Aprovado no concurso PC-SP
“Pode ser que você ouça por aí críticas de pessoas dizendo: “você vai GASTAR isso em um curso?” e, logo depois, pode ver essa pessoa se endividando pra pagar um celular de última geração. A moral da história aqui é que você não está gastando, está INVESTINDO no seu maior bem: você mesmo! É tudo questão de prioridade. Procure bons materiais, busque bons professores, teste metodologias de estudo e se dedique de verdade a aprender…Quando você finalmente chegar lá, nem vai conseguir descrever direito a sensação. Fica aquele sentimento de que valeu tanto a pena, que passaria por tudo novamente.”
Confira nossa entrevista com Hebert da Silva Souza, aprovado em 6º lugar no concurso PC-SP para o cargo de Investigador da Polícia:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Hebert da Silva Souza: Sou de São Paulo, tenho 33 anos e sou formado em Ciências Biológicas.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Hebert: Era Biólogo, pesquisador e estava seguindo a área acadêmica. Mas comecei a estudar para concursos quando senti a necessidade de dar um rumo novo para minha vida, buscando um cargo que me chamasse a atenção ao mesmo tempo em que desse estabilidade financeira. Nessa época, pra mim, era Perito Criminal e ponto final! Combinava até com a exigência de formação específica presente em alguns editais. Comecei então a fazer concursos pensando nessa carreira, mas durante a caminhada, fui olhando mais profundamente na estrutura das polícias, conhecendo melhor o trabalho que cada um desempenha. Foi o suficiente pra ir aumentando mais ainda minha admiração pela segurança pública. Fiz provas para diversas carreiras nessa área, até que finalmente passei! Tenho muito orgulho de pertencer a essa família.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Hebert: Eu conciliava os estudos com trabalho de pesquisa para pós-graduação. Como já tinha adiantado e cumprido as matérias obrigatórias da pós, consegui flexibilizar os horários. Mas quando foi publicado o edital do concurso que eu queria fazer, tranquei a pós e me dediquei só ao concurso. Sem dúvidas, isso me ajudou bastante.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Hebert: O último cargo que fui aprovado foi para Investigador da Polícia Civil de São Paulo (6º lugar, aguardando nomeação). Antes dele, fui aprovado em Papiloscopista (atualmente realizando o curso de formação), Papiloscopista da Polícia Federal (mas reprovado no Teste de Aptidão Física), Perito Criminal da Polícia Científica do Paraná (aguardando nomeação) e Guarda Municipal de Jundiaí/SP.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Hebert: Minha primeira sensação foi de alívio, seguido de alegria! Muitas horas de dedicação, abdicação, reprovas, noites mal dormidas, dores nas costas, dúvidas sobre si mesmo, entre tantas outras, voltaram à mente e finalmente fizeram sentido. Aí que caiu a ficha! É difícil descrever o que se passa nessa hora..
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Hebert: Com edital aberto, não chego a ser completamente radical, mas reduzo bastante o convívio social. Converso com as pessoas mais próximas para explicar que ficarei ausente por um determinado período. Felizmente, foram compreensivas comigo.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Hebert: Moro com minha noiva, ela é concurseira como eu. A gente dividia as tarefas pra não ficar sobrecarregando pro outro.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
Hebert: Acho muito importante fazer concurso de áreas afins, como acontece com os de segurança pública. Geralmente o que se estuda em um é aproveitado em outro. Além de agregar conhecimento, faz com que seu corpo ganhe resistência e agilidade pra resolução de provas. Com o tempo, seu conhecimento vai se acumulando e de repente as aprovações começam a chegar.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Hebert: Assim que tinha notícias das autorizações dos concursos que eu queria prestar, já focava neles. Para a prova da Polícia Federal, por exemplo, esse processo foi bem mais intenso, pois houve muitas mudanças no último edital em relação ao anterior, sendo necessário me adaptar rapidamente. Já no caso da Polícia Civil de SP, considerando o cargo de Investigador que possui diversas etapas espaçadas, pude me preparar com mais calma.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Hebert: Comecei meus estudos sem ter edital na praça. Realmente é bem mais difícil se manter disciplinado nessa época, mas dá para ir trabalhando nisso. Acho bem importante manter certa habitualidade, nem que seja numa carga horária menos puxada. Concentrava meus esforços em uma quantidade reduzida de matérias, mas que, certamente, viriam no próximo edital. Também fui mesclando algumas que tinha mais dificuldade com outras mais prazerosas. Esse lastro mínimo de estudos foi muito útil depois que os editais foram saindo. Outra coisa que me ajudou a ter constância nos estudos foi estabelecer metas. Caso as cumprisse, me recompensava de alguma forma (jogar um videogame ou assistir a algum filme no final de semana, por exemplo). Isso foi me ajudando a manter uma habitualidade nos estudos, enquanto não havia nenhuma previsão de edital por perto.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Hebert: No início da caminhada de concurseiro, estudava por PDFs. Não conseguia render. Depois de ler artigos a respeito de maximização de aprendizado, percebi que existem pessoas que conseguem reter melhor as informações com recursos audioviduais. Testei isso com as videoaulas que o Estratégia começou a oferecer e me dei super bem! Os professores acertavam a entonação ao apontar algum assunto importante de aparecer em prova. Além disso, ia montando meu caderno como se fosse a lousa do professor – fez com que eu ficasse com um material enxuto, ótimo para revisões. Nessa jogada foram três meios de aprendizagem combinados: ver, ouvir e escrever. E o resultado é que chegava a escutar nitidamente os professores falando a resposta certa durante a prova!
