Aprovado em 3° lugar no concurso Politec - BA para Perito Criminal de Polícia Civil
Concursos Públicos
“[…] O segredo, se é que existe um, não está em uma fórmula mágica, caminho curto ou atalhos. O verdadeiro segredo da aprovação é a resiliência, a consistência […]”
Confira nossa entrevista com Paulo Galvão Magalhães, aprovado em 3° lugar no concurso Politec – BA para Perito Criminal de Polícia Civil:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Paulo Galvão Magalhães: Meu nome é Paulo Magalhães, sou natural de Itabuna – Bahia, tenho 32 anos e sou formado em Engenharia Civil.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Paulo: Quando me formei em 2013, o mercado de Engenharia Civil estava enfrentando uma crise devido a vários fatores. Foi nesse contexto que enxerguei uma oportunidade de direcionar minha carreira para o setor público, que na época era pouco explorado. Além disso, influenciou a minha escolha o fato de ter familiares que já eram servidores públicos em diferentes áreas.
A verdadeira virada de chave mesmo para eu decidir estudar para concursos públicos foi na minha primeira prova de Perito em Engenharia Civil do MPF em 2013. Pois, fiquei em 21º colocado no cadastro de reserva (já estudando com o material do Estratégia) e eram apenas 03 vagas para minha regional. O detalhe é que nessa época eu não tinha experiência com redação, não tinha estudado e fiquei apenas com o mínimo para ser aprovado (50%) isso me tirou a chance de ficar dentro das vagas.
Naquela época, eu acreditava que passar em um concurso demandava um nível de genialidade, superdotação, ou até mesmo ter frequentado universidades renomadas, entre outros requisitos. No entanto, quando vi meu nome na lista de aprovados, finalmente compreendi que, mesmo sendo uma pessoa comum como eu, era possível conquistar um cargo público. Tudo o que era necessário era um direcionamento adequado, disciplina e perseverança. Foi nesse momento que percebi a viabilidade da aprovação.
Desde o início dos meus estudos, sempre sonhei em trabalhar na área de Perícia Criminal.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Paulo: Certamente! Sempre conciliei trabalho e estudos. Durante os dois primeiros anos após minha formação, estive empregado na iniciativa privada e, por vezes, minha dedicação aos estudos ocorria apenas após a publicação do edital, concentrando-me em concursos na área de Engenharia Civil. Consegui êxito no cargo que exerço atualmente, no qual estou há 7 anos. Durante esse período, atravessei diversas fases, incluindo alguns anos sem estudar (de 2016 a 2019), seguidos de um período de estudos pós-edital. Durante esse tempo, havia incertezas quanto a continuar estudando para a área de Engenharia ou buscar outras direções, o que resultava em uma falta de clareza nas estratégias. No entanto, acredito que obtive bons resultados nos últimos 3 anos, quando implementei disciplina e organização em meus estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Paulo: Participei de inúmeros concursos na área de Engenharia Civil, mas devido ao meu trabalho na iniciativa privada, tive limitações de tempo, foco, disciplina e organização para estudar a longo prazo. Entretanto, quando surgia um edital, eu direcionava toda minha dedicação, intensidade e energia para os estudos. Não consigo lembrar de todos os concursos que fiz e em quais anos, e na maioria deles não obtive bons resultados com essa abordagem. Em alguns, fiquei no cadastro de reserva, enquanto em outros consegui a aprovação dentro das vagas.
Os concursos em que fui aprovado para o cargo de Engenheiro Civil incluem o MPF em 2013, onde conquistei a 21ª colocação; a Agência de Fomento do Estado da Bahia em 2014, obtendo a 4ª posição (nomeado e empossado); a Prefeitura de Eunápolis/BA em 2015, com o 3º lugar (nomeado, mas não empossado); e a Prefeitura de Ilhéus/BA em 2016, na 4ª colocação. Além disso, fui aprovado em outros concursos para diferentes cargos: PRF em 2021, no qual fiquei em 2100º lugar (cadastro de reserva, mas não avancei no TAF); Perito Criminal Geral PCPB em 2022, na 110ª posição para 53 vagas; e Perito Criminal da Bahia – DPT em 2022, com o 3º lugar para 166 vagas.
