Aprovado em 50° lugar para Gestão Governamental no concurso PPGG-DF
Concursos Públicos
“Acredite! Seja sincero ao analisar seu desempenho nos estudos e foque nas suas dificuldades, uma vez li/ouvi em algum lugar que estudar para concurso é quase um ato de fé, pois o caminho é muito longo e nem sempre visualizamos o resultado […]”
Confira nossa entrevista com Rafael Pereira Felix, aprovado em 50° lugar no concurso PPGG-DF para o cargo de Gestão Governamental:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rafael Pereira Felix: Tenho 29 anos, sou natural de São Paulo – SP, e sou geólogo formado pela Universidade de Brasília (UnB) no ano de 2018, e exerço a profissão desde então.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rafael: Acho que mais que a estabilidade, o que contribuiu muito para a decisão de seguir a carreira pública foi a liberdade de não depender de ninguém na busca pelo cargo público. Saber que os resultados só dependiam do meu próprio desempenho sempre me motivou a seguir na caminhada dos estudos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Rafael: Sempre tive que conciliar o trabalho com o estudo, no final do dia era mais desgastante, mas também servia de estímulo para valorizar um bom planejamento e cada hora estudada.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Rafael: Já tive algumas aprovações, à exceção da primeira, todas com direito de nomeação:
- Geólogo na prefeitura do município de Estrela-RS 2019 – 8ª colocação (apenas 1 vaga).
- Escrivão da Polícia Federal 2021 – 111ª colocação na ampla, e 13ª na lista de cotas (negros), isso na primeira lista, dentro das vagas em ambas as listas do certame, mas fui eliminado no TAF por conta de lesão.
- Agente de Polícia Civil do Distrito Federal 2021 – 473ª colocação na ampla e 20ª na lista de cotas (negros), dentro das vagas em ambas as listas, concurso que pretendo tomar posse esse ano.
- Escrivão da Polícia Civil de São Paulo, 2ª região Campinas 2022– Aprovado dentro das vagas também, mas abandonei o certame ao ser aprovado no TAF da PCDF no mesmo ano.
- Analista de políticas públicas gestão governamental 2023 – 50ª colocação na ampla e 6º na lista de cotas (negros), aprovação dentro das vagas em ambas as listas, só tomarei posse caso a PCDF postergue ainda mais o certame iniciado em 2020.
Atualmente estou estudando para a área fiscal, visando provas no médio a longo prazo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Rafael: Minha vida social era bastante restrita, como contava com cada hora livre em meu planejamento, dificilmente sobrava tempo para o lazer. O fato de só estudar na parte da noite durante a semana também fez com que meus finais de semana fossem utilizados como complemento importante na carga semanal de estudos. Mas sempre tive o apoio de minha família durante essa caminhada.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Rafael: Sim, sempre entenderam e apoiaram minha escolha ao investir nos estudos para concursos públicos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Rafael: Na verdade em nenhum momento fiz um estudo direcionado para o concurso da PPGG, desde que concretizei minha aprovação no concurso da PCDF (falta só o curso de formação que iniciará mês que vem) decidi subir um degrau na complexidade da preparação, estou me dedicando para a carreira fiscal e como já tinha feito enorme parte do edital da PPGG (área de gestão) foi só pagar a inscrição e fazer a prova mesmo… já tinha a bagagem necessária para essa aprovação e como o concurso da PCDF não dava sinais de agilidade no andamento do certame, decidi fazer a prova para ter uma “segunda opção” caso quisesse sair do emprego antes da nomeação na PCDF.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rafael: Minha base foi toda no Estratégia, sempre gostei dos PDFs e videoaulas para algumas matérias/conteúdos específicos. A vantagem da videoaula é que com bastante atenção você consegue encurtar a carga horária necessária de estudo da teoria para iniciar a fase de estudos por exercícios, a depender da matéria foi melhor seguir por videoaula, mesmo que, em um primeiro momento, errasse mais nas primeiras baterias de questões. Matérias mais profundas e reflexivas o PDF era mais eficaz, pois, embora levasse mais tempo para executar a primeira passada pela teoria, dava uma base mais sólida para resolução das questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rafael: Conheci o Estratégia pelo Youtube, no final de 2017 mais ou menos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Rafael: Já estudei por outro cursinho durante um período curto, mas minha base foi toda pelo Estratégia (iniciado em meados de 2017 no concurso do TST, meu primeiro concurso), fui aluno por alguns anos e ao consolidar minha base fui investindo mais tempo em sistemas de questões e teorias mais diretas no próprio site de questões, mas hoje em dia minha esposa é aluna do Estratégia, moramos juntos e estamos estudando para as próximas oportunidades.