Aprovado no concurso PF
“Minha mensagem final para quem está começando no mundo dos concursos é que não estude mais ou menos, quem passa é quem se dedica totalmente a isso. Faça disso um OBJETIVO e vá atrás para alcançá-lo.”
Confira nossa entrevista com Régis Matheus de Andrade, aprovado no concurso da PF para o cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Régis Matheus de Andrade: Olá, sou Régis Matheus de Andrade, sou formado em Gestão Pública, ou seja, já fiz um tecnólogo pensando em concurso público, tenho 26 anos e sou de Três de Maio/RS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Régis: Eu sempre fui um admirador da área policial e o meu irmão, por ser policial militar, sempre foi um grande espelho para mim.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Régis: Durante dois anos eu trabalhava e estudava. Como era muito corrido, sempre que tinha algum horário vago utilizava-o para revisar o conteúdo ou fazer alguns exercícios, e uma coisa que aprendi é que não importa o horário ou a quantidade, o importante é estar estudando. Depois de 2017, vendi meu carro e juntei um dinheiro, aliado ao apoio dos meus pais, consegui parar de trabalhar e passei a me dedicar exclusivamente aos estudos.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Régis: A sensação de ver o nome como aprovado na primeira fase do certame é sensacional, confesso que por algum tempo não acreditei e achei que era alguma pegadinha dos meus amigos, que me avisaram antes mesmo de eu ver a classificação. Depois de confirmar, passa um filme na cabeça, todas horas estudadas, todo o sofrimento de ter que abrir mão de uma vida “normal” para se dedicar aquele mundo de “concurseiro”.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Régis: Durante minha trajetória de estudante de concurso público, não abri mão total de minha vida social, sempre aos domingos tirava algumas horas para assistir a um filme ou fazer algo fora daquele ambiente de estudos. Eu não achava muito saudável ficar 100% do tempo ligado aos cadernos, mas é claro que a parte de descontração era mínima comparada às horas estudadas.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Régis: Quando estava estudando, eu tinha namorada e morava com meus pais, e todos eles, inclusive o restante da minha família, sempre me entendeu e me deu total apoio, principalmente financeiro (kkkk).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado? Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Régis: Eu estudei focado em concursos da PF e PRF por mais ou menos 4 anos. A maior parte deste tempo não havia edital aberto e tive que usar diversas fontes de motivação para me manter focado, como, por exemplo, vídeos motivacionais, colava fotos de polícia na parede, sempre me imaginava como policial etc.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Régis: Eu estudei sempre por meio de videoaulas e PDFs. Por 1 ano estudei presencialmente também. Utilizava as videoaulas sempre que iria iniciar algum conteúdo que jamais tinha visto. Após um tempo, e assistido às aulas algumas vezes, começava a me dedicar mais aos PDF’s e resumos que fazia, inclusive mapas mentais, que me ajudavam muito. Acredito que este método deu certo pra mim porque as videoaulas são melhores para ter um primeiro contato. Contudo, depois de algum tempo, começa a ficar muito demorado para fazer revisão com elas e não é bom perder todo esse tempo, aí entra a importância de revisar com conteúdos mais enxutos e resolver muitas questões.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Régis: No dia a dia, eu estudava duas matérias por dia, e, para as revisões, sempre utilizava meu caderno de resumo e MUITAS questões. Caso eu errasse muitas questões de determinado assunto, voltava até ele e estudava tudo de novo, para fixação. A parte de direito eu lia muito, principalmente a “lei seca”, já na parte de Informática, por exemplo, me dedicava mais às questões. Por dia, costumava estudar de 6 a 8 horas, sempre dividindo em duas matérias.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Régis: A matéria que eu tive mais dificuldade no início, com certeza, foi contabilidade. Tinha uma grande dificuldade para entender o conteúdo, por isso, a estudava com uma maior carga de horas. Depois de um tempo, começou a ficar mais claro e passei a me dedicar mais ao Português, que também era de grande importância. Toda essa dedicação foi muito produtiva, haja visto que errei somente 1 questão de contabilidade na prova e 1 questão de Português.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Régis: A última semana antes da prova foi de muito estudo, inclusive muito mais que o normal, e no dia anterior à prova também. É nesse período que a memória de curto prazo fica registrada e se torna muito importante para o momento da prova. Porém, nessa última semana fiz somente revisões, simulados e muitas questões. Acredito que nesse período é muito difícil aprender algo novo, então, penso que é melhor gravar bem o que já sei.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Régis: Sobre a prova discursiva, eu desenvolvia, no mínimo, dois textos por semana, mandava pra professora revisar e corrigia o que tinha feito de errado. A redação para a área policial é o básico, fazer uma estrutura que sempre será utilizada, ler muito e praticar.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Régis: O TAF é outra coisa que tem que ter muita atenção, porque não adianta ir muito bem na prova objetiva e simplesmente não fazer o mínimo na prova física. Para mim, a natação foi o mais difícil, porque eu nunca tinha nadado e foi o último exercício que comecei a me preparar, não aconselho. Comecei 6 meses antes e quase não consegui fazer o mínimo, por isso, um conselho que dou é: não deixe a natação para última hora, você pode não conseguir fazer o mínimo!
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Régis: Sobre os concursos que prestei, fui aprovado também, além da Polícia Federal, na PCRS e PCSC.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Régis: O Estratégia Concursos é muito famoso no meio dos concursos públicos, conheci por meio de algumas aulas gratuitas no Youtube. Depois disso, comecei a segui-lo nas redes sociais e adquiri alguns produtos (sem arrependimentos kkk).
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Régis: Minha mensagem final para quem está começando no “mundo dos concursos” é que não estude “mais ou menos”, quem passa é quem se dedica totalmente a isso. Faça disso um OBJETIVO e vá atrás para alcançá-lo. Se for pra estudar quando tiver vontade, ou quando “não tiver nada pra fazer”, é melhor nem começar, vai perder tempo! Um grande abraço e muito sucesso a todos que estão nessa trajetória. Com muito esforço e dedicação, vai dar certo!