Aprovado no concurso DEAP-SC
“Não tem sensação melhor do que saber que você deu orgulho a quem te ama. E você só conseguirá alcançar isso se você der o melhor de si. Aquilo que merece ser feito, merece ser bem feito!”
Confira nossa entrevista com Marcus Rogério Aguiar de Albuquerque, aprovado em 3º lugar no concurso DEAP-SC no cargo de Agente Penitenciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Marcus Rogério Aguiar de Albuquerque: Sou formado na Escola de Especialistas de Aeronáutica na área de material bélico e tenho nível superior em Gestão Pública. Possuo 27 anos, sou de Fortaleza, mas atualmente resido em Porto Velho.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Marcus: A decisão partiu de uma necessidade de estar próximo à minha esposa. Ela é engenheira concursada na cidade de Florianópolis desde 2019 e eu resido em Porto Velho, por conta do trabalho. Como sou militar da Força Aérea Brasileira, pleiteei a transferência para a Base Aérea de Florianópolis, mas não consegui, porque não havia vaga para exercer minha função lá. Dessa forma, após o indeferimento da minha segunda solicitação de transferência, busquei na internet quais concursos estavam na iminência de abrir para Santa Catarina. Entre as oportunidades que encontrei, escolhi o concurso para o DEAP por dois motivos: grande quantidade de vagas e a importância dessa função para a sociedade, inclusive com o sistema prisional catarinense sendo modelo de gestão para o Brasil.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Marcus: Eu trabalhava e estudava para o concurso. Minha forma de tentar otimizar o pouco tempo disponível que eu tinha para estudar era não estabelecer uma meta diária de horas de estudo, eu sempre buscava o máximo possível. Eu estudava em todo o tempo livre que tinha, inclusive no intervalo de almoço do trabalho.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Marcus: Eu fiz o concurso para Agente de Correios em 2011 e fui aprovado em 3º lugar, onde trabalhei até 2013. Em 2012, fiz o concurso para Sargento da Força Aérea Brasileira e fui aprovado em 38º, onde trabalho desde 2013. O mais recente é o DEAP-SC.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Marcus: Foi uma sensação ímpar, na qual eu não tinha sentido nem nos demais concursos em que fui aprovado, pois nesse concurso minha responsabilidade era muito maior. Nos outros concursos, eu estudava por mim. Nesse, eu estudei pela minha família. Agradeci muito a Deus por ter vencido essa batalha.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Marcus: Durante o período pré-edital, que foi cerca de 1 mês e meio, eu restringi saídas durante a semana. Apenas trabalhava, ia para a academia e estudava. Nos finais de semana, eu estudava apenas na parte da manhã. De tarde e de noite eu assistia filmes, jogava futebol, saía com amigos, enfim, procurava me divertir. Quando o edital foi publicado, eu tinha apenas 1 mês e meio de estudos e tinha pela frente 53 dias até a data da prova. Tomei uma decisão radical: abdiquei de todos os lazeres. Inclusive solicitei todas as férias acumuladas que eu tinha e passei os 45 dias anteriores à prova apenas estudando, cerca de 12 horas por dia.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Marcus: Sou casado e não tenho filhos ainda. Eu moro sozinho em Porto Velho desde que minha esposa foi empossada, em 2019. Minha família foi o maior diferencial que eu tive em relação aos demais candidatos. Primeiro, porque era o principal fator motivador para que eu fosse aprovado no concurso. Segundo, porque o apoio emocional que eu recebi, principalmente da minha esposa, foi excepcional. Ela acreditava muito mais em mim do que eu mesmo. Apesar do pouco tempo de estudo que eu teria até a prova, especialmente minha esposa, meus pais e meu irmão sempre me faziam acreditar que eu seria aprovado.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual e se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo).
