
“Finalmente fui aprovado no concurso que eu esperava desde quando comecei a estudar e onde pretendo trabalhar”.
Confira nossa entrevista com Juliano Scarpelin, aprovado no concurso IBAMA em 11º lugar no cargo de Analista Ambiental 1, tema 1: Licenciamento Ambiental no Distrito Federal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Juliano Scarpelin: Tenho 30 anos, sou natural de Piracicaba – SP e sou Engenheiro Florestal (ESALQ-USP) e mestre em Engenharia Ambiental (UFOP).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Juliano: Dois amigos que estudaram na mesma Universidade foram aprovados em alguns concursos na área ambiental em 2019 e contaram sobre a experiência deles. Nessa época, inicio de 2020, eu tinha acabado de ser aprovado para iniciar o mestrado e tinha largado meu emprego para estudar. Achei que poderia aproveitar o ritmo de estudos do mestrado para conciliar com concursos, uma vez que eu estava determinado a continuar a atuar na minha área, mas buscava maior estabilidade.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Juliano: Eu estudava e estudava. Como estudante de mestrado e bolsista, eu me dedicava exclusivamente à pesquisa, então foi preciso criar uma rotina extra para conciliar os estudos de concurso.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Juliano: Esse foi o terceiro concurso que prestei. No meu primeiro, na prefeitura de Ilhabela – SP (2020) tive um desempenho ruim e fiquei na 25a posição. Em meu segundo concurso, para prefeitura de Ribeirão Preto – SP (2021), melhorei minha pontuação, mas não o suficiente e acabei na 4a posição de duas vagas. Finalmente fui aprovado no concurso que eu esperava desde quando comecei a estudar e onde pretendo trabalhar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Juliano: Minha jornada nos concursos começou um mês antes da pandemia (fevereiro de 2020) e, por essa razão, acredito que foi relativamente fácil “abdicar temporariamente da minha vida social”. Convivi essencialmente com minha esposa e um pequeno circulo de amigos/familiares aos finais de semana.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Juliano: Sim, sou casado e não tenho filhos. Minha esposa me incentivou durante toda a trajetória e contribuiu para com minha rotina de estudos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Juliano: Para o concurso do IBAMA eu estudei durante um ano. Com a não aprovação no concurso de Ilhabela, no final de 2020, eu decidi estudar para o IBAMA como estratégia de longo prazo. Nesse período eu estava na metade do mestrado, então minha rotina de estudos era dividida entre 2h diárias para o concurso e 6h para o mestrado. Além de estudar eu me esforçava para deitar até as 22h e levantava às 5h, para poder iniciar os estudos às 6h. Por volta de 17h eu parava para correr e, após tomar banho e comer eu ainda estudava por mais uma hora, entre as 19 e 20h.
Não sei descrever o que fiz para manter a disciplina, mas todos os meus dias se resumiam a objetivos de curto, médio e longo prazo: o de curto prazo era bater a meta diária de estudos; o de médio prazo consistia em avançar com a minha pesquisa e terminar o mestrado no período ideal (e me preparar para o doutorado, o que também alcancei); finalmente o concurso estava no longo prazo, uma vez que não tinha ideia de que seria publicado ainda em 2021. Diversas vezes não consegui manter todo o ritmo, mas o que me mantinha focado era a ideia de que precisava sentar e fazer o que fosse possível naquele dia, para que no dia seguinte eu apenas continuasse.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Juliano: Inicialmente utilizava apenas a “lei seca” e questões, mas quando decidi estudar para o IBAMA adquiri a assinatura básica do Estratégia para ter acesso aos pdfs e aulas. Como a ideia era estudar a longo prazo, optei por construir mapas de toda a parte de legislação pré-edital. Criei meus próprios resumos, em mapas, para revisar a longo prazo tendo como base a lei seca e os pdfs do estratégia. Assisti às videoaulas apenas para as matérias que julgava mais complicadas ou “menos empolgantes”. Fiz milhares de questões para todas as matérias e mantive um caderno de erros onde anotava as respostas aos pontos que mais errava ao fazer questões.
No pós-edital passei a estudar basicamente por questões, com algumas revisões periódicas e videoaulas para matérias novas, como o caso de “Noções de TI”.
No meu processo todas as ferramentas utilizadas tiveram sua contribuição, sendo utilizadas de forma complementar para cada situação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Juliano: Indicação de um amigo que era assinante e foi aprovado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Juliano: Não tenho parâmetro de comparação com o serviço de outros concursos, mas na minha pesquisa para assinar o conteúdo notei que, naquele momento, apenas o estratégia oferecia cursos com material para a área ambiental (Agronomia, Florestal, eng. Ambiental). A equipe de professores da área ambiental, somado ao SQ, foram os maiores atrativos e se mostraram essenciais na minha preparação, além, é claro, dos materiais do ciclo básico.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Juliano: Estudava várias matérias por dia, de acordo com uma planilha em que organizei a ordem das aulas. Trocava de matéria a cada hora estudada e fazia 2˜3 horas líquidas por dia no pré-edital e 8˜9h líquidas no pós-edital.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Juliano: Revisava por meio de questões, caderno de erros e pelos mapas mentais elaborados.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Juliano: Não sei quantas questões fiz, uma vez que o sistema parou de marcar o acumulado a partir de 10.000, mas eu fazia questões todos os dias de estudo (menos aos domingos).
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Juliano: Português e Noções de TI foram as disciplinas de maior dificuldade, então optei por dedicar mais tempo a elas por meio de videoaulas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Juliano: Na semana que antecedeu foquei no material de revisão, sem adicionar novos temas.
Estratégia: (Se não houve prova discursiva, pularemos esta pergunta) No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Juliano: Fiz apenas duas redações dos temas aconselhados pelo Estratégia, mas já vinha de um processo de escrita da pós-graduação. Entretanto, subestimei a redação e aconselho treinar essa parte, principalmente por ser muito mais difícil a escrita “a mão” quando comparada com o computador. Tive um bom desempenho no tema, mas fui bem penalizado nos erros gramaticais.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Juliano: Meu principal acerto foi ter me convencido de que era preciso sentar e cumprir meus estudos, com ou sem vontade.
Meu principal erro foi ter duvidado de que era possível ingressar no setor público – demorei demais a tomar essa decisão, mas felizmente tive essa oportunidade com o tão esperado edital do IBAMA.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Juliano: Pensei em diversas coisas, mas desistir não esteve no horizonte – eu queria ter a oportunidade de prestar a prova do IBAMA. Minha principal motivação foi a vontade de atuar na minha área de formação dentro de uma instituição em que eu me identifique.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Juliano: Planeje seus estudos, há uma infinidade de conteúdo gratuito sobre como planejar e escolher uma carreira / área de concurso. Escolha um caminho e se prepare para ele. Não deixe para “começar na segunda”, “começar depois de…”. Quando o edital for publicado você estará mais preparado, ainda que nada disso garanta o sucesso. Não é fácil, mas parece ser um dos poucos caminhos onde o esforço pode (novamente sem garantias) ser realmente recompensado.