Aprovado no concurso ISS Guarulhos
“Uma coisa que está presente em todas as histórias, invariavelmente, é a resistência. Resistir às adversidades, às dificuldades, às tentações e aos desânimos que todos em alguma medida vão enfrentar. Se alinharmos isso com um bom material, disciplina e bom planejamento, a conquista será questão de tempo”
Confira nossa entrevista com Vitor Henrique de Oliveira, aprovado em 2º lugar no concurso ISS Guarulhos para o cargo de Auditor Fiscal:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Vitor Henrique de Oliveira: Sou natural de Araguari – MG. Tenho 27 anos de idade e sou formado em Engenharia Mecatrônica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Vitor Henrique: Não cheguei a trabalhar na minha área de formação. Ainda na Universidade, no meu último semestre, enquanto eu trabalhava como estagiário, percebi que não era aquilo que eu queria para a minha vida. Nível de estresse e pressão altíssimos, desrespeito a direitos trabalhistas como a jornada de trabalho máxima, por exemplo, e outras coisas me mostraram que eu poderia ter muito mais qualidade de vida no serviço público e, dependendo do cargo, sem abrir mão de uma boa remuneração.
Obviamente que não são todas as empresas que são dessa forma que citei, mas, mesmo assim, apesar de gostar do meu curso, a atividade em si não fazia tamanho sentido para mim a ponto de suportar a iniciativa privada unicamente pelo amor à minha formação. Por fim, outro aspecto positivo do serviço público é o fato de você ter a possibilidade de, de alguma forma, fazer a diferença para a sociedade como um todo através da sua profissão e isso também é muito motivador. Acredito ser mais fácil para mim encontrar o sentido da minha profissão no serviço público do que na iniciativa privada, apesar dos defeitos que o serviço público também possui, claro.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Vitor Henrique: Foram 4 quesitos que ponderei na hora de tomar minha decisão: o meu gosto pela área, as oportunidades de concursos, a estrutura dos órgãos da área e, finalmente, a remuneração. Acredito que temos que escolher o nosso “cargo fim”, aquele com o qual sonhamos e, a partir dele, irmos abrindo o nosso leque e analisando outras oportunidades correlatas, que não nos distanciem desse alvo final. Assim, inicialmente me interessei pelo cargo de perito da Polícia Federal para a minha área específica. Entretanto, vi o quão raro é surgir concursos para essa área específica (estamos falando de décadas) e, além disso, que títulos poderiam pesar na prova e por isso acabei desistindo. Pesquisei um pouco sobre a Abin também, mas depois de ler bastante acabei me desinteressando.
Foi então que me decidi pela área fiscal. Dentre os requisitos que citei acima, ela cumpre muito bem 3 deles, que são: o grande número de oportunidades (quando comparada a outras áreas que não sejam as jurídicas ou de segurança); a estrutura dos órgãos que, apesar de terem seus defeitos, de um modo geral esses órgãos se encontram acima da média da Administração Pública; e, a boa remuneração. Quanto ao último quesito, o fato de eu gostar ou não da área, tenho simpatia pela área fiscal, acredito que posso me encontrar dentro da mesma, mas só poderei afirmar depois que tomar posse rsrs.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Vitor Henrique: Passei por ambas as situações. Inicialmente, entre um “bico” ou outro como professor, ficava unicamente por conta dos estudos. Nessa época eu estudava para cargos administrativos com o objetivo de conseguir uma aprovação mais rápida e, só depois, iniciar os estudos para a área fiscal. Dessa forma, fui aprovado na Anvisa, onde trabalho como Técnico Administrativo. Após a posse, passei a ter que conciliar os estudos com o trabalho e senti na pele uma máxima que muitos concurseiros e coaches repetem: quando temos tempo de sobra quase sempre não o aproveitamos como deveríamos.
Tive que adaptar minha rotina para conseguir aproveitar ao máximo meu tempo no período em que trabalhei e estudei. Entretanto, percebi que a quantidade de horas líquidas de estudos caiu, mas não tanto quanto eu esperava. O que mostra que de fato a gente tende a procrastinar quando temos tempo de sobra. Por isso concordo com quem diz que não tem um tempo correto para estudarmos por dia, o correto é estudarmos o máximo que conseguirmos e tentarmos sempre aumentar esse tempo melhorando nossa disciplina e foco.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Vitor Henrique: Minha primeira aprovação foi no concurso de Técnico Administrativo da Anvisa em 6º lugar. Consegui também a aprovação para Analista Administrativo do TST, no cadastro de reserva, em 22º lugar. Por fim, a terceira foi para Auditor Fiscal do município de Guarulhos – SP, em 2º lugar.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Vitor Henrique: Sim. Após a aprovação na Anvisa, resolvi estudar para a Receita Federal. Foi difícil manter a disciplina pois, além de já estar aprovado em um concurso, não havia qualquer expectativa de prova e eu ficava praticamente por conta dos estudos. Essa foi a época que, como citei acima, não aproveitei como deveria todo o tempo disponível que tinha. Para tentar manter a disciplina eu buscava me lembrar sempre do porquê de eu estar estudando e qual o meu objetivo inicial, que era me tornar auditor. Como eu disse, poderia ter aproveitado melhor o tempo, mas pelo menos consegui manter os estudos e finalizar o edital da Receita Federal.
