Aprovado no concurso ISS Cariacica
“As aprovações continuarão acontecendo pois, podem os concursos ou número de vagas diminuir, que ainda assim terão boas oportunidades. Materiais de qualidade, um planejamento (estratégia) adequado, muita disciplina e certa dose de paciência podem fazer com que o próximo nome no Diário Oficial seja o seu”
Confira nossa entrevista com Gabriel Pereira Lopes, aprovado em 10° lugar no concurso ISS Cariacica no cargo de Fiscal de Tributos:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Gabriel Pereira Lopes: Sou de Belo Horizonte – MG, formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e tenho 28 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gabriel: Meu pai sempre me cobrou muito em relação aos estudos. Depois que concluí o ensino médio, ele passou a me falar dos concursos que estavam saindo e a me incentivar a fazer. Naquela época, confesso que não levava isso tão a sério. Entretanto, a opção pelo curso de Direito foi justamente pensando futuramente em concursos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Gabriel: Depois que me formei, passei a dedicar meu tempo exclusivamente aos estudos para concurso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Gabriel: Fui aprovado para o cargo de Escriturário do Banco do Brasil, na 79º posição da microrregião de BH (2012); e para o cargo de Fiscal de Tributos Municipais da Prefeitura de Cariacica-ES na 10º colocação (2020).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Gabriel: Foi uma sensação de alívio na alma saber que todo o meu planejamento e esforço finalmente seriam recompensados. Passaram-se dias, meses, anos e não é que a luz no fim do túnel apareceu?!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Gabriel: Nunca abdiquei totalmente do convívio social, pois realmente acho que esse não é o caminho. Se você souber dosar, dentro de suas possibilidades, isso irá te trazer um equilíbrio tão necessário para se manter firme na caminhada. Claro que, depois que saía o edital, eu me restringia bastante, porque esse é o momento tão esperado pelo concurseiro. Assim, escolhia a dedo as coisas que iria fazer, já que a maior parte do tempo eu passava estudando mesmo.
Até quando não tem edital, o interessante é você trabalhar com recompensas. Se cumprir sua meta planejada, permita-se fazer o que gosta.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Gabriel: Não tenho filhos, sou solteiro e moro com meus pais. Eles sempre me apoiaram tanto na parte motivacional quanto na financeira, afinal viam todos os dias meu esforço.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Gabriel: Se as matérias forem correlatas e o edital que você espera estiver demorando, acredito que valha a pena sim tentar outros concursos, até para sentir a ansiedade do pós-edital e o clima de prova. Isso te fará amadurecer. Caso você seja aprovado, terá uma certa estabilidade para continuar estudando para o concurso dos seus sonhos.
Fiscal de Tributos (Auditor Fiscal) é sim o cargo almejado, mas enquanto não for nomeado, quem sabe até mesmo depois, continuarei estudando para fazer alguns outros concursos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Gabriel: Vinha estudando há 4 anos para a área fiscal e o ISS Cariacica foi meu 6º concurso. Lembro que depois do ISS Uberlândia, entrei no site do Estratégia e vi que era o último dia de inscrição. Mesmo sabendo que teria apenas 1 mês para estudar as matérias específicas resolvi fazer e deu certo!
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Gabriel: Durante muito tempo estudei sem edital na praça. Teve pouquíssimas provas para a área fiscal entre 2016 e início de 2018, pelas quais não me interessei pois estava focado na Receita Federal. Acreditava que, se mantivesse os estudos, estaria bem quando o edital fosse publicado. Via muitos webnários e entrevistas de aprovados para me manter motivado. Praticava atividades físicas, saía com os amigos e até fiz algumas viagens para me distrair um pouco, afinal temos essas necessidades também.
Outra coisa era que eu tinha saído do Banco do Brasil justamente para ficar por conta de estudar para a carreira fiscal, que era meu grande objetivo. Então sempre me lembrava disso.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Gabriel: Já vi videoaulas de algumas matérias, tanto no início da preparação quanto no final. Mas o método que achei mais objetivo e o que mais senti que estava evoluindo foi a mistura de PDF e muitos exercícios.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gabriel: Conheci em 2015, pesquisando qual seria o melhor curso preparatório para a Receita Federal do Brasil (RFB). Li muitos sites, fóruns, e o Estratégia era sempre citado.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Gabriel: Comecei estudar pelas matérias “básicas” da área fiscal, ou seja, aquelas que caem em todos os concursos. À medida que fui avançando, incluí outras matérias no ciclo até chegar naquelas que são mais específicas para um ou outro concurso.
