Aprovado no concurso FNDE para o cargo de Especialista em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais
Concursos Públicos.
“Uma coisa que me motivava muito era ver depoimentos e histórias de pessoas que tinham sido aprovadas mesmo passando por condições bem adversas. Nesse momento, eu via que as minhas dificuldades não justificariam uma desistência”
Confira nossa entrevista com Hugo Lopes, aprovado em 26° lugar no concurso FNDE para o cargo de Especialista em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Hugo Lopes: Olá, pessoal! Meu nome é Hugo, tenho 37 anos, sou nascido e criado em Brasília. Sou formado em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (UnB).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Hugo: O principal motivo foi a busca por uma vida mais equilibrada.
Fiz toda a minha carreira na iniciativa privada. No período da pandemia, com todas as mudanças que ela trouxe, refleti muito sobre o caminho que eu estava seguindo e percebi que ele não fazia mais sentido.
Embora trabalhasse em uma empresa que oferecia uma boa remuneração, acima da média do mercado privado, não me via naquela posição pelos próximos 10, 15 anos. Naquele momento, passei a refletir sobre quais opções eu teria e a planejar meu pedido de demissão.
Fiz uma reserva financeira, buscando sustentar esse período de transição, e decidi arriscar algo novo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Hugo: Tive dois períodos bem distintos de estudos para concursos.
No primeiro, antes de decidir largar o emprego, eu me aventurei em alguns pós-editais enquanto trabalhava, mas era uma rotina insustentável…
Eu trabalhava o dia inteiro e estudava após o expediente… ia madrugada adentro… no outro dia, acabado, reiniciava a rotina… Era um exemplo do que NÃO fazer.
No segundo, já tendo saído do emprego, passei a buscar maneiras de otimizar a minha rotina e meus estudos. Eu precisava ser certeiro, pois era uma contagem regressiva até a minha reserva financeira acabar.
Embora eu não conciliasse os estudos com trabalho, eu precisei dividir meu tempo entre os estudos e os cuidados com o filho pequeno.
Eu estudava de manhã e ficava com ele no período da tarde.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Hugo: O concurso do FNDE foi o primeiro! Fui aprovado em 26º lugar para o cargo de Especialista em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais.
Sobre continuar estudando, pretendo assumir o cargo no FNDE, conhecer o local de trabalho, as pessoas, o clima organizacional. A minha prioridade é trabalhar em um lugar em que eu me sinta bem!
Financeiramente falando, eu estava realizado no mercado privado, mas isso não me segurou por lá. Portanto, nesse momento, meu foco é entrar em exercício e conhecer meu novo local de trabalho.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Hugo: No início, busquei um equilíbrio maior entre os estudos e a vida social. Porém, com o tempo fui percebendo que não estava funcionando para mim. Acabava que eu me distraía e perdia o foco. Tive de ser um pouco mais radical.
Encerrei conta no Instagram, cancelei o futebol de sábado, os churrascos entre amigos… Coloquei os estudos como único foco e busquei encaixar programas leves com a família. Busquei também manter uma rotina mínima de atividades físicas, pois isso ajuda muito nos estudos!
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Hugo: Nesse ponto eu sou um privilegiado!
Desde o início, senti um apoio muito grande da minha família e dos amigos mais próximos. Eu selecionei bem as pessoas com quem eu compartilhei esse projeto para evitar pressões e comentários desnecessários.
A minha esposa foi incrível (ela não me obrigou a falar isso, juro! Rs). Embora eu tivesse uma reserva financeira, foi ela quem ficou responsável pela maior parte das despesas de casa, quem cuidou do nosso filho aos finais de semana para que eu pudesse estudar mais… enfim, ela fez tudo o que esteve ao alca nce dela para que eu tivesse essa oportunidade!Serei eternamente grato!
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Hugo: Eu não estava estudando especificamente para esse concurso. Um dos acertos que eu tive foi escolher uma área (administrativa, no meu caso) e estudar as matérias que são mais recorrentes nos editais dela. Dessa forma, quando saiu o edital do FNDE, eu apenas incluí os itens de legislação educacional. Todas as demais matérias eu já vinha estudando no pré-edital. Comecei os estudos, de forma planejada, no início de 2023.
Sobre a disciplina, é algo que considero crucial. Não fui aprovado sendo 100% disciplinado, não alcancei 100% das minhas metas e nem fechei o edital. Apenas busquei melhorar a cada prova que eu fazia. Sempre me inspirei muito nos depoimentos dos aprovados aqui do Estratégia. Felizmente, hoje eu estou aqui fazendo o papel daqueles que ajudaram muito na minha aprovação.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Hugo: Estudei basicamente pelos PDFs do Estratégia, pois entendo ser o método mais rápido e mais completo, mas usei um pouco de tudo que o Estratégia oferece. Não poderia deixar de ressaltar a Trilha Estratégica. É MUITO importante para quem tem dificuldade em planejar os estudos ou avançar no conteúdo. A Trilha me deu o “empurrão” que faltava.
