Aprovada no concurso CGE CE
“Ter um propósito e seguir firme, com constância e determinação, esse é o verdadeiro segredo, não existe fórmula mágica, o que existe é resiliência para superar as dificuldades e as adversidades impostas ao longo da caminhada. É muito importante que você se lembre constantemente do porquê você estuda, isso o ajudará a manter-se no propósito rumo à sonhada aprovação”
Confira nossa entrevista com Maria Antonizete de Oliveira, aprovada no concurso CGE CE no cargo de Auditor de Controle Interno:
Estratégia Concursos: Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Maria Antonizete: Sou formada em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), tendo colado grau especial em agosto de 2019. Tenho 37 anos, nasci e moro em Fortaleza/CE.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Maria: A vontade de voltar para o mercado de trabalho após 7 anos de dedicação exclusiva à família e aos cuidados da casa.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Maria: Na verdade, tive que conciliar muitas coisas com o estudo para concursos. Além de trabalhar (8h diárias), eu estava cursando a faculdade presencial (iniciada em 2016.1) e tinha ainda os cuidados da casa e da família sob minha responsabilidade
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Maria:
- 1° Lugar para Auditor de Controle Interno da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará – CGE/CE (esse é a “Menina dos Olhos”) – 2019
- 1° Lugar para Administrador da Advocacia Geral da União – AGU – 2019
- 3º Lugar para Técnico Judiciário Área Administrativa (TJAA) do Tribunal de Justiça do Ceará – TJCE (esse é o mais recente) – 2019
- 3° Lugar para Administrador da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME – 2018
- 18° Lugar para Analista Judiciário Área Administrativa (AJAA) – TRF 5 – 2017
- 21° Lugar para Técnico Judiciário Área Administrativa (TJAA) – TRF 5 – 2017
- 28º Lugar para Assistente em Administração da Universidade Federal do Ceará – UFC – 2014
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Maria: Cada uma de minhas aprovações teve seu sabor especial e um valor extremamente importante para mim, afinal eu fui galgando conquistas cada vez maiores e isso me motivava e fazia acreditar que eu seria capaz de mais.
Agora, especialmente nesse cargo de auditor de controle interno da CGE e no de administrador da AGU, a sensação foi um indescritível sentimento de felicidade, de euforia e de alívio. Sabe aquela sensação de dever cumprido, esforço recompensado? …enfim…. Falo com especial carinho dessas duas conquistas porque além de serem dois 1ºs lugares, foram concursos com mais de uma fase e extremamente desafiadores.
O da AGU comtemplou prova dissertativa (eu tinha um certo trauma com isso) e o da CGE foi composto, além da prova objetiva, por um curso de formação de caráter classificatório e eliminatório (com prova ao final do curso que poderia alterar a classificação e até eliminar os candidatos), uma avaliação psicológica exaustiva e ainda avaliação de títulos…ufa…não foi fácil passar por todas essas fases e manter-me na lista de aprovados.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Maria: Nada de postura radical, afinal a preparação para concursos precisa ser sustentável e minimamente saudável para o corpo e para a mente, né?!
É claro que é preciso reduzir saídas e conversar com os familiares para que entendam o seu momento, mas às vezes eu saia em família sim e também procurei me manter fazendo a atividade física que eu amo, que é correr.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Maria: Sou casada e tenho duas filhas adolescentes. Graças a Deus tive o apoio da minha família nessa árdua caminhada. Meu esposo foi meu grande apoiador, sempre comprou cursos on-line para eu pudesse estudar.
Minhas filhas tiveram que ajudar bastante em casa, com os afazeres domésticos, para que eu conseguisse um pouquinho mais de tempo para estudar, além disso, muitas vezes tiveram que entender uma mãe que estava em casa apenas de corpo presente, porque eu passava muito do meu tempo em casa com fones, ouvindo as aulas.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Maria: Depende muito da realidade de cada um. Eu, particularmente, fui fazendo concursos “escada” até alcançar aquele que se tornou um sonho para mim, o da CGE/CE.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovada?
Maria: Para o concurso da CGE/CE, eu estudei cerca de quatro meses, especialmente as matérias que eram novas para mim (5 disciplinas). As demais 7 disciplinas, que eu já vinha estudando para os outros concursos (área administrativa), mantive no meu ciclo apenas com as revisões por aulões e muitas questões (estudo reverso).
