Aprovado em 1° lugar (PPP) no concurso EMBASA para o cargo de Engenheiro de Segurança do Trabalho

“Tenha um tempo para si, socialize, faça uma atividade física. Quem escolhe a vida de concurseiro tem que entender que vão ter altos e baixos e se você não estiver bem mentalmente, não vai suportar tudo que pode vir pela frente”.

Confira nossa entrevista com Paulo César Lima Pereira, aprovado em 1° lugar (PPP) no concurso EMBASA para o cargo de Engenheiro de Segurança do Trabalho:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

Paulo César Lima Pereira: Sou formado em engenharia civil e pós-graduado em engenharia de segurança do trabalho. Tenho 34 anos e nasci em Porto Velho – RO, mas atualmente moro em Salvador-BA.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Paulo: Mudei para Salvador no final de 2019 e em 2020, com o início da pandemia, não estava conseguindo trabalho na minha área. Passei o ano todo em busca de alguma oportunidade, porém não consegui e então resolvi iniciar os estudos para concurso em março de 2021. Percebi que passar em um concurso dependeria somente de mim, diferente de conseguir um emprego na iniciativa privada, que na maioria das vezes é preciso de indicação para conseguir uma vaga.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

Paulo: Eu me dediquei exclusivamente aos estudos.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?

Paulo: Consegui ser aprovado em alguns concursos, todos para engenheiro de segurança do trabalho. Passei na Prefeitura de Barueri (9° ampla); na EMGEPRON (9° ampla); na Funsaude (18° ampla); na Amazul (13° ampla); na Petrobras (22° PPP); na Ebserh (2° ampla); na Embasa (1° PPP e 4° ampla); no IFBA (9° ampla); e no TRT 5 (10° ampla). Na Embasa passei em 1° (PPP), dentro das vagas. Os demais concursos passei no Cadastro Reserva.

Estudar para concurso não é fácil, mas quero continuar estudando porque há previsão de ótimos concursos federais este ano.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

Paulo: No primeiro ano eu evitava sair de casa. Minha vida era apenas estudar. Depois de dois concursos, eu percebi que agir daquela maneira estava me atrapalhando e aumentando minha ansiedade, então resolvi voltar a malhar e a sair em alguns finais de semana. Comecei a entender que precisava relaxar para poder render nos estudos.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

Paulo: Eu tenho muita sorte nesse aspecto, pois minha família acredita mais em mim do que eu mesmo. Eles me apoiam desde o começo, sempre me perguntam se estou precisando de algo, dão uma palavra de incentivo quando eu estou triste e, principalmente, me animam quando não vou bem em alguma prova. Meus amigos agem da mesma forma. Sou muito grato pela família e pelos amigos que tenho.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

Paulo: Eu estudava as matérias básicas e o conteúdo específico para engenheiro de segurança do trabalho desde março de 2021, tive que acrescentar apenas direito administrativo, direito constitucional e mais algumas legislações. Essas matérias que acrescentei nos meus estudos, consegui concluir em 3 meses. Manter a disciplina por muito tempo é complicado, mas sempre fui focado nos meus objetivos e sabia que passar em um concurso era a única saída para minha vida profissional.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

Paulo: Eu gosto de assistir videoaulas quando tenho tempo antes de abrir o edital ou quando sinto dificuldade de entender um conteúdo. O PDF é melhor para economizar tempo e também para reter melhor a matéria. Acrescentei também mapas mentais, que são ótimos para revisar o conteúdo.

Eu não optei por aulas presenciais porque no trajeto até o curso você acaba perdendo tempo, durante as aulas pode acontecer conversas paralelas que vão acabar tirando o seu foco.

Livros geralmente são mais amplos e se aprofundam muito nos conteúdos e para o concurseiro cada minuto é precioso.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Paulo: Eu pesquisei sobre curso de engenharia de segurança do trabalho para concurso público e vi que tinha no Estratégia. Assisti uma aula da Professora Mara Camisassa e fiquei encantado, não tive dúvidas que aquele seria o melhor material e assinei um plano anual.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?

Paulo: Eu tive sorte de ter começado os estudos para concurso com o Estratégia Concursos. Eu confio muito nos professores, sei que são os mais qualificados do mercado. Quero deixar aqui meu agradecimento especial para os professores: André Rocha, Edimar Monteiro e Mara Camisassa. Vocês foram muito importantes para as minhas aprovações e continuarei assistindo as aulas de vocês e lendo os seus materiais. Eu fiz meu primeiro concurso, na área de engenharia de segurança do trabalho, com 2 meses de estudo e pude perceber que um bom material faz diferença. Fiquei em nono lugar, sendo que os 8 primeiros ficaram empatados e a diferença foi de apenas 1 ponto.