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Rafael: Minhas aprovações começaram em 2019, mas os melhores resultados foram em 2021-2023, a pandemia postergou a aplicação das provas e isso adiou um pouco os resultados. Durante esse período o que mais utilizei foi material de sites de questões, os PDFs e as videoaulas do Estratégia, minha base foi toda forjada pelos materiais do Estratégia. Em suma, não tive nenhuma aprovação utilizando apenas outro material estranho aos cursos do Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Rafael: Os materiais em PDF acredito que ninguém faz com a mesma qualidade que o Estratégia, logo ao se preparar para eles você adquire uma base teórica sólida que te capacita a desenvolver ao resolver muitas questões. Outro ponto relevante foram os vídeos de alguns professores, acredito que o corpo docente do Estratégia também está muito à frente de outros cursinhos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rafael: Estudava de 4 a 5 horas durante a semana e 6 a 7 nos finais de semana, dessa forma minha carga horária semanal sempre esteve no intervalo de 33 a 39 horas no pré-edital. No pós edital acredito que essa carga horária semanal subiu para 38 a 43 horas semanais. Eu mesmo montava meu plano de estudos com base no edital, densidade de aulas e relevância das matérias. Nesse ponto a análise estatística foi crucial na elaboração de um bom planejamento.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rafael: Por questões, na verdade em algumas disciplinas específicas (como estatística) fazia revisões mais detalhadas por vezes relendo boa parte da teoria, mas de uma forma geral, resolver questões e ler os comentários dos professores (como no Estratégia Questões) sempre foi a forma que melhor me adaptei para revisar o conteúdo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Rafael: Exercícios são fundamentais, durante a pandemia fiz exercícios a exaustão, colocava como princípio que o que já caiu em provas da mesma banca e no mesmo nível da minha prova eu teria que ter resolvido e entendido, pois se caísse algo semelhante seria obrigação acertar. Acho que passei dos 40 mil exercícios resolvidos se for considerar só a preparação PF e PCDF, por vezes, nas matérias mais importantes, refazia os exercícios e lia os comentários dos professores novamente,
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Rafael: Estatística foi, com certeza, o maior desafio. Embora a teoria fosse assimilável, pois já até estudar um pouco desse conteúdo na faculdade, as questões tinham uma complexidade que passava desde a assimilação correta das informações do enunciado à determinação da linha de resolução do exercício, pois o tempo para realizar essas questões é reduzido em situação real de aplicação de prova, assim mesmo que eu resolvesse a questão corretamente mais demorasse muito tempo não considerava como ideal. Encontrar esse nível de preparação foi muito difícil, até a Tecnologia da Informação achei mais tranquilo de desenvolver.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rafael: Durante a semana resolvi muitas questões dos assuntos mais cobrados, também usei essa semana para decorar alguns detalhes como fórmulas, esquemas e conceitos. No dia da pré-prova sempre gostei de assistir a revisão de véspera do Estratégia no YouTube, neste momento não me cobrava tanto, a revisão fazia eu colocar os “pés no chão” de pontos importantes do edital e me dava confiança que estava preparado.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Rafael: No concurso da PPGG não houve discursiva, mas nas minhas principais aprovações houve. Deixei para elaborar a discursiva quando estava com uma boa base para resolver simulados, na prática isso ocorreu no pós-edital, para a prova da PF fazia um simulado por semana, acho que deu para resolver uns 12 ou 13 sempre acompanhados da discursiva. Na PC-DF acredito que devo ter resolvido uns 7 ou 8 simulados sempre acompanhados da prova discursiva (para essa preparação utilizei plataformas de simulados específicas, como projeto missão e caveira, nesses simulados já vinha a proposta de prova discursiva, mas também era possível seguir esse método por simulados gratuitos ou pela atual plataforma do Estratégia). É bom destacar que sempre tive prática com a escrita, em meu trabalho como Geólogo de engenharia comumente temos que elaborar relatórios e demais peças técnicas para apreciação de órgãos públicos, assim a discursiva nunca foi uma barreira para mim.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rafael: Acredito que para as carreiras policiais era necessário ter um olhar do certame em todas as suas etapas, e não apenas na prova objetiva. Acho que se eu tivesse esse olhar teria lidado melhor com as outras etapas do certame, embora tenha tido êxito na PCDF. No concurso da PPGG acho que não se aplica tanto a questão dos erros e acertos, pois esse eu passei só indo fazer a prova mesmo. Vale o destaque que acredito que meu principal acerto foi visualizar o conteúdo teórico como um obstáculo a ser vencido para chegar ao nível de resolver muitas questões com boa margem de aproveitamento, vejo algumas pessoas a minha volta que acabam olhando para teoria com fim em si mesmo, como se finalizar a teoria lhe garantisse algo, para concursos de alto nível acredito que temos que olhar para a teoria como o preço a ser pago antes de poder competir na resolução de questões, é lá que alcançamos nossos resultados.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
Rafael: Sempre fui muito persistente, mesmo tendo vivido a maior frustração da minha vida ao me lesionar dias antes do TAF da PF e posteriormente reprovando nessa fase, me mantive firme pois sabia que tinha condições de brigar nas próximas provas.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rafael: Acredite! Seja sincero ao analisar seu desempenho nos estudos e foque nas suas dificuldades, uma vez li/ouvi em algum lugar que estudar para concurso é quase um ato de fé, pois o caminho é muito longo e nem sempre visualizamos o resultado, mesmo assim é necessário persistir e acreditar que com as ferramentas certas é possível alcançar a aprovação.