Uma vez que eu ainda não havia sido nomeado na Anvisa e não havia perspectiva de concurso da área fiscal em um período próximo, resolvi me aventurar no concurso do TST para analista administrativo que estava com edital publicado, como forma de dar um “gás” nos estudos. Estudar com a pressão de um edital publicado faz a gente conseguir ter muito mais foco e disciplina. Entretanto, devemos tomar muito cuidado para isso não nos desviar do nosso objetivo inicial. Só optei por isso por não haver mesmo nenhuma previsão de concurso da área fiscal próximo. E foi assim que acabei conseguindo a segunda aprovação, já mencionada.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Vitor Henrique: Através de pesquisa na internet. Quando resolvi estudar para área fiscal pesquisei sobre os melhores cursinhos e o Estratégia estava entre as menções. Com isso, resolvi conhecer melhor o cursinho, assistindo a vídeos sobre técnicas e dicas de estudos, e acabei gostando bastante.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor pra você? Videoaulas, PDFs, livros?
Vitor Henrique: Utilizei praticamente apenas os PDFs. Acredito que, de forma geral, eles são muito completos e muito bem feitos. Tanto em termos de teoria quanto em termos de exercícios comentados. A grande maioria deles preenchia para mim, inclusive, a necessidade de leitura de lei seca. Sendo assim, meu estudo era basicamente leitura dos PDFs fazendo marcações utilizando a sistemática dos ciclos de estudos. Ao terminar o PDF eu fazia todos os exercícios e, além disso, fazia as revisões de 24 horas, 7 dias e 30 dias relendo minhas marcações. Porém, existem disciplinas que isso não é suficiente.
Com contabilidade, por exemplo, tive meu primeiro contato através de videoaulas. Só após concluir todo o curso por vídeo é que comecei a ler os PDFs. Além disso, a disciplina mais relevante da área fiscal, que é Legislação Tributária, cobra bastante a letra de lei e, levando essa relevância e esse estilo de cobrança em conta, complementei meus estudos com a leitura de algumas leis. O importante é buscarmos o método que funciona melhor para cada um sem comprometer demais o nosso tempo disponível. Tudo deve ser baseado na análise custo-benefício de cada uma das técnicas e matérias que temos disponíveis e isso varia de pessoa para pessoa.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Vitor Henrique: Podemos dizer algo em torno de 4 a 5 horas. Como no período da preparação para o concurso de Guarulhos eu trabalhava, esse número diário não era tão exato. Às vezes um dia estudava menos e tentava compensar nos seguintes ou no fim de semana. Recuperando os dados da minha planilha de estudo, o cálculo da preparação para esse último concurso dá uma média de pouco mais de 21 horas semanais. Mas destaco que eu já tinha uma bagagem bastante considerável de estudos para outros concursos anteriores.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Vitor Henrique: Inicialmente, em um primeiro contato com as disciplinas, montei o ciclo básico recomendado para iniciantes da área fiscal, com 6 matérias. À medida que ia finalizando essas matérias, as mantinha apenas com revisões esporádicas, bem mais velozes do que no primeiro estudo, e ia acrescentando as demais disciplinas. Eventualmente, quando você já tiver finalizado quase todo o edital, nas últimas semanas, é natural ter contato com todas, ou quase todas, as disciplinas ao mesmo tempo. Nessa hora um bom plano de estudos faz toda a diferença pois, do contrário, você acaba se perdendo.
Como eu sempre tive um registro minucioso dos meus estudos, conseguia prever com certa precisão o tempo que levaria com cada disciplina e assim, organizar melhor meu plano de estudos. Confesso que pequei um pouco na resolução de exercícios. Raramente eu ia além dos exercícios contidos nos PDFs e, quando estava revendo uma disciplina, diferentemente do que costuma ser recomendado que é focar na resolução de exercícios, eu preferia reler o conteúdo destacado ou um eventual mapa mental que eu confeccionava (apenas dos tópicos mais importantes e das disciplinas mais importantes, devido ao tempo elevado para elaboração dos mesmos).
