Aprovado no concurso MPC PA
“Mantenha a constância nos estudos. Ainda que sem edital à vista ou em tempos como esse (de pandemia), tente estudar pelo menos um pouco, mas TODO DIA e mesmo que algo bem leve. Isso já é o suficiente para manter seu cérebro ativo de modo a, inclusive, relembrar coisas estudadas no passado”
Confira nossa entrevista com José do Carmo Fernandes Neto, aprovado em 4° lugar no concurso do Ministério Público de Contas do Estado do Pará no cargo de Assistente Ministerial de Controle Externo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
José Neto: Olá! Eu me chamo José do Carmo Fernandes Neto, sou solteiro (e sem filhos), tenho 25 anos (completei no mês de abril) e moro com meus pais. Sou formado em Direito pela Universidade da Amazônia – Unama, em Belém do Pará – cidade onde nasci e resido, desde sempre.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
José: Desde antes mesmo de ingressar na Faculdade de Direito – aos 17 anos de idade – já tinha um sonho em mente: ser Procurador da República. Embora não conhecesse ao certo as funções desempenhadas por um Membro do MPF, sabia que a minha vida seria a de “servir o público” de alguma forma; seja como Juiz, Procurador ou Promotor de Justiça. Sempre quis isso e com o decorrer do curso de Direito, houve somente a confirmação daquilo que eu já sabia.
Então, fortemente influenciado pelos meus pais (que são servidores públicos), decidi, em 2014, estudar para prestar o meu primeiro concurso público: o de Técnico Judiciário do TJ/PA
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
José: Sou advogado, regularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará, Especialista em Ciências Criminais, mas não estou, no momento, trabalhando. Na verdade, dedico-me somente aos estudos para concurso público desde antes mesmo de me formar – conforme passarei a expor mais adiante.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
José:
- Técnico Judiciário do TJ/PA. Estava no 4º semestre do Curso de Direito (com 19 anos de idade), bastante inexperiente e sem ter visto a maioria das disciplinas exigidas para a prova. Mesmo assim, estudando somente por videoaulas na internet e por materiais doados por amigos, fui aprovado na posição 1.287 no Polo da Capital (Belém) – ampla concorrência. Claro que não havia a menor chance de eu ser nomeado, mas já serviu de uma ótima experiência.
- Fui aprovado nos cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária (3º lugar) e Técnico Judiciário – Área Administrativa (12º lugar), ambos do TRF-1 Paragominas/PA.
- Assistente Ministerial de Controle Externo do Ministério Público de Contas do Estado do Pará, na 4ª colocação. Ressalto que para este cargo foram 2.769 inscritos para a prova e somente 19 pessoas foram aprovadas. Devo muito a Deus e ao Estratégia por mais esta vitória, bem como àqueles que me ajudaram nesta caminhada (familiares e amigos).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
José: Quando vi meu nome na lista dos aprovados, confesso que fiquei extasiado e até uma certa emoção ao lembrar de toda a renúncia e esforço desse período. Algo que parecia tão distante – ser aprovado em uma excelente colocação em um concurso público difícil e bastante concorrido – tornou-se real!
Bem, é como digo… todo esforço tem sua recompensa! O Deus que sirvo não é de fazer as coisas pela metade. Ele é fiel!!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
José: Em meados de agosto de 2017 (já no 10º e último semestre do curso), eis que é aberto o edital de provas e títulos para servidor do Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF-1). À ocasião, além de estudar para as provas da faculdade e de estar na reta final de confecção da minha monografia de TCC, eu estagiava no Ministério Público Federal (MPF) daqui de Belém, fazia curso de francês, treinava na academia, namorava e ainda tinha um certo “resquício” de vida social (rsrsrs).
Bem, eu estava prestes a terminar o curso de Direito, então eu não poderia perder aquela oportunidade ÚNICA. Afinal de contas, ser servidor da Justiça Federal é um sonho de qualquer operador do Direito em “início de carreira”.
Sendo assim, a partir da abertura desse edital, permaneci fazendo exatamente tudo o que eu já fazia, com uma “leve” diferença: passei a estudar o MÁXIMO que pude até a data da prova (cerca de 2 meses de preparação), com uma rígida disciplina de horários. Gozei os 20 (vinte) dias de férias que tinha direito no estágio para estudar desde o amanhecer do dia. À tarde, ia para a faculdade, assistia às aulas e, em qualquer intervalo (mínimo que fosse) naquele período, pegava uma apostila para estudar.
Da faculdade, ia para a musculação – pelo menos umas duas vezes na semana, senão a gente não consegue suportar a pressão e o cansaço físico e mental. Da musculação, para casa. E estudava até tarde da noite (mas procurava dormir o mínimo de 6h por dia, senão o corpo e a mente não aguentariam!).
Claro que logo acabaram minhas férias no estágio, então tive que compatibilizar meus horários com todas as atividades listadas anteriormente, sendo necessário, assim, estudar mais na parte da noite.
