Aprovado em 2° lugar no concurso IFBA para o cargo de Engenheiro de Segurança do Trabalho
Concursos Públicos
“Você verá que concurso também tem um pouco de sorte. Mas sem o estudo, você não consegue fazer a “sorte” jogar ao seu lado. É estudar bastante para estar no pelotão da frente, com aqueles que realmente estão concorrendo com você, reduzir ao máximo o fator “azar” de cair aquilo que você não estudou e logo você colherá os frutos e o “seu dia” irá chegar”
Confira nossa entrevista com Marco Antonio Freitas Magnago, aprovado em 2° lugar no concurso IFBA para o cargo de Engenheiro de Segurança do Trabalho:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Marco Antonio Freitas Magnago: Meu nome é Marco Magnago, sou Engenheiro de Petróleo com Pós-Graduação em Engenharia de Segurança. Tenho 33 anos e sou de Campo Formoso-BA. Mas vivi minha infância em São Paulo e Salvador e me graduei em Maceió-AL.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Marco: Estudar para concursos nunca foi minha ideia inicial. Tentei ingressar no mercado privado após concluir minha graduação, mas não consegui. Achava o mundo dos concursos algo muito difícil e inalcançável para mim. Porém, após muito tempo desempregado, resolvi encarar o desafio.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Marco: Não, somente estudava.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Marco: Fui aprovado nas vagas diretas somente no IFBA. Estou no Cadastro Reserva da Petrobrás e do TRT-BA. 49º lugar na Petro e 5º no TRT. Meu sonho sempre foi a Petrobrás e caso a mesma me convoque, encerro meus estudos. Caso contrário, pretendo continuar estudando, possivelmente para Auditor Fiscal do Trabalho ou para os próximos concursos da Petrobrás. Todos os cargos que concorri foram para Engenheiro de Segurança.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Marco: Minha vida social teve que ser reduzida, de fato. Mas não encerrada. Não impus nenhuma regra específica para eventos sociais, mas buscava não exagerar, saindo apenas uma vez a cada 15 dias, independente do dia. Aproveitava bastante essa saída com os amigos, mas no dia seguinte já estava estudando novamente.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Marco: Alguns familiares, sim. Outros, não. Mas minha mãe me apoiou durante todo o percurso, financeiramente e psicologicamente. Meus amigos me apoiaram totalmente.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Marco: Não tenho como ter uma precisão exata, pois os concursos aconteceram foram todos muito próximos um do outro, exceto o da Petrobrás, no qual estudei por 2 meses. No período de Outubro e Novembro de 2022, eu realizei 4 provas em 5 semanas: Senado, Embasa, IFBA e TRT. Em relação ao IFBA, direcionado à ele, estudei apenas 1 mês. Mas como eu foquei somente em uma área (engenharia de segurança), todos os editais eram muito similares. Portanto o estudo se repetia, e um era uma revisão do anterior, com pequenas mudanças. Alguns eu fiz até mesmo sem olhar o edital. Mas pela semelhança com os demais, fiz boa prova.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Marco: Videoaulas e PDFs. Meu método de estudo me levou a ter como principal ferramenta as videoaulas disponibilizadas pelos professores. Quando não havia uma videoaula sobre determinado assunto, eu recorria os PDFs.
A vantagem da videoaula é ganhar tempo. São mais focadas para o que realmente é importante, e com a possibilidade de aumentar a velocidade de reprodução, conseguia estudar grandes quantidades de assuntos em pouco tempo. Importante com tantas provas próximas umas das outras. E eu tenho dificuldade de concentração com a realização de uma única atividade. Portanto, eu costumava ver os vídeos e fazer minhas anotações ao mesmo tempo. A desvantagem é que nas videoaulas alguns assuntos que podem cair na prova, ficam de fora. Os PDFs são mais completos. Com o tempo e a experiência necessária, você aprende a dosar bem os dois materiais. Para quem tem tempo, sugiro o uso de ambos para todos os assuntos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marco: Conheci através de colegas que obtiveram êxito em concursos através do Estratégia.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Marco: Estudei direto com o Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Marco: O maior diferencial do Estratégia é a abrangência dos editais. O mais difícil do estudo para os concursos é saber o que estudar. Ao olhar o edital e ir buscar as referências, materiais, livros por conta própria, a probabilidade de estudar o que não deve e deixar muita coisa de fora é muito grande. O Estratégia te entrega tudo que você deve estudar para cada concurso com um acerto de 90-95% do que cai em prova, isso é o melhor possível “atalho” que você pode pegar. Com um material feito por professores que possuem experiência em concursos, facilitando muito o estudo, focando sempre no que realmente cai.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Marco: Não montei um plano de estudo específico. Fui me ajustando de acordo com aquilo que mais me agradava e trazia fluidez nos estudos. Tentei estudar várias matérias ao mesmo tempo e não me adaptei, me deixava disperso. O que mais deu certo foi estudar uma matéria até o fim, antes de começar outra. Portanto, estudava segurança do trabalho por um mês mais ou menos, até acabar. Depois português, informática etc. Só começava outra matéria quando finalizasse a anterior.