O Estratégia é completo! Os alunos têm vários recursos disponíveis, como videoaulas, PDF, Estratégia cast e Sistema de Questões. Gosto tanto da plataforma e dos professores do Estratégia que efetuei a assinatura vitalícia que foi disponibilizada esse ano.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

Paulo: Normalmente, eu estudo de 6 a 8h líquidas diárias. Como estava estudando há mais de 1 ano, pude concentrar minha atenção nas matérias que eu não tinha visto ainda, pois apesar de estudar sempre para o cargo de engenheiro de segurança do trabalho, alguns concursos acrescentam conteúdos diferentes. No concurso da Embasa, meu foco foi nas legislações e nas disciplinas específicas. As específicas eu estudava todo dia e as demais eu intercalava durante os dias da semana. Geralmente, conseguia ver 6 matérias por dia.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

Paulo: Toda semana eu revisava as minhas marcações nos PDFs e também revisava por meio de questões. Tenho o hábito de utilizar mapas mentais. Nessa vida de concurseiro, tive o prazer de conhecer algumas pessoas especiais, como minha amiga Raquel Cunha Soares, do Letra de Engenheira. Ela faz ótimos mapas mentais que facilitaram as revisões dos conteúdos específicos de engenharia de segurança do trabalho.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

Paulo: Eu acredito que resolver exercícios é um ensaio para o dia da prova e uma maneira de conhecermos mais sobre a banca e o entendimento dela sobre determinados assuntos. A resolução de exercícios também é uma forma de revisar o conteúdo e um dos melhores jeitos de memorizá-los. Ao todo acredito que tenha resolvido aproximadamente 6 mil questões, não é muito, mas repeti muitas questões. Sem dúvidas me ajudou demais nas minhas aprovações.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Paulo: O português é uma disciplina chave em qualquer concurso e no início eu o negligenciei. Com o tempo fui me apaixonando por ele, eu gosto de assistir às aulas da professora Adriana Figueiredo. Hoje sou apaixonado por Português e pelas aulas da professora Adriana. Essa é uma matéria que não podemos parar de estudar e o segredo para aprendê-la é ter um professor que torne a disciplina leve. Estudava português todos os dias para poder superar essa dificuldade e também fazia muitos exercícios.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

Paulo: Bom, vou ser sincero. Apesar de não ser novato nos estudos, cometi o erro de fugir da minha rotina de estudos. Comecei a estudar 12h por dia, sendo que minha rotina era de 8h diárias. Tomei energético para conseguir aguentar essas horas de estudos a mais. No dia da prova, eu acordei cedo para estudar, na hora da prova estava me sentindo cansado e não conseguia fazer cálculos simples, por isso me saí muito mal em raciocínio lógico e me atrapalhou também em outras matérias. Não tinha necessidade de acrescentar essas horas nos meus estudos, eu deixei a ansiedade falar mais alto. Mesmo pessoas que já estão estudando há um tempo cometem esses erros. Porém, todos os meus erros durante a jornada de concursos, eu levo como lição para progredir.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Paulo: Eu assisti as aulas de discursiva que tinha no Estratégia, fiz poucas redações e não adianta muito estudar e não por em prática. Contudo, a redação foi um diferencial na minha aprovação e acredito que se eu tivesse me dedicado mais a fazer redações, teria me saído melhor ainda. O engraçado é que no dia da prova quase deixei a discursiva em branco, porque pensei que tinha ido muito mal na prova objetiva e, na pressa, passei uma questão errada para o gabarito. Fiquei com vergonha de entregar a folha em branco e então fiz a discursiva. Hoje eu vejo que foi Deus quem não deixou eu desistir de fazer a discursiva. Vou levar esse dia como uma grande lição para nunca desistir, mesmo com as diversidades que aparecem. Não negligencie a discursiva, faça muitas redações. Ser bom em português e saber o tema não é garantia de que você fará uma boa discursiva.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Paulo: Os meus erros foram: estudar mais do que meu corpo suporta, não dar a mesma importância para o estudo da discursiva como dava para o da objetiva e achar que tinha que me isolar do mundo para poder passar.

Os acertos foram: manter a constância nos estudos, ter ótimos professores e materiais excelentes.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

Paulo: Eu não tinha a opção de desistir, porque só conseguia enxergar o concurso público como uma saída para mim. Porém, é inevitável sentir angústia e medo durante o processo. Minha maior motivação é pensar que terei uma vida estável e que poderei proporcionar uma vida melhor para minha família.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Paulo: Primeiramente, eu aconselho manter a saúde mental. Tenha um tempo para si, socialize, faça uma atividade física. Quem escolhe a vida de concurseiro tem que entender que vão ter altos e baixos e se você não estiver bem mentalmente, não vai suportar tudo que pode vir pela frente. A constância e a qualidade é melhor do que a quantidade, respeite seus limites. Por último, creio que seja importante conversar com pessoas que estão nessa jornada de concursos, pois trocar experiências e conversar sobre as angústias que sentimos nos fortalece.