Aprovado em 139° lugar para o cargo de Analista Tributário na Receita Federal
Concursos Públicos
“[…] recomendo que procurem manter pessoas ao seu lado que te apoiem, pois isso ajuda muito na preparação para concursos públicos.”
Confira nossa entrevista com João Guilherme Alvarenga E Silva, aprovado em 139° lugar no concurso da Receita Federal do Brasil para o cargo de Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
João Guilherme Alvarenga e Silva: Tenho 27 anos, sou natural de Fartura (SP), mas hoje vivo no Rio de Janeiro (RJ).
Após o Ensino Médio, inicialmente eu cursei Engenharia de Produção, mas acabei não concluindo o curso e hoje sou graduado em Gestão Pública.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
João Guilherme: Comecei a estudar para concursos após tomar conhecimento de que ocorreria um concurso para técnico administrativo na Universidade onde eu estudava. Como eu estava enfrentando dificuldades para me manter financeiramente no Rio de Janeiro, decidi prestar o referido concurso e acabei me classificando dentro das vagas.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
João Guilherme: Durante os estudos para o concurso de Analista Tributário da Receita Federal eu trabalhava na UFRJ e a conciliação com o trabalho foi muito difícil, pois nos últimos anos eu ocupava uma função de chefia que demandava muito de mim. Sendo assim, raramente eu conseguia estudar durante uma semana de trabalho, alcançando uma carga horária um pouco melhor nos fins de semana e, principalmente, nos períodos de férias, que foram essenciais para que eu obtivesse minha aprovação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
João Guilherme: Prestei dois concursos públicos: o primeiro foi o da UFRJ, em que tentei três cargos diferentes e fiquei em 3º lugar para “Assistente em Administração – Complexo Hospitalar – Horário Diferenciado”; e, mais recentemente, o de “Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil”, em que estou em 139º de 469 vagas. Pretendo continuar estudando, a princípio, para o cargo de Auditor.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
João Guilherme: A minha vida social era bem restrita. Saí muito pouco com família e amigos, as poucas horas de lazer eram compartilhadas com minha companheira, visualizando conteúdos na internet ou saindo para comer em algum restaurante, por exemplo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
João Guilherme: Sim, tive muito apoio durante a minha caminhada como concurseiro. O meu pai sempre me incentivou a voltar a prestar concursos (o intervalo entre o concurso da UFRJ e o da Receita foi superior a 5 anos), assim como minha companheira, que não me deixou desistir de prestar o concurso de Analista e que foi fundamental para que eu conseguisse manter o foco durante a reta final da preparação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
João Guilherme: Direcionado e com afinco eu estudei para esse cargo apenas após a publicação do Edital. Contudo, anteriormente eu já tinha estudado parte das matérias, apesar de não ter chegado a “concluir” sequer metade de nenhuma delas.
O que me ajudou a manter a disciplina na reta final foi ter baixado um aplicativo em meu celular, que me impedia de usá-lo por horas; ter minha companheira ao lado me apoiando; e ter tomado recentemente a decisão de tentar ter um filho, o que fez eu continuar os estudos nos momentos difíceis.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
João Guilherme: Antes da publicação do Edital, eu cheguei a concluir cerca de 250 tarefas de trilhas estratégicas relacionadas à área fiscal. Essas tarefas baseavam-se principalmente nos “pdfs completos” e entendo que eles foram importantes para eu ter conseguido formar uma base sólida, ao menos em parte do conteúdo antes do pós-edital.
Durante o pós-edital, como o tempo era limitado e os conteúdos a serem estudados eram imensos, decidi adotar uma estratégia divulgada pela Núbia Oliveira, que consistia em ter como principal material de estudo os Passos Estratégicos e algumas videoaulas.
Consegui passar por todos os Passos Estratégicos no pós-edital e, apesar de eles terem sido concebidos inicialmente para a realização de revisões, foram uma boa fonte para que eu adquirisse ao menos uma noção daquilo que era mais importante de cada matéria, o que contribuiu muito para meu resultado. Ademais, consegui visualizar alguns vídeos na reta final da preparação, em especial a Hora da Verdade e as Revisões de Véspera, e essas aulas foram muito importantes para compreender melhor vários temas que caíram na prova.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João Guilherme: Conheci o Estratégia quando estava procurando um material de qualidade para estudar para o concurso da UFRJ e, já naquela época, a reputação do Estratégia era excelente.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
João Guilherme: A didática dos pdfs quebrou uma visão pessoal equivocada de que estudar Direito seria muito chato, o que fez eu enxergar concursos públicos mais concorridos como algo tangível e, consequentemente, fez eu mudar o planejamento de minha carreira profissional (lá em 2018 decidi largar o curso de Engenharia e cursar algo que tivesse mais relação com a área pública para, no futuro, tentar cargos melhores).
