Aprovado no concurso PC-PR
“Quando eu iniciei meus estudos não havia nenhum edital disponível para a área policial. Para manter a disciplina, eu buscava encarar o estudo como se fosse minha profissão. Como se estivesse no ambiente de trabalho, dedicando-me às minhas funções.”
Confira nossa entrevista com João Carlos Amaro, aprovado no concurso PC-PR no cargo de Escrivão:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
João Carlos Amaro: Eu nasci em Três Corações, Minas Gerais. Sou filho de militar e, deste modo, acabei morando em diversas cidades do Brasil e conhecendo diversas culturas regionais. Atualmente, resido em Curitiba, Paraná. Tenho 31 anos. Completei o ensino médio no Colégio Militar de Curitiba e sou formado em direito pela PUC/PR. Fui aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil ainda na faculdade, no 9º período.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
João Carlos: Acredito que foi principalmente por vocação. Eu trabalhei na iniciativa privada por um tempo, porém não obtive realização profissional. Escolhi a área policial, principalmente, por dois motivos: desde pequeno eu me via como alguém que pudesse defender os outros das injustiças ou situações de perigo. Este sentimento gerou meu interesse em trabalhar na área de Segurança Pública. O segundo motivo é o fato de gostar muito de direito penal. Meu primeiro contato com a disciplina, no início da faculdade, foi de “amor à primeira vista”, o que me fez concluir que iria trabalhar em algo que envolvesse o direito penal.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
João Carlos: Eu trabalhei durante um tempo em uma empresa e consegui constituir uma poupança para me manter. Após perceber que não estava realizado profissionalmente, eu decidi sair deste emprego e passei a me dedicar inteiramente aos estudos com foco nos concursos da área policial.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
João Carlos: Minha vida nos concursos começou cedo. Com 10 anos de idade, eu fui aprovado no concurso para o Colégio Militar de Curitiba. Um fato curioso é que neste mesmo concurso foi aprovado também o professor do estratégia Paulo Bilynskyj.
Fui aprovado em vários concursos: Advogado da Câmara de São José dos Pinhais, Oficial da Brigada Militar do RS, entre outros.
O última aprovação foi para o cargo em questão, de escrivão da polícia civil do Paraná, no qual passei em 22º lugar.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
João Carlos: Foi uma sensação muito boa, um misto de alívio e felicidade. Saber que toda a dedicação estava sendo recompensada.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
João Carlos: A minha vida social durante a minha preparação para os concursos era menos restrita aos finais de semana. Durante os dias de semana eu buscava me dedicar ao máximo aos estudos e a preparação física. Eu não acredito que as posturas radicais de abdicação total tenham efetividade. Acredito que a melhor solução para a vida é o equilíbrio. Assim, somente nas semanas da reta final dos concursos é que eu restringia um pouco mais minha vida social.
Estratégia: Você é casado(a)? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
João Carlos: Não sou casado, nem tenho filhos. Porém, sou noivo e no momento resido com meus pais.
Eu expliquei minha situação aos meus pais e minha noiva. Sabia que não seria fácil nem muito célere obter a aprovação em um concurso da área policial. Eles compreenderam e apoiaram minha decisão, e prestaram todo o suporte possível na minha caminhada, de forma que dedico a eles, também, essa vitória.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
João Carlos: Acredito que sim. Há muitos concursos que possuem cobrança de matérias similares com alterações de poucas disciplinas, como os da área policial, por exemplo. Assim, se a pessoa está se preparando para um concurso que não possui previsão imediata de acontecer, acredito que seja de grande valor fazer outros concursos com matérias similares. Inclusive, esta foi a estratégia que adotei. Para o futuro, penso em me dedicar aos concursos para o cargo de delegado.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
João Carlos: Eu estudei de forma direcionada em torno de dois meses. Porém, eu já estava estudando previamente matérias similares que são cobrados nos concursos da área policial.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
João Carlos: Sim, quando eu iniciei meus estudos não havia nenhum edital disponível para a área policial. Para manter a disciplina, eu buscava encarar o estudo como se fosse minha profissão. Como se estivesse no ambiente de trabalho, dedicando-me às minhas funções.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
João Carlos: Eu utilizei diversas formas de preparação. Aulas presenciais, videoaulas, livros, PDF, legislação seca.
