Aprovado em 4° lugar para Auditor do Estado - Ciências Contábeis no concurso CGE-SC
Concursos Públicos“Planeje-se. Divida cada disciplina por assuntos e sub assuntos. Fique bom em cada um deles individualmente. Estude, revise, pratique. O caminho é árduo, mas o resultado compensa e MUITO todo seu suor.”
Confira nossa entrevista com Matheus Cargnin Rodrigues, aprovado em 4° lugar no concurso CGE-SC para o cargo de Auditor do Estado – Ciências Contábeis:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Matheus Cargnin Rodrigues: Tenho 27 anos, sou de Porto Alegre – RS, sou formado em Ciências Contábeis pela UFRGS. Atualmente moro em Fortaleza – CE e atuo como Auditor Fiscal da Receita Estadual do estado do Ceará.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Matheus: Sou formado em contábeis, mas ter um escritório nunca foi meu sonho, trabalhar em escritório de terceiros muito menos.
A decisão de começar a estudar veio da vontade de ter um trabalho bem remunerado, mas com tranquilidade, com férias e carga horária bem definidas.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Matheus: Boa parte da minha “carreira” de concurseiro eu me dedicava 100% ao estudo. Até ser aprovado e nomeado em 2022 para o cargo de Auditor Fiscal da SEFAZ/CE, quando eu parei de estudar.
Mas em outubro de 2022, com a publicação do edital, eu vi a oportunidade de voltar a morar mais perto da família e decidi voltar a estudar.
Então, para a prova da CGE/SC eu tive que conciliar Trabalho de Auditor Fiscal, estudo para o concurso e mestrado.
Pra dar (ou tentar dar) conta de tudo eu acordava cedo, geralmente às 5h da manhã e estudava 1:30h logo cedo. Na hora do almoço, eu almoçava em 10-15 min para aproveitar o resto da hora estudando. No fim do dia (depois do mestrado, umas 21h) eu tentava estudar mais uma hora antes de dormir. Fechando umas 3h em média por dia da semana.
No final de semana, eu estudava sábado o dia todo e domingo pela manhã. E tirava a tarde-noite de domingo para descansar e repor as energias pra semana seguinte.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Matheus: Auditor-Fiscal da Receita Estadual – SEFAZ/CE – 29º
Auditor de Controle Interno de Porto Alegre/RS: 11°
Auditor Fiscal de Porto Alegre/RS: 47°
Auditor-Fiscal da Receita Municipal de Caxias do Sul/RS: 12°
Auditor Fiscal de Gramado/RS: 37°
Auditor-Fiscal Novo Hamburgo/RS: 12°
Assistente Tributário Itajaí/SC: 24°
Auditor da Carris (Companhia de Ônibus): 4°
Contador do Grupo Hospitalar Conceição (GHC/RS): 2°
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Matheus: Durante o pós edital, eu restringi bastante minha vida social, deixava para sair domingo à tarde, quando já estava cansado de estudar. Com exceção da última semana do ano, entre natal e ano novo, que eu fui visitar minha família. Depois de 9 meses longe, eu fui visitá-los e não consegui estudar. Eu fiz isso como uma mini férias antes do sprint final para a prova que aconteceria em menos de 30 dias. E deu certo :)
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Matheus: Meus pais sempre me apoiaram, principalmente para esse concurso, já que ele seria a primeira tentativa de voltar para perto deles. Meus amigos então, nem se fala, acreditavam mais em mim do que eu mesmo.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Matheus: Eu não tinha conhecimento sobre o concurso até a publicação do edital. Então meu tempo de estudo direcionado foi da publicação do edital (outubro/22) até a prova (29/01/23), aproximadamente 4 meses.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Matheus: Como eu já tinha bagagem de mais de 2 anos de estudos, para as matérias que eu já tinha estudado eu voltei a estudar revisando meus materiais, como resumos e leis grifadas e foquei em resolver questões da FGV.
Para as matérias que eu não tinha estudado ainda, utilizei os PDFs.
E para (o temido) português da FGV eu assisti ao curso exclusivo na plataforma do estratégia da professora Adriana Figueiredo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Matheus: Em 2018, quando eu decidi começar a estudar para concurso, eu estava procurando por técnicas de estudo para concurso no Youtube. Assisti uma live de como montar ciclo e várias outras. Até que para o concurso da SEFAZ RS, resolvi comprar o pacote e depois virei assinante vitalício.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Matheus: Sim, já comprei materiais de outros cursos menores e o que mais me incomodava era que as disciplinas não eram completas. Não abordavam todos os itens do edital e/ou abordavam de forma superficial. O que era insuficiente para acertar as questões de prova no nível de Auditor.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Matheus: Não, logo percebi que não iria muito longe se continuasse com aquele conteúdo raso.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Matheus: Senti diferença no meu percentual de acertos nas questões. O material completo fez toda diferença. Os exercícios resolvidos pelos professores nas aulas e nos PDFs ajudaram muito nisso.
Além dos PDFs e vídeo aulas, utilizei o passo estratégico aliado aos resumos no final de cada aula para construir meus próprios materiais de revisão. Complementando-os com novas cobranças e conceitos que identificava através das questões que resolvia.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Matheus: Sempre estudei mais de uma matéria por dia. Mas a carga horária de cada uma variava. Para matérias novas, as quais eu precisava estudar a teoria, fazia baterias de 1 hora. Para as que estavam avançadas em fase de revisão e questões, geralmente me baseava na quantidade de questões, de 20 a 30, o que me tomava uns 30 minutos por matéria.
