Aprovado em 41° lugar no concurso Politec-BA para Perito Criminal de Polícia Civil

“Se você está iniciando agora os estudos para concursos, não desista! O caminho é árduo, mas com disciplina e foco, em conjunto com o material/curso adequado, certamente alcançará a aprovação. É uma questão de tempo […]”

Confira nossa entrevista com Mateus de Souza Galvão, aprovado em 41° lugar no concurso Politec-BA para Perito Criminal de Polícia Civil:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Mateus de Souza Galvão: Meu nome é Mateus de Souza Galvão, natural de Dormentes – PE. Sou mestre em Matemática e graduando em Física. Atualmente minha idade é de 27 anos.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Mateus: Decidi estudar para concursos por causa dos benefícios da estabilidade financeira, progressões na carreira e também porque meu irmão é concursado, o que me fez refletir sobre ser servidor público desde cedo. Inicialmente, não pensava sobre a possibilidade de realizar concursos na área policial, uma vez que fiz Licenciatura e ainda estou mais relacionado com a carreira docente. Mas, após alguns anos na docência, percebi que deveria experimentar também outras carreiras e a carreira policial (investigador ou perito criminal) apresentam-se como excelentes possibilidades para que eu possa desenvolver outras importantes habilidades além da docência.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

Mateus: Sim. Assim como a maioria dos concurseiros, trabalho e estudo. Mas, no meu caso, são dois empregos (Professor efetivo do Estado de Pernambuco e professor efetivo do Estado da Bahia) além da graduação em Física. Para conciliar, dedico-me quase que exclusivamente o meu tempo a trabalhar e estudar de maneira “obsessiva”.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Mateus: Os concursos em que fui aprovado e a ordem de classificação foram:

Professor – Orocó/PE – 4° colocação;

Professor – Pernambuco – 3° colocação;

Professor – Bahia – 7° colocação;

Professor Universitário – Autarquia Educacional de Salgueiro – 1° colocação;

Perito Criminal – ITEP – 4° colocação (atualmente na justiça);

Investigador – PCBA – 4° colocação

Professor – IFPI – 2° colocação

Professor – IFBA – 2° colocação

Perito Criminal – POLITEC BA – 41° colocação

Pretendo continuar estudando para outros concursos para Professor de Universidades Federais e também para outros de Perito Criminal em outros estados. Posteriormente, pretendo iniciar os estudos na área de auditoria fiscal.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Mateus: São poucos os momentos em que saio com familiares e amigos e, quando estou me preparando para um concurso em específico, devido à minha rotina de trabalho, tais momentos se tornam ainda mais raros.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

Mateus: Os familiares e amigos compreendem, pois a maioria deles são concursados ou em busca da aprovação. Alguns amigos ajudam com dicas, com a experiência ou com sugestões de materiais.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Mateus: Para o concurso de Perito Criminal da POLITEC BA em específico, tive apenas um mês para me dedicar especificamente. Eu estava realizando as etapas do concurso para docente do Instituto Federal do Piauí (prova didática) e também a prova do Instituto Federal da Bahia (Objetiva e Discursiva), com isso, sobrava pouco tempo para me dedicar para o concurso da POLITEC. Desse modo, houve pouco tempo disponível e, com isso, tive que contar muito com a bagagem adquirida nos outros concursos.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Mateus: Quando estou me preparando para um concurso, utilizo as videoaulas para ter um primeiro contato com os conteúdos que nunca estudei e os PDFs com as questões comentadas para fixar a aprendizagem. Em algumas matérias específicas como Física e Matemática, utilizo livros. As vantagens das videoaulas e PDFs são a otimização do tempo. No caso dos livros, a possível desvantagem é a abrangência dos conteúdos, uma vez que em geral não são direcionados para concursos públicos.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Mateus: Conheci o Estratégia Concursos por meio de amigos que me recomendaram quando comecei a procurar material especializado em concursos.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença na sua preparação?