As trilhas estratégicas me ajudaram a ter um norte no pré-edital; os passos estratégicos foram fundamentais para que eu conseguisse percorrer todo conteúdo no pós-edital; e as videoaulas, que eu assisti majoritariamente enquanto fazia outras atividades (durante refeições e atividades físicas), foram importantes para que eu conseguisse maximizar minha imersão na reta final de estudos, bem como para deixar mais claro vários tópicos das disciplinas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
João Guilherme: Eu sempre adotei a estratégia de estudar várias matérias ao mesmo tempo e, no pós-edital, como utilizei predominantemente o Passo Estratégico, conseguia ver um Passo completo em relativamente pouco tempo e, na sequência, passava para um Passo de outra disciplina. Assim, eu entrava em contato com todas as disciplinas de dois em dois dias aproximadamente.
Além disso, sempre fui bem organizado no controle das horas líquidas de estudo, pois desde 2018 utilizo um aplicativo específico para realizar esse controle. No Pré-Edital, não consegui manter uma constância nos estudos, dado que fiz cerca de 200 horas líquidas entre 2018 e 2021 e, aproximadamente, 250 horas líquidas em 2022, o que resulta em uma média de horas líquidas muito baixas.
Entretanto, nos três meses do Pós-Edital, fiz pouco mais de 200 horas líquidas, sendo que a maior parte delas foi feita nos últimos 20 dias, período em que fiquei com uma média superior a 7h líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
João Guilherme: As minhas revisões foram baseadas, majoritariamente, em ler os meus grifos e realizar mais questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
João Guilherme: Sempre enxerguei a resolução de questões como fator de extrema importância na preparação, inclusive na época dos estudos para os vestibulares.
Desde que comecei a estudar para a área fiscal até o dia do concurso para a Receita Federal eu fiz cerca de 12 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
João Guilherme: A minha maior dificuldade era com o “Português FGV” e com o Inglês. No fim, optei por não dedicar muito tempo na superação desses problemas, pois entendia que valeria mais a pena gastar esse tempo finalizando o estudo de outras disciplinas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
João Guilherme: Na semana que antecedeu a prova eu já havia concluído todos os Passos Estratégicos, então fiz um simulado para avaliar meu desempenho e passei a última semana focando em pontos que julguei que teria o melhor custo-benefício, além de aproveitar boa parte do tempo para ver a “Hora da Verdade” de diversas disciplinas.
No dia pré-prova assisti às aulas de Revisões de Véspera gravadas na sexta-feira e no sábado, sempre na velocidade 2x, e repassei alguns pontos que tinha destacado durante a preparação.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
João Guilherme: Não tive muito tempo para estudar especificamente para a discursiva. O que fiz foi ler as dicas disponibilizadas em um material do Estratégia e dissertar sobre um tema de um concurso anterior como simulado.
O que posso deixar de conselho é que tentem ao máximo deixar a prova o mais fácil possível de ser corrigida pelo examinador, adotando a mesma ordem das perguntas durante a resposta, por exemplo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
João Guilherme: Acredito que os meus principais erros foram não ter conseguido sustentar uma disciplina desde o início de minha preparação e ter iniciado os estudos com a impressão de pdfs, o que acabava me atrapalhando na organização dos estudos.
Quanto aos principais acertos, acredito que foram a aquisição de um tablet, a adoção de um aplicativo para bloquear meu celular durante os estudos, a aquisição de um material de qualidade desde o início e ter estudado primeiramente sobre “como estudar”.
Por fim, enxergo a minha ascensão profissional na UFRJ com um papel um pouco dúbio pois, ao mesmo tempo em que cresci pessoalmente e aprendi coisas que me ajudaram inclusive na preparação para concursos, o protagonismo do trabalho em minha vida acabou tomando muitas horas de estudo para concursos nos últimos anos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
João Guilherme: Sim, pensei em diversos momentos em sequer ir para a prova, pois acreditava que não teria chance alguma face ao tempo de horas líquidas que eu tinha… A principal motivação para eu seguir foi o florescimento da vontade de ter um filho no início do ano, assim como em proporcionar uma maior qualidade de vida à minha família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
João Guilherme: Aconselho que tentem ao máximo manter a disciplina de estudos e que não deixem de fazer provas por sentirem que não estão preparados, pois muitas vezes nos subestimamos. Ademais, recomendo que procurem manter pessoas ao seu lado que te apoiem, pois isso ajuda muito na preparação para concursos públicos.