Aprovado no Concurso da PC MA
Confira nossa entrevista com Diego dos Santos Menezes, aprovado em 10° lugar no concurso da Polícia Civil do Maranhão no cargo de Investigador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Diego Menezes: Tenho 34 anos, sou formado em Administração e nascido na bela cidade de Belém/PA
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Diego: Minha decisão de estudar para concursos começou bem cedo. Quando tinha ainda 13 anos, ficava vendo um casal de vizinhos vestidos com uniformes preto da PF e, de tanto olhar, se tornou obsessão usar um dia aquela farda. Mas devido o “desenrolar” da minha vida, só iniciei esse projeto, de fato, em meados de 2014.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Diego: Desde o início dos estudos, o foco foi 100% para os concursos. Foi uma das decisões mais difícil que tomei na época, abandonar a área privada.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Diego: Durante a minha trajetória, tive muitas derrotas em provas que fiz. É normal e foi através delas que consegui reparar alguns erros e obter alguns êxitos em concursos.
Em ordem cronológica, fui aprovado e classificado no concurso da CONAB, 25° colocado; DEPEN/Federal (Área Adm.) entre os 150° colocados; DPU (Aux. Adm.) em 10°; PCPA (Escrivão) entre os 150°; PCMA (Investigador) em 10°, cargo que exerço atualmente.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Diego: A sensação é indescritível. Sem dúvida nenhuma, umas das melhores sensações que tive. Quando se olha para trás e se vê tudo o que se abdicou para que seu nome estivesse na lista dos aprovados, é surreal! Só passando mesmo para entender.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Diego: No início da trajetória, eu ainda saía com frequência aos finais de semana para “resenhar” com amigos e familiares. Mas quando você está focado, esse interesse vai diminuindo aos poucos. Chega a um certo ponto que a pessoa não consegue pensar em outra coisa, a não ser a “bater” a META DIÁRIA de estudos. Até mesmo datas importantes, como aniversário de pai, mãe, tios, acabam se tornando “torturantes”.
Quando eu ia para comemorações, já dizia que não demoraria porque tinha que voltar a estudar. Foi aí que vi que tinha me tornado um concurseiro de verdade… Os concurseiros sabem bem do que estou falando.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Diego: Sou casado, tenho 2 filhos (outro motivo para estudar para concurso… kkk), moramos juntos. Antes de iniciar os estudos para concurso, tive uma conversa com meus pais e minha esposa e expliquei que iniciaria esse projeto. Disse que ia ser longo e difícil, e a resposta foi positiva, só falaram: “vá e realize seu sonho que estamos aqui para te apoiar”. E, sem dúvida, foi devido a eles que consegui chegar onde estou.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Diego: Com certeza vale muito a pena fazer os concursos “meio”. Servem de trampolim para os concursos “fins”.
No meu caso em particular, eu já sou policial que é meu objetivo, mas continuo estudando para o concurso dos meus sonhos (PF). Só que não é mais aquele estudo de antes, mas também se parasse aqui já estaria realizado com a PC.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Diego: Por incrível que pareça eu não estudei focado para o concurso da PCMA. Estudava para área policial, pegava as matérias comuns dessa área e só adaptava com as específicas de cada concurso. Gostava de estudar focado para o edital da PF 2014, que englobava quase todos da área policial. Regra do ESTUDA O MAIOR, QUE ACABA ESTUDANDO PARA OS MENORES.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Diego: Sim, esse é o grande segredo: estudar antes do edital sair. Sempre seguir com meu planejamento não tinha perda de foco. A diferença com o edital aberto é que as horas líquidas de estudos diários aumentavam para 10h.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Diego: Utilizei todas as ferramentas possíveis em minha preparação. No início, utilizava muito videoaulas e fazia muito resumos. PDF´s nem se fala, é base. Hoje continuo com os PDF´s e os exercícios se tornaram a base.
Não existe ferramenta perfeita, todas tem suas vantagens e desvantagens. Temos que ver e verificar aquelas que mais nos adaptamos. Mas resoluções de exercícios tem um custo/benefício muito grande.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Diego: Antes mesmo de iniciar os estudos, já tinha boas referências de amigos que já vinham estudando. Inclusive de um grande amigo de infância, que também deu entrevista aqui já para vocês, o Alfredo André Delgado Furtado.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Diego: No início a gente quer estudar tudo ao mesmo tempo, depois que você pega os “bizus” dos professores, acaba otimizando os estudos de acordo com as suas necessidades.
