Aprovado em 18° lugar no concurso DETRAN-DF para o cargo de Técnico em Atividades de Trânsito
Concursos Públicos
“Acredite, acredite em você. Acredite porque é possível. Esse foi o meu diferencial […]”
Confira nossa entrevista com José Augusto Araújo Pereira, aprovado em 18° lugar no concurso DETRAN-DF para o cargo de Técnico em Atividades de Trânsito:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
José Augusto Araújo Pereira: Bom, meu nome é José Augusto, tenho 27 anos, sou natural de Brasília e formado em Gestão de Recursos Humanos.
Não sou “concursando profissional” e estava há mais de 2 anos sem estudar quando resolvi me preparar para esse.
Não digo que comecei do zero, pois já tinha algumas experiências de prova e aprovações em cadastro reserva, mas tive que aprender bastante coisas novas.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
José: A timidez, pois sempre tive dificuldades com os processos seletivos tradicionais, que muitas vezes são subjetivos e acabam não avaliando as reais competências dos candidatos. E também por conta dos excelentes salários se comparados à iniciativa privada. Porém a motivação maior foi a de ajudar a minha família e realizar outros sonhos através do serviço público.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
José: Nos anteriores, sim. Nesse período, somente estudava.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
José: Dentro das vagas, esse foi o primeiro. Já havia sido aprovado para agente administrativo de uma prefeitura, soldado do CBM-DF e escriturário do Banco de Brasília, mas todos no cadastro reserva.
Pretendo continuar sim, apesar de ter outros planos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
José: Eu nunca tive muito vida social, talvez isso me ajudou, pois comecei a estudar no pós-edital e precisei ficar bastante recluso por conta do pouco tempo até a prova. Nessa parte eu não sofri muito.
O máximo que eu saía era pra fazer uma caminhada ou ir ao supermercado.
Não recomendo esse isolamento a ninguém, o ideal é tentar equilibrar as coisas e não deixar pra estudar na última hora.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
José: A minha família sempre me apoiou da melhor forma que podiam. Seja com silêncio nos períodos em que eu precisava estudar ou com palavras de incentivo, que fazem muita diferença.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
José: Estudei cerca de 2 meses e 10 dias. O edital já havia sido publicado há algumas semanas quando comecei. O que me fez manter a disciplina foi o fato de eu sempre acreditar que era possível essa aprovação, apesar de pensar que minhas chances eram somente para o cadastro reserva, dado o pouco tempo até a prova. O fato de eu estar desempregado também me motivou bastante.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
José: Eu estudei basicamente através da leitura de PDFs e resolução de questões. Foi o primeiro concurso no qual eu praticamente abandonei as videoaulas.
Sempre achei que precisava delas para aprender, mas me adaptei muito bem a estudar somente através da leitura. Como meu período de estudos até a prova foi muito curto e por eu estar vindo de um longo período sem estudar, percebi que não seria viável assistir a aulas, pois tomariam muito tempo e consequentemente eu não conseguiria ver boa parte do edital.
A maior vantagem foi o ganho de tempo e a desvantagem é que inevitavelmente o estudo se torna mais desafiador. Assistir a videoaulas é algo mais confortável e menos solitário.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
José: Em 2019 quando estudei para escriturário.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
José: A falta de um material em PDF que suprisse as minhas necessidades, pudesse dar um aprofundamento necessário e ganho de eficiência com relação ao material em vídeo.
Como eu disse, sempre estudei através de videoaulas e durante muito tempo acreditei que só poderia aprender dessa forma.
Quando passei a estudar com o material escrito, percebi que o ganho em produtividade foi incrível e dessa forma consegui avançar com muito mais tranquilidade e rapidez nos conteúdos.
Nesse concurso eu só assisti aulas para assuntos muito específicos ou quando tinha muita dificuldade.
Foi desafiador no começo, mas logo me adaptei a estudar assim.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
José: Os PDFs simplificados me ajudaram bastante pelo fato de eu ter iniciado no pós-edital. Através deles eu consegui estudar somente os detalhes mais relevantes de cada assunto da prova. A leitura se tornou mais simples, menos cansativa e mais direcionada para o concurso em questão (eu não necessitava e nem tinha tempo suficiente para conhecer todos os mínimos detalhes de cada conteúdo, somente o que fosse mais importante e com maior probabilidade de ser cobrado em prova e deu certo).
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
José: Eu sempre gostei de simplicidade nos estudos, então eu peguei algumas folhas A4 e fiz um plano de estudos à mão, dividindo os dias que eu tinha até a prova pela quantidade de pdf’s de cada disciplina.
Por exemplo, supondo que a disciplina de Direito Constitucional contemplasse 10 PDFs, como eu tinha cerca de 70 dias de estudo até a prova, eu ia estudar cada um deles durante o tempo máximo de 7 dias.
Nesse intervalo de tempo, eu fazia uma primeira leitura do material, na segunda as marcações e depois partia para as questões. Se eu conseguisse aprender o conteúdo de um PDF em um tempo menor, eu remanejava esses dias restantes como um extra para aqueles assuntos que eu não conseguia ver no tempo determinado e ia adaptando dessa forma, assim consegui adequar as diferentes complexidades de cada assunto sem fugir dos prazos estipulados.
