFAZ-BA como Auditor Fiscal de Administração, Finanças e Controle Interno:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Silas Mendonça Alves: Sou de Guaçuí – ES, mas atualmente moro em Itaúna – MG. Tenho 30 anos e sou formado em Engenharia Elétrica pela PUC Minas.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Silas: Trabalhei na minha área de formação apenas como estagiário, e isso foi suficiente para saber o que não queria fazer na vida. O que me levou a estudar para concurso foi a vontade de ser auditor fiscal. Como passar em concurso era a única forma, tive que encarar.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Silas: Bem, não sei ao certo quando decidi que queria a área fiscal. Desde muito antes de me formar, eu já tinha essa vontade. O que pesou para eu escolher o cargo foi basicamente sua importância, antes mesmo de saber o salário ou como eu teria que fazer para me tornar um fiscal.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Silas: Um pouco antes de me formar, tentei permanecer na empresa em que eu trabalhava. Lá, eu acabei não tendo oportunidade, mas me foi oferecida uma vaga em uma empresa terceirizada por ela, o que foi desanimador, pois o salário era menor do que a mensalidade da minha faculdade. Então, conversei com meus pais e pedi que me ajudassem. Tive a compreensão deles e, em Julho de 2016, comecei os estudos. Me dediquei integralmente aos concursos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Silas: Aprovação pra valer só veio na SEFAZ/BA, em 18º para o cargo de Auditor Fiscal de Administração, Finanças e Controle Interno. No ISS São Luís terminei em 60º e no ISS Limeira em 42º. Outras provas como SEFAZ Goiás, SC e RS nem apareci na lista. Até ia bem, mas hoje em dia, ir somente bem não quer dizer muita coisa, pois o candidato comum, como eu, precisa fazer a prova da sua vida para passar num desses.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Silas: Ao todo, eu estudei 3 anos exatos, de julho de 2016 até julho de 2019. Durante esse período, apenas no primeiro ano, estudei sem edital. Em agosto de 2017, saiu o primeiro edital, ISS Criciúma. Desde então, praticamente, não fiquei sem edital para estudar. A disciplina para estudar veio da determinação em passar e também um pouco de não considerar outras opções na vida. Eu queria muito ser fiscal.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Silas: Conheci o Estratégia Concursos buscando cursos para a Receita Federal. No primeiro semestre de 2016, houve uma semana especial feita pelo Estratégia e, ali, decidi que compraria os materiais.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor pra você? Videoaulas, pdfs, livros?
Silas: A maioria do tempo foi com os PDFs do Estratégia. Comprei por fora apenas um livro sobre técnicas de redação. Não costumava assistir a videoaulas, a não ser em assuntos muito específicos em que eu não conseguia esquematizar meu raciocínio. Na prova da SEFAZ BA, eu acertei uma questão, de um assunto que eu sempre errava, por causa de uma videoaula que assisti na semana da prova. Um ponto a menos e eu estaria fora. É muito melhor estudar lendo, mas não dá para desprezar as videoaulas.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Silas: Durante um bom tempo da minha preparação, eu tive um coach do Estratégia, o Piero Albuquerque. Inclusive, tenho que agradecê-lo publicamente, pois me apoiou até quando eu já não tinha dinheiro para pagá-lo. Foi uma peça fundamental na minha aprovação. Ele me orientou a começar devagar, entre 5 e 6 horas por dia. Sei que para muitos isso é bastante tempo, mas eu tinha o dia inteiro livre e acordava cedo. Nessa época, antes das 15h eu já tinha cumprido a meta do dia e não tinha nada para fazer. Então, aos poucos, eu fui aumentando a carga horária até chegar a 8 horas por dia, de segunda a sábado. Acabava aumentando essa carga horária em épocas de edital, mas me desgastei demais. Até a prova de Goiás aguentei o ritmo, mas depois eu estudei arrastado para SC e RS. Entre a prova do RS e o edital da BA, tive um mês mais light, o que me ajudou a recuperar o fôlego. Então, arrisquei tudo na BA, estudei entre 13 e 14h por dia, de segunda a segunda, e fui para a prova. Acabei passando (risos).
