Aprovado em 1° lugar no concurso IPREV-DF para o cargo de Analista Previdenciário - Especialista em Previdenciário
Concursos Públicos
“[…] A aprovação em concurso público requer dedicação a médio e longo prazo, pois se trata de uma jornada não apenas de aquisição de conhecimento, mas de autoconhecimento […]”
Confira nossa entrevista com Filipe Carvalho Almeida, aprovado em 1° lugar no concurso IPREV-DF para o cargo de Analista Previdenciário – Especialista em Previdenciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Filipe Carvalho Almeida: Me chamo Filipe Carvalho Almeida e sou formado em Direito pelo UniCEUB desde 2016. Tenho 32 anos de idade e sou natural de Brasília – Distrito Federal.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Filipe: Sempre almejei a carreira pública por possuir familiares servidores públicos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Filipe: Sou concursado da Universidade de Brasília e exerço o cargo de Assistente em Administração, por isso, trabalho 8 horas por dia no regime presencial, estudando 2 horas à noite. Busco conciliar a rotina de trabalho com a de estudos, otimizando o período noturno e tentando estudar, aos finais de semana, ao menos 3 horas por dia, sem deixar de reservar um tempo para a prática de exercícios físicos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Filipe: Aprovado e nomeado em 39º para o Curso de Formação de Oficiais Policiais Militares da Polícia Militar do Distrito Federal (CFOPM/2016);
Aprovado e nomeado em 113º na Fundação Universidade de Brasília para o cargo de Assistente em Administração (FUB/2018)
Aprovado e nomeado em 2º para o cargo de Advogado Júnior no Conselho Federal de Técnicos Industriais (CFT/2021)
Aguardando resultado definitivo da prova discursiva para o cargo de Auditor Fiscal de Atividades Urbanas – Atividades Econômicas e Urbanas do Distrito Federal (ATUB/2022).
Pretendo continuar estudando para a carreira de advocacia pública, sobretudo para o cargo de Procurador.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Filipe: Levo uma vida social buscando o equilíbrio, priorizando encontrar os amigos e familiares em situações mais tranquilas, como jantares em casa e barzinhos, sempre evitando exagerar no álcool ou muitas vezes nem bebendo. Boa parte do que internalizei na minha rotina foi evitar perder o controle da minha saúde física e mental, por isso sempre separei tempo para exercícios físicos e para encontrar amigos e familiares.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Filipe: Sempre tive apoio da minha família. Os amigos entenderam o comprometimento que é estudar para concurso público e compreenderam que, por vezes, estaria ausente de eventos sociais para dedicar um pouco mais de tempo aos estudos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Filipe: Em geral, estudo há aproximadamente 7 anos para concursos públicos em geral. Para esta prova, em particular, me dediquei apenas após a publicação do edital.
A disciplina é uma constante em minha vida, nas mais diversas áreas, então não houve grandes dificuldades em cumprir o cronograma de estudos para esta finalidade. Contudo, há dias em que a cabeça e o corpo não estão propícios para encarar a rotina de estudos e, nestes casos, saber “desacelerar” e descansar fez toda a diferença para manter a disciplina dos dias seguintes.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Filipe: Já utilizei todos os tipos de materiais (manuais, sinopses, videoaulas) mas, atualmente, priorizo o estudo através de PDF’s conjugados com muita resolução de questões e leitura de lei seca.
Acredito que as vantagens e desvantagens sejam aspectos muito particulares, pois cada pessoa possui especificidades relacionadas ao aprendizado. Para identificar o que é, de fato, melhor para cada um, acredito que seja indispensável a “tentativa e erro” dentre as ferramentas, até que se chegue a uma que atenda da melhor maneira as individualidades do aluno.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Filipe: Conheci o Estratégia Concursos no ano de 2015 quando foi publicado o edital para a Defensoria Pública da União (DPU – Administrativo).