Estudava de 3 a 6 matérias por dia, dependendo da época, do concurso e da necessidade, cada uma entre 1 a 2 horas. Já cheguei a estudar 14 matérias ao mesmo tempo. No início era muita leitura e releitura da teoria e alguns exercícios, mas depois passei a ler somente minhas marcações, resumos e a fazer muitos exercícios.
No início tentei montar um plano de estudos por conta própria, mas naqueles quase 5 meses senti que não estava conseguindo prosseguir de forma satisfatória, foi quando optei por entrar no programa de coach, que me ajudou bastante com isso.
Inclusive, aproveito a oportunidade para agradecer ao Felipe Luccas e ao Eduardo Mendonça.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Gabriel: As disciplinas de contabilidade, tecnologia da informação, informática e direito civil foram aquelas que eu tive um pouco mais de dificuldade. Seja pela extensão da matéria, seja pela decoreba propriamente dita. Tive que dedicar mais tempo para aprendê-las, lendo repetidas vezes o conteúdo, fazendo muitos exercícios e até mesmo usando aplicativos como o “AnkiDroid Flashcards” para ajudar na hora de decorar / revisar alguns pontos.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Gabriel: Estudei bastante na semana anterior e na véspera da prova. Utilizei aqueles últimos dias para revisar boa parte do conteúdo. Achava também os aulões do Estratégia uma boa opção para ajudar a rever algumas coisas. Porém, me senti um pouco cansado, principalmente do meio para o final da prova, já que os últimos dias foram bem puxados, até mesmo pela ansiedade.
Por isso, aconselho que não deixe para dar seu máximo somente na semana da prova. Faça isso antes e naquela semana reveja somente os assuntos mais importantes. Não se desespere, pois é necessário que você chegue inteiro e totalmente concentrado no dia da prova.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Gabriel: Meu maior erro foi ter demorado a virar a página do concurso da Receita Federal do Brasil (RFB), que era meu grande objetivo. Foquei muito tempo especificamente nele, apesar de na época ter tido poucas opções para área fiscal (entre 2016 e início de 2018). Quando resolvi mudar, os editais do ICMS Goiás e do ICMS Santa Catarina já haviam saído e depois veio vários outros em sequência. Matérias como direito penal, empresarial e civil, tecnologia da informação e legislação tributária comecei a estudar a partir de então. Aí, correr contra o tempo para aprender essas matérias e revisar as outras foi complicado.
Acho que meu grande acerto foi tentar bons concursos fiscais em sequência (ICMS Santa Cataria, ICMS Rio Grande do Sul, ISS Guarulhos, ISS São José do Rio Preto, ISS Uberlândia e ISS Cariacica). A evolução que tive nesse 1 ano e meio foi muito grande. O sentido de alerta que o pós-edital te traz faz com que você se supere e se desenvolva bastante.
Outro acerto foi ter optado pelo coach, que me ensinou a organizar o estudo de muitas e grandes matérias ao mesmo tempo, além de receber algumas dicas valiosas.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Gabriel: O mais difícil foi persistir no objetivo por muito tempo, ainda mais entre 2016 e início de 2018 em que a economia brasileira estava em resseção e os concursos estavam “agarrados”.
Tive sim momentos de desânimo, mas primeiro que minha decisão de fazer concursos foi tomada a muito tempo e eu sabia que isso seria um investimento de médio/longo prazo. Se continuasse em frente, acreditava que minha hora iria chegar. Segundo que ao sair do Banco do Brasil para tentar concursos fiscais, prometi a mim mesmo que não estudaria menos tempo do que trabalhava, uma condição que me impus. Nos finalmentes, superei e muito a carga horária.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Gabriel: Minha motivação sempre foi ter um emprego que me proporcionasse independência financeira e estabilidade mesmo em momentos de crise (tão recorrentes em nosso país), podendo dessa forma planejar e realizar outros sonhos na vida.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gabriel: Todo projeto deve ter seu ponto de partida e para dar esse primeiro passo você deve ser verdadeiro consigo mesmo. Deve se comprometer, mesmo sabendo que isso possa demorar, que os momentos de fraqueza virão e que nesse meio tempo muita coisa pode mudar. Acredito que essas sejam as maiores provas do concurseiro. Se ele conseguir vencê-las, a aprovação certamente estará próxima.
Ser aprovado em concurso é um sonho/objetivo totalmente alcançável, afinal são pessoas (as vezes como você) que passam, não alienígenas. Tantos outros conseguiram não por serem melhores que ninguém, mas por terem se dedicado muito para isso. As aprovações continuarão acontecendo pois, podem os concursos ou número de vagas diminuir, que ainda assim terão boas oportunidades. Materiais de qualidade, um planejamento (estratégia) adequado, muita disciplina e certa dose de paciência podem fazer com que o próximo nome no Diário Oficial seja o seu.
Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Um abraço,
Thaís Mendes