Aprovado no concurso DEAP SC
“Um bom planejamento ajuda bastante, mas de nada adianta se não colocar em prática. Para as matérias que tem dificuldade, busque um reforço maior, seja por aula presencial, videoaula e etc. Tenha paciência e se conforme com sua dificuldade, afinal, não somos perfeitos”
Confira nossa entrevista com Charles Silva, aprovado no concurso DEAP SC para o cargo de Agente Penitenciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Charles Silva: Sou formado em Direito desde 2009, tenho 33 anos de idade e sou de Balneário Camboriú – SC.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Charles: Estudo para concursos (principalmente da área policial), em razão da estabilidade, bons salários e trabalho dinâmico.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Charles: Sempre conciliei estudo e trabalho. Sou assessor jurídico no Poder Judiciário de SC.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Charles: Fui aprovado em 6 concursos.
Escrivão PC-SC, Escrivão PC – PR, TJA – TJ SC, Oficial de Justiça – TJ SC, DEAP – SC, Escrivão PC – SP (este fui aprovado na prova oral e abandonei nas seguintes, entrega de documentos). A última aprovação foi no concurso do DEAP – SC (em 46o lugar), fui convocado, mas optei por não assumir.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados(as) na primeira fase do certame?
Charles: A sensação é de missão cumprida e de que valeu a pena o tempo dedicado aos estudos. Agora, é aguardar a posse.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Charles: Procuro manter a vida normalmente, até porque, trabalho e estudo, o que é muito desgastante. Então, abdicar do social, creio que é prejudicial para o descanso da mente. Pratico esportes, saio com amigos e viajo. Vida normal.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Charles: Solteiro e sem filhos. Moro atualmente com meus pais, que me apoiam na jornada dos concursos.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Charles: Vale a pena sim. Até porque, existem muitas matérias em comum, tanto que é estou aprovado em concursos da área policial e de Tribunais. Minha meta é passar para Delegado de Polícia. Continuo firme nos estudos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Charles: Estou estudando desde 2016, entre altos e baixos, o que vejo com normalidade na vida do concurseiro. É difícil manter 100% do foco a todo momento.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Charles: Sim, sempre estudei com ou sem edital. Quando sai o edital, direciono mais, tirando uns dois meses para estudar as matérias específicas do concurso e resolvendo questões especificamente da banca que aplicará a prova.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Charles: Minha preferência são cursos em PDF e resolução de questões. Raciocínio lógico e Português fiz cursos com videoaulas.
Aula presencial ou telepresencial acredito que toma muito tempo, ao assistir matérias em que já domino.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Charles: Pela Internet.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Charles: Procuro esgotar cada matéria e resolver questões para fixação do que foi estudado. Em algumas matérias, faço resumos e apontamentos. Não tenho plano de estudos montado, pois como falei, vou esgotando cada matéria.
Costumo estudar de 2 à 5 horas por dia. Dias estressantes no trabalho ou imprevistos do cotidiano reduzem a jornada de estudo, mas quando tudo sai como planejado, dá para estudar 5 horas. Mais que isso, não consigo.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Charles: Raciocínio Lógico e Português. Para essas duas, separei um tempo a mais para fazer cursos com videoaulas, fiz resumos e resolvi mais questões. Mas, o essencial é conhecer cada banca antes da aplicação da prova, porque cobram de maneira muito diferente.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Charles: Nas duas ou três semanas antes do certame, estou em fase de revisão do conteúdo. Na última semana, bate uma ansiedade, que já foi maior nos primeiros concursos, hoje fica controlada. No dia anterior da prova, procuro assistir revisão de véspera, dá para ganhar algumas questões. Porém sem pressão, não anoto nada, só assisto.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Charles: Estudar pra discursiva é uma incógnita. Tenho alguns livros de perguntas e respostas que me ajudam a ter uma noção de como formular a resposta, mas isso tem que ser aliado ao conhecimento teórico. Então, você pode ser o melhor escritor do certame, mas se não dominar o conteúdo, lascou.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Charles: Sempre pratiquei esportes, então não tive muita dificuldade. Em 2017 comecei a fazer treinos por conta própria (corrida, academia), que incluem as atividades do TAF. Não é algo que me preocupa.
Quanto às demais etapas, destaco a prova oral para escrivão da Polícia Civil da São Paulo. Já não tinha mais pretensões de assumir esse concurso, porque analisei a transparência em SP, salário muito baixo, inadmissível para o estado mais rico do país. Mas mesmo assim fui fazer a prova para experiência pessoal. Foi muito legal, sentir o frio na barriga. Eram 4 avaliadores, teve questionamento oral até de português, ninguém imaginava o que iriam perguntar. Avancei nesta fase. Restava apenas a entrega de documentos, mas desisti.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Charles: Pessoalmente, meu maior erro considero em querer buscar, logo de cara, concursos maiores (Magistratura, MP, Delegado), tomei muito ferro lá atrás – 2016/2017.
O acerto foi, em 2018-2019, mudar a rota para concursos de nível intermediário e as aprovações começaram a aparecer.
Depois que assumir um dos concursos em que fui aprovado, focarei somente nas provas de Delegado.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Charles: A vida de concurseiro é de altos e baixos. Não basta estudar. Tem que passar nas vagas, esperar meses, às vezes anos, até a convocação. Suspensão de concurso por motivos variados é outro fator de atraso.
Agora em tempos de pandemia, o orçamento dos estados é outra coisa que me preocupa nas convocações.
A concorrência também elevou demais o nível das provas. Anos atrás, 70% de acerto praticamente garantia o avanço para fase seguinte. Hoje, tento estudar para, no mínimo, 80% de acerto.
Pra ter ideia, na prova de Técnico Judiciário Auxiliar do TJ PR – fiz 85%, o corte foi em 90%.
No entanto, como estou há 4 anos nessa jornada, procuro nem pensar mais nesses fatores, essas dificuldades já estão incluídas na minha rotina.
Se precisar estudar mais 5 anos para alcançar meu objetivo, assim farei.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Charles: Minha maior motivação é buscar a estabilidade na profissão, que tem grande peso num país instável como o nosso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Charles: Para quem inicia a sua preparação, aconselharia formar uma boa base no primeiro ano e não se preocupar com as provas em si. Fazer provas nos primeiros meses, sem domínio das matérias, pode ser frustrante e lhe abater emocionalmente.
Um segundo conselho que daria é, no início, focar em provas de nível intermediário. Terás a sensação de que é possível passar. Se qualquer pessoa tivesse me alertado disso lá em 2016, certamente já teria assumido alguns dos concursos que passei.
Por fim, aconselhar os candidatos que não existe fórmula mágica. É sentar e estudar. Um bom planejamento ajuda bastante, mas de nada adianta, se não colocar em prática. Para as matérias que tem dificuldade, busque um reforço maior, seja por aula presencial, videoaula e etc. Tenha paciência e se conforme com sua dificuldade, afinal, não somos perfeitos.
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