Minha jornada nos concursos incluiu muitos desafios, como perder por uma margem apertada na redação (Engenheiro CAIXA 2014) ou por um ponto na PRF em 2018 (apesar de todos do cadastro terem sido chamados). Também tive derrotas devido a lesões, como em um TAF onde fiquei a apenas 2 abdominais de distância da aprovação (PRF 2021). No entanto, houve momentos em que a redação me beneficiou, elevando minha classificação. Resumindo, ao longo desses anos, acumulei uma bagagem significativa de experiência no mundo dos concursos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Paulo: Acredito que a maioria dos concurseiros, principalmente aqueles que precisam conciliar estudos com trabalho, acaba abrindo mão, ao menos parcialmente, de sua vida social. No entanto, ao longo da minha jornada, busquei manter um equilíbrio. Sempre me esforcei para otimizar meus momentos de descanso, às vezes fazendo concessões em relação a determinados eventos sociais em prol de uma qualidade de descanso superior ou para intensificar ainda mais meus estudos.
No período que antecede a publicação do edital, minha abordagem era mais flexível, e eu reservava tempo para desfrutar de descanso mais completo nos fins de semana. No entanto, após a divulgação do edital, adotava uma abordagem mais restrita em relação aos eventos sociais, comparecendo somente aos considerados indispensáveis.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Paulo: Claro! Sempre contei com o apoio incondicional da minha família e da minha esposa. Eles sempre me incentivaram e acreditaram no meu potencial e na minha determinação
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Paulo: Uma estratégia que realmente me ajudou a manter a disciplina para esse concurso foi o uso de um aplicativo para registrar o tempo líquido de estudo. Inicialmente, eu subestimava a importância de cronometrar cada minuto dedicado aos estudos, mas quando comecei a fazê-lo, minha perspectiva mudou completamente. Pude perceber a realidade, identificando que os períodos de descanso e distração na minha rotina eram surpreendentemente longos. O que eu pensava ser um estudo de 4 a 5 horas por dia, na verdade, se resumia a 2 horas e meia a 3 horas no máximo.
Então, comecei a cronometrar e foram exatamente 723h 54m e 38s de estudo no segundo semestre de 2022 (a prova ocorreu em 11 de dezembro). O mês de maior estudo foi antes da prova em novembro com 180 horas (período em que tirei férias). Fazia em média 4 a 6 horas líquidas e nesse mês de novembro intensifiquei para 6 a 8 horas líquidas.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Paulo: Esse concurso representou, sem dúvida, um grande desafio. Quem se der ao trabalho de analisar o edital compreenderá a magnitude da tarefa. Foram, no total, 25 disciplinas a serem dominadas, abrangendo um vasto espectro de conhecimentos, desde Cálculo, Química, Física, Estatística, Biologia, Farmácia, Tecnologia da Informação e até Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica. Com praticamente todo o conteúdo programático desses cursos, era humanamente impossível abranger tudo de forma exaustiva. Era imperativo adotar uma estratégia sólida, identificar as áreas de maior afinidade e estudar de maneira focada.
Nesse aspecto, o Estratégia desempenhou um papel crucial. Dado o meu conhecimento prévio em conceitos básicos, concentrei meus esforços principalmente nas disciplinas específicas. Utilizei os materiais em PDF disponibilizados pelo Estratégia que soube compilar e extrair as informações essenciais para enfrentar o desafio da prova. Tanto os PDFs completos como os “Bizus Estratégicos” foram recursos fundamentais.