Nesse período, os fins de semana eram todos usados para estudar. Posso dizer que a única coisa que fazia de diferente disso era ir às aulas de francês (sábado à tarde) e ver minha namorada, geralmente aos domingos. Mesmo assim, ia rápido e voltava para casa para estudar.
Sim, foram dois meses e algumas semanas bastante difíceis para mim. Vida social, nesse período, realmente não tive. Mas as circunstâncias eram essas e a gente tem que se adaptar a isso.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
José: Nesse tempo, se não fosse o apoio de Deus e da minha família não conseguiria alcançar o meu objetivo. Graças a Deus, sempre tive o suporte de meus pais, que me davam condições (e me dão, até hoje) para somente estudar.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
José: Videoaula é bom, você aprende bastante, de fato, mas tem um grande problema (para mim): VOCÊ “PERDE” UM TEMPO PRECIOSO DA SUA PREPARAÇÃO! Digo isso porque o material em PDF já está lá, escrito, enquanto na videoaula (pelo menos para mim) você precisa anotar no papel um monte de coisa que você viu e ouviu para depois revisar. Eu, pelo menos, só consigo aprender falando em voz alta e escrevendo, portanto um texto escrito já facilita ambas as coisas.
Fiz muitos exercícios comentados. E os do Estratégia são os melhores!! Fazendo isso, eu consegui fixar bastante a matéria na minha mente, além de, claro, analisar como a banca cobrava, como poderiam ser as questões, qual o enfoque a ser dado em sua resolução, etc.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
José: Conheci o Estratégia Concursos nesse período, por meio de um anúncio no Youtube. Lembro que comprei o curso de Regimento Interno do TRF-1 e Raciocínio Lógico. A partir daí, foi paixão à primeira vista (rsrsrsrs) por esses materiais e método de ensino baseado, primordialmente, na leitura de textos em PDF. Posso dizer que os materiais do Estratégia foram FUNDAMENTAIS na minha aprovação!!
Um adendo: para aprender Raciocínio Lógico – a você que não manja absolutamente nada de matemática (como eu) – veja as videoaulas do Estratégia e faça o máximo de questões possíveis lá propostas. Eu tive um excelente resultado! Garanto que você também terá.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
José: Como havia somente alguns meses de estudo até a data da prova, minha estratégia foi estudar de maneira “pulverizada” o máximo de matérias exigidas no edital.
Exemplo: determinado dia estudava o PDF 01 da matéria Direito Constitucional; acabando esse PDF dessa matéria (poderia durar 2 ou 3 dias, não importa) – incluindo o rol de exercícios comentados ao final -, passava para o PDF 01 de Direito Administrativo; depois PDF’s 01 e 02 de Direito Financeiro; depois PDF’s 01, 02 e 03 de Contabilidade Pública; e assim sucessivamente. De modo que, além de distribuir as áreas do conhecimento que eu precisava aprender naquele curto espaço de tempo, priorizava as mais importantes para o concurso em questão.
Registro, neste particular, que eu não estudava por meio de um cronograma e/ou em uma ordem pré-estabelecida. Eu simplesmente pegava os materiais e os estudava, de maneira “pulverizada” (como disse), tentando focar nas matérias com mais assuntos cobrados no edital e/ou as que eu tinha maior dificuldade.
Os PDF’s que ia estudando eu cadastrava, ao final, em um aplicativo de celular que possui no Google Play, o “partiu revisar”. Nele eu poderia determinar a periodicidade desejada de revisão e ele (o aplicativo) me lembrava. Ex: acabei de estudar hoje o PDF 01 de Direito Penal; daqui a 10 dias o aplicativo me lembra de revisar; daqui a 20 dias ele me lembra novamente; daqui a 30 dias, novamente; e assim por diante.
Obs: Chega uma hora que tem tanto material cadastrado no aplicativo que você não consegue acompanhar a revisão de todos (já que você também precisa “queimar edital”), mas creio que é uma boa pedida quando você tem mais de 4 meses da data de abertura do edital até o dia da prova (o que foi o meu caso nesse do MPC, já que o edital de abertura foi prorrogado uma vez) e com muitas matérias de elevada dificuldade (como direito financeiro, contabilidade pública etc.).
A propósito, ressalto que adquiri o material do Estratégia de Contabilidade Pública e ele foi FUNDAMENTAL NA MINHA APROVAÇÃO, já que a prova do MPC (banca Cespe) basicamente pegou pesado nessa parte contábil-financeira (sendo eu neófito nesse ramo. rsrsrs).
