Aprovado em 142° lugar para Analista Tributário na Receita Federal

“Acredite em seu potencial. Sem isso, seus medos irão destruir seus sonhos.”

Confira nossa entrevista com Lucas Felipe Santos, aprovado em 142° lugar no concurso da Receita Federal do Brasil para o cargo de Analista Tributário:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Lucas Felipe Santos: Tenho 28 anos. Sou natural de Aracaju – SE, mas cresci em São Cristóvão, cidade vizinha à capital. Sou Engenheiro Mecatrônico e formei em 2017.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Lucas: No final de 2019 eu estava trabalhando na iniciativa privada na minha área de formação e gostava bastante, mas infelizmente a empresa fechou e eu fui demitido. Além disso, logo em seguida veio a pandemia. Aquilo me deixou bastante inseguro para continuar na iniciativa privada. Foi um dos principais motivos que me fez deixar de lado a carreira na engenharia e buscar estabilidade no serviço público. Só em julho de 2020 eu tomei a decisão e iniciei a minha preparação!

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

Lucas: Não! Somente estudava. Durante toda a minha preparação me dediquei 100% aos estudos. Aproveitei o apoio e incentivo da minha mãe e irmãs para iniciar os estudos com o propósito de só parar até conseguir a aprovação.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?

Lucas: Minhas ultimas aprovações foram: Receita federal (Analista tributário – 8º colocado PPP e 142º ampla) e Banco do Brasil (Agente de Tecnologia – 20º colocado PPP e 461º ampla). No momento a minha intenção é tomar posse como analista e em seguida retomar a minha preparação para Auditor.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?

Lucas: Minha rotina não mudou muito após a minha saída da iniciativa privada. Eu encarei meus estudos como uma profissão. Então, durante a semana eu estudava manhã e tarde, e tinha meu período da noite para socializar com amigos e família e também ter meus momentos de lazer. E aos finais de semana (sábado e domingo) eu estudava apenas no período da manhã quando não estava em pós edital. Esse equilíbrio foi muito importante para me manter constante durante toda a preparação.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?

Lucas: Sim, desde o início. Minha mãe e irmãs me apoiaram bastante durante toda a minha preparação, tanto emocional, como financeiramente. Além disso, sempre recebi o incentivo de alguns amigos que compartilhavam do mesmo desafio de ser concurseiro.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?

Lucas: Foquei 100% na RFB desde a autorização do concurso, então foram aproximadamente 9 meses de dedicação exclusiva. A disciplina ela já vinha de antes, mas saber que o concurso que eu estava esperando há tanto tempo realmente ia acontecer me deu um ânimo a mais para continuar firme. A prova do Banco do Brasil aconteceu um mês após a prova da RFB, foi um mês muito intenso para me adaptar a banca examinadora e absorver novos conteúdo, mas foi suficiente graças a bagagem que eu já tinha adquirido previamente. Então não foi um mês de estudo, mas sim um sprint final após correr uma maratona.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Lucas: Utilizei principalmente PDF e videoaulas. A vantagem do material online é que não se perde tempo com deslocamento até um curso presencial, além de ter horários de estudo mais flexíveis. Em contrapartida, seu estudo se torna muito mais solitário e independente, é uma luta contra os seus medos e incertezas a todo momento.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Lucas: Pelas redes sociais e aulas no Youtube.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?

Lucas: Sim, as aulas de resolução de questão e os projetos hora da verdade e reta final no youtube me ajudaram consideravelmente para revisar o conteúdo nas últimas semanas antes da prova. Inclusive a revisão de véspera que me garantiu pontos preciosos na prova discursiva. Além disso, a opção de ver respostas mais resumidas do professor na plataforma de questões ajudou bastante a otimizar o tempo nesse período de revisão mais intensa.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Lucas: Desde o inicio estudei por ciclos de estudos. Comecei pelas disciplinas base da RFB e fui inserindo novas disciplinas ao longo da preparação. Durante o dia estudava sempre mais de uma disciplina (em média 5 no pré-edital) e a ordem era intercalada por áreas de conhecimento, por exemplo, estudar uma disciplina do direito após ter estudado uma disciplina de exatas. Dessa forma eu reduzia o cansaço mental. A quantidade de horas líquidas variava dependendo do dia, como falei, eu reduzia o ritmo aos finais de semana. Mas em média dava umas 32h por semana.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