Nas aulas, a vantagem é ter um conteúdo direcionado para as questões principais da matéria e também o auxílio de um professor para a compreensão da matéria. Porém, tendo em vista a concorrência dos concursos, as bancas estão cobrando, cada vez mais, os detalhes sobre a matéria, algo que não pode ser coberto somente com as aulas.
Os PDFs são vantajosos em razão de possuírem toda a matéria. Porém, o fato de ter que estudar tudo, acaba tirando do foco as questões que possuem maior possibilidade de cobrança.
Assim, acredito que o estudo deve ter um equilíbrio entre os materiais utilizados para que a pessoa possa ter a melhor preparação possível.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João Carlos: Eu conheci o Estratégia por meio de indicação da minha irmã, a qual é funcionária pública do Tribunal de Justiça do Paraná.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
João Carlos: Pelo fato de não saber quando sairia o próximo edital de concurso, desde o início da minha preparação, eu fiz resumos sobre as matérias. Pensei neste método para poder estudar para vários concursos e poder utilizar o que havia estudado há algum tempo. Eu procurava estudar 2 matérias por dia. Normalmente eu estudava matérias compatíveis no mesmo dia, como exemplo, pela manhã, Direito Constitucional e, à tarde, Direito Administrativo. O meu foco era a leitura e releitura da matéria por meio dos PDFs do Estratégia e dos meus resumos.
Meu plano de estudos foi montado pela proporção da cobrança de cada matéria e com foco nas matérias que não são comuns a todos os concursos.
Eu costumava estudar entre 9 e 10 horas por dia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
João Carlos: Sim, eu tinha mais dificuldade em Português, principalmente na parte relacionada a análise sintática. Eu foquei minha preparação nestas dificuldades, dedicando mais tempo de estudo do Português para esta parte.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
João Carlos: A minha rotina de estudos na semana que antecedeu a prova foi de maior dedicação. Para mim, o esforço adicional feito momentos antes da “batalha” sempre ajudou. Sendo assim, eu estudei sim na véspera da prova e inclusive no dia do concurso, até momentos antes de ir para a sala fazer a prova. Acredito que ajudou a diminuir minha ansiedade.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
João Carlos: Sim, houve a redação. Eu me preparei com um curso específico para redação e dediquei horas de estudo só para a realização de redações. Acredito que a prática das redações é muito importante.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
João Carlos: Desde o início do meu estudo para a área policial, eu tinha consciência que teria que ter uma boa aptidão física. Assim, eu me matriculei em uma academia e passei a praticar musculação regularmente. Após minha aprovação na primeira fase, eu passei a frequentar uma academia com preparo específico para o TAF do concurso. Focada nos exercícios físicos que seriam cobrados.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
João Carlos: Acredito que o meu principal erro foi não dedicar muito tempo para a resolução de exercícios. Os exercícios podem coincidir com as matérias de cobrança da prova.
Sobre os acertos, acredito que o fato de ter feito resumos sobre o conteúdo que estudei, principalmente das matérias comuns aos concursos da área policial, durante todo o meu período de preparação, facilitou meu estudo.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
João Carlos: Acredito que o mais difícil foi manter o nível de estudo mesmo nos longos períodos sem editais. Não pensei em desistir, pois sabia que eu tinha a capacidade para conquistar meu objetivo. Quando havia algum pensamento desanimador na minha mente, eu pensava em todo o sacrifício e dedicação que tinha feito até aquele momento e também na minha família e na minha noiva, que embarcaram junto comigo nesta empreitada. Isto me dava força para continuar.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
João Carlos: A minha principal motivação para estudar para os concursos foi a busca da minha realização profissional. Poder auxiliar a sociedade fazendo algo que eu gosto.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
João Carlos: Acredito que para os que almejam ser aprovados em concursos públicos, a dedicação seja a palavra de ordem. A concorrência é muito grande. Assim, é essencial fazer vários concursos, aumentando as chances de sucesso. Cada batalha torna mais próxima a possibilidade de vencer a guerra.
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação? Mande um e-mail para: [email protected]
Até uma próxima :)
Jéssica Vasconcelos.