Aprovado em 107° lugar para Auditor Fiscal no concurso da Receita Federal
Concursos Públicos
“Concursos públicos possibilitam uma vida tranquila, onde você pode praticar os seus hobbies sem receio de perder o emprego ou sair da fila das promoções. Tão importante quanto é o fato de o concurso só depender de você […]”
Confira nossa entrevista com Marcio Malafaia Saliba, aprovado em 107° lugar no concurso Receita Federal para o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Marcio Malafaia Saliba: Sou Marcio Saliba, formado em Ciências da Computação, 45 anos, natural de Bagé-RS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Marcio: Fiquei desempregado logo após me graduar. Foram longos 15 meses sem trabalhar. Comecei a fazer uma pós na minha área (Redes de Computadores) para manter-me atualizado e consegui uma indicação de um colega para trabalhar em um grande banco, porém quarteirizado, como PJ, sem vínculo empregatício. Fiquei um ano assim, sem perspectiva de contratação pelo banco, surgiu um concurso do Serpro, na minha área. Ali havia começado a minha jornada no serviço público.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Marcio: No meu primeiro concurso (Serpro), eu trabalhava no banco, sem tempo para estudar. O concurso foi dividido em áreas. Escolhi Redes de Computadores e fui o 2º colocado na minha região, e o 10º no Brasil.
Dali em diante, sempre precisei conciliar os estudos com o trabalho. Em 2020, comecei a cursar Direito. Tive a sorte de o período entre o edital e a prova coincidir com as férias universitárias.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Marcio: Fui aprovado em alguns concursos (TRT-PR, TRE-RS, TJ-PR, Câmara dos Deputados), mas classificado em três: Serpro – Analista, em 2004, ATRFB em 2006 e agora em 2023 como AFRFB. Fui muito feliz nos dois anos de Serpro, e estou há 17 como Analista Tributário da RFB. Agora, finalmente, consegui me classificar dentre as vagas para Auditor Fiscal da RFB.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Marcio: Eu estava desde 2016 sem estudar, vivendo tranquilamente como ATRFB (Analista-Tributário da RFB). A falta de perspectiva de novo concurso retirou-me dessa área, à época.
Logo que vi o edital na praça, adquiri o material de estudos e foi uma rotina de imersão nos 100 dias até a prova. Praticamente não tive vida social entre edital e prova.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Marcio: Totalmente. Minha esposa e filha compreenderam e me apoiaram muito, dentro das possibilidades. Elas sabiam o quanto eu desejava isso, após muitos anos e tentativas frustradas em concursos anteriores. Tínhamos um pacto que essa seria a última chance, o agora ou nunca.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Marcio: Estudei cerca de 85 dias, entre 8 e 10h líquidas diárias, folgando aos domingos, quando fazia os simulados do Estratégia. Nas últimas semanas, reduzi o ritmo para quatro a seis horas. Chuto um total aproximado de 700 horas líquidas. Muito da disciplina eu devo à minha família, que sempre me encorajou a não desistir e a dar o máximo de mim.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Marcio: Utilizei o curso específico Receita Federal (Auditor Fiscal) do Estratégia, adquirido logo que saiu o edital, em 05/12/2022. Comecei assistindo às videoaulas das matérias específicas, além das que eu tenho dificuldade (Contabilidade, Estatística e Economia). Fazia resumos no computador durante as aulas, do que eu considerava importante. Logo após, eu passava pelo PDF da aula e respondia questões.
Considero uma vantagem a questão das videoaulas, por possibilitar visualização rápida em 1,5 ou 2x. São poucos os professores que lecionam rápido o suficiente para não permitir a redução do tempo do aluno ao assistir a suas aulas.
Não percebi desvantagens na experiência como aluno virtual do Estratégia.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marcio: Estou no serviço público desde 2004. Naquela época, acho que só havia um curso para concurso, cuja sede era em Curitiba-PR. Surgiram outros nos 10 anos seguintes, até o concurso da RFB de 2014. A seguir, vivenciamos quase uma década de vagas magras nos concursos públicos, mas eu continuava acompanhando, e o Estratégia, a meu ver, foi o que se firmou como o mais conceituado.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Marcio: Sim, eu tive Contabilidade e Estatística na graduação, mas não aprendi o suficiente. Tentei aprender em um curso para o concurso da RFB de 2009, mas também não foi daquela vez (fiz os mínimos, mas não o suficiente para ir para a fase discursiva). Não creio que algo específico me incomodasse. Pode ter faltado um pouco de dedicação minha, pois são disciplinas que não gosto, mas os professores também não colaboravam.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Marcio: Para passar no Serpro, eu fiz a prova com o meu conhecimento na área, sem utilizar material. Em dezembro de 2005, fiz pela primeira vez o concurso de AFRFB, mas não estudei. Não fiz os mínimos em várias disciplinas. Fiquei desapontado comigo mesmo e adquiri apostilas simples para estudar para o ATRFB, cujas provas seriam em fevereiro de 2006. Estudei por cerca de 40 dias e passei em 2ª chamada, em 16º na 9ª Região Fiscal. Foi o último concurso regional, o qual previa 15 vagas na RF09 (Paraná e Santa Catarina).
