Aprovada em 4° lugar (PCD) no concurso DETRAN-DF para o cargo de Analista em Atividades do Trânsito
Concursos Públicos
“O processo não é fácil, mas pode ser mais prazeroso (ou menos doloroso). É apenas uma fase e todo resultado será benéfico!”
Confira nossa entrevista com Francine Tomasini, aprovada em 4° lugar (PCD) no concurso DETRAN-DF para o cargo de Analista em Atividades do Trânsito:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Francine Tomasini: Olá, eu sou Francine. Tenho 33 anos, sou formada em Psicologia e sou natural de Gramado/RS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Francine: Conto que em 2019, num passeio por Brasília, Deus colocou a pessoa certa, na hora certa e com o comentário certo no meu caminho. Conheci o Raphael, hoje meu grande amigo, que foi a pessoa que despertou meu interesse pelos concursos. Na minha cidade natal, a vivência de concursos não é muito comum e sabendo um pouco mais da dinâmica de vida contada pelo meu amigo servidor público, fiquei curiosa para viver isso também. A época, com o edital ainda aberto, ele sugeriu que eu fizesse a prova da PCDF para ver o que eu achava e foi a partir daí que minhas escolhas mudaram e eu passei a dar espaço para os estudos de concurso na minha rotina.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Francine: Sim. Comecei a estudar para a PCDF no início de 2020, então tive que conciliar o trabalho de Psicóloga no hospital (40h) e na clínica (10h), além do mestrado em Saúde Coletiva (20h). Foi um período intenso e muito cansativo, principalmente porque o estudo para concurso é diferente. Ao mesmo tempo que me sentia assustada pela quantidade de assunto a ser estudado, afinal era uma área completamente nova para mim, eu me sentia motivada por saber que no fim de tanto esforço qualquer resultado seria positivo. Sendo assim, optei por diminuir o contato social e focar todo o meu tempo nos estudos e trabalho. Sempre entendi que aquela seria uma fase.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Francine: Já fui aprovada em 3 concursos. A primeira aprovação foi na PCPB, 1º lugar para Perícia criminal e Técnico em perícia, em fevereiro de 2022. A segunda aprovação foi no DETRAN-DF, em 4º lugar para Analista em Atividades de Trânsito, em dezembro de 2022. E a terceira aprovação foi na PPGGDF, em 3º lugar para Gestor em Políticas Públicas e Gestão Governamental. Acho válido destacar que, entre a prova da PCDF e da PCPB, recebi um laudo me caracterizando como pessoa com deficiência (PcD). Então, conquistei as aprovações dentre as vagas limitadas da cota PcD (desconstruindo toda a ilusão de que seria mais fácil passar por dentro das cotas). Pretendo continuar estudando, inclusive, hoje estudo para a ANVISA. Acredito que a proposta do cargo está mais próxima da minha área de conhecimento, além de ter uma remuneração atrativa. Vale dizer que minha vivência como aprovada por cotas PcD não é nada tranquila, pois o processo subsequente às provas , infelizmente, parece ser focado para a desclassificação do candidato PcD mesmo com toda a documentação exigida. Isso tudo exige paciência, recurso financeiro (por vezes é necessário judicializar) e distanciamento do comodismo, pois tudo fica mais complexo e sem a garantia de que chegará até a nomeação. Desse modo, entendo que continuar estudando é fundamental até ser nomeada de fato em algum concurso.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Francine: Ao final de 2020, eu mudei para Brasília. Como era época de pandemia, mantive os atendimentos online dos meus pacientes do Sul e foquei o restante do tempo nos estudos do concurso. Em Brasília, rapidamente me inscrevi numa sala de estudos e o meu círculo social foi basicamente com os outros estudantes. Mantive a atividade física na minha rotina, outro tempinho que encontrei para socializar.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Francine: Percebi que meus pais tiveram um maior estranhamento, pois acabei diminuindo o contato com eles. Minha alegria é que até hoje me apoiam nos estudos e na conquista dos meus sonhos. Em relação aos amigos, como a grande maioria deles também é concurseira, entendem, incentivam e apoiam.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Francine: Meu maior desejo era Perícia Criminal, para a prova foram 4 meses intensos de preparação (iniciei no pós-edital). Já para o concurso do DETRAN-DF, que foi minha última aprovação, fiz a prova para ver como seria a avaliação de um cargo administrativo, já que tive que judicializar o processo da PCPB e até o momento está parado. Foi uma ótima experiência para ver que minha base de conhecimento está bem consolidada, pois estudei 1 mês e meio focando nas matérias específicas do edital. Sobre manter a disciplina, não tenho problema com isso, já que gosto muito de estudar. Apenas escolhi abdicar do convívio social rotineiro e escolhia videoaula no lugar de filmes (brinco que a melhor plataforma de streaming é o Estratégia e que assisto um seriado infinito. Hehehe)
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Francine: Gosto muito de videoaulas, porém a leitura dos PDFs otimiza muito mais o tempo. Escolhi dar prioridade para os PDFs e plataforma de questões, assistindo ou escutando videoaulas nos momentos em que estava mais cansada ou precisando compreender melhor a matéria. Todo o material utilizado, além de lei seca, foi do Estratégia Concursos, porque sempre achei a metodologia de ensino ótima e os materiais excelentes. Sou muito fã dos meus professores. :D
