Aprovado no concurso MEC para o cargo de Técnico em Assuntos Educacionais
Concursos Públicos
“É como escolher uma fila para entrar. Algumas vão ser menores e outras maiores. Algumas pessoas vão começar mais na frente e outras no final. Muitas vão desistir durante o caminho. Mas o fato é que, uma hora, é chegada a vez daqueles que na fila permanecem.”
Confira nossa entrevista com Rafael Chaves Lessa de Castro, aprovado no concurso MEC para o cargo de Técnico em Assuntos Educacionais:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rafael Chaves Lessa de Castro: Olá! Meu nome é Rafael Lessa, tenho 28 anos e sou de Fortaleza/CE, graduado pela Universidade Federal do Ceará.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rafael: Foram dois os fatores que me fizeram decidir começar a estudar para concursos.
O primeiro foi motivado pelo período de 2 anos em que morei e trabalhei em Brasília, até o início deste ano, na Câmara dos Deputados. Atuei como assessor parlamentar, porém, com cargo comissionado. A instabilidade do cargo conforme as eleições, os estresses do regime de trabalho e observar a realidade dos meus colegas que eram servidores de carreira me despertou a considerar essa possibilidade, de também ingressar no serviço público, mas através de concurso.
O segundo foi o pontapé decisório. O dia em que girei a chave e resolvi, de fato, começar a estudar, foi após uma consulta astrológica voltada para direcionamento profissional. Acredite, o astrólogo ao fazer uma leitura do meu mapa, recomendou que eu fizesse um concurso específico para áreas de meu interesse, procurasse me informar se haveria algum concurso em outubro e, na sua leitura, analisou que meu mapa astrológico para o ano que vem indicava que eu já estaria em uma nova profissão, estável. Parece superstição, mas eis que surgiu o concurso do MEC, área de meu interesse, em outubro e, se Deus quiser, espero ser convocado ano que vem. Aos que acreditam nesses recursos, para mim foi válido.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rafael: Decidi sair do meu trabalho fixo para estudar durante os dois meses de preparação. Contudo, continuei tendo que conciliar trabalhos à noite (faço freelancer como fotógrafo e videomaker em eventos) e jornadas flexíveis de trabalho de elaboração, execução e prestação de contas de projetos sociais e culturais para editais públicos e privados, ofício que realizo como complemento de renda há alguns anos. Nesse contexto, a princípio eu tinha disponível algo em torno de 4 horas diárias para estudo. Somente na semana de véspera, foi possível me dedicar mais tempo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rafael: Foi a primeira vez que realizei um concurso público, assim como a primeira vez que fui aprovado. Considero a possibilidade de voltar a estudar para outros concursos sim, mas este não será meu foco no presente momento.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rafael: Precisei me ausentar bastante dos meus círculos sociais, haja vista a proximidade da data da prova. Ainda assim, busquei formas de ter pelo menos algumas horas de qualidade, diárias ou semanais, com minha noiva, meus pais e irmãos, minha comunidade religiosa e alguns amigos mais próximos. Mas, sim, foi preciso foco e abdicação.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rafael: Justamente no período de estudos para a prova, aconteceu uma situação familiar de crise, bem delicada. Então foi preciso mais compreensão da minha parte com o que ocorreu e prestar auxílio aos meus parentes. Em alguns momentos, não foi fácil. Mas o apoio emocional da minha noiva, o compromisso de orações que fizemos e todo o suporte que ela me deu, foi decisivo para a aprovação.
Quanto aos meus amigos, não comentei com quase ninguém sobre a prova, para não criar expectativas. Aqueles mais próximos e que souberam me incentivaram.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rafael: Comecei a estudar para o concurso somente em agosto, com a publicação do edital. Foram cerca de 2 meses de preparação. Estava há anos sem estudos formais, desde que concluí as disciplinas da faculdade há mais de 3 anos, então não possuía bagagem preparatória anterior para concursos. A princípio, estudei por cerca de 3 a 4 horas diárias. Na semana de véspera, consegui dedicar mais tempo, estudando praticamente em todos os turnos, sem exceção.
Para manter a disciplina, busquei não me dividir mentalmente ou emocionalmente com outras tarefas. Manter o foco, com metas diárias de estudo, intervalos pomodoro e muita persistência.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Rafael: Estudei quase que totalmente pelos materiais em PDF, o banco de questões e os simulados, recorrendo a videoaulas somente nos aulões de véspera de algumas matérias específicas. Também aproveitava os treinos na academia para ficar escutando algumas videoaulas.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rafael: Conheci a Estratégia através da internet e de conversas com amigos que estudaram para concursos. Já tinha na minha memória a informação de que a plataforma possui os melhores materiais em PDF e Sistema de Questões, elementos que me fizeram decidir pela assinatura.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Rafael: Não cheguei a utilizar outros cursos ou plataformas. Foi a primeira empreitada em concursos e acredito que foi certeiro começar com o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rafael: A decisão de estudar para o concurso e de assinar a Estratégia foi concomitante. Logo que abri a plataforma e busquei informações, me senti bem direcionado. Achei os materiais muito organizados, objetivos e bem elaborados.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Rafael: Eu iniciei meus estudos seguindo a Trilha Estratégica para o concurso, o que me deu um norte, dicas e direcionamento de método de aprendizagem muito proveitoso. Com pouco tempo, percebendo a minha disponibilidade de tempo e o período até a prova, precisei me adaptar e criar um roteiro de estudo personalizado.