Como exemplo, gostaria de destacar a disciplina de cálculo. Quem tem uma formação na área de exatas compreende a complexidade e a amplitude desse campo de estudo. Os instrutores do Estratégia foram excepcionais nesse aspecto, permitindo-me relembrar rapidamente as bases da matéria, incluindo limites, derivadas e integrais (afinal, já se passaram 10 anos desde a minha graduação!). Essa abordagem sólida, aliada ao estudo de outras disciplinas, contribuiu para o meu bom desempenho no concurso.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Paulo: Conheci o Estratégia Concursos por meio da Internet.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Paulo: Sim, como mencionei, me considero parte da “velha guarda” do universo dos concursos. Cheguei a estudar utilizando materiais adquiridos em bancas de revistas para outros certames e videoaulas espaçadas e sem muita objetividade de outros cursinhos.
Na minha perspectiva, o Estratégia conseguiu revolucionar o cenário dos concursos públicos ao democratizar o acesso a esse universo. Tradicionalmente, os concursos eram considerados um campo restrito à elite, com cursos extremamente dispendiosos, oferecidos apenas de forma presencial e com mensalidades exorbitantes.
O que diferencia grandemente o Estratégia é a sua capacidade de proporcionar conteúdo de alta qualidade de maneira prática, objetiva e focada, tornando-o acessível à população em geral, com preços acessíveis.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Paulo: Sim, porém não obtive a aprovação.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Paulo: Na minha percepção, o grande destaque do Estratégia reside na excelência de seus professores, na qualidade dos materiais, que são diretos e bem orientados, nas ferramentas de fácil acesso e na riqueza do conteúdo disponível, seja em PDFs ou nas videoaulas.
Minha abordagem de estudo era centrada, principalmente, na utilização dos materiais em PDF e na resolução de questões. As videoaulas, por sua vez, eram reservadas para disciplinas específicas nas quais eu tinha dificuldades ou para abordar tópicos novos. Além disso, recorri ao Passo Estratégico e aos “bizus estratégicos” em algumas situações..
Destaco a contribuição de alguns professores que desempenharam um papel fundamental na minha jornada de aprendizado: Ricardo Vale, com seu vasto conhecimento em Constitucional; Renan Araujo, no Direito Penal e Processual; Herbert Carvalho, no Direito Administrativo; Renato da Costa, cuja abordagem didática me permitiu compreender a TI de forma clara, ao ponto de, até hoje, conseguir calcular máscaras de sub-rede com facilidade; e o excepcional material em PDF de Diego Carvalho. Além disso, não posso deixar de mencionar Brunno Lima, um especialista em Raciocínio Lógico-Matemático, e Diego Souza, um gigante no ensino de Química e do melhor professor de atualidades e redação Rodolfo Gracioli, entre outros. Acredito que o sucesso nos concursos se deve em grande parte à qualidade e ao comprometimento desses e de muitos outros professores excepcionais que fazem parte dessa empresa.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Paulo: Adotava uma abordagem de estudo baseada em ciclos de disciplinas, considerando que, como mencionei, o conteúdo programático abrangia um total de 25 matérias para este concurso. Em média, dedicava de 4 a 6 horas líquidas por dia para estudar de 3 a 4 disciplinas. Durante o último mês, quando estava de férias, ampliei meu tempo de estudo para 6 a 8 horas líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Paulo: Realizava minhas revisões com base em questões. Se percebesse que meu desempenho estava abaixo do desejado em determinada matéria, revisava o conteúdo para fortalecer minha base de conhecimento.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Paulo: A prática de exercícios é o alicerce da aprovação. Os exercícios funcionam como uma simulação do que você encontrará no dia da prova, proporcionando uma oportunidade valiosa de antecipar o que esperar. Além de aprimorar a resolução de exercícios, você pode identificar a abordagem da banca, direcionar melhor seus estudos, compreender quais tópicos são mais enfatizados e muito mais. Resolvi mais de 15 mil questões para esse concurso.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Paulo: Especificamente para esse concurso as disciplinas que eu tive mais dificuldade foram: Biologia, Química e Farmácia. Por ser da área de exatas, a última vez que eu tinha visto sobre uma célula eucarionte eu tinha provavelmente 14 anos rsrsrs.. Química também não é o foco do curso de Engenharia Civil, tive apenas uma disciplina na faculdade e farmácia por ser um conteúdo completamente novo.