As videoaulas eu somente usava pontualmente, em algum assunto que eu não conseguia assimilar. Considero que é um método que consome muito tempo. É preciso avaliar seu custo x benefício.
Na véspera da prova, utilizei o Passo Estratégico para revisar os principais pontos da legislação educacional. Isso me ajudou muito na prova discursiva!
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Hugo: Como eu precisava dar um tiro certeiro nessa nova fase de concurseiro, busquei um curso que me oferecesse um material comprovadamente vencedor. Não queria me preocupar se o material seria postado a tempo, se estaria atualizado, se estaria completo…
Conheci outras plataformas de cursos para concursos e pude comprovar: O Estratégia é o melhor. Os resultados dos assinantes dizem tudo.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Hugo: Tive contato com outros 3 cursos, 1 presencial (há muitos anos) e 2 online (recentemente).
O presencial foi para os concursos do BACEN / STN lá em 2013. Fui atropelado nas provas… parecia outro idioma. Não lembro de ter visto no curso quase nada do que caiu na prova.
Sobre os cursos online, a experiência que tive com um deles foi bem emblemática. Na semana de uma determinada prova, tinha material regular sendo postado. Postei uma dúvida no fórum de professores e recebi a resposta quase 1 mês depois… Enfim…
Depois desses problemas, decidi trocar o duvidoso pelo certo! Assinei a vitalícia do Estratégia e estou bem satisfeito!
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Hugo: Tirando esse curso presencial que fiz lá em 2013, não fiz outras provas seguindo outros materiais. Logo que notei os problemas do outro curso online, decidi abandoná-lo. Não tinha tempo a perder.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Hugo: Senti diferença na seriedade com que o assinante é tratado. Os materiais são completos, atualizados e postados de forma bem rápida. A Trilha Estratégica que já foi citada… incrível!
Vejo poucas videoaulas, mas acompanho bastante as revisões de véspera. Teve uma prova que ganhei 4 ou 5 pontos assim.
Dos professores do Estratégia, tenho um carinho especial pelo Herbert Almeida (didática fenomenal), Stefan Fantini, Bruno Bezerra…
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Hugo: Eu fiz um plano de estudos, mas sentia que não estava fluindo… via aquele tanto de PDF para estudar e dava desespero. Foi aí que decidi seguir a Trilha Estratégica e as coisas passaram a andar. Passei a ter uma referência de quanto tempo seria necessário para estudar tudo o que precisava. Segui uma Trilha que tinha 7 matérias e a própria Trilha fazia a divisão de quando estudar, revisar e fazer questões.
Eu tinha uma meta de estudos de 6 horas líquidas/dia que raramente conseguia bater… estudava o máximo que conseguia em cada dia, mas confesso que não tinha um horário muito regular. Hoje vejo que o ideal era ter reduzido essa meta e ter sido mais regular. Você descumprir algo que se propôs a fazer tem um efeito psicológico muito ruim.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Hugo: Eu pesquisei e testei diversas formas de revisar. Acredito que esse é um dilema da maioria dos concurseiros. Eu optei por estudar fazendo grifos e seguindo as revisões indicadas na Trilha Estratégica. Porém, de forma adicional, também fazia as revisões 1/7/30 desses grifos.
Eu passei a minha vida inteira achando que minha memória era ruim… sempre tive dificuldade de memorizar coisas.
As revisões 1/7/30 dias me conquistaram, pois passei a memorizar e conseguir explicar o que estudei. Nunca tinha conseguido fazer isso até então! Porém, deixo a ressalva: esse é um método que acaba tornando o avanço do conteúdo mais lento. Sugiro que cada um teste e veja aquele que o deixa mais confortável.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Hugo: Fundamental!
Vejo que os exercícios possuem pelo menos 4 funções importantíssimas:
- Ajudam a entender e fixar o conteúdo estudado;
- Ajudam a identificar quais são os pontos mais cobrados dentro de cada assunto;
- Ajudam a pegar o “jeito” de resolver provas. Depois de uma certa quantidade de questões resolvidas, é possível perceber certos padrões;
- Ajudam a ditar o ritmo em provas. Não adianta passar 10 minutos para resolver uma questão se na prova o candidato terá bem menos tempo.
Não sei exatamente quantos exercícios eu resolvi ao longo dessa jornada. Passei a fazer esse registro de uns tempos para cá.
Nesse registro consta aproximadamente 5.000 questões.
Porém, acredito que elas devem ser resolvidas de forma estratégica.