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Hebert: Basicamente pesquisando a reputação das empresas na internet e por indicação de um amigo que usou o material. As amostras de aulas também foram decisivas para a escolha. Isso foi por volta de 2016.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Hebert: Quando passei a assistir mais videoaulas, montava junto meus cadernos com as anotações e observações dos professores. Não estudava mais que três matérias por dia, mas alternava entre uma mais pesada e outra mais fácil. Organizei também um ciclo de estudos com maior carga horária nas matérias que tinha dificuldade ou peso pro concurso.
Mas acredito que uma das atitudes mais acertadas que fiz foi organizar as revisões. Para mim isso está entre as melhores ações para conseguir memorizar os assuntos. Juntava um pouco da releitura dos cadernos que montava junto com o professor e incluía a resolução de questões que estavam nos PDFs. Sobre horas líquidas de estudo, tinha carga horária menor na época em que não havia edital, entre 2 a 3 horas diárias. Mas quando começavam a correr notícias de concurso autorizado, aí apertava o quanto podia. Mantinha por volta de 6 horas líquidas (mas planejadas), o que deu fôlego para ir vencendo o edital com os assuntos mais relevantes.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Hebert: Tinha muita dificuldade com as matérias de direito. Comecei a seguir alguns professores nas redes sociais e acompanhar as lives que faziam. Isso fora do horário reservado pra estudo. Com o tempo, fui entendendo como funciona a lógica do direito, o que me destravou pra compreender melhor os assuntos.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Hebert: Na semana da prova, procurava fazer um “sobrevoo” pelos assuntos que faltavam bater no edital. Também me planejava para intensificar as revisões. Os Aulões de véspera que pude assistir sempre me garantiram alguns pontos a mais na prova. Por fim, ainda que seja muito difícil conseguir, procurava descansar bem na noite que antecedia a prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Hebert: Primeiramente, é muito importante entender o esqueleto de uma redação. O que vem em sequência é bagagem dos assuntos cobrados (quando a discursiva é mais técnica) ou de atualidades (no caso dos temas contemporâneos). Treine o suficiente para se sentir seguro e não travar no dia da prova. Acho legal procurar entender a estrutura das discursivas dos candidatos que tiraram notas altas, pois além de servir como inspiração, também ajuda a entender o que a banca examinadora está buscando com o candidato.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Hebert: Ao estudar para carreiras policiais é fundamental ter que conciliar algum tipo de atividade física. No mínimo fortalecer a musculatura que será usada nas provas. Um erro fatal que me custou o TAF da Polícia Federal foi negligenciar a técnica no salto de impulsão horizontal. Como resultado, desequilibrei nas duas tentativas, ficando a 6 cm de ser aprovado. Não negligencie essa etapa!
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Hebert: Erros: Como principal erro, acredito que foi fazer poucas questões e simulados. Hoje tenho mais consciência de que essa combinação ajuda a fixar a matéria, aponta onde estamos falhando e ainda faz ficar mais ágil no dia da prova.
Acertos: Conhecer o estilo das bancas, pois elas costumam ter padrões bem definidos. Outro ponto que considero acerto foi estudar com mais dedicação os assuntos que possuíam maiores chances de serem cobrados.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Hebert: O mais difícil foi abdicar as atividades que gosto de fazer para ganhar mais tempo de estudos. Entendo que sem sacrifícios não seria possível alcançar a aprovação. Lembro que, na semana da prova oral para Investigador em São Paulo, eu estava muito inseguro de ter que enfrentar a banca. Já estava aprovado em Papiloscopista na PC-SP, não via mais motivos pra ter que passar por aquilo. Engoli a autossabotagem, fui lá e venci. Valeu muito a pena!
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Hebert: Acho que foi de ver que o esforço que estava fazendo ser recompensado. Quando fui tendo as primeiras aprovações, tive certeza de que estava indo no caminho certo para conquistar meus sonhos. Nesse caminhar, já até pude melhorar as condições de vida para minha família, além de conseguir inspirar pessoas próximas a progredir por meio dos estudos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Hebert: Pode ser que você ouça por aí críticas de pessoas dizendo: “você vai GASTAR isso em um curso?” e, logo depois, pode ver essa pessoa se endividando pra pagar um celular de última geração. A moral da história aqui é que você não está gastando, está INVESTINDO no seu maior bem: você mesmo! É tudo questão de prioridade. Procure bons materiais, busque bons professores, teste metodologias de estudo e se dedique de verdade a aprender.
Por fim, seja inquebrável! Você vai ter muitos desafios: sentir dores nas costas, de cabeça, ter insônia, boletos vencendo, se sentir isolado, procrastinar, duvidar de si mesmo… Enfim, serão muitas quedas para testar sua resiliência. É o preço que se paga por buscar a conquista. É assim que funciona. Mas quando você finalmente chegar lá, nem vai conseguir descrever direito a sensação. Fica aquele sentimento de que valeu tanto a pena, que passaria por tudo novamente.