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Francine: Ao decidir estudar para concursos fiz uma busca simples na internet e cheguei no Estratégia. Percebi que era uma plataforma interessante e de bastante conteúdo de qualidade, com isso pesquisei algumas aulas no YouTube e fiquei encantada pelos professores e didática usada. Ao comentar com uma amiga, ela reforçou que se tratava de um dos “melhores cursos preparatórios do país”.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Francine: Nesse tempo que sou aluna do Estratégia acompanhei alguns ajustes nos materiais (marcação dos aprovados, material simplificado) e achei que funcionaram supercerto. Particularmente, tenho dificuldade em fazer grifos e o material já marcado me ajudou a otimizar o tempo, enquanto que o material simplificado ajudou nas revisões. Estou achando os materiais cada vez mais focados no conteúdo que precisamos realmente ter conhecimento.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Francine: Estudei errado por mais de 1 ano. Ficava assustada com tanto conteúdo e tanto material, achando que deveria ler e ver tudo. Entendo que, por insegurança, não conseguia construir um plano efetivo de estudos, aí busquei alguns vídeos de professores do Estratégia que explicavam como organizar um bom planejamento. Agora está sendo minha primeira experiência de estudo pré-edital e estou tentando manter a constância de pelo menos 4h líquidas/diárias, mas em pós-edital cheguei a fazer 8h30 líquidas/diárias. Achei muito mais eficaz fazer ciclos de estudo de 1h30 por matéria. Assim o estudo fica dinâmico e menos cansativo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Francine: Consegui abandonar os meus resumos no ano passado e hoje utilizo os simulados, plataforma de questões, grifos, mapas mentais para as revisões. Funcionou muito bem utilizar os mapas mentais disponibilizados pelos professores e incrementar com anotações minhas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Francine: Nunca consegui fazer um controle do número de questões resolvidas. Minha autocobrança sempre foi alta e, sabendo disso, escolhi abrir mão de alguns “controles”. A resolução de questões é fundamental no nosso processo de estudos, seja para revisar o conteúdo, esclarecer pontos específicos, aprender conteúdos novos (sempre aparece algo novo) e também perspectivas diferentes de cobrança dos assuntos nas provas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Francine: Tenho dificuldade em exatas: Matemática e Estatística sempre foram causadoras de pânico. Procurei não me exigir e usar tanto tempo nessas disciplinas, mas sim, focar ainda mais naquelas que eu tinha mais facilidade (na tentativa de garantir mais acertos).
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Francine: Alimentação e sono em dia foram fatores cruciais. Escolho estudar em casa na semana que antecede a prova e foco 100% da atenção nas revisões, inclusive no dia pré-prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Francine: Como muitos, tive alguns bloqueios no desenvolvimento das discursivas. Sabendo disso, busquei por uma pessoa de confiança da área de correção de discursivas para me ajudar a desbloquear alguns medos de escrita e torná-la como deve ser: clara e objetiva. Meu maior receio era não saber desenvolver o assunto proposto e ser prolixa, então passei a praticar as redações e ser acessível ao Feedback da pessoa que estava me orientando. Aconselho que a pessoa produza textos, como se estivesse ensaiando para o dia da prova. Dependendo do tempo que tiver, fazer 1 por semana e, se possível, solicitar que uma pessoa experiente corrija e pontue tudo o que pode ser melhorado.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Francine: O principal erro foi ter feito por muito tempo os meus próprios resumos, os quais depois eu não conseguia revisar por serem extensos. Apenas via uma pilha de resumos crescendo e me deixando ansiosa. Outro erro foi ter abdicado completamente do convívio social, mesmo que por um breve período. O principal acerto, ter me experimentado de outras formas nos estudos. Aprendendo a ler os Pdfs, construindo um planejamento aceitável previamente, ou seja, me permitindo desenvolver outras habilidades no processo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Francine: A desistência passou pela minha cabeça apenas nos momentos em que eu me sentia muito cansada e tinha um hiperfoco na prova. Contudo, depois de reorganizar a cabeça, descansar, sentia-me mais motivada porque continuando só teria um fim: resultados positivos (aprovação, conhecimento, aprendizagem).
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Francine: Acho fundamental que concurseiros deem atenção à saúde mental. A gestão emocional é um dos grandes pilares para que seja possível alcançar a aprovação e até mesmo vivenciar a trajetória de uma forma mais tranquila e organizada. É fato que a ansiedade se fará presente, bem como as preocupações, então, por isso, dar espaço para um convívio social agradável, investir um tempinho também para a prática de alguma atividade física. Além do foco e da disciplina, é a gestão emocional que vai fazer com que as estratégias para a aprovação realmente deem certo. O processo não é fácil, mas pode ser mais prazeroso (ou menos doloroso). É apenas uma fase e todo resultado será benéfico!