Aprovado no concurso DNIT-ES
“Faça planos, gaste tempo pesquisando sobre o mundo dos concursos, não saia comprando um milhão de cursos. Se possível, aconselhe-se com alguém experiente. E o mais importante: acredite em você e não desista“
Confira nossa entrevista com Cristiano Silva Ferreira, aprovado em 7º lugar no concurso Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – ES (2013) no cargo de Técnico de Infraestrutura e Transportes:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Cristiano Silva Ferreira: Meu nome é Cristiano, sou formado em Administração de empresas e tenho 29 anos. Sou natural de Rondônia, Cacoal, mas moro no interior do Espírito Santo desde os 3 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Cristiano: Em 2010 eu trabalhava no comércio, tinha uma rotina puxada e uma remuneração apenas razoável. Como eu tinha o hábito de ler o jornal aos domingos, acabei me deparando com uma entrevista de um rapaz que havia passado em vários concursos e aquilo me chamou a atenção. A partir daí comecei a pesquisar sobre concursos, foi então que resolvi pedir a conta e me dedicar aos estudos. Detalhe que ainda não tinha concluído o ensino médio.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Cristiano: Quando larguei meu emprego na loja, me dediquei a passar em um concurso escada, no caso, o da prefeitura da minha cidade (Linhares-es). Tive sucesso nesse primeiro concurso, mas a jornada de concurseiro de verdade estava apenas começando. Descobri que em concursos federais eu poderia ganhar uma remuneração muito boa, até mesmo com nível médio. E, a partir daí, isso foi minha obsessão, passar num concurso federal.
A minha primeira aprovação foi em 2011, mas a jornada começou pra valer em 2012, quando decidi que ia me tornar servidor público federal. Nessa época eu trabalhava na prefeitura, estudava para concursos e fazia faculdade. Era tudo muito intenso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Cristiano: Já passei em alguns concursos. Prefeitura de linhares 2011; Auxiliar de Secretaria, em 6º lugar; IBGE temporário 2011 (acho que em 17º lugar, faz tempo rsrs); Banestes 2012, na região de Aracruz, 17º lugar; DNIT 2013, 7º lugar no Espírito Santo, cargo Técnico de Infraestrutura de Transportes; SEJUS 2013, Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, 114º. Tive outras aprovações fora das vagas e outros concursos que bati na trave, coisa normal de qualquer concurseiro (rsrs).
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Cristiano: A minha grande aprovação foi no concurso do DNIT, estava num ritmo frenético de estudos, conciliando trabalho, faculdade e estudos. Então, quando vi meu nome no Diário Oficial da União fiquei maravilhado, uma sensação de êxtase, senti – me o Chris Gardner, do filme “À Procura da Felicidade”.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Cristiano: Eu abdiquei o máximo possível, parei de jogar bola, via a namorada só após a aula à noite e aos fins de semana (também à noite). Já era de poucos amigos, então não tive muito problema com isso, embora a pressão autoimposta tenha me afetado em alguns momentos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Cristiano: Hoje sou casado e tenho um filho, mas na época apenas namorava e morava com minha mãe e irmãos. Eu sempre tive a responsabilidade de ajudar em casa, eu era o irmão mais velho lá. Minha mãe sempre foi positiva comigo, apesar de não saber ao certo o que eu estava fazendo, mas como ela me via estudando, sabia que era algo bom. Minha casa era muito pequena e tinha muitas crianças no meu quintal e na vizinhança. Por isso, nos fins de semana eu procurava um banco de praça e continuava meus estudos. Eu não podia ficar me lamentando.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Cristiano: Na época eu fiz uma lista dos concursos de nível médio, federais, e que iam ter vagas aqui no meu estado, esse era o meu filtro. Embora eu tenha colocado diferentes órgãos, o núcleo comum era o mesmo. No final das contas deu certo pra mim.
Hoje ainda estudo para concursos, mas com foco na área fiscal. Em concursos deste nível é vital ter foco em uma área apenas.