Nos materiais pelos quais estudei, toda a matéria (doutrina, lei seca, jurisprudência e informativos relevantes para a preparação) já estava lá. Portanto, não precisei procurar em outras fontes ou fazer como muitos fazem (ex: hoje vou estudar doutrina, amanhã lei seca, depois de amanhã informativo etc. Não fiz isso!!). Por isso o material do Estratégia é tão bom: nele já consta tudo isso que eu disse, portanto você não precisa ter trabalho de pegar lei seca, mais doutrina etc. Basta pegar o material, estudar, fazer os exercícios comentados que lá estão e revisar de vez em quando. Ponto!
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
José: Perto da prova eu já estava claramente cansado, depois de quatro meses seguidos estudando somente para essa prova, com bastante disciplina e rigidez, como dito. Mas, repito, o fato de eu não precisar trabalhar e morando com meus pais facilitou muito, já que eles sempre me deram todo o suporte para os meus estudos. Por isso, inclusive, sentia-me na responsabilidade de dar a eles um bom resultado – e, Graças a Deus, assim aconteceu.
Nas semanas que antecederam a prova, eu procurava estudar (e rever) as coisas mais importantes e que a gente precisa saber de cor, a saber: Regimento Interno da Instituição e legislação pertinente ao órgão e aos servidores. Eu sempre deixo para estudar essas disciplinas perto das provas e tento rever o máximo de vezes possível, até decorar grande parte das informações. Nem preciso dizer que são questões “letra de lei” e, portanto, não dá para errar!!
Na véspera dessa prova – assim como em todas as outras – eu passei o dia revendo pontos que considerava relevantes: lei seca e jurisprudência, principalmente. Chegando a noite, comi um lanche leve e durmi cedo. Pronto! Esqueço o resto e agora é partir para a prova!
Ao final, obtive a aprovação em mais um concurso público, qual seja, o de Assistente Ministerial de Controle Externo do Ministério Público de Contas do Estado do Pará, na 4ª colocação.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
José: Para treinar para a prova subjetiva, peguei emprestado materiais de colegas que traziam questões discursivas em seu bojo, sobre pontos cobrados no edital – em especial, Direito Financeiro. Resumidamente, foi treino! Fiz o máximo de questões subjetivas possíveis.
Inclusive, no próprio curso de Contabilidade Pública do Estratégia que comprei, já continham nos materiais algumas questões discursivas para treino, na parte dos exercícios.
Sobre isso, ressalto que fazer anotações e resumos dos materiais, sobre pontos importantes. Ao estudar, facilita muito na hora de fazer a prova discursiva! Já é um treino e tanto.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
José: Em primeiro lugar, mentalize os valores agregados à aprovação que você tanto almeja. Como assim? Fale consigo mesmo: “eu preciso dessa aprovação para ajudar financeiramente minha família e/ou meus amigos, para conseguir deixar um legado para os meus filhos, para servir as pessoas que precisam do amparo estatal, etc.”. Isso ajuda, e muito, quando você pensa, eventualmente, em desistir. Lembre-se sempre desses valores agregados à sua aprovação.
Segundo (e mais importante): peça a Deus força, tranquilidade e sabedoria para que você consiga alcançar o seu sonho, aquilo que você tanto almeja. As circunstâncias podem ser as piores possíveis… pessoas podem te abandonar, situações difíceis na sua casa, no seu emprego e/ou na sua família podem acontecer durante essa caminhada. Mas, quando você deposita sua confiança nEle, o fardo seguramente será mais leve. Não sei se você acredita nisso, mas comigo foi assim. Experimente e verá!
Terceiro ponto: Se você já colocou na sua cabeça que é impossível de você ser aprovado nesse ou naquele concurso, porque tem uma, ou duas, ou nenhuma vaga de provimento imediato, então você fatalmente já é um perdedor. Mas se você colocar na sua cabeça toda a positividade possível e fazer valer as horas de estudo com garra, determinação e disciplina, então você já venceu. Você venceu por um detalhe: porque a sua aprovação CERTAMENTE VIRÁ! Pode não ser nesse ou naquele concurso, mas uma hora ela fatalmente virá. Tenha absoluta convicção disso que estou lhe falando!
Afinal de contas, o acúmulo de informações na sua cabeça em decorrência das suas horas de estudo chegará a um ponto em que, mesmo que você não tenha conseguido estudar grande parte das disciplinas exigidas no edital para tal ou qual concurso (lembrando que estudar tudo é inviável e totalmente desnecessário), você se lembrará do que estudou para os concursos anteriores. Então, é só questão de tempo até conseguir!
Mas mantenha a constância nos estudos. Ainda que sem edital à vista ou em tempos como esse (de pandemia), tente estudar pelo menos um pouco, mas TODO DIA, mesmo que algo bem leve. Isso já é o suficiente para manter seu cérebro ativo, de modo a, inclusive, relembrar coisas estudadas no passado.
Por fim, mesmo que você já tenha sido aprovado em um bom cargo público, continue estudando para outros até ser nomeado no cargo de seus sonhos! É o meu caso!!!
Não existe o impossível àqueles que têm fé.
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Um abraço,
Thaís Mendes