Eu fiz isso com todas as disciplinas e, apesar de ser algo bem simples, com certeza foi um diferencial, pois assim eu sabia quanto tempo eu poderia ficar em cada assunto e também sabia que seria possível estudar todo o conteúdo (ou quase todo) até o dia da prova. Além do mais, foi importante para controlar a ansiedade e não me deixar “empacar” em um assunto e, consequentemente, prejudicar o estudo dos demais.
Eu tinha em mente que era mais importante ter um conhecimento básico/intermediário de todos os assuntos do que ser avançado em poucos deles.
Não fiz resumos, somente marcações. Isso me possibilitou progredir mais rápido e fechar boa parte do edital.
Como eu tinha muito tempo diário disponível e um tempo bem curto até o dia da prova, eu estudei boa parte das disciplinas todos os dias e somente algumas em dias alternados. Se eu deixasse pra estudar Código de Trânsito, por exemplo, em dias alternados, os 70 dias que eu teria para estudar essa disciplina, que foi extremamente importante para a prova, se transformariam em apenas 35 dias.
Eu estudei tudo todo dia basicamente. Não é o ideal, mas foi a “tática de guerra” que precisei adotar por ter iniciado de maneira tardia.
Mais uma vez, não recomendo ninguém a estudar somente no pós-edital, pois além de ser muito desgastante, as chances de sucesso se tornam consideravelmente menores.
Eu descansava 1 vezes na semana, e nos demais dias estudava cerca de 7 horas líquidas, mas nem sempre eu conseguia, às vezes meu rendimento era bem menor do que isso, todavia ainda assim eu tentava fazer o melhor possível nesses dias.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
José: Minhas revisões eram baseadas na leitura das marcações feitas nos PDFs. Não fiz nenhum resumo, pois não seria produtivo devido a pouca quantidade de dias até a prova. Eu revisava no sábado o conteúdo estudado durante a semana. Quando estava faltando 1 semana para a prova, eu deixei de aprender assuntos novos e foquei na revisão de tudo que eu já havia estudado anteriormente.
Não consegui fazer revisões de 24 horas, 7 dias, 30 dias (eu até tentei, mas vi que não seria viável diante da minha situação).
Eu precisei me adaptar pra conseguir ver o máximo de conteúdo possível em tão pouco tempo. Apesar de ter o dia quase todo livre, a data da prova era muito próxima.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
José: Foi muito importante pra avaliar se eu realmente havia aprendido o conteúdo estudado e também fazia questões como revisão quando estava muito cansado para ler as marcações ou não sentia mais essa necessidade. Eu realmente não lembro quantas fiz, mas foram muitas, não o suficiente, mas muitas.
Como eu tinha poucos dias pra “fechar” cada assunto e avançar para o próximo, não pude responder uma quantidade maior, então foquei nas mais recentes e sempre filtrando pela banca, nível da prova (que foi de nível médio) e algumas vezes por graus de dificuldade.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
José: A minha maior dificuldade foram as matérias de Direito, pois apesar de serem disciplinas corriqueiras em concursos públicos, nos últimos que eu fiz, foram muito pouco cobradas, então meu conhecimento era mínimo.
Eu estudei mais aquelas que eu tinha maior dificuldade e as que tinha mais facilidade, estudei em tempo reduzido.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
José: Fiz apenas revisões da última semana antes até o dia anterior à prova. Não vi nenhum conteúdo novo nesse período.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
José: Meu principal erro, como já citei antes, foi ter começado a estudar só após o edital ser publicado.
E o meu maior acerto foi não fazer resumos ou assistir videoaulas, com isso eu otimizei ao máximo o tempo disponível.
Ter feito o cronograma de estudos daquela forma também foi muito importante para me dar a tranquilidade e a segurança que eu precisava e assim pude estudar cerca de 80 % do edital em um período tão curto.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
José: Acho que não. Esse concurso acabou sendo um “tiro curto” e como eu estudava o dia todo, nem tive tempo pra pensar nisso.
Estar desempregado e não ter em mãos as ferramentas necessárias para realizar meus sonhos foram minhas maiores motivações.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
José: Acredite, acredite em você. Acredite porque é possível. Esse foi o meu diferencial.
Mesmo quando eu não tinha os melhores materiais para estudar ou precisava trabalhar e quase não sobrava tempo pra me preparar, eu acreditei.
Quando eu ficava tão longe das vagas que era até difícil encontrar meu nome no resultado do concurso, eu acreditava que no próximo iria dar certo.
Apesar de não ter nascido com um cérebro privilegiado e não ter tido uma boa formação escolar, eu sempre acreditei.
Milhares de pessoas com histórias de vida mais difíceis que a minha já passaram, então isso me fez crer que seria possível eu conseguir também.
Acredite e não espere as condições perfeitas para estudar. Comece agora e vá “ajustando as velas” ao longo da caminhada.
Além disso, dê o seu melhor todos os dias, mesmo que o seu melhor hoje seja 30 minutos de estudo ou algumas questões resolvidas.
Vai chegar o dia que você vai fazer uma prova e essa vai ser a que vai te dar a tão sonhada aprovação. Nesse dia você vai perceber que todos os esforços e renúncias valeram a pena.