Lucas: Eu utilizava os resumos feitos pelos professores e completava com informações que eu achava relevante ou tinha dificuldade, além de utilizar mapas mentais já prontos. Simulados eu fiz poucos ao longo da trajetória, mas acredito que são ótimas ferramentas para entender qual a melhor estratégia de resolução de prova.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?

Lucas: Acho que resolver questão é a ferramenta mais importante para evoluir nos estudos e se tornar competitivo. Além disso é a melhor forma de conhecer o perfil da banca que o candidato irá enfrentar no dia da prova! A quantidade de questões que eu resolvi é estimada, não tenho como ser tão preciso, mas pelos meus registros diários, fiz mais de 20 mil questões.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?

Lucas: Definitivamente, Contabilidade e TI. São disciplinas muito densas e difíceis de acertar questões e aprender alguns assuntos específicos, mas sempre entendi que era um desafio que teria que superar. Dediquei mais horas de estudo a elas e nas provas tentava compensar minhas perdas em outras disciplinas que eu tinha melhor desempenho, como exatas, por exemplo.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Lucas: Nas últimas duas semanas eu apenas revisei o conteúdo estudado, nada de aprender assunto novo. No dia anterior eu assisti a revisão de véspera e li meu caderno de erros e algumas fórmulas matemáticas.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?

Lucas: Discursiva sempre foi uma dificuldade minha. Demorava muito para escrever e no fim o texto ficava sem lógica. tive que aprender com o tempo a entender que escrever é como um projeto: primeiro você planeja e depois executa. Resolvi meus problemas com o método da Profa. Janaina Arruda, segui todos os conselhos e fui aprendendo o método de escrita dela. No fim, tudo deu certo. Recomendo seguir um método de escrita e estudar bastante o padrão de correção da banca.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Lucas: Primeiramente, saber que escolher um bom material de estudo evita que se cometa muitos erros durante a preparação, e acredito que foi o meu maior acerto. Fazer provas durante a trajetória também me ajudou bastante a saber como resolver provas em tempo hábil e não se desesperar. Por mais que não seja o “seu concurso” o candidato sente a pressão de vencer aquela prova, e esse processo ajuda no controle emocional.

Um dos principais erros que cometi foi insistir por muito tempo em técnicas que não serviam para mim. Até entender isso e buscar experimentar novas ferramentas e métodos, me custou tempo até a primeira aprovação.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?

Lucas: De continuar estudando até a aprovação, não. No entanto, durante o pós-edital da Receita Federal tive alguns problemas que prejudicaram meu cronograma de reta final. Por alguns dias pensei em parar e iniciar o pós-edital para a prova do Banco do Brasil (minha 2ª aprovação), mas naquele momento eu não podia abrir mão do meu objetivo maior, tinha que valorizar todo o meu esforço prévio e encarar aquela prova. Graças a minha fé em Deus, continuei no meu propósito e tudo deu certo no final.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Lucas: “Uma das coisas mais tristes na vida é chegar ao fim e olhar para trás com remorso, sabendo que você poderia ter sido, feito e tido muito mais. – Robin Sharma”

Pague o preço e preocupe-se somente com o que você tem controle. Trate os seus estudos como prioridade, caso contrário, a sua aprovação torna-se uma incerteza. Faça o que é preciso para evoluir, buscar atalhos só irá atrasar a sua caminhada.

Acredite em seu potencial. Sem isso, seus medos irão destruir seus sonhos. Saiba que, em regra, o processo é doloroso, contudo, extremamente recompensador. Busque forças para continuar, seja em sua família ou casos de sucesso que são próximos da sua realidade. Por fim, tenha um propósito em mente e muita fé em sua vitória, uma hora você chega lá.