Desde o início da caminhada, eu me deslumbrei com a Receita Federal, até pelos professores do Estratégia (rsrs). Em 2018, após um tempo sem estudar, fiz a SEFAZ SC, tive um bom desempenho, mas a matéria de T.I me deixou longe das primeiras posições. Ainda sonho com a receita, mas com essa incerteza no mundo dos concursos estou pensando em mudar o foco para o TCU.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Cristiano: Eu mantive uma base de estudos voltada para concursos federais de nível médio, isso foi de maio a novembro de 2012.Após isso foquei no edital que havia saído, porém como eu estava na graduação, só me dediquei após as provas da faculdade. Em resumo, estudei firme para o DNIT uns 45 dias até a prova, mas a minha base já havia sido construída antes.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Cristiano: Sim, bem antes. Todo dia acontecia algo desagradável em minha vida, era só isso que eu precisava para me motivar. Lembro de um dia dos namorados que não pude comprar um presente para minha namorada, eu apenas postei a foto de buquê para ela. Isso tudo me motivava. Na verdade me deixava obstinado a mudar minha vida.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Cristiano: Eu estudava com vídeos gratuitos no Youtube, apostilas e livros que selecionava na biblioteca. Quando o edital do DNIT saiu, comprei o curso específico de obras rodoviárias do Estratégia, na época era apenas em PDF. Em resumo, utilizei, vídeos, PDF e apostila, além da lei seca.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Cristiano: Meu edital tinha uma matéria bem específica, obras rodoviárias. Não achava nada para estudar, até que depois de muita pesquisa apareceu o Estratégia no meu buscador. Li o “como funciona” do site, gostei bastante, e após ler a aula demonstrativa contratei o curso. Foi amor à primeira vista (rsrs).
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Cristiano: Eu dividia as minhas horas de acordo com as matérias a serem estudadas. As com maior importância ganhavam mais espaço no meu quadro de horário. Costumava estudar de duas a três matérias por dia.
Na época, eu via muitos vídeos e fazia bastantes exercícios. Porém, pós edital, com um curso todo em PDF, acabei fazendo muita leitura e muitos exercícios. Deixei os vídeos para a noite, quando eu já não aguentava mais ler.
Antes do edital, eu costumava estudar umas quatro horas dia, no pós eu começava às oito da manhã e parava umas dez da noite (claro que com intervalos para comer, tomar banho, e alongar um pouco. rsrs).
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Cristiano: Eu gosto muito de exatas, então quando comecei me sentia um passo à frente por não ter o problema de quase todo mundo. Porém, quando tive que aprender Direito Constitucional, Adm, AFO e outros, me senti meio confuso. Começava a ler e ficava sonolento, ia ver um vídeo no Youtube e babava no computador. Pensei que nunca ia aprender. Continuei firme, pesquisei muito até encontrar professores que não me davam sono (na época ainda não tinha vídeos do Estratégia). O que me fez vencer essa dificuldade foi a persistência.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Cristiano: Na semana anterior à prova estudei feito louco (rsrs). Só que eu tinha regras rígidas, como não estudar após às 22h, nem estudar na véspera. Mantive isso e deu certo para mim.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Cristiano: A minha prova discursiva foi quase três meses após a objetiva, então tive tempo para me preparar. Porém só soube que ia fazê-la em fevereiro, quando saiu o resultado da objetiva. Muitas pessoas reprovaram na objetiva, de 117.000 candidatos, menos de 10.000 (se não me engano) foram fazer a discursiva. Isso me tranquilizava, mas também havia o medo de pegarem pesado novamente (rsrs).
A minha preparação se resumiu a revisar Constitucional, AFO e Administrativo. Como eu não tinha grana para comprar o curso de discursivas, baixei a aula 00 e estudei por ela. fiz umas 4 redações e fui fazer a prova. No dia, quando abri o caderno fiquei feliz, o assunto era elementar de direito administrativo. Consegui resolver e fui para casa aliviado.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Cristiano: O maior erro foi me manter muito pilhado. Tive picos de estresse, saía de casa tarde da noite para correr, tive gastrite, enfim, não me cuidava muito bem.
Meu maior acerto foi acreditar 100% no que eu queria e correr atrás todos os dias.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Cristiano: Nesta época nunca passou em minha mente desistir. Minha vida era muito difícil, estudar era pra mim a solução de tudo, e realmente foi.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Cristiano: Mudar a minha vida e poder ajudar minha família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Cristiano: Faça planos, gaste tempo pesquisando sobre o mundo dos concursos, não saia comprando um milhão de cursos. Se possível, aconselhe-se com alguém experiente. E o mais importante: acredite em você e não desista
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Foi aprovado e deseja dividir com a gente e com outros concurseiros como foi sua trajetória até a aprovação?! Mande um e-mail para: [email protected]
Um abraço,
Thaís Mendes