É possível que focando em exercícios durante as revisões eu tivesse ido melhor nas provas que fiz. Entretanto, estudar para concursos não é uma receita de bolo, nem tudo que funciona para a maioria vai ser o melhor para você e, no fim das contas, até que esse meu método parece ter funcionado para mim rsrs. Também acho importante destacar que nunca utilizei de resumos pois, ao meu ver, o custo-benefício dessa técnica é muito baixo, visto que as marcações substituem muito bem tais resumos e com um tempo muito menor para serem realizadas.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Vitor Henrique: Acho que posso citar duas disciplinas: Contabilidade e Tecnologia da Informação. Quanto à Contabilidade, a dificuldade foi pela disciplina em si. É uma disciplina complexa, diferente de todas as outras. Entretanto, mesmo tendo dificuldades, era uma matéria que me agradava. Assim, “bastaram” as videoaulas do professor Silvio Sande, tempo e paciência e consegui vencê-la.
Já Tecnologia da Informação até hoje não sei se já superei tais dificuldades rsrs. É uma disciplina que, além de muito abstrata, por vezes envolve o famoso “decoreba” que ninguém gosta. Para conseguir um desempenho satisfatório nela, tive que aumentar minha carga horária de estudos da mesma, combinar os PDFs com videoaulas e o máximo de exercícios possível. Além disso, alguns tópicos teimam em não entrar na cabeça. Nessas horas eu apelava para a memorização, focando nas palavras-chave dos conceitos e outras coisas que fossem em ajudar a encontrar a alternativa correta. Claro, sempre ponderando o esforço necessário para o meu entendimento com a importância de tal disciplina para as provas que eu fazia.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Vitor Henrique: Comecei os estudos morando com meus pais e na época namorando. Durante a jornada me mudei para Brasília para assumir o cargo da Anvisa. Morei sozinho por um tempo, durante o qual fiquei noivo e, dois meses após a prova de Guarulhos me casei. Ainda não temos nenhum filho. Em termos de apoio não tenho do que reclamar. Sempre foi o melhor possível. Desde os meus pais, meu irmão, minha esposa e até os amigos. Como exemplo desse apoio posso citar o fato de que, na época em que eu ainda fazia estágio e resolvi estudar para concursos, mesmo com o valor da bolsa de estágio sendo relevante para mim, meu pai me apoiou 100% em abandonar tal emprego para focar exclusivamente nos concursos.
Já os amigos, alguns são concurseiros, então entendem perfeitamente a situação. Conversamos sobre isso, temos grupos voltados para isso e tudo mais. Também não posso deixar de mencionar o apoio incondicional da minha esposa que, antes mesmo de casarmos, já me apoiava tanto que, a nível de exemplo, quando vinha me visitar em Brasília era capaz de me ajudar com tarefas domésticas e outras obrigações minhas para que eu pudesse estudar, tudo isso no pouco tempo que tínhamos para ficarmos juntos por morarmos longe um do outro. Esse tipo de apoio, das pessoas que amamos, faz toda a diferença. Todos eles têm um pedaço de responsabilidade em tudo isso.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Vitor Henrique: Sempre busquei o equilíbrio. Não dá para continuarmos vivendo a mesma vida de antes de começarmos a estudar se quisermos conquistar um cargo importante. Entretanto, também não podemos nos isolar pois isso pode não só nos atrapalhar na nossa preparação, como fazer mal para a nossa vida como um todo. Sendo assim, como eu morava fora da minha cidade e, nos fins de semana, ou eu ia até lá ou minha (na época) noiva vinha até mim, eu me dedicava 100% aos estudos durante a semana para poder ficar mais tranquilo nos sábados e domingos. Tentava estudar ao menos no sábado também, mas sem muita pressão, não conseguindo fazer isso sempre. Nas vésperas das provas, entretanto, já houve alguns fins de semana que passei sozinho em Brasília apenas estudando. Porém, destaco mais uma vez que tudo é uma questão de equilíbrio.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Vitor Henrique: Acredito que sim, porém sempre com cautela. O ideal seria termos tempo, paciência e dinheiro suficientes para focarmos desde o início no nosso cargo dos sonhos e manter esse foco até a aprovação. Entretanto sabemos que a grande maioria não tem tudo isso. Nesse caso é bastante válido buscar outras alternativas que podem nos trazer essa aprovação e a tranquilidade financeira mais rapidamente, porém, sem que desviemos muito o foco do nosso objetivo principal.