Mateus: Sim. Os materiais do Estratégia ajudam muito na otimização do tempo e com a disciplina nos estudos. O material possibilita a aprendizagem de novos conceitos, o reforço de assuntos já estudados, a revisão e a realização de várias questões comentadas que potencializam em muito a aprendizagem. Utilizei bastantes PDFs e videoaulas. Em especial, cito o “bizu estratégico” que foi muito importante na reta final, esse material em especifico otimizou em muito o meu tempo e fez um diferencial para a minha aprovação.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Mateus: Não tive como montar um plano de estudo como deveria, por causa do tempo. Nesse caso, escolhi me dedicar às disciplinas específicas e fazer a prova de conhecimentos gerais com base no que havia estudado para Investigador da PCBA, pois os conteúdos eram similares. Então, meu plano era estudar o máximo que eu conseguisse de Química, Biologia, Farmácia, Física, Matemática, Direito Processual Penal, Contabilidade e Engenharia. Dividia o tempo igualmente entre essas disciplinas, estudando os principais tópicos do edital, geralmente de 4 a 6 horas diárias de estudo na semana e intensificava para 11 horas nos finais de semana.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

Mateus: Devido à indisponibilidade de tempo, as revisões eram feitas com os PDFs com as questões comentadas. Não houve tempo para realizar simulados. Nesse ponto, há uma falha nos meus estudos, pois revisar e realizar simulados é muito importante. Algo que irei mudar para os próximos concursos.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Mateus: A resolução de exercícios é fundamental, principalmente para disciplinas como Matemática, Física, Química e Contabilidade. Pelo fato de ter pouco tempo e pela complexidade das disciplinas específicas, acredito que no mês específico de estudos para a POLITEC devo ter resolvido por volta de 1000 questões. Com isso, incluindo as questões que resolvi para o concurso de Investigador (que foram essenciais), resolvi aproximadamente 4000 questões nessa preparação.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Mateus: As dificuldades que tive não eram relacionadas com a natureza ou dificuldade de nenhuma disciplina em específico, mas sim em conseguir estudar o mais relevante de cada uma delas com o tempo bastante limitado que eu tenho. Por isso, organizei-me de modo que pudesse ler a maioria dos PDFs e resolver muitas questões comentadas, com isso, fixar os conteúdos em pouco tempo.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Mateus: Nas vésperas da realização da prova, intensifiquei os estudos de Direito Processual Penal (DPP), pois embora a redação pudesse ser cobrada a respeito de qualquer conteúdo específico da prova (havia dez disciplinas específicas), apostei que seria sobre DPP. Também revi algumas fórmulas de Química e Física com o intuito de memorizá-las, além de alguns fármacos e suas utilidades. Lembro-me de ter revisado as fases da cadeia de custódia na noite anterior à prova (esse foi o tema da discursiva).

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?

Mateus: Eu havia me preparado anteriormente para as redações de Investigador da PCBA, fazendo muitas redações e também já realizei cursos para me aprofundar ainda mais em suas elaborações. Por ter produzido vários artigos científicos na época da faculdade, em geral não tenho dificuldades em elaborar redações de concursos. Na prova de Investigador, consegui alcançar a nota 96 de 100 (ganhei 32 posições), na prova de Docente do IFBA alcancei 96,66 de 100 (ganhei 16 posições) e na prova da POLITEC consegui 93,2 de 100 e melhorei 15 posições na colocação. Por isso, aconselho que se dediquem muito à redação, pois é essencial nos concursos atualmente, exigindo-se redações de excelência para permanecer ou alcançar as vagas.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Mateus: Acredito que o maior acerto foi utilizar o material certo em combinação com a disciplina e persistência. Quanto aos erros, penso que estar me dedicando para muitos concursos ao mesmo tempo, enquanto trabalho muito, não permite que eu consiga extrair o melhor de mim. Tive um mês de preparação, mas me senti cansado em muitas ocasiões, ainda mais pela prova que ocorreu no final do ano.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Mateus: Para esse concurso não pensei em desistir. Embora o cenário fosse complexo, eu sabia que minha bagagem em consonância com o material especializado poderiam me levar à aprovação. O fato de serem tantas disciplinas complicadas (eram 22 disciplinas para esse concurso), contrariamente ao que se espera, acabou me motivando a tentar extrair o máximo de mim, pois eu me sobressaio, em geral, quando o tempo é curto e a prova é mais complexa.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Mateus: Se você está iniciando agora os estudos para concursos, não desista! O caminho é árduo, mas com disciplina e foco, em conjunto com o material/curso adequado, certamente alcançará a aprovação. É uma questão de tempo. Conheço muitos amigos que seguiram por esse caminho e hoje são servidores públicos. Também sigo esse caminho de maneira quase dogmática e por enquanto tem dado certo.