Aprovado no concurso da Polícia Rodoviária Federal para o estado de Minas Gerais
“É preciso começar. E, desse dia em diante, você tem que estar disposto a não parar mais! Foi isso que fez a diferença pra mim. Conheci várias pessoas que me diziam que iriam começar a estudar na próxima semana ou depois de tal acontecimento, mas que nunca começaram de verdade. Então não diga que vai começar, comece agora!”
Confira nossa entrevista com Luís Souza, aprovado no concurso da Polícia Rodoviária Federal para o estado de Minas Gerais:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Luís Souza: Sou paranaense, formado em Sistemas de Informação no interior de São Paulo, pós-graduado em logística e trabalhava como supervisor de TI em uma indústria automotiva. Tenho 30 anos e comecei a estudar logo que fiz 27.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Luís: Eu sempre tive o desejo de ser militar. Cheguei a tentar algumas vezes quando ainda era adolescente, mas não consegui passar nas provas das academias. Depois disso acabei deixando a vida me levar e fui indo seguindo pela iniciativa privada.
A última crise que o Brasil viveu me fez despertar o sonho antigo. Vi colegas com 10 anos de empresa serem mandados embora sem nenhum reconhecimento, isso me fez refletir sobre o que eu queria para mim dali 10 anos. Então decidi começar a estudar para o concurso da PRF.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Luís: Desde o começo dos meus estudos eu tive que conciliar estudos e uma rotina de pouco mais de 8h diárias de trabalho, além da necessidade de me preparar fisicamente. Elaborar um cronograma detalhado das minhas atividades diárias para encontrar e alocar as horas de estudo foi fundamental para mim.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Luís: Um ano depois de começar a estudar, eu fui aprovado para o cargo de inspetor de polícia civil no Rio Grande do Sul no cadastro reserva. Lá eram 600 vagas, então me apeguei a possibilidade de chamarem o cadastro reserva como fizeram nos concursos anteriores. Prestei depois a prova da PF, mas minha nota final da prova inferior a nota de corte. Minha última aprovação foi no concurso da PRF.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Luís: Foi um mix de alívio, orgulho e euforia. Saber que depois de 2 anos estudando eu consegui algo que é o sonho de tanta gente e inclusive o meu. Foi extasiante e a ficha demorou a cair.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Luís: Eu mudei totalmente meu comportamento, deixei de sair com amigos, me afastei de muita coisa que me tirava o foco e nos últimos meses saí inclusive das redes sociais – elas estavam me sabotando, principalmente o Instagram.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Luís: O concurso da PRF é o concurso dos meus sonhos, mas foi importante eu prestar outras provas e até ter sido aprovado em outro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Luís: Em Janeiro de 2017 eu comecei a estudar para a PRF. Quando saiu o edital da PF, mudei meu foco para a PF, mas logo depois da prova já voltei às matérias da PRF.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Luís: Quando escolhi o concurso da PRF e da PF como objetivos, me baseei apenas do edital anterior. Manter a disciplina não foi fácil, eu colocava na minha cabeça que precisava estudar pelo menos uma hora por dia, isso me fez criar o habito.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Luís: Usei basicamente videoaulas, cursos em PDF e documentos oficiais, como leis e relatórios de órgãos do governo (base de conhecimento para as redações).
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Luís: Meu primeiro passo para começar a estudar, foi procurar o melhor custo-benefício de um material que me provesse toda a matéria e também um norte. Procurei em vários sites e escolhi o Estratégia por dois motivos: por ser bem recomendado nos fóruns e por permitir que o material fosse copiado do site sem o uso de nenhuma ferramenta de gravação.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Luís: Quando eu comecei a estudar, demorei aproximadamente 8 meses para entender que cada matéria exigia um modo diferente de estudo. Algumas eu era capaz de absorver apenas com a leitura dos PDFs e resolução dos exercícios das apostilas. Outras eu precisava assistir as videoaulas em conjunto. E, algumas, eu fiz apenas a leitura de resumos.
Durante os estudos eu procurei manter sempre o foco em duas disciplinas simultaneamente e revisando uma terceira. Eu fazia a leitura da matéria e sempre resolvia os exercícios no dia seguinte, até terminar as apostilas daquela disciplina. Então voltava para a aula zero e refazia todos os exercícios, até a ultima aula.
Para não esquecer das matérias que já havia concluído, eu baixei um aplicativo que fazia a leitura das apostilas e utilizava sempre que estava dirigindo. Isso me somava, ao menos, uma hora de revisão diária.
Quanto ao tempo de estudo, acredito que nunca tenha passado mais do que 4 horas durante a semana e 8 horas no final de semana estudando em um único dia. Porém, nos últimos cinco meses, estava conseguindo manter apenas 3 horas diárias na semana e 5 horas nos finais de semana.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Luís: Tive muita dificuldade com Português. Foi uma matéria que tive que focar, exclusivamente, por 3 meses até conseguir me familiarizar. Li e reli as apostilas, fiz muitos exercícios e várias pesquisas extras pela internet.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Luís: No meu caso, as últimas 3 semanas foram decisivas para minha aprovação. Foquei na revisão das matérias que entendi serem mais importantes para a prova e, para minha sorte, acertei no que focar.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Luís: Eu procurei, ao longo do tempo que estava estudando, me manter atualizado com as notícias do cotidiano geral e busquei sempre notícias relacionadas á segurança pública.
Lia com frequência as notícias no site do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e as publicações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Quanto ao estudo para a escrita propriamente dita, fiz um pequeno curso presencial, para ter uma orientação melhor, e pratiquei algumas vezes.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Luís: Um erro foi não ter saído das redes sociais antes, isso realmente prejudicou muito.
Um acerto foi sempre honrar o compromisso de estudar todos os dias. Independente de qualquer coisa que acontecesse, eu lia algo por pelo menos por uma hora. Outro acerto foi me manter fisicamente ativo. Isso também me ajudou a manter o equilíbrio.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Luís: Depois de algum tempo, manter o foco fica cada vez mais difícil. As etapas do concurso da policia do RS me tomou muita energia e pensei, por diversas vezes, em abandonar os estudos para a PRF e ficar com aquele concurso que já estava garantido.
Mas, no final das contas, eu sempre acabava pegando a apostila da PRF para continuar. O apoio de algumas pessoas que temos próximas a nós, até de outros concurseiros, me ajudou a não desistir.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Luís: Acredito que minha maior motivação tenha sido eu mesmo. Sempre pensei que se eu não fizesse por mim, ninguém mais faria.
Estratégia: Como foi participar do curso de formação? Teve dificuldade em algo? Alterou sua classificação?
Luís: Foi incrível! Eu descobri que a PRF é muito mais do que eu esperava que fosse, sai de lá uma pessoa transformada.
O curso de formação foi apenas eliminatório, não mudava as classificações.
Estratégia: Como se sente hoje empossado no cargo para o qual se esforçou bastante para alcançá-lo?
Luís: É muito gratificante estar onde eu lutei tanto para estar. Estou apaixonado pela instituição a que pertenço.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Luís: É preciso começar. E, desse dia em diante, você tem que estar disposto a não parar mais! Foi isso que fez a diferença pra mim. Conheci várias pessoas que me diziam que iriam começar a estudar na próxima semana ou depois de tal acontecimento, mas que nunca começaram de verdade. Então não diga que vai começar, comece agora!
Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Abraços,
Thaís Mendes