É necessário buscar concursos que estejam correlacionados com esse objetivo. Eu mesmo, no meio da minha jornada acabei resolvendo estudar para a área de controle. Todavia, eu já possuía uma boa base da área fiscal e, como surgiram concursos dessa área, acabei mantendo o foco nela e assim consegui a aprovação em Guarulhos. Entretanto, ainda pretendo prestar algumas provas da área de controle, possivelmente até que tenha a oportunidade de tentar o cargo do TCU, no momento meu “objetivo final”.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Vitor Henrique: Especificamente para Guarulhos foram quase 4 meses. Porém cerca de 7 meses antes do início dessa preparação, eu fiz outras provas da área fiscal, o que auxiliou muito na minha preparação. Além disso, voltando mais um ano e meio atrás, eu tinha permanecido 8 meses estudando para a Receita Federal, quando finalizei o edital da mesma.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Vitor Henrique: Simplesmente indescritível. Foi um dia muito especial pois eu tinha acabado de sair do cartório para me casar perante a lei e, logo após, recebi uma mensagem de um amigo me parabenizando pela aprovação. Nessa hora a mão começou a tremer, o coração a palpitar, e não consegui acreditar enquanto eu mesmo não abri o site da banca organizadora e vi meu nome lá. É um sentimento único!
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Vitor Henrique: Eu acho que o mais importante nessa última semana é manter sua mente tranquila para a prova. Eu, particularmente, não costumava ter problemas com ansiedade, graças a Deus, de modo que conseguia render ainda mais nessa última semana sem comprometer o lado emocional. Sempre usei essas semanas para fazer revisões gerais das disciplinas mais importantes e baterias de exercícios. De todas as semanas de preparação para a prova, essa sempre foi a que eu mais estudei. Porém, todos têm seu limite. Quando, no dia, eu sentia que o meu tinha chegado, eu simplesmente parava e ia relaxar.
Era mais ou menos assim: estudar até não aguentar mais e, a partir desse momento, relaxar máximo possível também. Parece meio confuso, meio contraditório, mas eu conhecia bem meu limite e conseguia fazer isso. O dia de véspera mesmo, esse sim acredito ser um dia para relaxar completamente. No máximo reler algo que você já decorou para não correr o risco de dar branco na hora da prova, mas de uma forma bem leve e tranquila, se você for capaz disso. Se não, simplesmente relaxe e confie em tudo que já foi feito.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Vitor Henrique: Acho que se voltarmos nas respostas anteriores os erros já estão por aí. Diria que os principais foram dois: não ter dedicado mais tempo à resolução de exercícios e ter pecado também em relação à disciplina, principalmente na época em que eu ainda não trabalhava na Anvisa. Se tivesse me dedicado o suficiente nessa época provavelmente teria passado mais rapidamente e em outros concursos que eram até melhores, nos quais “bati na trave”, como a Sefaz-GO e Sefaz-SC.
Quanto aos acertos, também aponto dois: o fato de dedicar tempo suficiente ao meu planejamento e rever tais planos constantemente; e o fato de ter um material de qualidade em mãos, o que também faz toda a diferença.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Vitor Henrique: O mais difícil é se manter por tanto tempo nessa caminhada pesada e sem nenhum retorno imediato. Por mais que saibamos que o retorno virá “de uma vez”, quando sair a nomeação, esse retorno não é palpável enquanto você ainda está estudando. Uma das dicas para superar é manter tudo isso em mente e buscar outras formas de obter esse retorno pelo seu esforço. Podemos enxergar isso quando notamos uma melhora no nosso percentual de acertos em determinada disciplina ou mesmo pelo simples fato de finalizarmos todas as aulas de uma matéria. Isso é, de fato, uma conquista e, como tal, temos que valorizá-la para enxergamos que tudo que estamos fazendo não é em vão.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Vitor Henrique: Acredito que a principal motivação é me imaginar em um bom cargo, com boa remuneração e uma atividade relevante, sem precisar abrir mão completamente da minha vida privada. É pensar em tudo que isso pode proporcionar para mim e para minha família. Motivação maior que essa não há. Além disso, para mim a conquista por si só também é uma motivação extra.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Vitor Henrique: Não é fácil! Para uns é mais difícil, para outros é menos, mas fácil nunca vai ser. Cada um tem suas particularidades e devemos ter isso em mente. Obviamente vamos iniciar seguindo o que costuma funcionar para a maioria, mas cientes de que provavelmente teremos que fazer adaptações para a nossa realidade. Entretanto, uma coisa que está sim presente em todas as histórias, invariavelmente, é a resistência. Resistir às adversidades, às dificuldades, às tentações e aos desânimos que todos em alguma medida vão enfrentar. Se alinharmos isso com um bom material, disciplina e bom planejamento, a conquista será questão de tempo.
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