Quantidade não significa qualidade.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Hugo: Disciplinas que possuem um conteúdo mais abstrato. Por exemplo: Informática (por incrível que pareça) e AFO.
Quando bate a dúvida eu vejo a respectiva videoaula, procuro no Google, faço algumas questões para tentar entender melhor…Gosto de finalizar um PDF com uma certa segurança do que estudei. Por isso priorizo um estudo bem ativo.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Hugo: Na semana que antecede a prova, eu dou atenção às matérias/assuntos que têm maior peso. Considerando que não conseguirei revisar tudo detalhadamente, priorizo o que me traz mais pontos. O Passo Estratégico é uma ferramenta muito boa para isso!
No dia pré-prova, eu geralmente vejo a revisão de véspera do Estratégia, que já me garantiu vários pontos em concursos. Também busco pensar em possíveis temas que serão cobrados na discursiva.
Uma dica que deixo em relação ao assunto é não abusar na revisão de véspera… Não adianta tentar fazer tudo que não deu tempo de fazer ao longo da preparação… já cheguei exausto para fazer prova e mal conseguia ler as questões. Não vale a pena.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Hugo: A prova do FNDE foi particularmente difícil nesse quesito. Confesso que estava bem apreensivo no dia anterior. Foram 2 questões, sendo 1 de 90 linhas (turno matutino) e outra de 15 linhas (turno vespertino). Embora eu tivesse estudado o assunto, estava em dúvidas se seria capaz de discorrer sobre ele por 90 linhas.
Eu achei que seria suficiente estudar a estrutura do texto e o conteúdo. Sem o ato de praticar a escrita, fiquei sem referência de tempo para a conclusão dos textos. Além disso, fiquei um bom tempo travado durante a prova pensando em como concatenar as ideias. O meu conselho é não fazer o que eu fiz! (rs). Pratiquem pelo menos 1 vez por semana.
Seria muito frustrante ser aprovado na prova objetiva e ser eliminado na discursiva.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Hugo: No início errei demais, hoje erro bem menos. Iniciei como concurseiro de pós-edital. Como eu trabalhava o dia inteiro, acabava tendo que conciliar o trabalho com o ritmo alucinante de pós-edital. Eram 3 meses de loucura total, virando noite estudando, não era aprovado e entrava em outro pós-edital (com matérias bem diferentes do concurso anterior). Era o looping da reprovação.
Quando pedi demissão, eu não tinha outra opção a não ser planejar os estudos. Ora, a reserva financeira um dia acabaria… Foi a partir desse momento que decidi consumir conteúdo de referências no mundo dos concursos. Pesquisei sobre como elas se planejavam, sobre técnicas de estudo, técnicas de memorização, via depoimentos. Passei um tempo buscando informações para saber o que fazer e, também, o que não fazer. Essa busca por conhecimento e por boas práticas fez com que eu crescesse muito! Passei a entender o porquê de tantas pessoas não serem aprovadas após anos de estudos e, em contrapartida, outras serem aprovadas em vários dos concursos mais concorridos do país.
A dica que eu daria aos iniciantes é que eles tirem 1 semana para planejar os estudos. Busquem aprender com quem teve êxito nesse processo. Não é só se sentar na cadeira e estudar. Isso irá encurtar o caminho até a aprovação.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Hugo: Várias vezes… Mas nesses momentos sempre tive o apoio da minha esposa para prosseguir. Não conseguiria sem ela.
Uma coisa que me motivava muito era ver depoimentos e histórias de pessoas que tinham sido aprovadas mesmo passando por condições bem adversas. Nesse momento, eu via que as minhas dificuldades não justificariam uma desistência.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Hugo: Eu já falei um pouco sobre isso na pergunta sobre os erros e acertos. No começo é normal errarmos bastante. Eu poderia listar muitas dicas aqui, mas vou deixar a que considero mais importante: entenda os erros e acertos de quem teve êxito nesse processo. Todos os aprovados passaram pelos mesmos dilemas que vocês. Não faz sentido cometer os mesmos erros que a maioria comete.
O Estratégia Concursos tem vários professores que ajudam bastante nisso. Sigam no Instagram o perfil do Estratégia Concursos, do Bruno Bezerra, da Núbia Oliveira, do Herbert Almeida… Tem muita gente boa que, com certeza, irá encurtar o seu caminho até a aprovação.
Por fim, gostaria de agradecer ao Estratégia Concursos e à Thais pelo convite para vir aqui bater esse papo com vocês. Até um dia desses, eu estava atrás de uma tela vendo os depoimentos dos alunos aprovados do Estratégia. Hoje, felizmente, eu consegui vir para o lado de cá e compartilhar um pouco da minha vivência no mundo dos concursos.