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Silas: Realmente, a dificuldade de passar em um concurso está diretamente ligada à quantidade de conteúdo a ser aprendida. Por esse motivo, um concurseiro da área fiscal demora mais tempo, em média, para ser aprovado. Eu estudava por ciclos e fazia revisões periódicas, que podem ser diminuídas ao longo do tempo. Estudar por ciclos me proporcionou estudar várias matérias ao mesmo tempo. Em um ciclo, chegava a estudar 15 matérias. Mas como o que conta no final é marcar o X no lugar certo, então me dediquei bastante à resolução de questões em um site especializado. Foquei muito nas marcações que eu fazia no PDF e só fazia resumo daquilo que eu não conseguia memorizar mesmo. Acabava nem usando no final das contas, pois as questões supriam as dúvidas na maioria das vezes.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Silas: Tinha dificuldade em Direito Civil e Empresarial, pois são grandes, têm muitas coisas para serem decoradas e a base de questões não é muito forte. Em Legislação Tributária eu também acabava não gabaritando, como a maioria dos aprovados faz. Eu realmente precisava superar essas dificuldades, mas aí veio a prova da BA e nenhuma dessas disciplinas foram cobradas para o meu cargo. Era a minha prova, era o meu cargo. É a explicação também de eu ter estudado tanto, especificamente para essa prova. Era um sinal divino pra mim.
Estratégia: Você é casado(a)? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro(a)? Se sim, de que forma?
Silas: Não sou casado, hoje estou noivo. Gostaria de agradecê-la também, pois a Vanêssa foi a maior apoiadora moral que tive, o que foi imprescindível. Tenho uma filha de oito anos, Talita, que é por quem eu faria tudo de novo. Não moro com meus pais, moro com minha noiva. Meus pais, Marcos e Assíria, “seguraram o rojão” enquanto eu estudei. Esses sim são fortes. Eu não.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Silas: Até costumava sair nos finais de semana, mas para programas mais tranquilos e baratos, pois a semana era sempre dura, e para estudar nós precisamos da mente descansada. Na maioria das vezes fazíamos alguma coisa na república em que minha noiva morava. Cheguei a ser radical por um tempo, mas isso me prejudicou, assim como muitos à minha volta. Então, o mais certo é estudar muito na hora que tem que estudar, e relaxar na hora que tem que relaxar.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo)
Silas: Isso depende de cada um. Eu tive o apoio que precisava para me dedicar integralmente ao cargo de auditor. Mas, às vezes, o concurseiro não tem essa opção, então vale estudar para um cargo diferente, mais tranquilo de passar, apesar de ser tudo difícil hoje em dia.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Silas: Para o cargo de fiscal, estudei 3 anos. Para o cargo em que fui aprovado foram 2 meses e meio dedicados somente a ele.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Silas: Quando saiu o resultado eu não consegui comemorar muito, pois eram 16 vagas no edital eu fiquei em 18º. Só consegui comemorar e ficar emocionado quando fui convocado para apresentar os documentos e fazer os exames médicos. Aí sim foi muita emoção, um peso saindo das costas e o sentimento de que era pra ser exatamente daquele jeito. Tudo se encaixou perfeitamente.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Silas: Na semana que antecedeu a prova o ritmo foi o mesmo de sempre, me matei de revisar tudo o que podia. No dia anterior à prova, eu fui para a Bahia, então só tive tempo de dar uma lida em algumas anotações durante o voo e no hotel. Essa coisa de diminuir o ritmo não tinha dado muito certo em outras provas, então não fiz isso. Dei 100% de mim.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Silas: Eu tinha a experiência de outra prova anterior, a de São Luís. Já sabia mais ou menos o que fazer, mas adquiri um pacote de redações do Estratégia em que professores faziam as correções. Foi um belo ajuste fino do que eu deveria fazer. Se a prova tiver discursiva, aconselho a se dedicar bastante a essa parte, pois faz toda a diferença. Marcar “X” se torna a parte menos difícil.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Silas: Erro mesmo foi apenas um. Eu acreditei que estudar 1 ano já seria o suficiente para passar em qualquer prova do mundo. Para pessoas comuns, como eu, isso é pouquíssimo tempo, a não ser que saia uma prova com 200, 300, 500 vagas. Aí sim é possível. Mas em um mundo com 10, 15, 30 vagas, eu tiro o chapéu par quem consegue ser aprovado rápido. O que eu faria de diferente seria começar a me dedicar mais cedo aos simulados e às questões. Meu maior acerto foi, sem dúvidas, apostar em um único cargo, para um único órgão, e focar apenas nas matérias que caíram lá. Eu passei de 77-80% de acertos nas provas para 87% na BA.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Silas: O mais difícil foi aguentar tanto tempo sem dinheiro, sem lazer, sem saber se daria certo. Mas nunca pensei em desistir, afinal essa era a única opção que eu considerava na vida.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Silas: Minha motivação foi minha família: pais, noiva e filha. E claro, ser auditor fiscal.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Silas: O conselho mais importante que eu posso dar é crer em Deus. Ele é o dono de tudo. Aconselho também a sempre ter uma conversa sincera com a família, pois combinar que você terá que se afastar de todos por algum tempo, ajuda na compreensão e na pressão que irá sofrer. Estude com as melhores técnicas, faça muitas questões e tenha muitas horas de estudo. A aprovação é a conjunção de todos esses fatores. Obrigado pela oportunidade de reviver a minha história de aprovação.