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Maria: Sim. Aprovar em um bom concurso era meu propósito de vida naquele momento, então me manter estudando era intrínseco à minha rotina, eu sabia que precisa fazer isso e fazia independentemente das adversidades.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Maria: Conheci o Estratégia pesquisando vídeos de conteúdo no YouTube, especialmente aulões de revisão. Eu precisava muito dessas revisões com áudio pois tinha pouco tempo para construir materiais de revisão, mas sabia que precisava me manter em constante contato com os conteúdos para que não se apagassem da minha memória.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Maria: Sempre estudei somente pelo on-line. Usei muito as videoaulas, mas também usei os PDFs (para mim, eles foram complementares). Por limitação de tempo para muita leitura, adaptei meu estudo para inseri-lo durante outras atividades, assim as videoaulas foram essenciais, com elas eu conseguia dar conta dos meus afazeres domésticos sem deixar de estudar e isso foi fundamental para as minhas aprovações.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Maria: Bem, meu estudo foi muito focado nas videoaulas (tive que aguçar minha memória auditiva por conta da limitação de tempo). Mas é claro que também precisei ler bastante, para isso usei PDFs de forma bem direcionada (com ênfase especial nos resumos e nas questões comentadas). Além disso, também não pude deixar de fora a leitura da lei seca.
Quanto à quantidade de matérias, foi necessário conciliar o estudo de várias ao mesmo tempo, no concurso da GCE/CE, por exemplo, eram 12 disciplinas, das quais 7 eu já tinha um bom nível de conhecimento e por isso mantive o estudo delas especialmente por meio das questões, nas outras 5 disciplinas, que eram novidade para mim, o estudo foi baseado em ouvir as aulas, ler os resumos em PDFs e a lei seca e resolver todas as questões contidas nos PDfs e mais algumas no site de questões.
Eu estudava em média 3 disciplinas por dia. Minhas horas dedicadas exclusivamente aos estudos eram bem reduzidas, cerca de 2 horas por dia na semana e 3 a 4 horas por dia aos finais de semana. Então, eu complementava muito ouvindo as aulas nos meus percursos, nas brechas de tempo ao longo do dia e durante a execução dos afazeres domésticos, o que gerava em média mais umas 4 horas nos dias de semana e 8 horas nos dias de fim de semana.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Maria: Informática sempre foi, para mim, a pior matéria de estudar para concursos. Nessa matéria eu tive que construir um caderninho de resumos em tópicos e mapas mentais para revisar às vésperas da prova e conseguir dar conta de tanto decoreba de teclas de atalho e menus. No concurso da GCE/CE não teve essa disciplina, então minha dificuldade maior foi com Políticas Públicas e Ciência Política, para superar a dificuldade e entender essas matérias tive que ouvir repetidas vezes os áudios e buscar fazer links delas com as demais matérias estudadas.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Maria: Eu sempre estudei até a véspera da prova, revisando é claro, nada de conteúdo novo nesse momento final. Além disso, deixava para essa reta final a leitura das leis menores, para usar minha memória de curto prazo e tê-las frescas na hora da prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Maria: No concurso da CGE/CE não houve prova discursiva, mas no da AGU e do TJCE sim. Para essas provas eu também me preparei por meio das videoualas, mas também inseri o treino, a prática da redação, ao menos quinzenalmente. Como eu não tinha como pagar um curso com correção da redação, eu fazia e mandava para minha irmã corrigir a parte de adequação gramatical e um outro colega conferir a parte de conteúdo.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Maria: Meus maiores erros ocorreram lá no início da minha preparação, nesse momento inicial eu não inseri a leitura da lei seca nem a prática de redação.
Meus maiores acertos foram corrigir essas minhas falhas e me manter estudando apesar de toda limitação de tempo, tendo procurado encontrar algo para superar isso e identificar um modo de estudo que funcionasse para mim.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Maria: O momento mais difícil para mim foi uma reprovação ocorrida em 2014 para o concurso do TJCE, nessa ocasião eu tinha feito uma boa prova objetiva (estava entre as 5 melhores notas), mas fui eliminada na discursiva por 1 ponto. Graças a Deus nesse mesmo ano fui aprovada na UFC, o que me ajudou a superar o ocorrido e seguir firme estudando. Eu usei essa reprovação como combustível para buscar a superação, tanto que já em 2019, depois de tudo certo com a CGE/CE, eu prestei novamente o concurso do TJCE e fui aprovada em 3º lugar, obtendo nota de 95% da redação (19/20).
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Maria: Minha principal motivação foi minha família, especialmente minhas filhas. Sempre quis dar o melhor para elas e, mais que isso, queria ser exemplo para elas, queria dar-lhes motivos para se orgulharem de mim, além de ensiná-las pelo exemplo, mostrando que o estudo é o caminho para alcançar seus objetivos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Maria: Ter um propósito e seguir firme, com constância e determinação, esse é o verdadeiro segredo, não existe fórmula mágica, o que existe é resiliência para superar as dificuldades e as adversidades impostas ao longo da caminhada. É muito importante que você se lembre constantemente do porquê você estuda, isso o ajudará a manter-se no propósito rumo à sonhada aprovação.
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