A quantidade de horas variava muito, não tinha uma regra determinada, só tinha uma meta de muitas horas (rsrsrs). Quando começava a estudar um edital, 3 meses antes de uma prova, buscava manter uma média mínima de 5 horas por dia. Com a proximidade das provas, um mês antes, 3 semanas, ia aumentando para 8-10 horas. Nos últimos 15 dias estudava praticamente o dia inteiro, chegando a estudar 14 horas em um único dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Marco: Meu estudo gira em torno dos meus resumos. Basicamente é minha principal ferramenta. Assistia aos vídeos e fazia meus resumos (bem completos) ao mesmo tempo. Gastava uma resma de papel (500 folhas de oficio, frente e verso, a cada 3 meses. Uma caneta a cada 15-20 dias. Esses resumos me ajudam a me manter concentrado ao ver o vídeo e também auxiliam bastante na absorção do conteúdo. De 10 a 7 dias antes de cada prova, só realizava a leitura dos meus resumos, nada mais. E fazia resumo do resumo, em forma de tópicos e pequenas frases.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Marco: A resolução de exercícios é importante para saber o perfil da banca, mas não é imprescindível, para mim. Aprendi que há diferentes formas de estudo e as pessoas são únicas. Aquilo que funciona para uns pode não funcionar para as outras. Vi muitas pessoas e recebi conselhos de que realizar questões era extremamente importante. Ficava preocupado com isso e acabava perdendo um tempo precioso que poderia ter focado mais no estudo da matéria em si. Mas isso não significa que não fazia questões, fiz todas as questões dos PDFs do Estratégia, mas se em algum concurso não desse tempo para resolução de questões, focava no assunto primeiro e ia sem fazer questão mesmo. Fui para a prova do TRT-BA sem fazer uma única questão da FCC, e passei.
Ao longo da minha trajetória devo ter feito umas 3-4 mil questões. Deixando claro que isso é o meu perfil, conheço pessoas que aprendem mais fazendo questões e fizeram 10-15 mil questões. Deixando claro também que algumas disciplinas, principalmente de engenharia, matemática, raciocínio lógico etc, não há como estudar sem fazer questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Marco: As disciplinas de direito (sou engenheiro) e português eram as mais difíceis para mim. Em parte, por não gostar do assunto, logo aquilo se transformava numa espécie de tortura (rsrsrs) e também pela dificuldade de decorar alguns termos do direito. Já português era o meu trauma de infância por nunca ter aprendido gramática corretamente.
Quem me fez superar a dificuldade de aprender português foi a professora Adriana, que não só me fez aprender português como também gostar de estudar português. Suas aulas são leves, divertidas e desmistifica o pesadelo da gramática.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Marco: Eu estudo até o último minuto antes de entrar no prédio para fazer a prova. Na semana que antecede a prova eu leio meus resumos e faço o resumo do resumo. No dia pré-prova eu leio esses últimos resumos e no dia da prova, levo algumas folhas com um resumo final em tópicos para ficar lendo até a hora de entrar na sala.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva? Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Marco: Aconselho fazer diferente do que fiz, pois não estudei absolutamente nada e não fiz nenhuma redação. O fato de não ter quem corrija me desestimulou. Talvez devesse ter pago os pacotes da professora Adriana para correção de redações (rsrsrsrs). De maneira geral fui bem, porque sempre fiz boas redações quando estava no colégio. De certa forma me garanti nisso, mas por não ter estudado nada não obtive o resultado que gostaria. Tirando em média 80, quando o meu normal no ensino médio era 90.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Marco: Meu principal erro foi não conseguir manter um ritmo alto de estudo 100% do tempo. Tive períodos, semanas e até meses de baixo rendimento, que ocasionaram no acúmulo de muito assunto para estudar no mês final anterior a uma prova.
Meu principal acerto foi focar somente em uma área, pois cada edital era uma revisão do edital anterior, isso facilitou muito na absorção de todo o conteúdo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Marco: Nunca pensei em desistir, era estudar até conseguir!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marco: Não se assustem, não se amedrontem, não é um bicho de sete cabeças, como eu costumava achar. Todos temos condições de conseguir a aprovação dos sonhos. Ao iniciar a trajetória você verá que tem muita gente que faz concursos, sim. As concorrências são gigantescas e as vezes assusta ver um concurso com mil inscritos para 1 vaga. Mas a realidade é que muitos se inscrevem, mas poucos estudam. Portanto se você é um dos que estuda pra valer, você terá poucos concorrentes. Nos resultados finais dos concursos você consegue visualizar isso melhor, são sempre os mesmos nomes.
Um outro bom conselho é focar em uma área, pois o estudo é sempre o mesmo e a partir do 2º edital, passa a ser uma revisão do anterior. E um último conselho é não deixar de estudar por mais de 2, 3 dias. A constância é uma arma importante e você se acostuma facilmente com o dia livre, sem fazer nada (rsrssrsrs).
Você verá que concurso também tem um pouco de sorte. Mas sem o estudo, você não consegue fazer a “sorte” jogar ao seu lado. É estudar bastante para estar no pelotão da frente, com aqueles que realmente estão concorrendo com você, reduzir ao máximo o fator “azar” de cair aquilo que você não estudou e logo você colherá os frutos e o “seu dia” irá chegar.