A quantidade de matérias por dia dependia de 02 fatores: A carga horária de estudo diária e o nível daquela disciplina (como explicado antes).
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Matheus: Minhas revisões eram baseadas na resolução de questões.
Sobre simulados, Fiz pouquíssimos durante minha preparação e para a CGE/SC não fiz nenhum. Mas utilizei as baterias de questões como simulados, uma vez que nunca tinha feito as questões novas da FGV, para mim elas eram inéditas e o efeito foi o mesmo que simulados.
Por outro lado, eu sempre fiz resumos de cada aula, mas só depois de um tempo e depois de muitas questões. Acredito que o resumo feito logo após a primeira leitura não é produtivo, você não sabe ainda o que mais é cobrado nem quais pontos você realmente terá dificuldades. Por isso que inicialmente eu fazia marcações no PDF e apenas após diversas baterias de questões é que eu passava para um arquivo de texto as marcações mais relevantes com os pontos que eu mais errava nas questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Matheus: As questões são essenciais na preparação, afinal no dia da prova, você vai fazer questões e não ler um PDF ou resumo.
Durante minha preparação (desde 2019) fiz mais de 100 mil questões e elas me ajudaram de diversas maneiras. Primeiramente, elas auxiliam a identificar os assuntos mais cobrados e os quais merecem maior atenção. Segundo, ajudam a revisar o assunto de forma ativa. Apenas ler o resumo é bom, mas resolver uma questão e ter que puxar da memória a informação é muito mais efetivo. Por fim, a resolução de muitas questões te ajuda a ser mais rápido na hora da prova, extremamente importante quando você tem discursiva junto com a objetiva, que foi o caso da CGE/SC.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade?
Matheus: Para esse concurso, eu tive mais dificuldade em Português. Essa é uma das disciplinas mais temidas da FGV e eu realmente tinha muita dificuldade. Meu percentual de acerto não passava de 50%. Percebi que para ser aprovado precisaria melhorar esse ponto, afinal mais de 10% dos pontos da nota final viriam dessa disciplina.
Optei por estudar Português todos os dias, 1 hora por dia.
Mas sabia que os PDFs não seriam suficientes para mim. Então, optei pelo Curso Exclusivo de Português da Adriana Figueiredo, o qual foca nas novas perspectivas da FGV.
E assim foi feito, vídeo aulas, 1 hora por dia, logo na primeira hora da manhã. Dedicando minha atenção total e cabeça fresca para a matéria que tirava meu sono.
Só assim eu consegui ser aprovado, minha nota não foi das melhores em português, mas consegui fazer 10/14. (se eu tivesse mantido minha média de 50%, teria feito 7/14 e esses 3 pontos me colocariam para fora das vagas).
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Matheus: Na semana anterior a prova eu tirei para fazer revisões. Focar no fato que eu tinha estudado boa parte do edital e que não seria produtivo tentar aprender algo novo.
No dia pré-prova, não descansei como de costume, terminei de revisar meus resumos que ainda faltavam, assisti a revisão de véspera no youtube do Estratégia e li sobre possíveis tema para a discursiva.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Matheus: A prova discursiva sempre foi temida por mim. Sempre tive dificuldades em escrever redações. Confesso que acabei negligenciando essa etapa. Deixei para depois, mas no fim, não deu tempo.
Minha única preparação se resumiu a ler os PDFs que ensinam algumas regrinhas de ortografia e pesquisar os possíveis temas para a redação, afinal a prova seria uma discursiva-argumentativa de 60 linhas, sem tema definido, podendo ser inclusive com assuntos de fora do edital.
Além disso, li algumas redações dos PDFs e principalmente foquei nos conectivos e nas estruturas. Mas o que me deixava apreensivo era o tema e o fato de ter que argumentar e defender um ponto.
Confesso que nessa parte contei um pouco com a sorte. O tema da redação foi sonegação fiscal. Tema que eu trabalho e escrevo diariamente sobre no meu cargo atual.
Apesar do resultado positivo (nota: 28,25/30), não recomendo contar com a sorte. Recomendaria praticar a escrita, fazer ao menos 1 a cada 15 dias no pré-edital e 1 por semana no pós edital. Perdemos o hábito de escrever a mão e isso causa letra ilegível e dor no punho ao escrever por muito tempo. Não deixe para perceber isso no dia da prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Matheus: Principal erro eu aponto a falta de preparação prática para a prova discursiva e como principal acerto eu aponto o foco em melhorar o índice de acertos em português.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir?
Matheus: Nesse pós edital, a carga horária era realmente pesada: trabalho, mestrado, estudo para o concurso, fora as demais atividades pessoais (cuidar da casa, academia, vida social). Tudo isso me desgastava muito. Aos domingos eu estava realmente esgotado. Mas minha principal motivação era a possibilidade de voltar pra perto de “casa”, voltar pra perto da família e amigos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Matheus: Planeje-se. Divida cada disciplina por assuntos e sub assuntos. Fique bom em cada um deles individualmente. Estude, revise, pratique. O caminho é árduo, mas o resultado compensa e MUITO todo seu suor.