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Filipe: Sem sombra de dúvidas. Após o contato com o material, consegui identificar melhor o que, de fato, era cobrado nas provas de concurso. A objetividade do material foi fator indispensável que possibilitou aumentar o número de acertos em matérias com conteúdo extenso que possuíam menor peso nas provas. A partir do material do Estratégia, foi possível direcionar melhor a atenção aos assuntos mais prováveis de serem cobrados nas provas de concurso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Filipe: Devido a rotina puxada de trabalho, apenas consegui realizar um plano de estudos para o pós-edital. Neste, dedicava aproximadamente 2 horas por dia divididas entre resolução de questões e leitura da lei seca. Para os assuntos que não possuíam afinidade, buscava entender como a banca do concurso cobrou em outros certames e localizava no material (PDF ou legislação) os itens, deixando-os destacados para futura revisão.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Filipe: De início confeccionava os meus próprios resumos. Contudo, demandava muito tempo de elaboração e necessitava de atualizações constantes.
Com a atualização constante dos materiais esquematizados do Estratégia (com resumo do material no final de cada PDF) passei apenas a consultar a parte de “Resumo” e prosseguir revisando com base nas questões. Nos casos pontuais em que o desempenho estava aquém do esperado, retornava na parte mais “densa” do PDF e buscava ler com um pouco mais de atenção, visando sanar os erros.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Filipe: Acredito que seja a parte mais importante dos estudos, tanto para fixar o conteúdo estudado como também para entender como a banca cobra o assunto, pois nem todos os assuntos do edital estarão presentes na prova, o que faz do “Estudo Reverso” uma excelente ferramenta de otimização de tempo. Acredito que, até o momento, foram mais de 40 mil questões realizadas, buscando manter uma constância diária mínima de 50 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Filipe: Possuía certa dificuldade com Contabilidade Pública, pois é uma matéria que foge um pouco das matérias as quais vinha estudando regularmente. Para sanar a dificuldade busquei realizar o máximo de questões sobre o assunto, alinhados à leitura sobre o assunto nos PDF’s.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Filipe: A rotina de estudos na semana que antecedeu a prova não sofreu alterações, pois o estudo já vinha sendo realizado há algum tempo e boa parte do conteúdo do edital já estava sedimentada. Para o dia da prova, realizei uma rápida consulta aos resumos sobre assuntos que possuíam maior dificuldade.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Filipe: Estar preparado para a prova discursiva, principalmente se for no mesmo dia da objetiva, é de suma importância, não apenas pelo conteúdo a ser analisado, mas, também, pela gestão do tempo. Pelo menos uma vez por mês realizava simulados da prova objetiva e discursiva, no tempo previsto no edital, para estar preparado no dia da prova para lidar com a pressão do tempo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Filipe: Acredito que o principal erro foi a troca constante de material de estudo. Após pesquisar e escolher um material de consulta, trabalhar em cima do próprio material, com anotações, resumos, mnemônicos e inserção de questões cobradas em provas anteriores fez toda a diferença, contribuindo para uma melhor fixação do conteúdo.
Dentre os acertos, acredito que incrementar na rotina de estudos a resolução de provas anteriores (independente se é do mesmo cargo ou banca) contribuiu e muito para um melhor desempenho. Nesse ponto, a resolução de questões “com filtros específicos” dá a falsa sensação de que estamos afiados nos assuntos cobrados e, ao resolver a integralidade uma prova, com os mais variados temas, consegue-se visualizar melhor o desempenho geral, identificando, de maneira mais acertada, onde estão os erros e como corrigi-los.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Filipe: Creio que seja um pensamento recorrente de todos os que estudam para concurso público, principalmente diante do desempenho insuficiente em provas e de diversas reprovações.
Contudo, como dizia Napoleon Hill: “Cada adversidade traz consigo a semente de um benefício equivalente ou maior”.
E todos os percalços durante a trajetória foram adversidades que plantaram sementes, as quais culminaram nas minhas aprovações.
Em outras palavras, faça sua parte e confie no processo que o resultado virá!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Filipe: “Dê tempo ao tempo”.
A aprovação em concurso público requer dedicação a médio e longo prazo, pois se trata de uma jornada não apenas de aquisição de conhecimento, mas de autoconhecimento.
Dificuldades aparecerão de todos os lados (inclusive internamente), mas que com resiliência e paciência serão superadas.
E, por fim, não desista da prova que você não fez, pois o resultado pode ser melhor do que o imaginado!