Marcus: Eu acredito que essa é uma decisão pessoal. Por exemplo, eu nunca imaginei me tornar um policial penal, mas as circunstâncias me levaram a isso. Então, mesmo não sendo o concurso dos sonhos, o concurseiro pode buscar uma aprovação paralela como segurança, principalmente financeira, para continuar se preparando para o seu objetivo maior, desde que não atrapalhe o seu estudo principal. A minha ideia era a evolução na carreira dentro da própria Força Aérea, mas como a situação mudou, pretendo começar a me preparar para concursos da área fiscal.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Marcus: Estudei cerca de 3 meses. Iniciei os estudos no final de agosto de 2019 e a prova foi no dia 1º de dezembro do mesmo ano.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Marcus: Estudei sim, cerca de 1 mês e meio. A disciplina sempre me acompanhou, até por ser um dos pilares do militarismo, então não foi muito difícil focar nos estudos nesse período. Eu sempre pensava que eu tinha que dar o meu melhor, para que eu estivesse preparado quando a oportunidade surgisse.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Marcus: Eu utilizei PDF e videoaulas. Para mim, eles se complementavam em relação ao conteúdo, além de serem mais enxutos, mais focados no que as bancas cobram. Quanto às aulas presenciais, telepresenciais e livros, não utilizei tais métodos, porque eu sabia que teria pouco tempo de preparação até a prova e precisaria estudar num ritmo mais acelerado que esses métodos oferecem. No PDF e nas videoaulas, eu conseguia estudar no meu ritmo e acelerar ou desacelerar de acordo com minha percepção da matéria.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Marcus: Conheci através de consulta a alguns amigos que tinham mais experiência em concursos. Eles foram unânimes em recomendar o material do Estratégia e eu não tive dúvidas que eu teria a melhor preparação para a prova. Comprovei isso durante os estudos, ao perceber professores com ótimas didáticas e com currículos invejáveis.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Marcus: Como eu estava há muito tempo sem estudar para concurso, sentia que estava enferrujado. Além disso, eu nunca havia estudado a maioria das matérias que caíram na prova, como as de Direito (Penal, Processo Penal e Constitucional), Legislação Especial, Direitos Humanos e Sociologia. Dessa forma, eu comecei lendo todos os PDF do material para me ambientar com o assunto e entender de que forma ele poderia ser cobrado na prova, já que no material constam questões para praticar o conteúdo estudado. Como todas as matérias tinham peso igual, eu usufruí da própria divisão em aulas do material. Eu iniciava pela primeira aula de cada matéria e, quando acabasse todas as primeiras aulas, então passava para a segunda aula de cada matéria, e assim, sucessivamente, até esgotar todas as aulas. Quando concluí essa fase, eu sentia que estava apto a começar as videoaulas e confeccionar meus próprios resumos. Então segui a mesma metodologia em relação à sequência das aulas e ia fazendo meus resumos durante cada vídeo. Após concluir os resumos de todo o programa, quando faltava aproximadamente um mês para a prova, eu parti para a fase de revisões e questões. Seguia a mesma sequência de aulas e, antes de responder às questões, eu lia o meu resumo sobre o assunto. Quando surgia dúvida, eu buscava a resposta no meu resumo ou acrescentava a ele alguma informação que eu não tinha anotado. Durante esse último mês, eu fazia dois simulados por semana, para que eu me adaptasse ao tempo e à situação de prova. Meu plano de estudos foi montado com a ajuda de um amigo que tinha uma experiência bem maior que a minha em concursos. Essa etapa de planejamento foi determinante na minha aprovação, pois me capacitou a estudar, revisar e praticar todo o assunto em apenas 3 meses. Eu estudava cerca de 12 horas por dia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Marcus: Minha maior dificuldade sempre foi a grande quantidade de assuntos para estudar em pouco tempo. Mas, para citar a disciplina mais difícil, eu diria que foi Raciocínio Lógico, pois demanda muitos exercícios para assimilar o conteúdo. Para superar essa dificuldade, eu fiz todas as questões de Raciocínio Lógico que a banca já utilizou. “A repetição, com correção, até a exaustão, leva à perfeição.”
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Marcus: Ratifico o enunciado: muito estressante! Eu me cobrava bastante. Na semana anterior à prova, eu tentei elencar os assuntos que eu estava com mais dificuldade para focar mais neles, mas sem esquecer de revisar os demais. Na véspera e até o último momento antes de entrar no local de prova, eu revisei o conteúdo. Eu não queria sair da prova com a sensação de que eu não havia estudado o máximo que eu conseguiria.
Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Marcus: Como sempre fui praticante de atividades esportivas e pelo fato do militarismo exigir o condicionamento num nível sempre elevado, o TAF não foi complicado para mim. Para a etapa do psicotécnico, eu tentei me preparar buscando na internet quais testes poderiam ser aplicados e de que forma. Os testes cobrados não foi nenhum dos que eu busquei. Portanto, o principal foi manter o controle emocional e a concentração no dia da aplicação. Uma boa noite de sono na véspera e alimentação leve no dia também ajudaram. Estou aguardando a convocação para o curso de formação e melhorando o meu condicionamento físico para estar preparado para a sua rotina.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Marcus: Acredito que o meu erro foi a autocobrança exagerada. Eu não me permitia ter descanso nenhum depois que o edital foi publicado e isso acabou impactando em alguns dias que o meu rendimento não foi tão bom, principalmente na resolução de questões, devido ao estresse acumulado. Aprendi que o descanso, se aplicado estrategicamente, é um aliado à jornada do concurseiro. O maior acerto foi a minha disciplina em cumprir o planejamento, que era verificado periodicamente para adaptar às novas variáveis que surgissem no caminho. Ele me permitiu me ambientar ao conteúdo, fazer resumo, revisar, fazer questões e fazer simulados em pouco tempo, me dando total confiança para fazer uma boa prova.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Marcus: Desistir nunca foi uma opção para mim. O mais difícil foi o isolamento social que eu aderi durante a preparação. Mas meus familiares e amigos sempre se fizeram presentes mandando mensagens de motivação. Nos momentos mais difíceis, eu pedia para que Deus me desse forças para continuar a jornada.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Marcus: A minha motivação principal era conseguir voltar para perto da minha esposa. Então eu tinha em mente que precisava me doar ao máximo para não sair da prova achando que eu poderia ter estudado mais. Essa era a minha mola propulsora. Com esse pensamento, o resultado seria uma mera consequência da minha preparação.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Marcus: Embora o caminho seja árduo, ele não durará para sempre. Se realmente você almeja a aprovação, só pare de estudar quando consegui-la. A recompensa é muito gratificante. Não tem sensação melhor do que saber que você deu orgulho a quem te ama. E você só conseguirá alcançar isso se você der o melhor de si. Aquilo que merece ser feito, merece ser bem feito!