Organizei as matérias que cairiam na prova, assim como os materiais em PDF sobre cada uma delas. Alternava o estudo de 2 a 3 matérias por dia, sempre estudando pelo menos um material de conhecimentos específicos. Nos dias seguintes aos estudos, revisava a matéria do dia anterior utilizando o Sistema de Questões.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Rafael: Fazia revisões através do Sistema de Questões, sempre exercitando o que havia estudado no dia anterior. Também fiz todos os simulados, monitorando a porcentagem de acerto em cada uma das matérias para melhor direcionar meu roteiro de estudos, assim como revisando as questões que havia errado. Estudei quase praticamente só pela tela do computador, grifando os materiais em PDF, mas cheguei a fazer alguns resumos manuscritos, utilizando abreviações e associações que facilitassem gravar algumas matérias teóricas mais esmiuçadas. Por fim, na semana de véspera, utilizei os Bizus Estratégicos para revisar os principais conteúdos.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rafael: Toda a importância. Na mesma medida que é fundamental percorrer ao máximo os conteúdos da prova, é com a resolução de exercícios que avaliamos e medimos nosso conhecimento. Não conseguiria quantificar quantas questões cheguei a fazer, mas se considerar todos os simulados e as vezes que utilizei o banco de questões, certamente deve ter ultrapassado mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rafael: Português, não a parte de interpretação de texto, mas as extensas regras e exceções de morfologia, sintaxe, etc. Na realidade, considerando que a maior parte da prova de português seria de interpretação de texto e que o meu tempo disponível era curto, optei por não estudar a matéria. Ainda assim, acertei a maior parte das questões, deixando em branco uma ou outra de regras que na hora não tive segurança.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rafael: Na semana de véspera, dediquei-me quase integralmente aos estudos, em todos os turnos. Revisei as matérias através dos Bizus Estratégicos, revisei os simulados que já havia feito e realizei muitas questões no Sistema de Questões, além de ter praticado redação.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rafael: Buscando informações no material da plataforma, organizei uma lista com todos os temas que achei prováveis de cair na prova e fiz um roteiro de dissertação para cada um deles, com repertório, argumentos, etc. Como só comecei a estudar para a dissertação na semana de véspera, escolhi três dos temas para exercitar e contratei um professor para corrigir os textos, o que foi decisivo. Da primeira dissertação para a terceira, a evolução foi grande.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rafael: Acredito que os principais acertos foram fazer uma boa leitura do edital, conseguir perceber minha realidade e montar um roteiro de estudos adaptado a minha realidade, otimizando o meu tempo. Além disso, ter escolhido o Estratégia como plataforma e recorrido a um professor de redação foi também decisivo para o meu desempenho.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rafael: Não duvido que pensamentos dessa natureza tenham passado pela minha cabeça, uma vez que é difícil controlar o que pensamos. Mas, em momento algum, cheguei a considerar desistir. Desde o momento que tomei a decisão, procurei ter foco, fé, mantive orações constantes e o forte apoio emocional e rotineiro da minha noiva.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rafael: Eu acho que o principal é se conhecer. E se ouvir. Tomada a decisão de estudar, é preferível compartilhar apenas com aquelas pessoas que realmente dividem a vida com você e com quem de fato seja necessário para a preparação.
É melhor não dar ouvidos aos estigmas, muito falados, de que estudar para concurso é um terror, que é preciso estudar pelo menos 8 horas diárias, que demoram 2 anos ou mais e que é necessário passar por reprovações.
Eu escutei muito isso ao longo da minha carreira profissional. O que talvez tenha me afastado durante um tempo da possibilidade. Porém, no período em que trabalhei no serviço público como comissionado, conheci colegas concursados que relataram, sim, terem se esforçado, mas sem todo esse terror de que falam. Conheci colegas que precisaram apenas de 2 meses de estudos para serem aprovados, outros 6 meses, 1 ano ou mais. Para mim, nesse certame do MEC, foram 2 meses. E foi na primeira tentativa.
Tudo isso me fez perceber que é uma empreitada muito relativa e subjetiva, em que se somam uma série de fatores: o grau de dificuldade da prova, o estilo da banca, as condições socioemocionais, financeiras, a bagagem prévia, enfim, são muitas as variáveis. Com a minha experiência, o que posso relatar é que com foco, persistência, fé e sincronicidade (no conceito de Carl Jung), no momento certo, acredito que as coisas acontecem como deve ser.
É como escolher uma fila para entrar. Algumas vão ser menores e outras maiores. Algumas pessoas vão começar mais na frente e outras no final. Muitas vão desistir durante o caminho. Mas o fato é que, uma hora, é chegada a vez daqueles que na fila permanecem.
Boa sorte a todos!