Para superá-los, eu estudei de forma estratégica, priorizando os assuntos mais importantes e aqueles que consegui aprender, abandonei alguns que eram mais complexos e exigiriam uma carga horária muito alta e no final deu certo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Paulo: Na semana que antecedeu a prova, adotei uma abordagem mais moderada, reduzindo minha carga horária de estudos para evitar chegar ao dia da prova com estresse elevado e ansiedade excessiva. Nesse período, dediquei cerca de 80% do tempo para a resolução de exercícios e aproximadamente 20% para a leitura de textos legais e outros materiais que considerava relevantes. Também aproveitei ao máximo os bizus estratégicos nessa etapa final.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Paulo: É fundamental treinar, pelo menos, 01 discursiva a cada semana. Sabíamos que a redação seria um tema específico, por isso a aposta geral foi um assunto do Direito Processual Penal (que estava na parte específica). Com isso foquei bastante no estudo da parte teórica e fiz vários temas que foram apostas dos professores.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Paulo: Meu maior acerto foi adotar uma abordagem de estudo objetiva, priorizando os tópicos-chave, em vez de tentar abranger todo o conteúdo das diversas disciplinas. Como mencionei, havia muitas matérias, tornando inviável uma abordagem de estudo extensiva. A habilidade de direcionar meus esforços foi fundamental nesse contexto.
Nesse percurso em particular, acredito que minha maturidade e experiência tenham sido cruciais para obter uma boa pontuação e classificação na prova. Não considero que tenha cometido erros significativos nesse aspecto. No entanto, ao longo da minha trajetória de vida, cometi inúmeros erros nos estudos. O principal deles, sem dúvida, foi meu hábito de estudar após a publicação do edital, o que resultou em anos de estudo sem conquistar aprovações significativas. Além disso, a falta de direcionamento nos estudos, a ausência de um planejamento adequado e a inconsistência também contribuíram para que minha aprovação demorasse mais tempo do que o desejado.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Paulo: Quando me dei conta de que era possível ser aprovado em um concurso, compreendi que só pararia quando alcançasse essa conquista. Após assumir meu cargo atual, ficou claro que havia apenas um caminho a seguir: buscar aprovação em outro concurso que não só me proporciona felicidade, mas também a oportunidade de contribuir de maneira significativa para a sociedade. Nesse trajeto, meu desejo de uma vida melhor, aliado ao apoio incansável dos meus familiares, foram sempre as principais fontes de motivação que me impulsionaram a acreditar na possibilidade de alcançar meus objetivos. Logo, desistir não era uma opção.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Paulo: Nunca imaginei que seria capaz de conquistar uma aprovação em concurso público, muito menos em 3º lugar em um certame de alto nível e altamente competitivo como este. Estou há uma década nessa jornada de concurseiro, enfrentando várias etapas, tanto no âmbito dos estudos quanto no pessoal, e jamais desisti. O segredo, se é que existe um, não está em uma fórmula mágica, caminho curto ou atalhos. O verdadeiro segredo da aprovação é a resiliência, a consistência, a disciplina, o foco, a determinação e a capacidade de seguir adiante, fazendo do estudo um hábito diário. É essencial lembrar que nem todos os dias serão produtivos, que a motivação pode oscilar, e que, por vezes, é necessário fazer pausas e respirar. Tudo isso faz parte da jornada.
Cada um de nós constrói sua própria história e não deve tentar imitar a trajetória dos outros. É fundamental conhecer a si mesmo, compreender o que funciona melhor para você e para seu método de estudo. Não há um método certo ou errado, e é perfeitamente aceitável que você se sinta mais confortável estudando de uma forma que difere da escolha do seu colega. O ponto crucial é transformar todo esse esforço de estudo em aprendizado significativo. Mesmo quando tudo parece estar errado e o progresso parece inatingível, acredite, você também alcançará seus objetivos. Tenha fé e confiança no processo e esteja disposto a fazer as adaptações necessárias, mas mantenha sempre sua mente centrada no destino que deseja alcançar.