No meu caso, eu estudava 3 matérias dia, onde fazia leitura de resumos de 1h e resolução de exercícios cerca de 1:30h. Fazia um planejamento em que eu girava 12 matérias e exauria os conteúdos a cada 15 dias. Assim, aquela base sempre estava sendo revisada. Claro que pAra chegar nesse nível, levei alguns meses.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Diego: Português e Informática são os vilões da maioria dos concurseiros. Até hoje tento superar essas dificuldades. Não sou ruim não nelas, só não tenho o mesmo prazer em estudar, como um Penal e Processo penal (kkkk).
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Diego: A semana antes da prova é muito pesada, meu planejamento é revisar todo o edital em sete dias, missão difícil que pelo tempo curto acaba se tornando extremamente estressante. São dias sem dormir direito, dias que nem minha esposa me aguenta (kkk).
O dia de véspera, eu sempre treino o meu espelho de redação e acompanho as revisões de vocês pelo YouTube, mas não pego em papel.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Diego: Sempre fazia uma redação aos domingos, independentemente de ter ou não no edital.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Diego: Erros durante a preparaçãotodo mundo vai ter, principalmente no início. Vou citar um que acho mortal, que é tentar estudar para vários concursos ao mesmo tempo e se agrava quando são de áreas diferentes. Por exemplo estudar para prova do Banco do Brasil e também para a prova da PC. O candidato acaba não chegando competitivo o bastante em nenhum.
Em relação aos meus acertos, vou citar o foco que tive em meu planejamento. Independentemente de como estava o cenário, eu sempre me mantinha focado naquele plano de estudos, sabia que uma hora ou outra as provas vinham e estaria um pouco à frente dos meus concorrentes.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Diego: A parte mais difícil na minha vida de concurseiro foi a abdicação da vida social com amigos e familiares. Deixei por dois anos seguidos de viajar nas férias para ficar sozinho em casa estudando. Abdicação também do trabalho, que é a base de sustento de qualquer família. Durante anos quem teve que segurar as “pontas” foi somente a esposa e meus pais. Mas, por incrível que pareça, eu nunca pensei em desistir. Até hoje ainda não desisti do meu grande sonho.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Diego: Minha principal motivação sempre foi e será minha família, em especial ao meu pai, que é meu espelho de pessoa: um excelente pai, avô e um exemplar filho. Ele foi minha base durante toda minha vida, não estaria aqui se não tivesse o seu apoio. E, mesmo depois de assumir meu cargo aqui na PCMA, ele sempre me cobrava os estudos e falava para não parar, sempre queria algo a mais para mim. E é por ele que resolvi a voltar a estudar para o concurso da Polícia Federal, pois lá no início foi este órgão que falei que queria entrar e sei que o sonho dele também era me ver lá. Mas devido a essa pandemia, ele não poderá me ver em vida usando a farda preta da PF, mas sei que ele estará sempre me abençoando de lá do céu.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Diego: Se perguntarem a qualquer pessoa que já passou em concurso e esteja exercendo o cargo, se valeu a pena as horas de estudos, as noites sem dormir, as reuniões que perdemos para nos dedicar aos estudos, os esforços que fizemos para termos os melhores materiais que tem na praça, as dores que ganhamos devido as horas sentados, todos dirão uma única coisa: Sim, valeu a pena TUDO.
Não tem preço acordar todos os dias e sair de casa para fazer o que gosto. Mas isso foi graças a muita dedicação e abdicação. Tenham foco, montem um planejamento a longo prazo, acreditem em vocês. Um dia a prova da vida de vocês chegará, podem ter certeza.
Um grande abraço e obrigado ao Estratégia Concursos pela oportunidade e pelos materiais de excelente qualidade. Até hoje sou assinante anual de um dos maiores cursos preparativos do Brasil.
Vai tranquilo, Deus sempre na frente. Bora!
Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Um abraço,
Thaís Mendes