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Marcio: O diferencial, para mim, é o foco direcionado no concurso, edital e prova. Assuntos vistos em aulas e revisões caíram parecidos na prova. Tópicos abordados e destrinchados para o candidato dedicar mais ou menos tempo, conforme o edital.
Não faltam ferramentas de auxílio ao concurseiro. Videoaulas e materiais escritos conforme o edital. Revisões importantes. Passo estratégico e cursos bônus. Simulados semanais, muito importantes.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Marcio: Estudei no máximo três matérias simultâneas. Preferi focar em poucos assuntos, e só após encerrá-los, partir para outros. E deu certo!
Estudei entre o edital e quinze dias antes da prova, de oito a dez horas líquidas diárias. Nas últimas duas semanas, reduzi o ritmo para quatro a seis horas líquidas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Marcio: Fazia resumos durante as videoaulas. Pausava, escrevia o que julgava importante, repetia o trecho da videoaula se precisasse.
Fiz todos os simulados disponibilizados semanalmente no curso que adquiri no Estratégia, bem como alguns simulados abertos ao público em geral.
Passados os vídeos e os PDFs, tive tempo para revisar os resumos que havia feito, e até reassistir algumas das aulas.
Descartei matérias que tenho facilidade (Português, Inglês e RLQ).
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Marcio: Passei no 4º concurso que fiz para AFRFB. Em 2005, não estudei e não fiz os mínimos. 2009, fiz média de 6,4 nas objetivas, mas o corte para a discursiva ficou em 7,1. 2014 eu tinha nota para o corte da discursiva, mas falhei em Legislação Tributária. Após 2014, estava tão obcecado que passava os dias resolvendo questões, quando o trabalho permitia. Lembro-me de ter ultrapassado 25000 questões, de acordo com as estatísticas do site. Conforme o ‘Meu Desempenho’ dos cadernos de questão do Estratégia, foram outras 3866 questões resolvidas, com um aproveitamento de 81,12%.
A partir do momento que você entende o assunto, resolver questões passa a ser divertido.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Marcio: Meus calcanhares de Aquiles sempre foram a Contabilidade (reconhecida pelo peso na porcentagem da nota), além de Estatística e Economia. Essas três eram o meu temor em zerar na prova.
Sinto-me confortável em afirmar que os professores Jhoni (Estatística) e Possati (Contabilidade Geral e Pública) auxiliaram-me muito na preparação, com suas ótimas didáticas. Fiz 4/6 em Estatística e 5/8 em Contabilidade, mesmo com a parte Pública, que eu só estudei agora, com o Possati. Economia eu fiz 2/6 das questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Marcio: Em março, eu reduzi o ritmo das oito a dez horas líquidas diárias. Não estava mais aguentando, e procurei arejar a cabeça para estar o mais tranquilo possível durante a prova. As últimas duas semanas eu devo ter estudado entre quatro a seis horas diárias, no máximo. Faltando uns cinco dias para a prova, eu praticamente parei de estudar e fiquei assistindo às aulas de revisão ao vivo, para pegar as últimas dicas, muito úteis. Descansei no sábado pré-prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Marcio: Devo minha colocação dentro das vagas à prova discursiva. Estou cursando Direito, o que certamente me ajudou na resolução das perguntas de Tributário e Administrativo. Além disso, passei por todas as Rodadas de Temas do curso de Discursivas incluído no curso para a Receita Federal do Estratégia. Foram de muita valia, até porque um dos temas foi sobre Improbidade Administrativa, coincidentemente o tópico de uma das questões da prova de AFRFB.
Se possível, recomendo também ler livros e materiais das disciplinas do concurso que você pretende prestar, fazendo resumos. Isso auxiliará muito em suas provas discursivas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Marcio: Errei, com certeza, em menosprezar a legislação tributária, que era recorrentemente cobrada até 2004, o que me custou a aprovação em 2014.
Acertei em resolver muitas questões objetivas, ler alguns livros para concursos e escolher o Estratégia, um curso que me propiciou videoaulas e PDFs direcionados ao meu objetivo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Marcio: Eu desisti em 2016. Não havia perspectiva de novo concurso, pois nunca teve um interstício de mais de 2 anos entre os concursos da RFB.
Acho que minha maior motivação foi ser Analista-Tributário, em uma área-meio da RFB (TI). Desde que comecei, eu pensava “Por que eu não posso ser um deles?”.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marcio: Concursos públicos possibilitam uma vida tranquila, onde você pode praticar os seus hobbies sem receio de perder o emprego ou sair da fila das promoções. Tão importante quanto é o fato de o concurso só depender de você.
Ademais, se você busca satisfação pessoal, sempre haverá novos concursos para prestar. Não desista!
Consegui a aprovação como Auditor-Fiscal com 45 anos. Mantenha-se firme, estude com dedicação através de um curso com credibilidade no mercado, como o Estratégia, pense na melhora de qualidade de vida para você e sua família, que o resultado será consequência.
E lembre-se, o seu maior concorrente é você mesmo!